Upload
101d1
View
619
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Escola EB23S Vieira de Arauacutejo
20092010
Nome Rosa Maria de Bettencourt
Rodrigues Lobato de Faria
Nasceu 20 de Abril de 1932
Morreu 2 de Fevereiro de 2010 com 78
anos
Foi casada com oeditor Joaquim
Figueiredo Magalhatildeescom quem estevecasada 33 anos
Deixou 4 filhos ee
12 netos
ldquoFoi a mulher dos 7 ofiacuteciosrdquopoetisa
romancistaargumentista
cronista e actriz de teatro cinema
e televisatildeo Autora de
canccedilotildees e fadoslocutoraguionista
hellip
ldquoe um dia quando eu tinha 63 anos Deus quis que eu
nascesse de novo Contaram-me uma histoacuteria e fiquei a
pensar nela Aquela histoacuteria natildeo me largava a
cabeccedila E eu dizia para mim Isto eacute um conto tenho que
escrever este conto senatildeo natildeo me vejo livre desta
maccedilada E escrevi Quando reparei tinha 240 paacuteginas A4 e pensei Isto se calhar eacute um bocadinho mais que um conto
Efectivamente era um romancerdquo
Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na
deacutecada de 80 jaacute com 63 anos
Publicou o seu 1ordm livro em 1995
O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo
O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008
Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura
Romances que escreveu
Os Paacutessaros de Seda (1996)
Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)
Romance de Cordeacutelia (1998)
O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)
A Tranccedila de Inecircs (2001)
O Seacutetimo Veacuteu (2003)
Os Linhos da Avoacute (2004
A Flor do Sal (2005)
Seacuteries onde participou
Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv
A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv
Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv
Aqui natildeo haacute quem viva
A mala de cartatildeo
Filmes onde participou
Traacutefico
A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica
Jogo de matildeo
Paisagem sem barcos
O vestido cor de fogo
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Nome Rosa Maria de Bettencourt
Rodrigues Lobato de Faria
Nasceu 20 de Abril de 1932
Morreu 2 de Fevereiro de 2010 com 78
anos
Foi casada com oeditor Joaquim
Figueiredo Magalhatildeescom quem estevecasada 33 anos
Deixou 4 filhos ee
12 netos
ldquoFoi a mulher dos 7 ofiacuteciosrdquopoetisa
romancistaargumentista
cronista e actriz de teatro cinema
e televisatildeo Autora de
canccedilotildees e fadoslocutoraguionista
hellip
ldquoe um dia quando eu tinha 63 anos Deus quis que eu
nascesse de novo Contaram-me uma histoacuteria e fiquei a
pensar nela Aquela histoacuteria natildeo me largava a
cabeccedila E eu dizia para mim Isto eacute um conto tenho que
escrever este conto senatildeo natildeo me vejo livre desta
maccedilada E escrevi Quando reparei tinha 240 paacuteginas A4 e pensei Isto se calhar eacute um bocadinho mais que um conto
Efectivamente era um romancerdquo
Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na
deacutecada de 80 jaacute com 63 anos
Publicou o seu 1ordm livro em 1995
O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo
O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008
Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura
Romances que escreveu
Os Paacutessaros de Seda (1996)
Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)
Romance de Cordeacutelia (1998)
O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)
A Tranccedila de Inecircs (2001)
O Seacutetimo Veacuteu (2003)
Os Linhos da Avoacute (2004
A Flor do Sal (2005)
Seacuteries onde participou
Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv
A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv
Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv
Aqui natildeo haacute quem viva
A mala de cartatildeo
Filmes onde participou
Traacutefico
A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica
Jogo de matildeo
Paisagem sem barcos
O vestido cor de fogo
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Foi casada com oeditor Joaquim
Figueiredo Magalhatildeescom quem estevecasada 33 anos
Deixou 4 filhos ee
12 netos
ldquoFoi a mulher dos 7 ofiacuteciosrdquopoetisa
romancistaargumentista
cronista e actriz de teatro cinema
e televisatildeo Autora de
canccedilotildees e fadoslocutoraguionista
hellip
ldquoe um dia quando eu tinha 63 anos Deus quis que eu
nascesse de novo Contaram-me uma histoacuteria e fiquei a
pensar nela Aquela histoacuteria natildeo me largava a
cabeccedila E eu dizia para mim Isto eacute um conto tenho que
escrever este conto senatildeo natildeo me vejo livre desta
maccedilada E escrevi Quando reparei tinha 240 paacuteginas A4 e pensei Isto se calhar eacute um bocadinho mais que um conto
Efectivamente era um romancerdquo
Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na
