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PREFEITURA MUNICIPAL DE CASTELO DO PIAÚI VERDE E PROGRESSO SOLUÇÕES AMBIENTAIS A P R E S E N T A M ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB) DE CASTELO DO PIAUÍ. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO RELATÓRIO MENSAL – SISTEMA DE INFORMAÇÃO AUXÍLIO NA TOMADA DE DECISÕES PRODUTO I 20 DE SETEMBRO DE 2013 A 19 DE OUTUBRO DE 2013 OUTUBRO DE 2013 1

Sistema guia de informações obrigatorias do pmsb 20-09 a 19-10

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CASTELO DO PIAÚI

VERDE E PROGRESSO SOLUÇÕES AMBIENTAIS

A P R E S E N T A M

ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB) DE CASTELO DO PIAUÍ.

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

RELATÓRIO MENSAL – SISTEMA DE INFORMAÇÃO

AUXÍLIO NA TOMADA DE DECISÕES

PRODUTO I

20 DE SETEMBRO DE 2013 A 19 DE OUTUBRO DE 2013

OUTUBRO DE 2013

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO

BÁSICO

RELATÓRIO MENSAL SIMPLIFICADO DE ACOMPANHAMENTO DAS

ATIVIDADES - RMSAA

MINISTÉRIO DA SAÚDE

FUNDAÇÃO NACIANAL DA SAÚDE - FUNASA

AV. João XXIII, 1317 – Jockey Club

Teresina/PI

PREFEITURA MUNICIPAL DE CASTELO DO PIAUÍ

Praça Lizandro Deus de Carvalho, 151 - Centro

Castelo do Piauí/PI

Fone: (86)3247-1103

E-mail: [email protected]

LMRDS SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA

RUA DR. LUIZ MIGLIANO, 1986- CJ. 1.103

CEP: 05711-001 SÃO PAULO-SP FONE:

(11)2369-0274

[email protected] e

eugenia@verde progresso.com.br

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Município: Castelo do Piauí/PI

Objeto: Elaboração do Plano Municipal de

Saneamento Básico

Empresa: LMRDS SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA

Processo Administrativo nº 298/2013

Contrato Público Administrativo celebrado entre o

Município de Castelo do Piauí e a empresa LMRDS

Soluções Ambientais LTDA tendo como

embasamento Legal a TP 14/2013

Ordem de Serviço Nº 05/2013

Equipe Técnica:

João Bertolaccini Junior - Engenheiro Civil

(Coordenador)

Jorge Abu Jamara Filho – Engenheiro Sanitarista e

Ambiental

Frederico Thompson Genofre – Engenheiro Civil

Gisele Aparecida Amorim Rodrigues– Assistente

Social

Nicole Pires Capelli – Pedagoga

Sheila Alexandrino – Secretária

Luiza Margarido Vieira – Técnica em informática

Gilberto de Campos Azevedo Neto – estagiário em

engenharia civil

Adriano Gabriele de Gaspari – Estagiário em

ciências humanas e urbanismo 3

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COMITÊ EXECUTIVO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

COMPOSIÇÃO:

I – Secretário executivo

a)- Representante da Secretaria de Planejamento e Administração.

Avelar Damasceno Amorim

II- Técnicos do Poder Executivo Municipal

a) Representante da Secretaria Municipal de Educação

Helena Cecília Campelo B. dos Reis

b) Representante da Secretaria Municipal de Saúde

Ernandes Lima

c) Representante da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente

João da Cruz Moreira da Silva

d) Representante da Secretaria Municipal de Agricultura

Maria de Fátima Alves Maia Soares do Nascimento

e) Representante da Secretaria Municipal Assistência Social

Joana D’Arc Lima Silva

f) Representante Coordenação Municipal de Turismo

Robson Miguel Lima Oliveira

III)- Representante da AGESPISA

a) – João Edmilson Lima, representante da AGESPISA unidade Local

IV- CONSULTOR -

João Bertolaccini Júnior 4

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO...................................................................06

