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Resumo-SínteseBiologia
8. Sistemática dos seres vivos Sistemas de classificação
Sistemática – estuda os seres vivos e as suas relações evolutivas, estabelecendo sistemas para a sua classificação.
Taxonomia – estabelece regras para a nomenclatura e classificação dos seres vivos.
Existem dois tipos de características para classificar os organismos:o Características primitivas ou ancestrais, presentes em todos os organismos de
um grupo, como resultado de terem descendido de um ancestral comum, em que essa característica estava presente.
o Características evoluídas ou derivadas, presentes nos indivíduos de um grupo e que não estavam presentes no ancestral desse grupo, revelando, assim, que houve separação de um novo ramo.
Diversidade de critérioso Critérios morfológicos e fisiológicos (ex.: simetria corporal).o Paleontologia – permitiu conhecer grupos de seres vivos, hoje totalmente
extintos, e estabelecer relações de parentesco entre outros grupos.o Modo de nutrição
Horizontais (ou estáticas) - não têm em conta o fator tempo e permitem construir árvores fenéticas. Privilegia os caracteres diretamente observáveis ou morfológicos, numa informação primária de características fenotípicas.
Verticais (ou dinâmicas) – têm em conta o fator tempo e permitem constituir árvores filéticas. Atribui maior valor às relações evolutivas, sobressaindo a importância da filogenia e deixando para segundo plano o aspeto morfológico.
Artificiais – baseadas num pequeno número de características
Racionais - baseiam-se em carateres
evidenciados pelos seres vivosSistemas de
classificação
Práticos – relacionadas com os interesses humanos (defesa, alimentação…)
Naturais – baseadas num grande número de características
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o Embriologia – consiste no estudo do desenvolvimento embrionário dos organismos e tem-se revelado, à semelhança da Paleontologia e do modo de nutrição, um critério muito útil na classificação dos seres vivos, especialmente dos animais.
o Cariologia – consiste no estudo dos cariótipos dos seres vivos.As células somáticas de cada espécie têm o mesmo número de cromossomas, pelo que este critério se torna útil para classificar seres vivos. No entanto, existem espécies diferentes que possuem o mesmo número de cromossomas; por isso, este critério tem muitas limitações na sua aplicação.
o Etologia – é o estudo do comportamento animal. As diferenças encontradas em padrões de comportamento de grupos semelhantes são úteis na classificação desses grupos.
o Critérios bioquímicos – é o estudo comparativo de biomoléculas, especialmente de proteínas e de ácidos nucleicos de diferentes organismos e tem revelado dados muito significativos em classificação.
o Organização estrutural – a diferença estrutural a nível celular que se verifica entre procariontes e eucariontes marca a divisão dos mais abrangentes grupos de seres vivos.
Por outro lado, o nível de complexidade dos variados organismos, bem como a especialização estrutural e fisiológica das células, fornece dados muito importantes em classificação.
Taxonomia e NomenclaturaLineu, no seu sistema de classificação, organizou os organismos em grupos hierárquicos – taxa:
Regras básicas da nomenclatura científicaNomenclatura binominalEx.: Homo sapiens Lin., 1758 Homo – Nome do género a que a espécie pertence Sapiens – Restritivo específico Lin. – Nome ou abreviatura de quem atribuiu o nome à espécie 1758 – Ano em que a espécie foi descrita
Os reinos dos seres vivos1º Sistema com 2 reinos (plantae, animalia) – desde Aristóteles até meio do séc
XIX;
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2º Sistema com 3 reinos (plantae, animalia, protista) – Haeckel (1856);
3º Sistema com 4 reinos (plantae, animalia, protista, monera) – Copeland (1956);
Sistema de classificação de Whittaker Níveis de organização celular
o Procariótica ou Eucarióticao Unicelular ou Multicelular
Tipos de nutriçãoo Autotrófico ou heterotróficoo Ingestão ou absorção
Interações nos ecossistemaso Produtores, macroconsumidores ou microconsumidores
Sistema com 5 reinos (plantae, animalia, fungi, protista, monera) – Whittaker (1969)
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Reino Monerao bactérias e cianobactérias (bactérias fotossintéticas);o unicelulares procariontes;o apesar da sua simplicidade, são organismos cosmopolitas, existindo em todos
os tipos de habitat, incluindo alguns tão extremos, que não suportam outras formas de vida;
o bactérias com dimensões reduzidas (1 a 5 micrómetros);o podem apresentar formas muito distintas: cocos (esféricos), bacilos (forma de
bastonete), vibriões (forma de vírgula) e os espirilos (espiralados);o as bactérias podem viver isoladas ou em grupos com um número variado de
células;
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o organismos muito importantes em muitos processos que ocorrem no nosso planeta:
o muitas bactérias intervêm no ciclo de muitos elementos químicos essenciais à Vida;
o utilização de fermentações bacterianas para produzir queijo, iogurte, vinagre, cerveja, vinho, entre outros;
o produção de antibióticos;o formação de associações simbióticas com ruminantes. Estes animais
dependem em grande parte da celulose para a sua alimentação, mas são incapazes de sintetizar a enzima celulase, enzima esta que é produzida pelas bactérias que vivem no seu sistema digestivo, transformando, assim, a celulose em compostos que o animal pode utilizar;
o produção de várias vitaminas pelas bactérias que o Homem possui no seu intestino.
Reino Protistao existem protistas semelhantes a animais (protozoários) – paramécia, amiba –,
semelhantes a plantas – espirogira, euglena -, e semelhantes a fungos – mixomicetes;
o existem na maioria dos locais que contêm água, incluindo habitats terrestres suficientemente húmidos. Também podem existir protistas dentro de outros organismos (fluidos corporais, interior das células);
o são constituintes importantes do plâncton;o servem de alimento para o Homem e para os animais, de adubo para a
agricultura e, também, para a obtenção de substâncias usadas na Medicina e em cosmética.
Reino Fungio eucariontes, maioritariamente multicelulares e existem, essencialmente, em
habitats terrestres; o heterotróficos, adquirindo os nutrientes por absorção;o os fungos multicelulares são constituídos por hifas (filamentos ramificados que
tiveram origem num esporo, que podem formar uma rede densa de filamentos, denominada micélio (que favorece a eficiência da absorção dos nutrientes), ou formar um corpo compacto, como no caso dos cogumelos);
o a maioria possui parede celular constituída por quitina;o desempenham um papel fundamental nos ecossistemas (devido às diferentes
relações ecológicas que estabelecem);o são inúmeras as suas aplicações industriais (alimentação humana, produção de
cerveja, pão, queijo, etc.);o produção de antibióticos; o podem ser decompositores, mas também podem estabelecer relações
simbióticas com outros organismos.
Reino Plantae
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o seres multicelulares, maioritariamente fotossintéticos, com diferenciação tecidular;
o apresentam parede celular de natureza celulósica e armazenam amido e outras substâncias de reserva.
Reino Animaliao seres eucariontes, multicelulares e heterotróficos;o encontram-se distribuídos por todo o tipo de habitats do nosso planeta;o a maioria dos animais apresenta locomoção, bem como um sistema nervoso que
permite interagir rapidamente com o meio envolvente.