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Trabalho de Máquinas Elétricas

Trabalho de Máquinas Elétricas 1ª Avaliação

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Trabalho

de

Máquinas Elétricas

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Kronos Nexus Cursos ProfissionalizantesCurso: Técnico em Eletrotécnica Turma: Eletro N

Turno: Noite Professor: Adann YargoDisciplina: Máquinas Elétricas Período: 2013.2

Transformadores Trifásicos

JOÃO PESSOA2015

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Sumário

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................41. DESENVOLVIMENTO........................................................................................................5

1.TRANSFORMADOR TRIFÁSICO.....................................................................................51. Princípio de funcionamento.............................................................................................51.1 Transformadores de Potência.........................................................................................61.2 Conexão Y.....................................................................................................................71.3 Conexão ∆......................................................................................................................9

2.TIPOS DE TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS...........................................................92.1 Transfomador Y-Y.......................................................................................................102.2 Transfomador Y-∆........................................................................................................112.3 Transfomador ∆-Y.......................................................................................................122.4 Transfomador ∆-∆........................................................................................................13

3.ACESSÓRIOS......................................................................................................................164. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................205. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................21

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1 INTRODUÇÃO

O transformador trata-se de um dispositivo de corrente elétrica alternada que

opera baseado nos princípios magnéticos das Leis de Faraday e Lenz, no qual é

destinado a alterar os parâmetros físicos de tensões, correntes e impedâncias.

Sua composição é simples, em que basicamente consiste de 2 bobinas de

material condutor, além de um “caminho”, circuito magnético, que “acopla”

essas bobinas, cujo “condutor” magnético e constituído de um núcleo de material

ferromagnético, como aço, a fim de produzir um caminho de baixa relutância

para o fluxo magnético gerado.

Geralmente o núcleo de aço dos transformadores é laminado para reduzir a

indução de correntes parasitas ou de correntes de Foucault no próprio núcleo, já

que essas correntes contribuem para o surgimento de perdas por aquecimento

devido ao efeito Joule. Em geral se utiliza aço-silício com o intuito de se

aumentar a resistividade e diminuir ainda mais essas correntes parasitas.

Existe uma variedade de transformadores com diferentes tipos de circuitos

magnéticos, mas todos operam sobre o mesmo princípio, no entanto , para cada

tipo de transformador existe uma aplicação ideal, em que são exploradas nas

áreas de circuitos elétricos e eletrônicos, controle e comunicação, para

casamento de impedâncias, assim como aplicados em sistemas de “potências” .

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1. Transformador Trifásico

O transformador é o equipamento que permite abaixar ou elevar os valores de

tensão ou corrente CA de um circuito. Seu princípio de funcionamento baseia-se no fato

de que uma tensão é induzida no secundário, quando este é percorrido pelo fluxo

magnético variável gerado no primário.

O transformador é formado basicamente pelo núcleo e pelas bobinas (primária e

secundária).

O núcleo constitui o circuito magnético do transformador. È peça metálica

construída com chapas de ferro-sílicio isoladas entre si e sobre qual são montadas as

bobinas.

Os transformadores trifásicos, usados na distribuição de eletricidade, têm as

mesmas funções que o transformador monofásicos: abaixar e elevar a tensão.

Trabalham com três fases e são de porte grande e mais potentes que os

monofásicos.

O núcleo dos transformadores trifásicos também é constituído de chapas de

ferro-sílicio. Essas chapas possuem três colunas que são unidas por meio de duas

armaduras. Cada coluna serve de núcleo para uma fase onde estão localizadas duas

bobinas, uma primária e outra secundária. Por essa razão, esses transformadores têm, no

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mínimo, seis bobinas: três primárias e três secundárias, isoladas entre si. As bobinas das

três fases devem ser exatamente iguais.

Num transformador trifásico, cada fase funciona independentemente das outras

duas, como se fossem três transformadores monofásicos em um só. Isso significa que

três transformadores monofásicos exatamente iguais podem substituir um transformador

trifásico.

Esse sistema é mais econômico, pois facilita os serviços de manutenção,

reparação e aumento de capacidade do banco de transformadores. A ligação inicial de

dois transformadores monofásicos em triângulo aberto permite que um terceiro

transformador seja acrescentado quando houver um aumento de carga.