deacutecada de 80 jaacute com 63 anos
Publicou o seu 1ordm livro em 1995
O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo
O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008
Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura
Romances que escreveu
Os Paacutessaros de Seda (1996)
Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)
Romance de Cordeacutelia (1998)
O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)
A Tranccedila de Inecircs (2001)
O Seacutetimo Veacuteu (2003)
Os Linhos da Avoacute (2004
A Flor do Sal (2005)
Seacuteries onde participou
Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv
A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv
Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv
Aqui natildeo haacute quem viva
A mala de cartatildeo
Filmes onde participou
Traacutefico
A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica
Jogo de matildeo
Paisagem sem barcos
O vestido cor de fogo
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Deixou 4 filhos ee
12 netos
ldquoFoi a mulher dos 7 ofiacuteciosrdquopoetisa
romancistaargumentista
cronista e actriz de teatro cinema
e televisatildeo Autora de
canccedilotildees e fadoslocutoraguionista
hellip
ldquoe um dia quando eu tinha 63 anos Deus quis que eu
nascesse de novo Contaram-me uma histoacuteria e fiquei a
pensar nela Aquela histoacuteria natildeo me largava a
cabeccedila E eu dizia para mim Isto eacute um conto tenho que
escrever este conto senatildeo natildeo me vejo livre desta
maccedilada E escrevi Quando reparei tinha 240 paacuteginas A4 e pensei Isto se calhar eacute um bocadinho mais que um conto
Efectivamente era um romancerdquo
Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na
deacutecada de 80 jaacute com 63 anos
Publicou o seu 1ordm livro em 1995
O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo
O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008
Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura
Romances que escreveu
Os Paacutessaros de Seda (1996)
Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)
Romance de Cordeacutelia (1998)
O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)
A Tranccedila de Inecircs (2001)
O Seacutetimo Veacuteu (2003)
Os Linhos da Avoacute (2004
A Flor do Sal (2005)
Seacuteries onde participou
Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv
A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv
Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv
Aqui natildeo haacute quem viva
A mala de cartatildeo
Filmes onde participou
Traacutefico
A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica
Jogo de matildeo
Paisagem sem barcos
O vestido cor de fogo
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
ldquoFoi a mulher dos 7 ofiacuteciosrdquopoetisa
romancistaargumentista
cronista e actriz de teatro cinema
e televisatildeo Autora de
canccedilotildees e fadoslocutoraguionista
hellip
ldquoe um dia quando eu tinha 63 anos Deus quis que eu
nascesse de novo Contaram-me uma histoacuteria e fiquei a
pensar nela Aquela histoacuteria natildeo me largava a
cabeccedila E eu dizia para mim Isto eacute um conto tenho que
escrever este conto senatildeo natildeo me vejo livre desta
maccedilada E escrevi Quando reparei tinha 240 paacuteginas A4 e pensei Isto se calhar eacute um bocadinho mais que um conto
Efectivamente era um romancerdquo
Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na
deacutecada de 80 jaacute com 63 anos
Publicou o seu 1ordm livro em 1995
O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo
O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008
Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura
Romances que escreveu
Os Paacutessaros de Seda (1996)
Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)
Romance de Cordeacutelia (1998)
O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)
A Tranccedila de Inecircs (2001)
O Seacutetimo Veacuteu (2003)
Os Linhos da Avoacute (2004
A Flor do Sal (2005)
Seacuteries onde participou
Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv
A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv
Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv
Aqui natildeo haacute quem viva
A mala de cartatildeo
Filmes onde participou
Traacutefico
A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica
Jogo de matildeo
Paisagem sem barcos
O vestido cor de fogo
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
ldquoe um dia quando eu tinha 63 anos Deus quis que eu
nascesse de novo Contaram-me uma histoacuteria e fiquei a
pensar nela Aquela histoacuteria natildeo me largava a
cabeccedila E eu dizia para mim Isto eacute um conto tenho que
escrever este conto senatildeo natildeo me vejo livre desta