2. METODOLOGIA.................................................................08

3. INDICADORES DE SANEAMENTO AMBIENTAL............13

4. DADOS DO SISTEMA......................................................15

- PLANO DE TRABALHO;

- DRENAGEM URBANA;

- ESGOTAMENTO SANITÁRIO;

- RESÍDUOS SÓLIDOS;

- ABASTECIMENTO DE ÁGUA;

- EPIDEMIOLOGIA MUNICIPAL

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1. INTRODUÇÃO

Com a publicação da Lei n.º 11.445/2007, a Lei de Saneamento Básico,

todas as prefeituras têm obrigação de elaborar seu Plano Municipal de

Saneamento Básico (PMSB). A lei prevê, entre outras obrigações do Poder

Público:

1. A necessidade de elaboração de um plano de saneamento

básico (Art 9o – I);

O plano de saneamento é considerado um requisito para a celebração

de contrato com o provedor de serviços, ou seja, para que o contrato seja feito

ou renovado é preciso que haja um plano de ações para o setor.

Sem o PMSB, a partir de 2014, a Prefeitura não poderá receber recursos

federais para projetos de saneamento básico.

O saneamento básico foi definido pela Lei n.º 11.445/2007 como o

conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais relativo aos

processos de:

a) abastecimento de água potável;

b) esgotamento sanitário;

c) manejo de resíduos sólidos;

d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Ou seja, o PMSB deve abranger as quatro áreas, relacionadas entre si.

O documento, após aprovado, torna-se instrumento estratégico de

planejamento e de gestão participativa.

2. Estabelecer mecanismos de controle social (Art.9o – V);

O controle social deve ser feito através de um órgão colegiado (a ser

criado ou através da adaptação de um já existente), de caráter consultivo, com

representações dos titulares dos serviços, de órgãos governamentais

relacionados ao saneamento, das prestadoras de serviços, do usuário e de

entidades da sociedade civil.

3. Estabelecer um sistema de informações sobre os serviços,

articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento. 6

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O sistema de informações deve integrar-se ao Sistema Nacional de

Informações em Saneamento Básico (SINISA), cujos objetivos são:

I- coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos

serviços públicos de saneamento básico;

II – disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações relevantes

para a caracterização da demanda e da oferta de serviços públicos de

saneamento básico;

III – permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência e da

eficácia da prestação dos serviços de saneamento básico.

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2. METODOLOGIA

O processo para conhecimento de uma realidade deve ser sistematizado,

considerando aspectos técnicos e sociais. Para a execução do Sistema de

informações básicas, houve a formação de um Grupo de Trabalho

envolvendo representantes de todos os órgãos do município que têm algum

tipo de relação com o setor de saneamento.

Pautado nisso foram observados os seguintes aspectos:

- SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Para o sistema de abastecimento de água, o manancial é fator primordial

para o planejamento, condicionando fortemente a tecnologia a ser adotada em

parte significativa dos componentes. Discussões sobre outorga, custos e riscos

envolvidos, dentre outros aspectos, devem ser cuidadosamente desenvolvidas.

Nesta atividade de sistematização deve ser feito um levantamento sobre o

sistema produtor do município, que poderá estar constituído de várias

captações e aduções. Para cada um dos componentes do sistema produtor

devem ser identificadas a capacidade instalada e a capacidade ociosa do

sistema. Também é necessário o levantamento das características da

captação, adução de água bruta, estação de tratamento, reservatório de

compensação e adução de água tratada.

Além disso, devem ser bem avaliados os dados para determinação dos

consumos atuais e futuros, com cuidado na avaliação da eficiência técnica de

funcionamento do sistema, fortemente representada pelo índice de perdas.

- SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO O sistema de esgotamento sanitário pode ser feito por meio de soluções

unidomiciliares (fossas sépticas seguidas de infiltração no solo), soluções

coletivas como redes mistas ou do tipo separador absoluto. Neste último caso,

o sistema é constituído basicamente por: redes coletoras, interceptores e

estações de tratamento. Portanto, se adotado o sistema separador absoluto,

deve-se verificar que não existam lançamentos de esgoto industrial ou

residencial na rede de drenagem natural ou construída.

