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UNIVERSIDADE PRESBETERIANA MACKENZIEMetodologia de Ensino de Língua Inglesa
Fabiana MacielTIA: 41345126
Maio 2015
Resenha do livro
HANNA, Vera L. Harabagi. Línguas estrangeiras: o ensino em uma contexto cultural. São Paulo: Editora Mackenzie. 2012. (Coleção Conexão Inicial; v.2)
Introdução
• Os capítulos 4 e 5 serão explicitados a partir de um fichamento feito dos temas propostos;
• Algumas imagens serão apresentadas para fomentar a discussão de maneira dinâmica e que favoreça a compreensão do texto.
Capítulo 4: Interação e criatividade num ambiente comunicativo
• Interação e criação - atos complementares num espaço de ensino-aprendizagem:
– Troca colaborativa de pensamentos, sentimentos ou opiniões;
– Dar e receber novas informações;– Criar oportunidades para o aprendizado.
Desenvolvimento a partir de quatro habilidades no aprendizado da língua
Ouvir
Falar
Ler
Escrever
Técnicas Interativas, Brown (2007)
• Empreender constantemente trabalhos em pares ou em grupos;
• Receber informação em linguagem autêntica em contextos do mundo real;
• Produzir linguagem para uma comunicação significativa e genuína;
• Realizar atividades em classe que preparem os alunos para a linguagem verdadeira usada lá fora;
• Praticar comunicação oral espontânea por meio de conversas verdadeiras;
• Escrever para audiências reais, não imaginadas.
(HANNA; BROWN, p. 57-8)
Ambiente Interativo em aulas de línguas estrangeiras
Características do professor:
• Controlador
• Condutor
• Gerente
• Facilitador
• Aconselhador
Competência comunicativa• Elementos que levam ao diálogo:
– Gramatical discursivo– Sociolinguístico– Pragmático– Estratégico
Para que aconteça atos de comunicação bem sucedidos é preciso que todos os elementos que os constituem estejam envolvidos.
Como a interação compreende tornar possível a motivação de alunos e professores?
1. Trabalhos em grupo 2. Projetos de trabalhos 3. Projetos como tarefas recompensadoras:– Gera responsabilidade dos participantes – Propicia empatia– Motiva habilidades pessoais– Incentiva a criatividade– Estimula a autonomia
A autenticidade (Mishan, 2005)
A comunicação contextualizada tem por objetivo alcançar diferentes contextos como prioridade na abordagem de ensino de línguas:• Conceito de autenticidade dos materiais de ensino;• Um texto autêntico refere-se a todo texto que foi criado para
preencher algum propósito cultural na língua da comunidade em que foi produzido;
• Abriga a cultura é um texto que se adapta a qualquer mudança;• Propicia o contato com a língua alvo levando o desenvolvimento
da competência léxico gramatical e simultaneamente da competência sociolinguística pois aspectos culturais e sociais ficam evidenciados.
Noção de autenticidade
• Ressalta que mesmos os textos que não foram criados para fins pedagógicos devem ser levados para sala de aula (KRAMSCH, 1994)
• Artificialismo do ensino estruturado: entende-se que os materiais instrucionais não levam em conta o contexto do aluno.
Obs.: Os alunos devem aprender o idioma em um contexto que os mesmos se encontram no valor comunicativo da língua, i.e., alunos interpretam diversas situações sociais num ambiente cultural díspar.
Textos autênticos e a contextualização sociocultural
• Maneiras do professor trabalhar com a contextualização sociocultural é fazer uso dos textos autênticos;
• É importante lembrar que a abordagem centrada nesses textos demanda constantes cuidados na inserção na contextualização cultural. Para que não haja erros recorrentes como: falsos entendimentos e formação de estereótipos (HANNA, p. 61).
• Teóricos mais críticos defendem o uso dos materiais autênticos, mas ressaltam que a autenticidade significa intocabilidade o que é visto por muitos como inexequível, ou seja, algo impossível;
“A autenticidade não está no texto em si, mas no usos que falantes e leitores fazem dele” (Kramsch, 1994).
Debates sobre a noção de autenticidade
• Abordagens de ensino-aprendizagem fez com que a utilização de textos autênticos mudasse de rumo nas últimas décadas;
• Mudanças na prática docente, nos planos de ensino, na confecção de materiais, nos procedimentos no sistema de avaliação;
• Desse modo, a dicotomia entre sala de aula e a vida real, onde aparecem as variações linguísticas por meio de redes sociais, tornam as discussões sobre autenticidade em um anacronismo;
• Portanto, é inquestionável o fato da mídia eletrônica ser apontada como uma das causas da mudança paradigmática no ensino de línguas.
Tecnologia da informação e comunicação (TIC)
• A importância dos materiais autênticos integrados à TIC.
