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O SIMBOLISMO

Simbolismo e Pré-Modernismo

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O SIMBOLISMO

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O contexto

• O materialismo esgotado

• A negação do Realismo

• O resgate da espiritualidade

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As Características do Simbolismo

O gosto pela sugestão > “A Arte deve evocar e não nomear, sugerir e não descrever.”

“O branco voo fechado que tu pousas contra o fogo de um bracelete.”

O uso das Sinestesias > o cruzamento de sensações.

A Musicalidade > surge através do jogo de assonâncias (repetição de vogais) e aliterações (repetição de fonemas de mesmo som).

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Violões que choram

(...)

E sons soturnos, suspiradas mágoas,mágoas amargas e melancolias,no sussurro monótono das águas,noturnamente, entre ramagens frias.

Vozes veladas, veludosas vozes,volúpias dos violões, vozes veladas,vagam nos velhos vórtices velozesdos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

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• O distanciamento social (poetas da torre de marfim)

• As sondagens no inconsciente: “O sonho é a realização dos desejos reprimidos quando o homem está consciente (acordado)” Freud.

• As Maiúsculas Alegorizantes.

• As relações com o Impressionismo.

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Antífona   Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras... Formas do Amor, constelarmente puras, De Virgens e de Santas vaporosas... Brilhos errantes, mádidas frescuras E dolências de lírios e de rosas... Indefiníveis músicas supremas, Harmonias da Cor e do Perfume... Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...

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Visões, salmos e cânticos serenos, Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes... Dormências de volúpicos venenos Sutis e suaves, mórbidos, radiantes... Infinitos espíritos dispersos, Inefáveis, edênicos, aéreos, Fecundai o Mistério destes versos Com a chama ideal de todos os mistérios.

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O Pré-Modernismo

• Não foi um movimento literário.

• Só ocorreu no Brasil.

•A proposta de nomear alguns autores não enquadrados em estéticas anteriores .

O Início > 1902 – “Canaã”, de Graça Aranha e “Os Sertões”, de Euclides da Cunha.

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As Características

• A crítica social > o Brasil não oficial.

• A análise científica.

• O caráter regional.

• Os tipos humanos marginalizados.

• A linguagem diversificada.

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Euclides da Cunha

O estilo rebuscado (hipérboles – paradoxos).

O cientificismo.

A análise sociológica: “E por mais inexperto que seja o observador – ao deixar as perspectivas majestosas, que se desdobram ao Sul, trocando-as pelos cenários emocionantes daquela natureza torturada, tem a impressão persistente de calcar fundo recém-sublevado de um mar extinto, tendo ainda estereotipada naquelas camadas rígidas a agitação das ondas voragens.”

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Os Sertões

I) A Terra: levantamento geográfico – vegetativo – hidrográfico – climático > seca – fome – tragédia.

II) O Homem: análise determinista - “O sertanejo é, antes de tudo, um forte.” > rude – violento – fanático.

III) A Luta: o cerco de Canudos – as expedições - a denúncia do massacre.

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Monteiro Lobato

O retrato do Vale do Paraíba (economia – cultura – decadencia – descaso).

A preocupação com a linguagem coloquial.

A postura nacionalista (desenvolvimento – progresso).

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Monteiro Lobato

Jeca Tatu

O caboclo parasita.

O símbolo do atraso nacional.

Falta de comunicação: “De pé ou sentado, as ideias se lhe entramam, a língua emperra e não há de dizer coisa com coisa.”

Alienação: “O fato mais importante de sua vida é, sem dúvida, votar no governo.

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Fatalismo: “Todo o inconsciente filosofar do caboclo grulha nessa palavra atravessada de fatalismo e modorra. Nada paga a pena. Nem culturas, nem comodidades. De qualquer jeito se vive.”

Preguiça: “Nada o esperta. Nenhuma ferrotoada o põe de pé. Social, como individualmente, em todos os atos da vida, Jeca, antes de agir, acocora- se.”

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O MODERNISMO – VANGUARDAS EUROPÉIASAS VANGUARDAS EUROPEIAS O FUTURISMO – de Marinetti a ruptura com o passado.

o apego à velocidade.

o progresso – desenvolvimento.

a abolição de adjetivos e advérbios.

a dupla substantivação.

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Intertextualidade

ATRIZ NO DIVÃ- Doutor; o senhor

já me viu representar? - Fora daqui?

FOSSAFaço amizade comigo

para tomar uma cerveja.

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Intertextualidade

CRIAÇÃONo sétimo dia, Deus descansou.Quando acordou, já era tarde.

BALA PERDIDAAcorda, levanta, vai ganhar a vida...

(Disparos)... passou tão rápida.

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O MODERNISMO – VANGUARDAS EUROPÉIASO CUBISMO de Apollinaire o aproveitamento espacial do texto e da página. uso de formas geométricas. quebra da linearidade. O DADAÍSMO de Tristan Tzara a vanguarda mais radical. o niilismo temático. o caos poético. a anti-arte. a distribuição aleatória das palavras.

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O MODERNISMO – VANGUARDAS EUROPÉIAS

O SURREALISMO de André Breton o projeção do inconsciente

a fantasia – o sonho – a loucura

a fusão da realidade vivida e da realidade pensada

o non sense

a escrita automática

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A 1ª FASE (1922 – 1930) Combate - Ruptura - DestruiçãoA Fase Nacional > o nacionalismo crítico – um olhar sobre o passado. MODERNISMO > A ARTE SEM REGRAS

O Radicalismo

O Anarquismo – “Não sabemos o que queremos. Sabemos discernir o que não queremos.”

O Perfil Iconoclasta – a destruição de valores.

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A Presença do Cotidiano - a poética do dia-a-dia.

O Coloquialismo da linguagem – a elevação da fala coloquial brasileira à categoria de valor literário.

A Liberdade de Expressão - o uso dos versos livres e brancos.

A busca pela Originalidade

A Paródia

A Simplicidade

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Influências parnasianas e simbolistas.

Concilia a agitação revolucionária com a herança tradicional.

Simplicidade temática.

Pureza da infância.

Amargura - tristeza

Manuel Bandeira

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Desencanto Eu faço versos como quem choraDe desalento... de desencanto...Fecha meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto. Meu verso é sangue. Volúpia ardente...Tristeza esparsa... remorso em vão...Dói-me nas veias. Amargo e quente,Cai, gota a gota do coração. E nestes versos de angústia roucaAssim dos lábios a vida corre,Deixando um acre sabor na boca,Eu faço versos como quem morre.

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