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Teatro Teatro é uma forma de arte em que um ator ou conjunto de atores, interpreta uma história ou atividades para o público em um determinado lugar. Com o auxílio de dramaturgos ou de situações improvisadas, de diretores e técnicos. O espetáculo tem como objetivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no público. Teatro é também o termo usado para o local onde se apresentam jogos, espetáculos dramáticos, onde se fazem reuniões, shows, etc.

Teatro

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Teatro Teatro  é uma forma de arte em que um ator ou

conjunto de atores, interpreta uma história ou atividades para o público em um determinado lugar. Com o auxílio de dramaturgos ou de situações improvisadas, de diretores e técnicos. O espetáculo tem como objetivo apresentar uma situação e despertar  sentimentos no público. 

Teatro é também o termo usado para o local onde se apresentam jogos, espetáculos dramáticos, onde se fazem reuniões, shows, etc.

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Como ler uma peça teatral Uma obra teatral “narra um argumento que

está constituído por uma seqüência de incidentes em que as pessoas (agentes) fazem e dizem coisas, ao mesmo tempo em que acontecem outras”. 

O primeiro objetivo de uma leitura seria o de tomar conhecimento do argumento, ou melhor, da história da peça desde o princípio até o final. 

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Teatro Existem peças cujas rubricas são

insuficientes e o diretor terá que usar de todo a sua fantasia para desvendar o que não foi dito. Algumas vezes o diretor terá que descobrir dentro das próprias falas o que falta na rubrica. 

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Voltamos a lembrar a passagem de Gordon Craig. “Em princípio as impressões retidas nesta primeira leitura, seriam as impressões de um público normal. Entre a composição de uma obra e sua representação, há uma série de fases, de apropriações e desapropriações causadas pelos atores e espectadores: a sua imaginação motiva e mantém esses mal-entendidos.”

Teatro

Marcioni Panisi
Edward Henry Gordon Craig(Stevenage, Inglaterra, 16 de janeiro de 1872 – Vence, França, 29 de julho de 1966), conhecido também como Gordon Craig, foi um ator, cenógrafo, produtor e diretor de teatro inglês, com importante obra teórica. Foi nomeado Cavaleiro da Legião de Honra. Era filho da atriz Ellen Terry e do arquiteto Edward William Godwin. Seu trabalho foi largamente conhecido em toda Europa e Estados Unidos.
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Teatro Desde a sua criação, uma obra leva em si

três tendências, três princípios deformadores, três peças distintas: a que o autor crê haver escrito, a que os atores interpretam e a que a maioria dos espectadores crê entender. O autor pretende, o ator pretende à sua maneira, e o público, que tomou a sua atitude de julgar, recebe de outro modo. 

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Teatro Desta forma, ao acabarmos de ler a obra

estaremos mais ou menos próximos da opinião de um público desprevenido, de um público que vai para assistir e reagir a um espetáculo e não pretende dar opiniões brilhantemente inteligentes no final de cada ato. Assim, a finalidade do teatro não é talvez uma busca de ordem intelectual, senão uma revelação de ordem sentimental. 

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Teatro Podemos então perguntar ao texto: Por que

esta obra desperta interesse? Por que satisfaz o interesse? Por causa da história que conta? Pelos pensamentos que emite? Pelos personagens? Pelas emoções evocadas? Que é que faz com que os personagens de determinada obra sejam interessantes em si mesmo e obrigue ao público se interessar pelo que ocorre em cena? 

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Teatro Jean Villar emprega o termo “Personagem

aberto” para designar a figura imaginada pelo poeta, que transborda as interpretações possíveis e pode, independente mente aos marcos sociais, impor-se a grupos diferentes, suscitar uma participação coletiva universal. 

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Teatro Existe uma fonte de interesse nesta obra? Que

classe de efeitos produz? Serão efeitos cômicos? Dramáticos? Poéticos? — Um autor tenta despertar o interesse do público e conduzi-lo a um de terminado fim. “Se põe uma obra em cena por uma necessidade de satisfação que no fundo é a finalidade do teatro, a necessidade que tem o autor de libertar-se de algo que o persegue, e que leva dentro de si”, e o que poderíamos chamar de mensagem da peça. 

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Teatro Uma peça pode ter mais de uma mensagem

ou pode durante o seu desenvolvimento trazer mais de um efeito. Em Romeu e Julieta, por exemplo, as cenas de grande dramaticidade são precedidas de aparições cômicas. Nesta peça temos, cenas românticas e poéticas como a cena do balcão, dramática, como a cena em que Julieta toma o narcótico, cômicas, como as cenas da ama e as cenas de Mer cuccio.

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Teatro o que conduz a uma grande cena? Uma

obra é composta de cenas, todas elas são inter relacionadas, compondo a cadeia dramática. Em toda cena existe um momento alto, mas existe um momento em que podemos situar a grande cena, passando a ser o momento culminante. Para esta cena é que todas as outras cenas de verão ser conduzidas. 

