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República Velha
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História do Brasil – prof. Delmonte
Capítulos:
1. Periodização da República Velha (1889-1930)2. Deodoro da Fonseca (1889-1891)3. A Constituição de 1891 e o Encilhamento4. Floriano Peixoto (1891-1894)5. A República das Oligarquias – Política dos Governadores (1894-1930)6. Política e Economia (1898-1918)7. Revoltas na República Velha8. A Guerra de Canudos (1896)9. A Revolta da Vacina (1904)10. A Revolta da Chibata (1910)11. A Guerra do Contestado (1912-1916)12. Wenceslau Brás e o Surto Industrial (1914-1918)13. A Crise do Domínio Oligárquico – O Tenentismo (1922-1930)14. A Revolução de 30
A República Velha (1889-1930)
1891
1889
1894
1906
A República da Espada (1889-1894) 15.11.1889 - Proclamação da República - um golpe militar depõe o imperador
Constituição de 1891 - voto universal e separação entre Estado e Igreja
1898 - Política dos Governadores - Campos Sales estabelece o “café-com-leite”
A República Oligárquica (1894-1930) - O Domínio das Oligarquias Agrárias 1894 - Eleição de Prudente de Moraes - a oligarquia cafeeira toma o
poder 1906 - Convênio de Taubaté - Afonso Pena e a valorização do café
Rep. da Espada
1898
A Crise da Oligarquia 1922 – Semana de Arte Moderna, Tenentismo, Partido
Comunista 1925-27 – Coluna Prestes 1929 – “Crack” da Bolsa de Nova Iorque 1930 – Eleição de 1930 - rompe-se a aliança SP / MG Revolução de 30 – Vargas depõe as oligarquias agrárias
1922
Anos 20“anos loucos”
1929
Domínio das oligarquias
Crise da oligarquia
1930
Periodização da República Velha (1889-1930) 1
Novos símbolos: bandeira e
hino
Separação Estado e Igreja
Casamento civil
Código Penal
Grande naturalização
Crise econômica:
Encilhamento
Assembleia Constituinte
Constituição de 1891
Mal. Deodoro da Fonseca (1889-91) 2
Henrique Bernardelli“Proclamação da República”, cerca de 1900. Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Constituição de 1891:
Promulgada, federalismo, voto universal masculino (não secreto),
Estado laico.
Rui Barbosa
Estados Unidos do Brasil
Encilhamento (1890-92)
Crise financeira provocada pela política industrialista e pela alta emissão monetária do ministro da fazenda Rui Barbosa. A grande especulação no mercado de ações e o aparecimento de “empresas fantasmas” na Bolsa de Valores, provocaram a falência de empresas, inflação e recessão econômica.
“Cavalo encilhado não passa duas vezes.”
A Constituição de 1891 e o Encilhamento 3
Floriano assume após a renúncia de Deodoro
Medidas populares: combateu a inflação e a especulação imobiliária
Teve o apoio da classe média urbana Oposição dos Militares: Manifesto dos 13 Generais e a Segunda Revolta da Armada
(Almirante Custódio de Melo)
Revolução Federalista (RS/SC/PR) (1891-95)
XGumercindo
Saraiva
“Maragatos”contra Floriano
Júlio de Castilhos
“Pica-paus”florianistas
Mal. Floriano Peixoto (1891-93)
“Marechal de Ferro”
4
- Era inicialmente uma guerra entre líderes locais pelo poder no Rio Grande do Sul, mas transformou-se numa guerra civil contra Floriano quando o presidente resolveu ajudar o governador Júlio de Castilhos.
- A revolta estendeu-se até Santa Catarina e Paraná.
- Quando as tropas de Floriano “libertaram” Desterro, então capital de Santa Catarina, o governador catarinense Hercílio Luz muda o nome da cidade para Florianópolis.
1918
“Funding-loan”: renegociação da dívida externa e novo empréstimo; Cortes nos gastos públicos e aumento de impostos (Campos “Selos”), recessão;
A República das Oligarquias (1894-1930)
Domínio das oligarquias Crise da oligarquia
1930
Coronelismo: poder local do latifundiário;
Voto de cabresto: influência que o coronel exerce sobre seu “curral”;
Curral eleitoral: pessoas que estão sob a influência do coronel;
Política dos Governadores: era a troca de apoio entre o governo federal dominado por SP e MG (“café-com-leite") e os governos estaduais (oligarquias locais).
