Uruguai

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  • 1. DEDICATRIA:Aos Professores:Obrigado queridos PROFESSORES, por todo o carinho e conhecimentos compartilhadosa ns, seus alunos. Seremos eternamente gratos por tudo!!Queremos agradecer hoje e sempre por toda a ateno dada, e por suas grandes aulas quejamais sero esquecidas!!Agradecemos pelas valiosas aulas!!Seremos eternamente gratos, por todos os conhecimentos adquiridos em suas aulas!!Obrigado pelas divertidas e proveitosas aulas!!Agradecemos a vocs, nossos PROFESSORES, por todo o conhecimento passado a ns, seusalunos!!OBRIGADO POR TUDO PROFESSORES!!ALUNOS DO 8LARANJA!!

2. NDICE:URUGUAI .................................................................................................. 5HISTORIA ................................................................................................. 7PERODO PR DESCOBRIMENTO .................................................. 9DESCOBRIMENTO ................................................................................ 12DESCOBERTA DO RIO DA PRATA ................................................... 13EXPEDIO DE JUAN DAZ DE SILS ............................................ 14EXPEDIO DE SEBASTIO CADOTO ........................................... 16COLONIZAO ........................................................................................ 18PRIMEIRAS VILAS ................................................................................. 19INTRODUO DO GADO ..................................................................... 21FUNDAO DA COLNIA DO SACRAMENTO ............................ 23FUNDAO DE MONTEVIDU ......................................................... 24PREDOMINIO E EGISLAO DA BANDA ORIENTAL ............... 26LUTA PELA INDEPENDNCIA ........................................................... 28A CISPLATINA E A GUERRA DO BRASIL ....................................... 31REPBLICA ............................................................................................... 34INDEPENDNCIA ................................................................................... 34A GUERRA GRANDE DE 1839-1852 ............................................... 38DESENVOLVIMENTO SCIO ECONMICO AT 1890 .............. 44IMIGRAO EM MASSA E DESENVOLVIMENTO ........................ 45SCULO XX .................................................................................................. 46A ERA DA EXPORTAO ........................................................................ 49O GOLPE DE ESTADO DE 1973 ........................................................... 51RETORNO DEMOCRACIA .................................................................. 53O URUGUAI CONTEMPORNEO ......................................................... 54ATUALIDADE .............................................................................................. 57 3. GEOGRAFIA ................................................................................................. 59GEOLOGIA E RELEVO .............................................................................. 60CLIMA ............................................................................................................. 61HIDROGRAFIA ............................................................................................ 62VEGETAO ................................................................................................. 63FAUNA ............................................................................................................ 64DEMOGRAFIA ............................................................................................. 65ETNIAS ........................................................................................................... 70RELIGIO ....................................................................................................... 71IDIOMA ........................................................................................................... 72INDICADORES SOCIOECONMICOS .................................................. 73POLTICA ....................................................................................................... 76PODERES ........................................................................................................ 78EXECUTIVO ................................................................................................... 78LEGISLATIVO ............................................................................................... 78JUDICIRIO ................................................................................................... 79ASSEMBLEIA GERAL DO URUGUAI .................................................... 79SUBDVISES ................................................................................................ 80INFRAESTRUTURA .................................................................................... 