1.1 Transformadores de Potência

Os transformadores de potência visam essencialmente a elevação ou redução da

tensão de transporte, distribuição e de consumo em redes de energia elétrica. As

vantagens da utilização de transformadores elevadores e redutores de tensão nas redes

de transporte e distribuição de energia elétrica são basicamente duas: redução das perdas

por efeito Joule, e redução da secção, do peso e do custo das linhas de transporte.

A sua utilização se faz necessária a partir de altos valores de demanda, já que

torna-se muito mais viável, nas questões relacionadas com as perdas por efeito de Joule

nos enrolamentos e no núcleo (estas últimas associadas às correntes de Foucault); e com

o rendimento, assim como naturalmente com os sistemas mecânicos de arrefecimento (a

seco, em banho de óleo, forçado ou não, etc.), tanto que, segundo a ABNT 5440, a sua

aplicação já é indicada para alimentação de sistemas a partir de demandas superiores a

15 KVA.

Uma segunda classe de aplicações dos transformadores de potência é a

conversão do número de fases da tensão. Por exemplo, a montagem criteriosa dos

enrolamentos no núcleo permite efetuar as conversões entre redes de transporte

trifásicas e de consumo monofásicas ou bifásicas, entre redes trifásicas e hexafásicas ou

dodecafásicas, etc.

No contexto histórico, a sua utilização começou a ser explorada no final do

século XVIII, por volta de 1891.

E desde então, forma surgindo diversos tipos de transformadores, para

determinadas aplicações, que são os transformadores dos tipos Y-Y, Y-∆, ∆-∆ e ∆-Y,

simbologias estas que fazem referência aos tipos de ligações internas (conexões) dos das

entradas e saída(primário e secundário) dos transformadores, como mostra a figura 1

abaixo.

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Figura 1

Os modos conforme as conexões são acopladas, assim como os seus respectivos

funcionamentos, serão abordados a seguir.

Funcionamento das conexões e sua linhas, em relação à tensão, corrente e suas

respectivas defasagens

Como mostrado anteriormente, existem 2 tipos de conexões que nas quais os

transformadores podem possuir. Logo, será mostrado abaixo, a forma com que cada tipo

de conexão se comporta, relacionando-a as características de tensões e correntes de fase

e de linha.

1.2 Conexão Y

A conexão do tipo Y(estrela) é formada por 3 bobinas,

nas quais possuem um tipo de disposição em que possuem um

ponto em comum, que é usado como neutro para aterramento

e equipotencialização do sistema trifásico, ou seja, para

permitir o equilíbrio do sistema, como mostra a figura 1.a ao

lado.

Dentre suas características físicas, a corrente de linha é numericamente igual a

corrente de fase, já que a corrente que percorre a linha só “caminha” por uma bobina,

logo, a corrente de linha é numericamente igual a corrente de fase neste tipo de conexão.

No entanto, como pode-se ver na figura 1.b abaixo, o valor númerico entre as bobinas

difere em relação a diferença de potêncial entre as linhas, já que o sistema elétrico herda

o comportamento senóidal e vetorial, logo a diferença entre as linhas é numericamente

superior em √3, valor este que será comprovado e explicado mais abaixo.

Figura 1.b

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Como pode perceber, as tensões de cada bobina são numericamente iguais, no

entanto, sofrem uma defasagem de 120º entre si (característica do sistema trifásico).

Porém, como a tensão entre linhas corresponde a diferença de potêncial entre a tensão

das 2 bobinas, teremos a soma vetorial de Va+(-Vb) por exemplo, em que Vb receberá o

sinal negativo justamente devido a “diferença de potêncial”. (detalhes estes mostrado na

figura 1.c abaixo).

Figura 1.c

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Através da Lei dos cossenos

podemos encontrar numericamente o valor

da razão entre a tensão de linha e a tensão

de fase, que é de √3.

Considerando que o as tensões de

fase VA, VB e VC são iguais, podemos

chamá-las de VF, enquanto a tensão de

Linha será chamada de Vl, temos que a

soma vetorial de VA+(-VB) deverá ser

representada por meio de fórmula como

segue ao lado. E como existe uma relação

uniforme em meio a soma, a defasagem

entre a tensão de linha e a tensão de fase

será de 30°, como mostra o último desenho

da figura 1.c.