• Mishan (2005) destaca a inclusão no emprego do material autêntico que se avalia como um ensino significativo de línguas:– Cultura– Contemporaneidade– Desafio
Linguagem autêntica e fontes autênticas
• O professor facilitador e aconselhador interage com as formas textuais autênticas;
• Por meio da TIC o potencial de comunicabilidade, sociabilidade e conhecimento cultural aumenta, além de uma variedade “infinita” de ambientes para o aprendizado da língua léxica.
Os projetos de trabalho
• A criação do ambiente colaborativo se dá pelas principais características da abordagem comunicativa, caracterizando assim uma visão holística do ensino;
• Os alunos também assumem a responsabilidade pelo seu aprendizado (autonomia);
• Resultado do objetivo desse trabalho visa apresentar, de forma eficaz, os conhecimentos obtidos para o mundo.
Transdisciplinaridade
• Todos esses fundamentos configuram-se em uma perspectiva transdisciplinar, os projetos de trabalho partem de uma resolução de problemas e do desenvolvimento de projetos autônimos;
• O aprendizado do aluno surge a partir do momento em que o mesmo adquire autonomia, gerando autoestima e confiança.
Grupo cooperativo de trabalho
• O aprendizado vem da experiência, isto é, de uma característica empírica que o aluno adquire, e assim se assume como um indivíduo inserido em grupo de trabalho cooperativo.
Abordagem comunicativa no ensino
• Se caracteriza por ter o foco no sentido, no significado e na interação propositada entre os sujeitos que estão aprendendo uma nova língua;
• O ensino comunicativo é aquele que organiza as experiências de aprender, em termos de atividades e tarefas de real interesse do aluno, para que sua capacitação, utilizando a língua-alvo e realizando ações autênticas, se efetive na interação com outros falantes.
A abordagem comunicativa proporciona imensa variedade de processos em sala de aula que, igualmente, facilita um aprendizado autônomo com que o entrosamento das regras gramaticais, sociolinguísticas, estratégicas e do discurso levem ao desenvolvimento da competência comunicativa (HANNA, 65-6. Grifos nossos).
• A interpretação, expressão, negociação e integração das quatro habilidades, aliadas à utilização de material autêntico e às tarefas significativas promovem uma prática comunicativa com o objetivo de alcançar um aprendizado duradouro.
Construção social do método
• Interação entre aprendiz e professor;• Método que consiste reunir teses de sistemas
diversos e conciliar teorias distintas e pragmáticas que oferecem subsídios para que se levantem temas em torno da ideia “não-existe-melhor-método”;
• Objetivo: ligar a aprendizagem da linguagem em sala de aula com a ativação da linguagem fora da sala de aula.
A era pós-método
• Reconhecimento do potencial do professor, distinguindo-o como um agente autônomo dentro do processo e das restrições acadêmicas;
• Kumaravadivelu (1994) a era pós-método é inerente à abordagem comunicativa. O professor é o agente e construtor de sua prática de ensino;
• Pedagogia específica baseada num entendimento sociocultural;• Tendências inatas do professor: a autonomia, o pragmatismo, a
reflexibilidade e a plausibilidade;• Dicotomia entre teóricos produtores de conhecimento e
professores consumidores de conhecimento (p. 67).
Plausibilidade do professor
• O profissional de ensino procura trabalhar de acordo com o contexto de seus alunos;
• Professor predisposto à mudanças, que faça com que uma atividades seja intrinsecamente produtiva;
• Para Prabhu (1990) cada método funcionará, ou terá sucesso, de acordo com o senso plausível de cada professor.
Classificação de Kumaravadivelu (2005)
• A formulação pós-método é um sistema tridimensional que consiste em sistemas pedagógicos:– Particularidade
– Praticabilidade
– Possibilidade
Estes elementos se interagem numa relação sinérgica.
Fundamentação dos sistemas pedagógicos
• Particularidade: relação entre grupos particulares de professores e alunos.
• Praticabilidade: pensamento reflexivo dos professores, isto é, onde sua ação e pensamento se relacionam e dão sentido às suas práticas.
• Possibilidade: origina-se na pedagogia de Paulo Freire, que enfatizava a importância do conhecimento, da identidade individual dos alunos e do professor (HANNA, p.69).
Paulo Freire
Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir conhecimento. (FREIRE, 1996, p.21).
Conclusão do capítulo 4• Observa-se no capítulo quatro os melhores propósitos para se
obter um ensino de qualidade e aprofundamento. O texto destaca pontos importantíssimos que devem ser implementados nas instituições de ensino. Como por exemplo, quando a autora refere-se à interação e criatividade num ambiente comunicativo entre outros de extrema relevância e importância no ensino da língua.