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Devido a complicações inerentes à operação, a implantação de

elevatórias de esgoto deve ser cuidadosamente analisada, sendo inclusive

fator de restrição forte para a ocupação de determinadas áreas.

Assim, interessa conhecer as características físicas e hidráulicas das

redes; quantidade e localização dos interceptores; e características da(s)

ETE(s).

No sistema de esgotamento sanitário, a condição de lançamento dos

efluentes (nas ruas, galerias de drenagem e rios) é o principal condicionante

para planejamento. Essa condição determina o(s) tipo(s) necessário(s) de

tratamento(s) e sua(s) localização(s). A disposição do lodo gerado no processo

pode ser fator importante na demanda por área.

Outro aspecto que merece especial atenção diz respeito aos locais de

lançamento do esgoto tratado, ou não. Deve-se verificar a qualidade dos

esgotos lançados e a capacidade de autodepuração desses corpos receptores.

Importante também conhecer as características físicas e hidráulicas das

redes; quantidade e localização dos interceptores; e características da(s)

ETE(s), custo de operação e de manutenção, adequação do modelo

tecnológico de engenharia e de gestão à realidade local.

De um modo geral, observa-se que de todos os componentes do

sistema de saneamento municipal, o esgotamento sanitário é o que apresenta

maior carência. Neste sentido, é relevante identificar as áreas que não são

atendidas e qual é o tipo de urbanização que predomina nessas áreas sem

cobertura.

Se a urbanização for do tipo desordenada, sem planejamento (caso

típico de vilas, favelas e loteamentos clandestinos) o atendimento por formas

convencionais de esgotamento sanitário pode exigir ações conjuntas de

urbanização e/ou remoções e desapropriações.

Este tipo de urbanização apresenta maiores dificuldades para a

execução de obras convencionais devido, principalmente, aos seguintes

fatores: o traçado e a largura de vielas e becos muitas vezes não permitem a

implantação conjunta de rede de drenagem e de esgotos; a ocupação

desordenada cria situações desfavoráveis como, por exemplo, fundos de vale

em interior de quarteirão, ausência de pontos de lançamento, formação de 9

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áreas de risco etc.; o dinamismo da ocupação dificulta o planejamento de

ações de médio e longo prazo; a ausência e/ou precariedade de infraestrutura

urbana, muitas vezes executada pelos próprios moradores, na maioria das

vezes dificulta e encarece a implantação dos sistemas de esgoto sanitário.

Como proposta para solução, é importante analisar as alternativas

convencionais e as denominadas alternativas, mas que já se tem experiências

de sua aplicação: soluções como sistema condominial, pequenas estações de

tratamento coletivas ou individualizadas (em contraponto à adoção de estações

de bombeamento), sistema misto de drenagem e esgoto, com caixas

separadoras junto à interligação, rede de esgoto aérea ou ancorada na

tubulação/galeria de drenagem.

Face à grande monta de recursos a serem alocados para implantação

de sistema de esgotamento sanitário e, por conseguinte, o grande período

necessário para a sua implantação, faz-se necessário prever as condições

intermediárias para implantação de parte do sistema com todas as suas

unidades, sem, no entanto, permanecer parcialmente ocioso por um grande

período. Nesse sentido, a opção por sistemas descentralizados (com ou não

posterior unificação) deve ser sempre analisada.

Outra dificuldade encontrada nas áreas de vilas e favelas diz respeito à

manutenção dos sistemas. A ausência ou precariedade do sistema de coleta

de lixo, associada à falta de conscientização sanitária e ambiental da

população se configuram, também, em um grave problema para a vida útil das

redes que passam a demandar manutenção mais frequente. É importante a

ação na comunidade para esta conscientização.

