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QUE MÉRITO HÁ EM AMAR OS QUE NOS AMAM?” EÇA DE QUEIROZ REALISMO

Realismo

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“QUE MÉRITO HÁ EM AMAR OS QUE NOS AMAM?”EÇA DE QUEIROZ

REALISMO

Page 2: Realismo

CONTEXTO HISTÓRICOO QUE FOI?ONDE COMEÇOU?PORQUE RECEBEU ESSE NOME?CARACTERÍSTICASREALISMO X NATURALISMOEÇA DE QUEIROZMACHADO DE ASSISALUÍZIO DE AZEVEDO

Índice

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Contexto Histórico

O Realismo reflete as profundas transformações econômicas, políticas, sociais e culturais da Segunda

metade do século XIX.  A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, entra numa nova fase, caracterizada pela utilização do aço, do petróleo e da eletricidade; ao mesmo tempo o avanço científico leva a novas descobertas nos campos da Física e da Química. O

capitalismo se estrutura em moldes modernos, com o surgimento de grandes complexos industriais; por outro lado, a massa operária urbana avoluma-se, formando uma população marginalizada que não partilha dos benefícios gerados pelo progresso

industrial mas, pelo contrário, é explorada e sujeita a condições subumanas de trabalho.

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O Brasil também passa por mudanças radicais tanto no campo econômico como no político-social, no período compreendido

entre 1850 e 1900, embora com profundas diferenças materiais, se comparadas às da Europa.  A campanha

abolicionista intensifica-se a partir de 1850; a Guerra do Paraguai (1864/70) tem como consequência o pensamento republicano – o Partido Republicano foi fundado no ano em

que essa guerra acabou –; a Monarquia vive uma vertiginosa decadência.  A Lei Áurea, de 1888, não resolveu o problema dos negros, mas criou uma nova realidade.  O fim da mão de

obra escrava e a sua substituição pela mão de obra assalariada, então representada pelas levas de imigrantes

europeus que vinham trabalhar na lavoura cafeeira, originou uma nova economia voltada para o mercado externo, mas

agora sem a estrutura colonialista.

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O que foi?

O realismo foi um movimento artístico e cultural que se desenvolveu na segunda metade do século XIX. A característica

principal deste movimento foi a abordagem de temas sociais e um tratamento objetivo da

realidade do ser humano.

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Onde começou?

O Realismo iniciou-se na França, em 1857, com a publicação de “Madame Bovary”, de Gustave Flaubert.

No Brasil foi em 1881, com “Memórias Póstumas da Brás Cubas” de Machado de Assis e “O Mulato” de Aluísio Azevedo.

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Porque recebeu esse nome?

O próprio nome deste período fala a respeito de sua característica mais marcante: a realidade.

A contemporaneidade é um atributo dos autores do Realismo que se preocupavam com o momento histórico, com o momento presente da sociedade em seus contextos

políticos e econômicos. 

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Caracaterísticas

Oposição ao idealismo romântico. Não há envolvimento sentimental

Representação mais fiel da realidadeRomance como meio de combate e crítica às

instituições sociais decadentes, como o casamento, por exemplo

Análise dos valores burgueses com visão crítica denunciando a hipocrisia e corrupção da classe

Influência dos métodos experimentaisNarrativa minuciosa (com muitos detalhes)Personagens analisadas psicologicamente

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As características do Realismo estão intimamente ligadas ao momento histórico, refletindo, dessa forma, a postura do Positivismo, do

Socialismo e do evolucionismo, com todas as suas variantes. Assim é que o objetivismo aparece como negação do subjetivismo romântico e nos mostra o homem voltado para aquilo que está diante e fora dele, o não-eu; o personalismo cede terreno para o universalismo. O materialismo leva à negação do sentimentalismo e da metafísica. 

O nacionalismo e a volta ao passado histórico são deixados de lado; o Realismo só se preocupa com o presente, o contemporâneo.

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Retrato fiel do personagemLentidão NarrativaInterpretação do caráterMaterialização do amorDeterminismo e relação

entre causa efeitoVeracidadeDetalhes Específicos

Visão determinista e mecanicista do homemCentificismoPersonagens

patológicasIncorporação de termos

científicos e profissionaisDeterminista,

evolucionista, positivista

REALISMO X NATURALISMO

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“O realismo é uma reação contra o romantismo: o romantismo era a apoteose do sentimento; - o realismo é a anatomia do caráter. É a crítica

do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos – para condenar o que houve de

mau na nossa sociedade.” Eça de Queirós. 

Autores

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Eça de Queiroz

José Maria Eça de Queirós , nasceu em Póvoa do Varzim 1845. Passou a infância e juventude longe dos pais pois estes não eram casados. Estudou direito na

Universidade de Coimbra. Ligou-se por essa ocasião ao grupo renovador chamado “Escola de Coimbra” ,

Responsável pela introdução do Realismo em Portugal. Eça não participou diretamente da “Questão Coimbra”

- 1865 - , a polêmica em que jovens defensores de novas ideias literárias , artísticas e filosóficas liderados por Antero de Quental , se defrontaram com os velhos românticos , ultrapassados e conservadores , liderados

por Visconde de Castilho.

