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ENTRE A RAZÃO E A FÉ Unidade 2 INTRODUÇÃO Prof. José Ferreira Júnior

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ENTRE A RAZÃO E A FÉUnidade 2INTRODUÇÃOProf. José Ferreira Júnior

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Introdução

•A história de Roma estendeu-se por mais de mil anos.

•Essa história é dividida tradicionalmente em 3 períodos:

•MONARQUIA: das origens, no século XVIII a.C., ao século VI a.C.

•REPÚBLICA: de 509 a.C. a 27 a.C.•IMPÉRIO: 27 a.C. a 476 d.C.

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Da República ao Império• Em 509 a.C, a elite de Roma, formada pelos

patrícios, depôs a Monarquia, dando início a uma nova fase política: a República.

• REPÚBLICA▫Do latim res publica, significa “coisa pública”.▫Refere-se a um regime de governo em que o

poder não é mais exercido por um rei, mas por governantes eleitos.

• O regime republicano conduziu Roma a uma prodigiosa expansão (900 Km² para 26 mil Km²).

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Da República ao Império• Os cinco séculos da República testemunharam

a aplicação do bom senso político-administrativo e do talento diplomático dos romanos na condução de suas conquistas.

• Além da habilidade política, o sucesso da expansão romana deveu-se à perícia e à superioridade de seu exército.

• A partir do século III a.C., Roma abriu-se às influências dos povos conquistados, particularmente às culturas vindas da Grécia e do Oriente Médio.

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Da República ao Império• O estilo rústico e militarizado de antes foi

substituído pelo requinte dos gregos e orientais, que se tornou presente nas moradias, nas vias públicas, nos hábitos domésticos e sociais.

• Os modelos de vida de outras culturas alteraram as relações familiares: o poder do dinheiro passou a corromper os costumes e a destruir as “virtudes cívicas”.

• Exemplo: o patriotismo, a obediência às leis, o respeito à autoridade paterna; o culto a deuses da antiga tradição perdeu a força sob a influência de seitas vindas da Ásia Menor, da Síria e do Egito.

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Da República ao Império•Um século mais tarde, o regime

republicano voltou a dar sinais de enfraquecimento diante das crescentes tensões sociais causadas pela crise da agricultura, pela migração para a cidade, pelo desemprego e pelas rebeliões de escravos.

•Uma massa de gente ociosa vivia à custa da política do pão e circo.

•Somando a isso, no campo político, a disputa pelo poder conduziu Roma a um longo período de guerras civis.

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Da República ao Império•Com o aumento populacional de Roma e

as reivindicações crescentes da plebe, reformas sociais foram realizadas, entre elas a lei frumentária, que garantiu a distribuição de trigo à população a preços baixos.

•Essa política de alimentação e divertimento gratuitos foi satirizada pelo poeta Juvenal, que imortalizou na frase: “Esse povo aviltado deseja com ansiosa cobiça apenas duas coisas no mundo: pão e circo”.

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A Ditadura de Júlio César

•A crise política abriu espaço para que reformas políticas tirassem do Senado o comando de Roma.

•A criação do Triunvirato serviu, na prática, para que Júlio César, um hábil e influente político, tivesse uma ascensão vertiginosa, apoiada sobretudo em suas brilhantes estratégias militares,.

•Primeiro Triunvirato: César, Pompeu e Crasso.

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A Ditadura de Júlio César•Declarado ditador perpétuo, Júlio César

esmagou todos os que se colocaram em seu caminho.

•Com a mesma rapidez com que acumulou poderes e títulos, tornando-se imperador ao assumir o comando absoluto do exército, conseguiu grandes inimigos.

•Júlio César procurou reorganizar o Estado, destruído pelas guerras civis, combatendo a corrupção e iniciando uma série de melhorias na cidade.

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A Ditadura de Júlio César• Porém, seu governo durou muito pouco. Em 44 a.C.,

uma conspiração de senadores pôs fim ao seu objetivo de comando exclusivo do Estado.