Os benefícios alcançados pela implantação de sistemas de esgotos

ficam minimizados devido ao elevado número de ligações domiciliares não

executadas, por dificuldades técnicas e por falta de previsão deste serviço,

quando da implantação do sistema.

É fundamental um trabalho constante e de eficiente parceria entre a

Operadora dos Serviços e a Administração Municipal que deve ser

equacionado tanto na concepção da rede coletora, quanto na previsão do

serviço de implantação e no estabelecimento de uma tarifa adequada no

sentido de sensibilizar os moradores dessas áreas para a importância de 10

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ligarem suas instalações domiciliares ao sistema.

- SISTEMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS No manejo dos resíduos sólidos a reciclagem deve ser a meta. Tanto

dos recicláveis como a compostagem subsidiada do material orgânico

juntamente com o cinturão verde estratégico de segurança alimentar.

O processo de reciclagem, por sua vez, também necessita de área

significativa, tendo peso considerável no planejamento.

Outro fator de grande importância é a interface entre a limpeza pública e

a comunidade local. O manejo de resíduos sólidos tem grande dependência da

boa aceitabilidade dos serviços pelos usuários, para que a limpeza pública

possa ser mais efetiva.

Além disso, o fato de os resíduos sólidos urbanos terem valor econômico

deve ser considerado, pois existem pessoas que têm na “catação” seu meio de

vida. Dessa forma, cuidado especial deve ser dado aos aspectos sociais

relacionados ao manejo dos resíduos sólidos.

- SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL O objetivo desta atividade é coletar informações sobre a situação atual

do município no que diz respeito às enchentes urbanas e à drenagem urbana

para subsidiar, numa etapa posterior, o desenvolvimento de ações e alocação

de recursos a fim de mitigar os problemas causados pelas enchentes e as

deficiências do sistema de drenagem.

A urbanização de uma bacia se manifesta principalmente num acelerado

processo de impermeabilização de sua superfície, consequência da construção

de prédios, ruas pavimentadas, calçadas, estacionamentos etc.

Essas alterações na permeabilidade do solo da bacia reduzem a

infiltração aumentando o volume escoado superficialmente. Além desta

diminuição da infiltração, existem outros aspectos que influenciam

significativamente as características “naturais” da infiltração em áreas urbanas,

tais como: presença de aterros, escavação, compactação, mistura de materiais

de diferente granulometrias, etc. 11

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A incorporação de superfícies semipermeáveis e impermeáveis torna a

superfície do terreno mais lisa, o que aumenta a velocidade do escoamento. O

armazenamento em depressões da superfície também é reduzido, aumentando

ainda mais o excedente da precipitação escoado superficialmente.

Além das causas citadas, existem outras circunstâncias numa bacia

urbana que podem provocar enchentes por elevação de nível, como por

exemplo, o estrangulamento da seção do rio ou canal devido à construção de

pilares de pontes, represamentos ou remansos gerados por barragens ou rios

de maior porte, entre outras.

Após o processo de ocupação do solo, a resposta da bacia aos

diferentes tipos de chuva muda radicalmente. Nessas condições, a bacia é

capaz de gerar escoamento para os eventos mais frequentes (menos severos e

mais intensos). A proporção no aumento da vazão superficial é

significativamente maior nos eventos menos severos e de maior intensidade

que nos eventos mais severos e menos intensos. Obviamente, estas novas

características da bacia se refletem na distribuição estatística das enchentes: a

enchente média anual aumenta, o coeficiente de variação da distribuição

diminui e a declividade da curva vazão-tempo de retorno, também, tende a

diminuir.

As perdas por interceptação e evaporação são desprezíveis na escala

de tempo de um evento chuvoso numa bacia urbana, mas a evaporação tem

efeito significativo na recuperação do solo entre eventos.