• Não obstante, o capítulo referido é todo voltado para ideias embasadas em técnicas funcionais de aprendizagem da língua inglesa. Há uma intenção de se manter o equilíbrio e o desenvolvimento do aluno. Além de uma vasta atenção voltada à professores que estiverem aptos à uma recapacitação e que tenham a intenção de aplicar um aprendizado duradouro.
Capítulo 5: algumas questões comunicacionais para o terceiro milênio
Ensino-aprendizagem no mundo globalizado
• O aprendizado de línguas no contexto da globalização, a partir da ordem econômica, cultural;
• Néstor García Canclini (2007): a tecnologia gera novos fluxos comunicacionais em processos globais informatizados;
• A perspectiva ensino-aprendizagem com enfoque comunicacional-cultural: o ensino de línguas é embasado em autores que se preocupam com transnacionalização, que é o processo pelo qual o ensino ultrapassa as fronteiras nacionais visando, portanto, características multiculturais.
Globish – Robert McCrum (2010)
• O mundo ao “adotar” a economia, a política e a cultura britânica, aceitou simultaneamente a língua inglesa como acessível.
• Século XIX (londonização) e século XX (americanização):Mudanças constantes e aceleradas na tecnologia da comunicação têm tornado, não a língua inglesa, propriamente dita, mas o globish, segundo o autor, inventado e falado por aqueles que não a têm como língua materna, o dialeto mundial do terceiro milênio (HANNA, p.72).
O global e o local
• Glocalização: este neologismo refere-se à dimensão local em termos de produção de uma cultura global;
• Esta ideia, advinda dos anos 90, levaria ao apagamento ou a diminuição da diversidade cultural em favor da difusão de uma cultura global que refletiria os gostos, os valores e as características do cultura de massa (HANNA, p. 73).
Intercomunicação
• Etnógrafos da comunicação: falantes interculturais e transnacionais;
• Os falantes devem entender, por meio da internet, características de contraste, semelhança-similitude e dessemelhança;
• É como, por exemplo, uma ideia cosmopolita de mundo a partir da rede mundial de computadores.
Língua inglesa e globalização
• Língua franca global ou língua mundial: este estatuto foi alcançado devido aos fatores históricos, sociais, políticos, econômicos e populacionais.
• Estima-se que 400 milhões de pessoas o utilizem como primeira língua; o mesmo indicador de 400 milhões, utilizam-no como segunda língua, e, ainda, cerca de 600 milhões o empregam como língua estrangeira (HANNA, p. 75).
A retomada: globish
• Uma língua simplificada sem gramática ou estrutura. Principalmente utilizada na comunicação dos negócios internacionais e entre a geração Y (p. 76).
Revolução linguística
• Considera-se que a última década do século XX elucida grandes mudanças no comportamento linguístico advindas de causas políticas e, portanto, sociais.
• Transmissões televisivas• Internet
Grandes precursoras ao que se refere aos parâmetros linguísticos.
O ciberespaço e o ensino de línguas
• Contexto do ensino de línguas estrangeiras em uma cenário revolucionário;
• Dar e receber novas informações à medida que os interlocutores tentam interagir;
• Ensino de línguas por meio de computadores e uso de softwares;
• Abordagens cognitivas e sociocognitivas;• Evolução da metodologia de ensino de línguas
estrangeiras, a partir de uma abordagem comunicativa.
Conclusão do capítulo 5
• Entende-se ao ler o capítulo que houve oscilações linguísticas e socioculturais no ensino da língua inglesa que se deu por meio de mudanças acarretadas pelo mundo globalizado.
• Pode-se dizer que a globalização se instalou na cultura devido a necessidade de expansão comercial, trazendo características multiculturais, o que certamente mudaria também o rumo do ensino da língua inglesa. No entanto, houve a necessidade de adequação de professores com o intuito de construir o conhecimento, respeitando os diferentes contextos e diferentes culturas. Pois trata-se de uma unificação mundial na qual os mais variados povos se aproximam por meio das interrelações e de expansão mundial da rede de computadores.
Considerações finais
• Por fim, a inter-relação comunicacional, principalmente por meio da internet, fez emergir novas abordagens cognitivas e sociocognitivas a partir de ambientes comunicativos. A globalização, ao desencadear a expansão econômica, deu vazão para a indissociabilidade entre língua e cultura. Portanto, o ensino de línguas estrangeiras tornou-se fundamental para estabelecer uma conexão entre culturas distintas, porém o método aplicado para se aprender um novo idioma não se efetivará se o professor desconsiderar as características que partem dos princípios culturais inerentes ao processo de aprendizagem do aluno.
Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra. 1996.
HANNA, Vera L. Harabagi. Línguas estrangeiras: o ensino em uma contexto cultual. São Paulo: Editora Mackenzie. 2012. (Coleção Conexão Inicial; v.2).