- Lei dos Cossenos

VR² = V1² + V2² + 2.COS(θ).V1.V2

Resolução:

VAB² = VA² + VB² + 2.COS(60º).VA.VB

Substituindo VA e VB por VF, e VAB por VL temos:

VL² = VF² + VF² + 2.COS(60º).VF.VF

VL² = 2.VF² + 2.(1/2).VF²

VL² = 2.VF² + VF²

VL² = 3.VF²

√ VL² = √ (3.VF²)

VL = √ 3.VF

VL/VF = √3

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• 1.3 Conexão ∆

A conexão do tipo ∆ (delta) é formada por 3 bobinas, nas quais possuem um tipo de disposição em que cada bobina possue um ponto em comum com as outras duas bobinas, e neste tipo de sistema não existe o neutro, devendo ser utilizado em sistemas equilibrados para o seus melhor funcionamento, a figura 2.a ao lado mostra seus aspectos.

Figura 2.a

Dentre suas características físicas, que diferem em ambos parâmetros do sistema

do tipo , a tensão de linha é numericamente igual a tensão de fase, já que os pontos que

correspondem a tensão de linha neste tipo de rede, correspondem aos pontos das bobinas

do transformador, como um sistema paralelo entre cargas e bobinas; no entanto, como

pode-se ver na figura 1.a acima, a corrente que percorre a linha é dividida entre 2

bobinas, ou de forma mais concreta, decompõem-se em outros 2 vetores corrente

elétrica. E seguindo a mesma regra em relação a defasagem e soma vetorial de vetores

para as tensões para o tipo de sistema Y, o valor númerico das correntes elétricas de

linha correspondera a √3 vezes o valor das correntes de fase, e no sistema Δ, as tensões

terão comportamento senoidal, enquanto que as correntes irão responder a este tipo de

comportamento, ou seja, as correntes de linha também terão comportamento senóidal e

será √3 vezes maior que as correntes de fase, de fato, desde que o sistema esteja

equilibrado.

2.Tipos de Transformadores trifásicos

Após explicar o funcionamento do que chamamos de conexão, ou lado dos

transformadores, será mostrado as especificações do sistema trifásico dos

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transformadores dos tipos Y-Y, Y-∆, ∆-∆ e ∆-Y; e as relações de defasagem entre a

entrada e a saída, porém, como forma de torna mais agradável a explicação, foi

considerado que a relação entre o número de espiras é igual a 1, ou seja, se α=1, então e

α=N1/N2, então N1 = N2, e que as bobinas estão sendo organizadas de modo que as

tensões de fase estejam em comum, ou seja, defasagem igual a 0º, e que as

“imaginárias” cargas que estão sendo utilizadas são inteiramente ativas.

2.1 Transformador Y-Y

Ao lado, através da figura 3.a, pode-

se observar o tipo de acoplamento entre os

bobinados no transformador do tipo Y-Y,

em que foi explicado anteriormente, a respeito do tipo de conexão Y, a relação de tensão entre linha e fase é de √3., logo para ambos os lados do transformador esta relação será válida. No entanto, existirá uma defasagem de 30º entre a tensão de linha e fase da cada lado do transformador, enquanto que as correntes de linha ou de fase, já que são numericamente e vetorialmente iguais, acompanharão o sinal senoidal das tensões de linha ou de fase respectivamente, já que as cargas consideradas são do tipos unicamente resistivas no lado secundário.

As figuras 3.b e 3.c, abaixo fazem uma demonstração da defasagem entre tensão de

linha e de fase, correntes de linha ou fase e as suas relações numéricas em termos de

valor.

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1º e 2ºVF – Verde VL - Vermelho

1º e 2ºIF – VerdeIL – Vermelho

Obs.: O gráfico reflete a cor laranja devido a mistura das 2 cores, verde e vermelho!

• 2.2 Transformador Y-∆

Ao lado, através da figura 4.a,

pode-se observar o tipo de acoplamento

entre os bobinados no transformador do

tipo Y-∆, cujos tipos de conexão foram

explicados anteriormente. A relação de

tensão linha e fase no lado primário será

de √3, e no lado secundário, esta relação

Figura 3.b

Figura 3.c

Figura 4.a

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será existente para as correntes de linha e de fase. Em relação as defasagens, no lado

primário, existirá uma defasagem de 30º entre a tensão de linha e fase e as correntes de

linha e de fase estarão com uma defasagem de 0º, já que são numericamente e

vetorialmente iguais; enquanto que no lado secundário existirá uma defasagem de 30º

entre a corrente de linha e fase; e as tensões de linha e de fase estarão com uma

defasagem de 0º já que são numericamente e vetorialmente iguais.