maccedilada E escrevi Quando reparei tinha 240 paacuteginas A4 e pensei Isto se calhar eacute um bocadinho mais que um conto
Efectivamente era um romancerdquo
Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na
deacutecada de 80 jaacute com 63 anos
Publicou o seu 1ordm livro em 1995
O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo
O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008
Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura
Romances que escreveu
Os Paacutessaros de Seda (1996)
Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)
Romance de Cordeacutelia (1998)
O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)
A Tranccedila de Inecircs (2001)
O Seacutetimo Veacuteu (2003)
Os Linhos da Avoacute (2004
A Flor do Sal (2005)
Seacuteries onde participou
Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv
A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv
Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv
Aqui natildeo haacute quem viva
A mala de cartatildeo
Filmes onde participou
Traacutefico
A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica
Jogo de matildeo
Paisagem sem barcos
O vestido cor de fogo
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Foi uma escritora tardia pois estriou-se a escrever na
deacutecada de 80 jaacute com 63 anos
Publicou o seu 1ordm livro em 1995
O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo
O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008
Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura
Romances que escreveu
Os Paacutessaros de Seda (1996)
Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)
Romance de Cordeacutelia (1998)
O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)
A Tranccedila de Inecircs (2001)
O Seacutetimo Veacuteu (2003)
Os Linhos da Avoacute (2004
A Flor do Sal (2005)
Seacuteries onde participou
Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv
A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv
Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv
Aqui natildeo haacute quem viva
A mala de cartatildeo
Filmes onde participou
Traacutefico
A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica
Jogo de matildeo
Paisagem sem barcos
O vestido cor de fogo
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
O 1ordm livro que escreveu foi ldquoO Pranto de Luacuteciferrdquo
O uacuteltimo foi ldquoAs esquinas do tempordquo em 2008
Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura
Romances que escreveu
Os Paacutessaros de Seda (1996)
Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)
Romance de Cordeacutelia (1998)
O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)
A Tranccedila de Inecircs (2001)
O Seacutetimo Veacuteu (2003)
Os Linhos da Avoacute (2004
A Flor do Sal (2005)
Seacuteries onde participou
Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv
A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv
Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv
Aqui natildeo haacute quem viva
A mala de cartatildeo
Filmes onde participou
Traacutefico
A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica
Jogo de matildeo
Paisagem sem barcos
O vestido cor de fogo
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Em 2000 ganhou o preacutemio maacuteximo de literatura
Romances que escreveu
Os Paacutessaros de Seda (1996)
Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)
Romance de Cordeacutelia (1998)
O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)
A Tranccedila de Inecircs (2001)
O Seacutetimo Veacuteu (2003)
Os Linhos da Avoacute (2004
A Flor do Sal (2005)
Seacuteries onde participou
Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv
A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv
Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv
Aqui natildeo haacute quem viva
A mala de cartatildeo
Filmes onde participou
Traacutefico
A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica
Jogo de matildeo
Paisagem sem barcos
O vestido cor de fogo
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Romances que escreveu
Os Paacutessaros de Seda (1996)
Os Trecircs Casamentos de Camila (1997)
Romance de Cordeacutelia (1998)
O Prenuacutencio das Aacuteguas (1999)
A Tranccedila de Inecircs (2001)
O Seacutetimo Veacuteu (2003)
Os Linhos da Avoacute (2004
A Flor do Sal (2005)
Seacuteries onde participou
Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv
A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv
Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv
Aqui natildeo haacute quem viva
A mala de cartatildeo
Filmes onde participou
Traacutefico
A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica
Jogo de matildeo
Paisagem sem barcos
O vestido cor de fogo
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Seacuteries onde participou