Degola: quando o candidato eleito era impedido de assumir o cargo por não ser da oligarquia.
Comissão de Verificação de Poderes: órgão do governo federal que validava ou não (degola) os candidatos eleitos.
Campos Sales e a “Política dos Governadores” (1898-1902)_________
5
1898
1903
1898
1906
1914 - 1918
Política dos Governadores (‘Café com leite’) – Campos Sales
D o m í n i o d a s o l i g a r q u i a s
1910
Surto da borracha na Amazônia (Compra do Acre) – Rodrigues Alves
Campanha Civilista (SP x MG) Rui X Hermes(primeiro abalo do regime oligárquico)
Convênio de Taubaté (Valorização do café) – Afonso Pena
Surto industrial (Wenceslau Brás)
(substituição de importações)
D e c l í n i o d a s
o l i g a r q u i a s
1930
Política das “Salvações” (Hermes da Fonseca)(intervenções na BA e no CE)
Política e Economia (1898-1918) 6
1904
1897
1910
1917
Guerra de Canudos – Prudente de Moraes
D o m í n i o d a s o l i g a r q u i a s
1911
Revolta da Vacina (Reformas urbanas na capital RJ) – Rodrigues Alves
Revolta de Juazeiro (Padre Cícero)(Salvações de Hermes da Fonseca)
Revolta da Chibata (João Cândido) – Hermes da Fonseca
Greve Geral - Wenceslau Brás
(Anarco-sindicalismo)
D e c l í n i o d a s o l i g a r q u i a s
1930
Guerra do Contestado PR/SC ( Monge José Maria)
1919
Eípitácio Pessoa (1919-22)
Revoltas na República Velha (1889-1930) 7
Antonio Conselheiro morto, foto de Flávio de Barros, 1897.
No interior da Bahia, às margens do rio Vaza-Barris, no arraial de Canudos, mais de 20 mil sertanejos pobres e explorados pelos coronéis da região, seguiam a liderança messiânica de Antônio Conselheiro. Conselheiro fazia críticas a República que acabara de ser instaurada, além de descontentar a Igreja e os coronéis da região que se viam sem mão-de-obra.
Pré-modernismo (1902)
O exército foi chamado para reprimir os sertanejos e isso transformou-se numa guerra que precisou de 4 expedições militares e mobilizou mais de 12 mil soldados. Canudos foi destruída e mais de 20 mil sertanejos mortos.
Euclides da Cunha esteve na região
como correspondente de
guerra do jornal “O Estado de São
Paulo”, depois escreveu um livro
fundamental para a cultura brasileira,
“Os Sertões”.
“...então, o sertão vai virar praia e a praia vai virar sertão”
A Guerra de Canudos – BA (1896-1897) 8
Surto da borracha na Amazônia;
Compra do Acre da Bolívia (1903);
Reforma urbana do Rio de Janeiro; - Prefeito Pereira Passos e a demolição dos cortiços (“bota-abaixo”);
Saneamento urbano: Osvaldo Cruz, os mata-mosquitos e a “Lei da Vacina Obrigatória”;
A Revolta da Vacina: a vacina obrigatória foi o estopim de uma revolta popular que virou bondes e teve uma dura repressão com mais de mil mortos no Rio de Janeiro;
Podemos relacionar a Revolta da Vacina com as manifestações de junho de 2013. Tanto quanto a vacina em 1904, a tarifa do transporte urbano foi a “gota ´d’água” que gerou uma gigantesca onda de manifestações, atos de vandalismo e violência.