As figuras 4.b e 4.c abaixo fazem demonstração da defasagem entre tensão de

linha e de fase no lado primário, e correntes de linha e fase no lado secundário.

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1ºVF – Verde VL – Vermelho

2ºIF – VerdeIL – Vermelho

1ºIF – VerdeIL – Vermelho2ºVF – Verde VL – VermelhoObs.: O gráfico reflete a cor laranja devido a mistura das 2 cores, verde e vermelho!

2.3 Transformador ∆-Y

Ao lado, através da figura 5.a,

pode-se observar o tipo de acoplamento

entre os bobinados no transformador do

tipo ∆-Y. Este tipo de sistema possui

comportamento inverso ao sistema do

tipo Y-∆. A relação de corrente de linha

e fase no lado primário será de √3, e no

lado secundário, esta relação será

Figura 4.b

Figura 4.c

Figura 5.a

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existente para as tensões de linha e de fase. Em relação as defasagens, no lado primário

existirá uma defasagem de 30º entre a corrente de linha e fase; e as tensões de linha e de

fase estarão com uma defasagem de 0º já que são numericamente e vetorialmente iguais;

enquanto que no lado secundário a relação de tensão linha e de fase será de √3, onde

existirá uma defasagem de 30º entre a tensão de linha e fase e as correntes de linha e de

fase estarão com uma defasagem de 0º, já que são numericamente e vetorialmente

iguais.

As figuras 5.b e 5.c abaixo fazem demonstração da defasagem entre tensão de

linha e de fase no lado primário, e correntes de linha e fase no lado secundário.

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1ºIF – VerdeIL – Vermelho2ºVF – Verde VL – VermelhoObs.: O gráfico reflete a cor laranja devido a mistura das 2 cores, verde e vermelho!

1ºVF – Verde VL – Vermelho

2ºIF – VerdeIL – Vermelho

• 2.4 Transformador ∆-∆

Ao lado, através da figura 6.a,

pode-se observar o tipo de acoplamento

entre os bobinados no transformador do

tipo -Δ, em que foi explicado

anteriormente, a respeito do tipo de

Figura 5.b

Figura 5.c

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Figura 6.a

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conexão . A relação de corrente de linha e fase é de √3, logo, para ambos os lados do

transformador esta relação será válida. No entanto, existirá uma defasagem de 30º entre

as correntes de linha e fase da cada lado do transformador, enquanto que as tensões de

linha ou de fase, já que são numericamente e vetorialmente iguais, já que as cargas

consideradas são do tipos unicamente resistivas no lado secundário, assim como a

alimentação é ideal.

As figuras 6.b e 6.c abaixo fazem demonstração da defasagem entre correntes de

linha e de fase, e tensão de linha ou fase.

1º e 2ºIF – VerdeIL – Vermelho

Figura 6.b1º e 2ºVF – VerdeVL – VermelhoObs.: O gráfico reflete a cor laranja devido a mistura das 2 cores, verde e vermelho!

Figura 6.c

Aplicações Gerais dos Transformadores

Os transformadores trifásicos são

requisitados e aplicados de acordo com a

necessidade, de forma que proporcione

além da segurança, economia em seu

sistema de implantação, evitando gastos

desnecessários. Os do tipo Y-Δ, são

utilizados em estações elevadoras logo

após as usinas de geração de energia e

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antes das linhas de transmissão, cujo intuito principal é diminuir os custos em relação às

linhas de transmissão, fazendo o uso de 3 cabos de transmissão, ao invés de 4, caso

fosse do lado Y (sendo o 4 para o terra). Assim, como os do tipo -Y, são utilizados num

sistema de lógica inversa, em que

na distribuição pelo simples fato de

sempre existir desequilíbrio, logo a

alimentação fará uso do condutor

neutro do sistema, assim como é de

interesse para diversos tipos de

consumidores, o tipo de tensão mais

baixa que é a de fase, que utiliza o

neutro do sistema. Assim como o do

tipo Y-Y é também utilizado em

estações de elevação e de

abaixamento. Enquanto que o do tipo

- é utilizado, por exemplo, em tipos de distribuições que necessitam de elevação em

meio ao caminho, devido as perdas que foram geradas.