Humor de PrediccedilatildeoAnaRosa Lobato FariaHumor de Perdiccedilatildeo - Chegada de Joseacute Estebesflv
A minha sogra eacute uma bruxaAnaRosa Lobato Faria[A Minha Sogra eacute uma Bruxa] Ateacute Sempre Rosa Lobato Fariaflv
Palavras CruzadasAnaRosa Lobato FariaPalavras Cruzadas -episoacutedio 2 - Chegada do Joatildeo e o Traacutefico de joiasflv
Aqui natildeo haacute quem viva
A mala de cartatildeo
Filmes onde participou
Traacutefico
A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica
Jogo de matildeo
Paisagem sem barcos
O vestido cor de fogo
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Filmes onde participou
Traacutefico
A mulher que acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da Ameacuterica
Jogo de matildeo
Paisagem sem barcos
O vestido cor de fogo
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Letras de Musicas que escreveu
Amor drsquoaacutegua fresca (1992)
Chamar a muacutesica (1994)
Baunilha e chocolate (1995)
Antes do Adeus (1997)
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Amor drsquoaacutegua frescaQuando eu vi olhos de ameixa e a boca de
amora silvestreTanto mel tanto sol nessa tua madeixa perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu o meu doce de uvaE noacutes sobre a mesa o amor de morango e cajuacute
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca ohoh
Tens na pele travo a laranja e no beijo trecircs gomos de risoTanto mel tanto sol fruta sumo aacutegua fresca provei e perdi o juiacutezo
Foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor
daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem vem vem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Ah foi na manhatilde acesa em ti abacate abrunhoE a pecircra francesa romatilde framboesa kiwi
Peguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua frescaPeguei trinquei e meti-te na cesta ris e daacutes-me a volta agrave cabeccedilaVem caacute tenho sede quero o teu amor daacutegua fresca
Peguei trinquei e meti-te na cesta
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Chamar a muacutesica
Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a muacutesicaPocircr agrave prova a minha vozNuma trova soacute pra noacutes
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor amor amorVou chamar a muacutesicaVou pegar na tua matildeoVou compor uma canccedilatildeo
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a muacutesicaA muacutesica
Musa dos meus temasNesta noite de accedilucenasAbraccedilar-te apenasEacute chamar a muacutesica
Esta noite natildeo quero a TVNem a folha do jornalBanal que ningueacutem lecircVou chamar a muacutesicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um chaacuteFeito de ervas e jasmimE aromas que natildeo haacuteVou chamar a muacutesicaEncontrar agrave flor de mimUm poema de cetim
Chamar a muacutesicaA muacutesicaTecirc-la aqui tatildeo perto
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
PoemasQuem me quiser
As pequenas palavrasVimos chegar a andorinha
QuimeraPrimeiro a tua matildeo
O teu amor absolutoQuero dar-te
E de novo a armadilha dos braccedilosImaginaccedilatildeo
TempoSorriso
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Quem me quiserQuem me quiser haacute-de saber as
conchasa cantiga dos buacutezios e do marQuem me quiser haacute-de saber as ondase a verde tentaccedilatildeo de naufragar
Quem me quiser haacute-de saber as fontesa laranjeira em flor a cor do fenoa saudade lilaacutes que haacute nos poenteso cheiro de maccedilatildes que haacute no inverno
Quem me quiser haacute-de saber a chuvaque potildee colares de peacuterolas nos ombroshaacute-de saber os beijos e as uvashaacute-de saber as asas e os pombos
Quem me quiser haacute-de saber os medosque passam nos abismos infinitosa nudez clamorosa dos meus dedoso salmo penitente dos meus gritos
Quem me quiser haacute-de saber a espumaem que sou turbilhatildeo subitamenteOu entatildeo natildeo saber coisa nenhumae embalar-me ao peito simplesmente
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
As pequenas palavrasDe todas as palavras escolhi aacutegua
porque laacutegrima chuva porque marporque saliva baacutetega nascenteporque rio porque sede porque fonteDe todas as palavras escolhi dar
De todas as palavras escolhi florporque terra papoila cor sementeporque rosa recado porque peleporque peacutetala poacutelen porque ventoDe todas as palavras escolhi mel
De todas as palavras escolhi vozporque cantiga riso porque
amorporque partilha boca porque noacutesporque segredo aacutegua mel e flor
E porque poesia e porque adeusde todas as palavras escolhi dor
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Vimos chegar a andorinha
Vimos chegar as andorinhas
conjugarem-se as estrelas
impacientarem-se os ventos
Agora
esperemos o veratildeo
do teu nascimento tranquilos preguiccedilosos
