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Selfie ou não selfie? Eis a questão?
• Maior site de relacionamentos do mundo, foi
criado em fevereiro de 2004 em Harvard por
Mark Sukerberg para socializar experiências
universitárias de maneira on line.
• Em setembro de 2006 foi aberto para quem
desejasse se cadastrar.
• Ficou conhecido no mundo todo, chegando nos
dias atuais a 1,11 bilhão de
usuários.(IBOPE/NetRatings)
A rede, como metáfora para a compreensão dos grupos que
emergem na internet, é vista por meio da ideia de rede social
online (RECUERO, 2009).
As redes sociais digitais
interessam pela potente
visibilidade mediática que
proporcionam: nelas, a
relação....que se estabelece é
entre o eu que se faz visível
para que o outro possa
reconhecê-lo, admirá-lo, validá-
lo como alguém(...). Eis a lógica
do “apareSer” (DAL BELLO,
2011).
• As redes sociais prometem atender à
recorrente necessidade de exibição do sujeito
na contemporaneidade.
• Surgimento de uma sociedade narcísica.
• Sociedade que privilegia cada vez mais a
autopromoção e a espetacularização do
cotidiano, onde as redes sociais também
funcionam como o “buraco da fechadura”.
Se nossa cultura apresenta traços narcísicos, no sentido
mais corriqueiro do termo, este não é senão um de seus
aspectos mais manifestos. A afirmação exagerada de tais
traços, em sua expressão mais banal, ligada ao culto do
corpo e ao individualismo, testemunha antes uma debilidade
generalizada do sujeito, que se manifesta em uma série de
sintomas, como a depressão e as fobias. (TEIXEIRA, 2005,
p. 173).
Exibicionismo midiático
• Mostra-se na rede para o outro e verifica a sua imagem
exposta, obtendo prazer desses atos.
• Objeto do olhar do outro.
• É seu primeiro voyeur.
• Subjetividade mediada pela postagem na rede.
• “Espetacularização do eu.” (SIBÍLIA, 2008)
“Tire selfies seguras – Uma selfie descolada pode custar a sua vida”.
O país registrou mais de 100 vítimas de
acidentes nessas situações - com 10 mortes - só no primeiro semestre 2015.
“Quanto mais eu fotografar, passar adiante e comunicar,....é maior sinal de que estou triste. Estou precisando que o mundo inteiro curta a vida que eu não estou curtindo.”
(Leandro Karnal)
“Como eu não tenho de fato amigos eu tenho que ter 3 mil no face. Como eu não tenho uma vida interessante eu fotografo tudo na minha e compartilho com todos. A minha solidão...é tão estrutural que eu tenho de fazer com que os outros me digam aquilo que eu desconfio, que a minha vida vale pena ser vivida. Através da observação dos outros. Isso não é sinal de um narciso necessariamente fraco mas de um narciso cada vez mais isolado em si. Sem comunicação com o mundo.” (Leandro Karnal)
A selfie e o culto ao corpo.
A selfie e o “eu”.
A selfie e a crise da identidade.
A selfie e a simulação da realidade.
A selfie, exibicionismo e vaidade.
A selfie e a tecnologia.
REFERÊNCIAS
DAL BELLO, Cíntia. Visibilidade mediática cibercultural:
apontamentos sobre a fenomenologia do “apareSer”. In: Simpósio
Nacional de Cibercultura, 5., 2011. São Paulo: Associação
Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura, 2011. TEIXEIRA, Marcos do Rio. Vicissitudes do objeto. Salvador, BA: Ágalma, 2005. SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.