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Teatro Voltando ao Romeu e Julieta, o ponto alto do

primeiro ato é o encontro dos amantes durante o baile. Pois bem, todas as cenas deste ato deverão estar sendo dirigidas para este encontro romântico e proibido. Este é no 1° ato o ponto alto, a grande cena.

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Teatro Se não descobrirmos as partes importantes

à direção da peça perderá a unidade e conseqüentemente mudaremos o sentido geral da obra. Suponhamos por acaso que enfatizas semos por demais as cenas cômicas de Romeu e Julieta, ao chegarmos nos momentos dramáticos, estes não estariam preparados para receber a densidade trágica e as cenas não teriam sustentação.

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Teatro É necessário que cada cena seja condutora

para a cena seguinte, e todas elas distribuídas para o efeito total quando um caráter reage frente a outro, ou toma uma deliberada decisão angustiosa, os elementos do conflito estão presentes. Em um drama bem organizado, as tensões e os conflitos internos conduzem a combates externos. 

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Teatro Depois de determinarmos a natureza dos

conflitos, como nascem, como se desenvolvem, para onde nos conduzem estes mesmos conflitos e suas respectivas conseqüências, passamos a estabelecer os matizes desses conflitos, as implicações secundárias, aquelas implicações que correm paralelas ao drama principal. Com isto, vemos que além dos protagonistas, existem um mundo de pequenos outros personagens possuidores de vidas próprias, com seus respectivos conflitos e problemas, que nos passam despercebidos numa simples leitura. 

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Teatro A eles devemos dar o devido cuidado. Eles fazem

como que um fundo a figura principal. Numa pintura, por exemplo, além da figura principal, temos no fundo uma série de outras figuras que além de auxiliarem ao artista na determinação da forma e composição, muitas vezes, servem para determinar o ambiente e o clima da obra. Como nós já vimos, em toda a obra de arte nós temos a forma e o conteúdo, ou melhor, dizendo, forma é o modo pelo qual o artista utiliza os elementos específicos de expressão, e o conteúdo é aquilo que o artista representa ou narra, isto é, o assunto.

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Teatro Desta forma um personagem que apenas

aparece em uma pequena cena, serve muitas vezes para situar o verdadeiro clima da peça, dar uma opinião do mundo exterior. Um exemplo seria o diálogo entre os dois criados no início de Romeu e Julieta. Este diálogo simples, é suficiente para mostrar o clima de ódio e disputa em que viviam as duas famílias. Ou então do diálogo de Hamlet do início, já transcrito em outro capítulo.

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Teatro Muitas vezes o autor coloca um personagem

de pequena importância unicamente para fazer um comentário de como a sociedade vê o fato exposto, de maneira a mostrar melhor o contraste ou a diversidade de opiniões. A esses pequenos personagens que muitas vezes são vestidos de vizinhos, cria dos, camponeses, devemos dar muito atenção, em suas falas podem ocultar toda a estrutura da peça.

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Teatro Outra pergunta a se fazer no texto seria: Qual

a natureza da trama e do argumento? Qualquer problema esboçado nas primeiras cenas levará ao problema principal pela progressão da trama. Muitas vezes os primeiros problemas esboçados não são na verdade o verdadeiro conflito da peça, mas serão fatalmente os elos condutores a este problema principal. 

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Teatro A discussão entre os criados da casa dos

Capuletos com os criados da casa dos Montecchio, provocará a entrada de Teobaldo da Casa dos Capuletos e desta forma provocar a ira do Príncipe de Verona que baixará um edital que no 3° ato exilará Romeu. Como vimos, esta pequena seqüência mostra como uma progressão é como uma cadeia de elos.

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Teatro Numa peça os elos não devem ficar soltos ou

abandona dos. O que não for importante não é necessário. Um fotógrafo, que sai para passear num domingo, toma um instantâneo de uma paisagem. De certo modo ele é fiel à paisagem. Porém o artista que chega ao mesmo lugar pode compor com a palheta uma interpretação, que, se bem que se afaste de alguns aspectos das formas observadas, conserva o essencial, que é mais fiel à paisagem que o registro preciso da máquina fotográfica

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Teatro Desta forma, da mesma maneira que um

pintor, o diretor pode usar em sua arte a mesma liberdade de interpretação, valendo-se da seleção, o exagero, a deformação o reordenamento.

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Teatro Para que a atenção do público não se

disperse, deve o diretor conduzi-la para o efeito desejado, enfatizar o que deve ser realmente percebido, selecionar aquilo que é mais importante para que o espetáculo chegue a seu termo como uma obra única. A isso chamaremos “organização formal da trama”. Qual a principal questão da obra?

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Teatro Toda obra, ainda que medíocre tem algo a

dizer. Ela foi escrita porque o autor pretendia dizer alguma coisa para o mundo. Ela propõe alguma coisa, protesta contra uma instituição social ou pretende revelar uma angústia secreta, uma paixão desenfreada ou mesmo um acontecimento pitoresco. Esta resposta tem que ser dada antes de qualquer coisa. Sem isso, o diretor vai tatear às cegas diante de um espetáculo sem objetivo.