Tatildeo inseparaacuteveis as nossas fomes
Tatildeo emaranhadas as nossas veias
Tatildeo indestrutiacuteveis os nossos sonhos
Espera-te um nome
breve como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braccedilos
Viraacutes
como a luz maior
no solstiacutecio de Junho
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
QuimeraEu quis um violino no telhado
e uma arara exoacutetica no banhoEu quis uma toalha de brocado
e um pavatildeo real do meu tamanho
Eu quis todos os cheiros do pecado e toda a santidade que natildeo tenho
Eu quis uma pintura aos peacutes da camainfinita de azul e perspectiva
Eu quis ouvir ouvir a histoacuteria de Mira Buranana hora da orgia prometida
Eu quis uma opulecircncia de sultanae a miseacuteria amarga da mendiga
Eu quis um vinho feito de medronhode veneno de beijos de suspiros
Eu quis a morte de viver dum sonhoeu quis a sorte de morrer dum tiro
Eu quis chorar por ti durante o sonoeu quis ao acordar fugir contigoMas tudo o que eacute excessivo eacute muito poucoPor isso fiquei soacute com o meu corpo
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Primeiro a tua matildeoPrimeiro a tua matildeo sobre o meu
seioDepois o peacute ndash o meu ndash sobre o teu peacuteLogo o roccedilar urgente do joelhoe o ventre mais agrave frente na mareacute
Eacute a onda do ombro que se instalaEacute a linha do dorso que se inscreveA matildeo agora impotildee jaacute natildeo embalamas o beijo eacute cariacutecia de tatildeo leve
O corpo roda quer mais pele mais quenteA boca exige quer mais sal mais mornoJaacute natildeo haacute gesto que se natildeo inventeiacutempeto que natildeo ache um
abandonoEntatildeo jaacute a mareacute subiu de vez
Eacute todo o mar que inunda a nossa camaAfogados de amor e de nudezSomos a mareacute alta de quem ama
Por fim o sono calmo que natildeo eacutesenatildeo ternura intimidade enleioo meu peacute descansando no teu peacutea tua matildeo dormindo no meu seio
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
O teu amor absoluto
O teu amor absolutoeacute como a hera que envolve as paredes da casa
Quero ser a casae que arranhes a cal da minha pelee te aninhes nos meus ouvidos fendase perturbes a porta minha boca
E por fimprocures o perigo das janelase enfrentes os meus olhosinfinitos de maacutegoanoite e assombraccedilatildeo
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Quero dar-te
Quero dar-te a coisa mais pequenina que houverbago de arrozgratildeo de areiasemente de linhosuspiro de paacutessaropedra de salsom de regatoa coisa mais pequena do mundoa sombra do meu nomeo peso do meu coraccedilatildeo na tua pele
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
E de novo a armadilha dos braccedilosE de novo a armadilha dos abraccedilosE de novo o enredo das deliacuteciasO rouco da garganta os peacutes descalccedilosa pele alucinada de cariacuteciasAs preces os segredos as risadasno altar esplendoroso das ofertasDe novo beijo a beijo as madrugadasde novo seio a seio as descobertasAlcandorada no teu corpo imensoteccedilo um colar de gritos e silecircnciosa ecoar no som dos precipiacuteciosE tudo o que me daacutes eu te devolvoE fazemos de novo sempre novoo amor total dos deuses e dos bichos
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Imaginaccedilatildeo
A imaginaccedilatildeo eacute magia e eacute arteque nos faz inventar sonhar e viajarCom imaginaccedilatildeo podemos ir a Marteou ao centro da Terra ou ao fundo do marCom imaginaccedilatildeo nunca estamos sozinhosA imaginaccedilatildeo eacute um voo um lugaronde temos amigos onde haacute outros caminhosnos quais sem te mexeres podes ir passearInventa uma cantiga um poema um desenhoum arco-iacuteris um rio por entre mal me queresesse lugar eacute teu sem limite ou tamanhoA esse teu lugar soacute vai quem tu quiseres
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Tempo
O tempo tem aspectos misteriososUm ano passa a toda a velocidadeE um minuto se estamos ansiososParece agraves vezes uma eternidadeUm dia ou eacute veloz ou pachorrento-depende do que estaacute a acontecer-me O tempo de estudar pode ser lentoO tempo de brincar passa a correrE aquela terriacutevel arreliaQue ateacute te fez chorar por ser tatildeo maacutedeixa passar o tempo Por magiaQuando olhamos para traacutes jaacute laacute natildeo estaacute
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Sorriso
O sorriso eacute uma chaveQue abre portas e janelasEntre muitas coisas maacutegicasO sorriso eacute uma delasO sorriso eacute simpatiaTambeacutem pode ser amorO sorriso tem magiaTem ternura e calorO sorriso daacute carinhoO sorriso faz amigosConstroacutei tu no teu caminhoUma ponte de sorrisos
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18
Trabalho realizado por
Ana Filipa Branco
Nordm3
Marta Pereira
Nordm18