• César foi assassinado e sua morte desencadeou uma nova guerra civil que durou 30 longos anos.

• Em 42 a.C., o Senado atribuiu ao falecimento do político caráter divino, em uma cerimônia conhecida como apoteose.

• Os problemas ainda duraram vários anos, até que a vitória de Otaviano, sobrinho de César, sobre Marco Antonio e Cleópatra.

• Quando Otaviano retornou vitorioso a Roma, foi revestido de plenos poderes pelo Senado e o declarou Augusto.

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Roma Imperial• Otaviano Augusto com sua atuação em 41

anos de governo, contribuiu para que fosse reconhecido como o “príncipe da paz”.

• Estudos recentes revelam que Augusto foi um tirano implacável e sanguinário que, dotado de uma genial capacidade de autopromoção, construiu essa imagem lendária que o notabilizou na História.

• Entre seus atos de violência, constam a condenação à morte do orador Cícero, o exílio do poeta Ovídio e até mesmo de familiares do imperador, além da primeira queima de livro do Ocidente.

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Roma Imperial•Com habilidade, moldou o Senado à sua

vontade, dissimulando seu poder absoluto sob uma forma de governo, o Principado, que combinava elementos da República com o poder monárquico.

•Augusto conquistou mais títulos que os outorgados a seu tio e pai adotivo, Júlio César.

•Articulou sua escalada política com prudência e eficiente visão.

•A era de Augusto estimulou o desenvolvimento do comércio e da agricultura.

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Roma Imperial•O período conhecido como Paz Romana,

durou cerca de 2 séculos (27 a.C. – 180 d.C.).•Por volta do século II de nossa era, o poderio

romano se estendia da Bretânia à África, da Hispânia à Judéia.

•A região da Judéia, anexada como protetorado nos tempos de Augusto, se destacaria pela resistência ao domínio romano.

•Era habitada pelos hebreus havia mais de mil anos, que a consideravam sua “terra prometida”.

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Uma religião no meio do caminho• No século II, várias correntes filosóficas e

místicas, vindas da Ásia Menor, Egito, Síria e até da Pérsia, proliferavam em Roma.

• A religião romana sofria a indiferença de seus fiéis, que cumpriam os deveres religiosos com obrigação, sem muita convicção e fervor.

• Os deuses do panteão greco-romano já não exerciam o mesmo fascínio sobre a população e, cada vez mais, os cultos estrangeiros, praticados em cerimônias secretas, com rituais e celebrações mais atraentes, conquistavam uma população formada em grade parte por escravos e pobres desesperançados.

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Uma religião no meio do caminho•Entre esses cultos, um florescia desde a

metade do século I, divulgado por seguidores de Jesus de Nazaré.

•Nascido em Belém, na Judéia, Jesus era visto pelos líderes e sacerdotes judeus como uma ameaça às tradições, e pelos romanos como um subversivo que poderia encabeçar uma revolta contra Roma.

•Suas pregações repercutiam “perigosamente” entre a camada humilde da população, convencida de que Jesus era o Messias aguardado.

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Uma religião no meio do caminho• Jesus foi preso, condenado e crucificado aos 33

anos, durante o reinado de Tibério, o sucessor de Augusto.

• A vida de Jesus é cercada de mistérios. O que sabemos sobre ele e seus ensinamentos foi transmitido oralmente, a princípio, e depois compilado em textos que formam um conjunto de quatro livros, os Evangelhos.

• Nos Evangelhos estão descritos os preceitos morais que Jesus pregou: a bondade de um Deus único e pai de todos; a fraternidade à luz da caridade e do amor ao próximo; a pátria celestial; a renovação íntima; a pureza de sentimentos.

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Uma religião no meio do caminho•De início, seus seguidores restringiam-se a

uma minoria de judeus convertidos, reunidos em torno de Pedro, o líder dos doze apóstolos.

•Com o propósito de divulgar o Evangelho na Judéia e entre as comunidades de judeus dispersas pelo Mediterrâneo e Ásia Menor, os apóstolos partiram em várias direções, propagando a fé cristã.