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3.Acessórios

A figura apresenta um esquema de um transformador de potência. O

transformador de potência é um transformador trifásico, e o modelo apresentado abaixo

é frequentemente utilizado em subestações para elevação ou abaixamento.

Nota-se a presença das buchas de Alta Tensão (maiores) e as de Baixa Tensão

(menores), onde se conectam os cabos para transmissão ou distribuição. O tanque é

um compartimento onde se encontra a parte ativa (enrolamentos) e é preenchido com

um comum fluido dielétrico, geralmente, óleo mineral. Como os enrolamentos da parte

ativa se aquecem muito, é necessário que haja um sistema de refrigeração, por esse

motivo a parte ativa é envolvida em óleo que além de contribuir para a isolação, permite

a troca de calor com o ambiente. Esta troca ocorre quando o óleo que circula nos

radiadores, pois ao se aquecer, o óleo ocupa a parte superior do tanque entrando na

tubulação que leva ao radiador.

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Visando aumentar a eficiência do sistema de refrigeração, acrescenta-se

ventilação forçada aos radiadores e o óleo também pode ser forçado a circular.

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Como o fluido dielétrico deve preencher totalmente o tanque do transformador, é necessário compensar a variação do volume do fluido nas variações da temperatura do equipamento. Esta é a função do tanque de expansão ou compensação do transformador: propiciar um espaço livre para o aumento de volume do fluido, no caso de um aumento de temperatura, ou manter uma reserva de fluido, no caso de queda da temperatura.

Na parte ativa, os enrolamentos de baixa tensão ficam enrolados por baixo dos de alta tensão. Os condutores são geralmente de cobre, e muito raramente de alumínio e possuem seção reta retangular para facilitar a sua disposição no núcleo. A isolação dos condutores é feita com material isolante à base de celulose, um papel isolante, que tem suas características isolantes melhoradas quando as fibras de celulose são impregnadas com o óleo isolante. A parte ativa também é comprimida pelo disco de compressão a fim de evitar uma possível movimentação vertical.

Os espaçamentos entre as camadas de condutores permitem a circulação do fluido para que este possa retirar o calor gerado pelo enrolamento. A função dos espaçadores, então, é manter este caminho de circulação e assegurar a rigidez mecânica do conjunto do enrolamento. Os espaçadores são feitos de cartão prensado ou de madeira seca.

O núcleo, é constituído de aço-silício que é um material que combina grande permeabilidade magnética e resistência mecânica. O mesmo núcleo encontra-se preso pela estrutura de sustentação, a fim de evitar qualquer movimentação devido a esforços eletromecânicos provocados pela interações dos campos magnéticos internos no núcleo.

 

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4 Considerações Finais

As máquinas elétricas em geral possuem cada uma as suas especificidades, o que

não difere dos transformadores. Estes possuem uma gama de aplicações específicas, que

devem ser exploradas para o melhor aproveitamento possível de recursos, sejam estes

em pequenos, médios ou grandes equipamentos, estabelecimentos, empresas,...,

indústrias.

Sendo que à tempos ele já se fazem presentes no nosso dia-a-dia, tanto que até

mesmo outros tipos de fontes energéticas foram adaptadas para conversão de seu tipo de

energia primária na que mais se faz presente nos tempos modernos, a energia elétrica, e

os transformadores sempre sendo aplicados, já que aliados a alta confiabilidade,

possuem o maior rendimento entre as máquinas elétricas existentes, beirando os 99%

nos dias de hoje.

Logo, diante de todas as suas aplicações e a sua necessidade inevitável no

mundo, os transformadores ganham destaque e mostram quanto o mundo atual se faz

dependente do mesmo, como forma de economia em transmissão, eficiência em

transmissão e elevação e rebaixamento de características físicas. Podemos então,

afirmar que os Transformadores são máquinas que permanecerá no auge por um

indeterminado tempo, e por que não para sempre.

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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GUSSOW, Milton. Eletricidade Básica. 2ª Edição, Makron Books, 2004. JORDÃO,

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