A Revolta da Vacina (1904)
Rodrigues Alves (1902-1906)
9
O “Almirante Negro”
Encouraçado Minas Gerais
O Mestre-sala dos mares (João Bosco - Aldir Blanc) (letra original censurada) (1974)
Há muito tempo,Nas Águas da Guanabara,O Dragão do Mar reapareceu,Na figura de um bravo marinheiroA quem a história não esqueceuConhecido como o Almirante Negro,Tinha a dignidade de um mestre-salaE ao acenar pelo mar, com seu bloco de fragatasFoi saudado no portoPelas mocinhas francesas,Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias,
Rubras cascatasJorravam das costas dos negrosPelas pontas das chibatas,Inundando o coração, de toda a tripulaçãoQue a exemplo do marinheiro gritava: não.
Glória à farofa, à cachaça e às baleias,
Glória a todas as lutas inglóriasQue através da nossa históriaNão esquecemos jamais...
Salve o Almirante Negro,Que tem por monumentoAs pedras pisadas do cais
A Revolta da Chibata – RJ (1910) 10
A marinha brasileira era a terceira do mundo com um dos maiores navios de guerra da época, o “Minas Gerais”. Porém os marinheiros ainda eram tratados como escravos e havia cotidianamente a infame pena da chibata. João Cândido, líder da revolta e por isso chamado de “Almirante Negro”, conseguiu abolir a pena da chibata, porém, foi torturado e esquecido, como lembra a música de João Bosco e Aldir Blanc. Em 2008 o “Almirante Negro” finalmente ganhou um monumento à sua memória na cidade do Rio de Janeiro.
À memória de João Cândido
Região em litígio entre Paraná e S. Catarina; Floresta de araucária = ação das madeireiras; Construção da Estrada de Ferro SP – RS; concessão de terras e benefícios para empresas
inglesas e americanas (Brazilian Railway); expulsão e marginalização de pequenos
camponese;
A Guerra do Contestado – PR/SC (1912-18)
“Lei do Winchester”
Monge José Maria (líder messiânico);
Reino Milenarista no Contestado (milhares de pessoas);
Repressão do exército: “Guerra dos Pelados”;
Massacrados pelo exército (“Canudos do sul do Brasil”).
Cristianismo caboclo: buscam uma liderança espiritual;
11
Wenceslau Brás
(1914-1918)
Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
Substituição de importações
Indústria Têxtil e alimentos
Novos grupos sociais
urbanos
- Operários
- Burguesia Industrial
- Classe média urbana
Fora do domínio do coronel = declínio das oligarquias
Wenceslau Brás e o Surto Industrial (1914-18) 12
Jovens oficiais da classe média urbana contra as oligarquias agrárias- objetivos: moralização política (pelo voto secreto, fim das fraudes e do “café com leite”)- ensino obrigatório, centralização positivista.
Crítica: movimento isolado e elitista: para o povo, mas sem o povo. Indefinição ideológica, eles seriam os “salvadores da pátria”.
Revolta do Forte de Copacabana - RJ - 1922.
Revolução no Rio Grande do Sul - 1923. Revolução em São Paulo - 1924. Coluna Prestes - 1925-1927.
Movimentos
Tenentismo
“Os 18 do Forte”
Sob a liderança de Luís Carlos Prestes,“o Cavaleiro da Esperança” e Miguel Costa, foi uma marcha de 27 mil Km pelo interior do Brasil com 1500 homens tentando debilitar o governo de Arthur Bernardes;
Caráter social mais amplo: alguns mencionavam o voto feminino e a reforma agrária.
Fracassou. Seus integrantes se exilaram na Bolívia.
13
Eleições de 1930: a “quebra do café-com-leite”
RS/PB/MG - Aliança Liberal - Getúlio e João Pessoa
São Paulo apoia Júlio Prestes que vence mas não assume
Assassinato de João Pessoa Getúlio usa o assassinato como estopim para a
revolução A “Revolução de 30” (03/10/1930-03/11-1930) derrubou as oligarquias agrárias do poder.Tenentismo + Oligarquias Dissidentes
=Revolução de 30
(fim do domínio das oligarquias)
Washington Luís (1926-30)
“Governar é abrir estradas...” / “A questão social é caso de polícia.”
Reforma monetária = padrão-ouro (lastro)
1926: Fundação do Partido Democrático (dissidência oligárquica)
Crise de 1929 = Quebra do café
Vargas como líder da “revolução”
A Revolução de 30 14
Fim do Tema
A República Velha