•Entre os ferrenhos opositores com que se depararam, destacou-se um judeu de nome Saulo, nascido na cidade de Tarso, na Cilícia, no sudeste da Ásia Menor.

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Uma religião no meio do caminho•Cidadão romano educado em Jerusalém, Saulo

converteu-se ao cristianismo e, a partir daí, sob o nome de Paulo de Tarso, tornou-se o personagem de maior relevância do cristianismo, depois do próprio Cristo.

•Paulo registrou sua atividade de evangelizador nas Epístolas.

•Por intermédio desses textos foi possível conhecer sua interpretação da doutrina cristã, que tem como foco o papel do Cristo salvador, cujo sofrimento, morte e ressurreição serviram para resgatar os pecados da humanidade.

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Uma religião no meio do caminho•No final do século II, o cristianismo,

favorecido pela imensa rede de vias terrestres e marítimas do Império Romano, já havia fincado suas raízes em pontos estratégicos da Síria, Grécia, Itália, França, África e Egito.

•Os primeiros cristãos não tinham templos; faziam suas runiões , que chamavam de “igreja” (ekklesía, em grego, “assembléia”), em casa de iniciados.

•O modo de vida dos cristãos era regrado por ideais comunitários.

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Uma religião no meio do caminho•Chamavam-se de irmãos, praticavam a ajuda

mútua e a caridade.•Aos poucos, alcançaram fama por suas

atividades caritativas e cresceu o número de fiéis.

•De início, os 12 apóstolos, que detinham a liderança espiritual da comunidade, eram auxiliados por assistentes nas questões materiais.

•À medida que as comunidades foram expandindo suas práticas, repetia-se o mesmo modelo de organização em escala local.

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Uma religião no meio do caminho•Cada comunidade tinha um corpo de

PADRES ou PRESBÍTEROS, anciãos que assistiam espiritualmente os fiéis, e um corpo de DIÁCONOS, servidores responsáveis pelos assuntos administrativos.

•Posteriormente, no século III, quando o cristianismo ultrapassou as fronteiras do Império, as comunidades cristãs foram agrupadas sob o comando de BISPOS, que detinham o controle social, econômico e religioso de cada região, a diocese.

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Uma religião no meio do caminho• Pela tradição Pedro foi considerado o primeiro

bispo de Roma e, por isso, todo bispo de Roma, sucessor de Pedro, é considerado chefe supremo da cristandade (O PAPA).

• Os cristãos conquistavam cada vez mais adeptos entre a população oprimida e desiludida.

• Mais tarde, os cristãos foram acusados de ateísmos, por acreditarem em um único Deus e renegar todos os demais da tradição romana; de falta de patriotismo e de comportamento anti-social, por recusarem-se a cultuar o imperador, a alistar-se no exército e a participar das festas cívicas e dos espetáculos sangrentos do anfiteatro.

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Um Império em crise•Entre o ano 235 e 285, o Império ficou cada

vez mais vulnerável nas fronteiras.•A saída foi dividir o Império em duas áreas

administrativas.•O Império Romano do Oriente com sede na

Turquia, governado por Diocleciano.•O Império Romano do Ocidente com sede na

Itália, governado por Maximiliano.•Diocleciano, que representava o poder

central, tomou uma série de medidas para contornar a crise, entre elas a aprovação de uma legislação que instaurava a hereditariedade das profissões.

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Um Império em crise• Desse modo, os filhos herdavam a profissão de

seus pais e a mobilidade social tornou-se quase impossível.

• Na agricultura, para suprir a falta de mão-de-obra escrava, adotou-se o regime de colonato, isto é, o arrendamento de terras a plebeus e homens livres que fugiam das cidades à procura de trabalho e segurança, assustados pelo alto custo de vida e pela violência.

• O colono cultivava um pedaço de terra para a sua subsistência, sob a condição de entregar uma parcela da produção ao proprietário e de trabalhar gratuitamente em suas terras.