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3. INDICADORES DE SANEAMENTO AMBIENTAL

Uma das tarefas primordiais para o estudo das relações entre ambiente

e saúde é a seleção de indicadores para os diversos contextos em que se

manifestam os problemas ambientais. A construção desses indicadores

depende de um conjunto de sistemas de informação, compreendidos como

meios que permitem a coleta, armazenamento, processamento e recuperação

de dados. A contaminação da água, por exemplo, deve ser tomada, não só

como causa de agravos à saúde, mas também como consequência de

processos sociais e ambientais, configurando uma cadeia de eventos

relacionados ao saneamento que são monitorados através de indicadores

específicos. No Brasil, a maior parte da população urbana vem adquirindo

acesso à água, através da expansão de redes de abastecimento, sem que, por

outro lado, seja promovida a coleta e tratamento de esgotos e lixo. A

combinação entre a universalização do acesso a redes de abastecimento de

água e a crescente vulnerabilidade das fontes superficiais e subterrâneas de

água pode, ao invés de proteger a população, magnificar os riscos à saúde

através da ampliação da população exposta a agentes químicos e biológicos. O

objetivo principal deste projeto não é comprovar a óbvia relação causal entre a

o saneamento e agravos à saúde, mas compreender o contexto em que esta

relação se produz, procurando validar o uso de indicadores para o

gerenciamento e tomada de decisões.

Foram selecionados e construídos indicadores que expressam as

condições gerais de saneamento, da qualidade da água e epidemiológicos. O

projeto cumpriu as seguintes etapas:

Identificação dos sistemas de informação sobre saúde (Sistema de

Informações Hospitalares, Sistema de Notificação de Agravos, Sistema de

Informação de Mortalidade) e saneamento (Sistema de Informações

Hidrológicas, Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, Censos

Demográficos, Sistema de informação sobre qualidade da água, Pesquisa

Nacional de Saneamento Básico) e avaliação da disponibilidade e qualidade

dos dados; Construção e validação de indicadores e índices de qualidade da

água, funcionamento dos sistemas de saneamento e doenças de veiculação 13

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hídrica; Elaboração de conteúdos de mapas de risco que incorporem os três

grupos de indicadores, contendo informações geográficas relevantes para a

análise de riscos e para o processo decisório.

Foram selecionadas 94 variáveis e destas calculados 73 indicadores. As

condições de saneamento foram avaliadas tendo o município como unidade de

análise através dos seguintes indicadores: Cobertura da rede de abastecimento

de água, cobertura da rede de coleta de esgoto, Proporção do volume de água

produzido que é tratado com ao menos desinfecção, proporção de população

urbana, proporção de localidades abastecidas por poço, volume per capita de

água distribuída e outras combinações entre estes indicadores. Como

indicadores epidemiológicos de problemas relacionados ao saneamento foram

analisados: Taxa de mortalidade por diarreias em crianças menores que 5

anos, taxa de incidência de leptospirose, taxa de incidência de hepatite A, taxa

de incidência de cólera, taxa de internação por amebíase, e taxa de internação

por esquistossomose.

Os resultados obtidos permitem identificar riscos específicos associados

aos agravos à saúde considerados como de veiculação hídrica. Da mesma

maneira que não se pode considerar estes agravos como resultado de um

mesmo processo, pois os agentes etiológicos diferem no seu ciclo no ambiente,

virulência e letalidade, não se pode admitir que a “falta de saneamento” afete a

todos de maneira indiscriminada. A proporção de domicílios abastecidos por

rede de água já não é um indicador que aponta com precisão e sensibilidade

os grupos de maior risco. Para uma avaliação mais contextualizada dos

problemas de saneamento no Brasil, deve-se levar em conta também a

cobertura da rede de coleta de esgoto, a contaminação da água na rede de

abastecimento, a possível contaminação de mananciais de água, o tratamento

inadequado ou insuficiente da água, a intermitência do abastecimento e a

interação entre água e esgoto no solo no entorno do domicílio.

A integração desses dados ainda é inédita no Brasil. Os órgãos

responsáveis pela gestão da qualidade da água e de vigilância da saúde

carecem de instrumentos que permitam avaliar o impacto de ações e para a

tomada de decisões sobre políticas públicas em saneamento.

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4. DADOS DO SISTEMA EM ANEXO

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