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Eça de Queirós é o representante maior da prosa realista em Portugal. Grande renovador do romance, abandonou a linha

romântica, e estabeleceu uma visão critica da realidade. Afastou-se do estilo clássico, que pendurou por muito tempo

na obra de diversos autores românticos, deu a frase uma maior simplicidade , mudando a sintaxe e inovando na

combinação das palavras. Evitou a retórica tradicional e os lugares comuns, criou novas formas de dizer, introduziu

neologismos e, principalmente utilizou o adjetivo de maneira inédita e expressiva. Este novo estilo só teve antecessor em

Almeida Garrett e valeu a Eça a acusação de galicismo e estabeleceu os fundamentos da prosa moderna da Língua

Portuguesa.Enfim , no dia 16 de Agosto de 1900 Eça morre em Paris.

Deixava um episódio literário que veio a ser publicado aos poucos.

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Principais obras:

. A Cidade e as Serras· A Ilustre Casa de Ramires· A Relíquia· A Tragédia da Rua das Flores· As Farpas· Contos e Prosas Bárbaras· O Crime do Padre Amaro· O Mandarim· O Mistério da Estrada de Sintra· O Primo Basílio· Os Maias· Uma Campanha Alegre

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Machado de Asssis

Joaquim Maria Machado de Assis é considerado o maior escritor do século XIX, escreveu romances e contos, mas também aventurou-se pelo mundo da poesia, teatro, crônica e critica literária. Nasceu no

Rio de Janeiro em 1839 e morreu em 1908. Foi tipógrafo e revisor tornando-se colaborador da

imprensa da época. Sua infância foi muito pobre e a sua ascensão artística se deve a muito trabalho e

dedicação. Sua esposa, Carolina Xavier, o incentivou muito na carreira literária, tanto que foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de

Letras.

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Embora sejam romances, essas obras também revelam algumas características que futuramente marcarão a

fase realista e madura do autor, como a análise psicológica dos personagens, o humor, monólogos

interiores e cortes na narrativa (uma das suas principais características). “Memórias Póstumas da

Brás Cubas” (considerado o divisor de águas na obra machadiana) “Quincas Borba”, “Dom Casmurro”, “Esaú e Jacó” e “Memorial de Aires”, revelam o

interesse cada vez maior do autor de aprofundar a análise do comportamento do homem, revelando algumas características próprias do ser humano

como a inveja, a luxúria, o egoísmo e a vaidade, todas encobertas por uma aparência boa e honesta.

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Principais obras:

Ressurreição - 1872 A mão e a luva - 1874 Helena - 1876 Iaiá Garcia - 1878 Memórias Póstumas de Brás Cubas - 1881 Quincas Borba - 1891 Dom Casmurro - 1899 Esaú e Jacó - 1904 Memorial de Aires - 1908 

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Aluízio de Azevedo

Considerado o pioneiro do naturalismo no Brasil, o romancista Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão em 14 de abril de

1857. Quando jovem ele fazia caricaturas e poesias, como colaborador, para jornais e revistas no Rio de Janeiro. Seu primeiro romance publicado foi: Uma lágrima de mulher, em 1880.  Fundador da cadeira número quatro da Academia Brasileira de Letras e crítico social, este escritor naturalista

foi autor de diversos livros, entre eles estão: O Mulato, que provocou escândalo na época de seu

lançamento, Casa de Pensão, que o consagrou e O Cortiço, conhecido com sua obra mais importante. 

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Este autor, que não escondia seu inconformismo com a sociedade brasileira e com suas regras, escreveu ainda outros títulos: Condessa Vésper, Girândola de Amores, Filomena Borges, O Coruja, O Homem, O Esqueleto, A Mortalha de Alzira, O livro de uma

Sogra e contos como: Demônios. Durante grande parte de sua vida, Aluísio de Azevedo viveu daquilo que ganhava como escritor, mas ao

entrar para a vida diplomática ele abandonou a produção literária. Faleceu em Buenos

Aires, Argentina, no dia 21 de janeiro de 1913.

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Principais obras:

Uma Lágrima de Mulher, novela, 1880 O mulato, novela, 1881 Mistério da Tijuca ou Girândola de amores, novela, 1882 Memórias de Um Condenado ou Condessa Vesper, novela, 1882 Casa de pensão, novela, 1884 Filomena Borges, novela, 1884 O homem, novela, 1887 O cortiço, novela, 1890 O coruja, novela, 1890 A Mortalha de Alzira, novela, 1894 Demônios, conto, 1895 O livro de uma sogra, novela, 1895 O Bom Negro, crônica O Esqueleto, (participação de  Olavo Bilac). 

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FONTES:

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ANA CLARA

BEATRIZ

GIOVANNA L.

SUSANE

VIRGÍNIA

YONÁ

Produzido por...