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Um Império em crise• Estabeleciam-se assim as raízes da servidão e

do feudo medievais, bases de um novo sistema econômico de caráter eminentemente agrário, que conferia às propriedades rurais uma grande autonomia, e que tornaria os feudos pequenos centros de poder.

• Após a renúncia de Diocleciano, uma nova onda de instabilidade política assolou o Império, até a ascensão de Constantino, no ano 324.

• Conhecido como o primeiro imperador convertido ao cristianismo, Constantino instalou uma monarquia autocrática, reunindo amplos poderes em suas mãos.

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Um Império em crise• Em 330 escolheu a cidade de Bizâncio – um

antigo porto grego, na península do estreito de Bósforo, ponto estratégico de rotas de comércio entre a Ásia e a Europa – como a capital oriental do Império, batizando-a de Constantinopla (atual Istambul).

• Roma e Constantinopla mantiveram-se como capitais até que, em 395, o imperador Teodósio oficializou a separação dos dois Impérios.

• O Império Romano do Ocidente, empobrecido e vitimado por guerras civis, epidemias e fome, passara a aceitar em seus domínios os povos germânicos.

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Um Império em crise•Aos poucos eles foram se integrando à cultura

romana, abandonando suas religiões de origem e convertendo-se ao cristianismo.

•Finalmente, em 476, o último de uma série de quase 170 imperadores romanos era deposto.

•A porção oriental sobreviveria como Império Bizantino, herdeiro da cultura greco-romana, e se estenderia até o ano de 1453, data da tomada de Constantinopla pelos turcos, convencionada como final da Idade Média.

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A Igreja Inspira o Império• A divisão territorial do Império Romano do

Ocidente originou um mosaico de reinos cujas fronteiras foram passando por inúmeras modificações.

• A divisão territorial era uma expressão da fragmentação do poder político que ocorrera no interior do antigo Império.

• A Igreja, a partir do século V, dividiu a supremacia política com os diversos reinos bárbaros.

• Mesmo antes do cisma do Ocidente, ela estava solidamente estabelecida em cinco bispados: Roma, Constatinopla, Antioquia, Jerusalém e Alexandria.

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A Igreja Inspira o Império• Na Europa ocidental, tornou-se uma instituição com

poderes de Estado supranacional, isto é, acima dos inúmeros governos leigos existentes no continente.

• Ao mesmo tempo que cumpria a missão de converter os povos não cristãos, emprestava aos reinos sua organização política e administrativa, herdada do Império Romano.

• A Igreja manteve-se desse modo como um organismo intocável, acima das conturbações políticas e econômicas e conseguiu, por meio da religião, dar unidade ao que fora retalhado, firmando-se como poderosa instituição na sociedade medieval emergente no ocidente europeu.

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A Igreja Inspira o Império•Com a decadência da vida urbana, a vida

cultural foi profundamente afetada.•O uso da escrita e o acesso a livros limitaram-

se ao âmbito da Igreja, principalmente nos mosteiros, que exerceram o papel de preservadores da cultura clássica.

•A atmosfera de renovação cultural só tornou a surgir por volta do século IX, com a ascensão de Carlos Magno ao trono do reino franco.

•Foi o rei que instituiu a realeza de direito divino, marca de todos os reis da França daí em diante.

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A Igreja Inspira o Império• Carlos Magno se notabilizou pela promoção

do ensino e divulgação do conhecimento.• Seu propósito, como cristão fervoroso, era

educar o clero para torná-lo apto a ler, interpretar e ensinar corretamente as escrituras e os fundamentos da fé cristã.

• Ele incentivou o ensino do latim, que era a língua oficial dos textos antigos da Igreja e dos negócios, ordenou a criação de escolas e bibliotecas nos mosteiros para o ensino das sete artes liberais (gramática, retórica, dialética,aritmética, geometria, astronomia e música).

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

•CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. 4 ed. São Paulo: Ática, 2012.