83TRANSPORTE .............................................................................................. 83EDUCAO .................................................................................................... 85CULTURA ........................................................................................................ 86ARTES .............................................................................................................. 87ESPORTES ...................................................................................................... 88BANDEIRA ..................................................................................................... 89JURAMENTO DE FIDELIDADE BANDEIRA .................................. 90BANDEIRAS HISTRICAS......................................................................... 91OUTRAS BANDEIRAS ................................................................................ 91INFORMAES ADICIONAIS .................................................................. 93DADOS BIBLIOGRFICOS ........................................................................ 96 4. URUGUAI:Uruguai,oficialmente Repblica Oriental do Uruguai (em espanhol: RepblicaOriental del Uruguay), um pas localizado na parte sudeste da Amrica do Sul. a casade cerca de 3,3 milhes de pessoas, dos quais 1,8 milho vivem na capital, Montevidu esua rea metropolitana. De acordo com uma estimativa, entre 88% e 94% da populaopossui ascendncia principalmente de europeus ou mista. A nica fronteira terrestre doUruguai com o estado brasileiro do Rio Grande do Sul, no norte. Para o oeste encontra-se o rio Uruguai e a sudoeste situa-se o esturio do rio da Prata. O pas faz fronteira coma Argentina apenas em alguns bancos de qualquer um dos rios citados acima, enquantoque a sudeste fica o Oceano Atlntico. O Uruguai o segundo menor pas da Amrica doSul, sendo somente maior que o Suriname. A Colonia del Sacramento, o mais antigoassentamento europeu no Uruguai, foi fundada pelos portugueses em janeiro de 1680.Em 1777, com o tratado de Santo Ildefonso, a colnia tornou-se possessoespanhola. Montevidu foi fundada pelos espanhis no sculo XVIII como uma fortalezamilitar. O Uruguai conquistou sua independncia entre 1810 e 1828 aps guerras queenvolveram Espanha, Portugal, Argentina e Brasil. O pas uma democraciaconstitucional, onde o presidente cumpre o papel de chefe de estado e chefe de governo.5 5. O Uruguai um dos pases economicamente mais desenvolvidos da Amrica do Sul,com um dos maiores PIB per capita, em 48 lugar no ndice de qualidade de vida (2011)e o 1 em qualidade de vida/desenvolvimento humano na Amrica Latina, quando adesigualdade considerada. Segundo a Transparncia Internacional, o Uruguai classificado como o segundo pas menos corrupto da Amrica Latina (atrs do Chile),embora a pontuao do Uruguai seja consideravelmente melhor do que a do Chile empesquisas de percepo de corrupo domstica. Foi o pas latino-americano melhorclassificado no ndice de Prosperidade Legatum. A Readers Digest classificou o Uruguaicomo o nono pas "mais habitvel e verde" do mundo e o primeiro nas Amricas.O Uruguai foi o primeiro pas sul-americano a legalizar unies civis do mesmo sexo ede sexos opostos a nvel nacional, o primeiro a permitir a adoo gay e a testar o cultivode cnhamo. Entre os anos de 2007 e 2009, O Uruguai foi o nico pas das Amricas queno passou por uma recesso econmica tcnica (2 trimestres consecutivos deretrao). O Uruguai reembolsado pela Organizao das Naes Unidas pela maioriados seus gastos militares, visto que a maior parte desses gastos implantada nas forasde paz da ONU. Em 2009, o Uruguai se tornou o primeiro pas do mundo a oferecer umlaptop e internet grtis sem fio para cada criana do ensino primrio.6 6. HISTRIA:O registro da histria do Uruguai se inicia com a chegada dos primeiros europeus rea no incio do sculo XVI. Tanto a Espanha como Portugal procuraram colonizar ofuturo Uruguai. Portugal tinha por base a Colnia do Sacramento (na margem oposta aBuenos Aires, no rio da Prata), enquanto a Espanha ocupava Montevidu, fundada nosculo XVIII e que veio a se tornar a capital do futuro pas.O incio do sculo XIX viu o surgimento de movimentos de independncia por toda aAmrica do Sul, incluindo o Uruguai, cujo territrio constituiu parte da Banda Orientaldo Uruguai (isto , "faixa a leste do rio Uruguai"), cujo territrio foi disputado pelosestados nascentes do Brasil, herdeiro de Portugal, e das Provncias Unidas do Rio daPrata, atualmente Repblica Argentina, com capital em Buenos Aires, herdeira do Vice-reinado do Prata da Espanha.O Brasil sob domnio de Portugal, havia ocupado a rea em 1811 e a anexado em1821 (ler Incorporao da Cisplatina em Histria do Brasil). Mas uma nova revoltainiciou-se a 25 de Agosto de 1825. O Uruguai se tornou uma nao independente com oTratado de Montevidu, de 1828. As negociaes para a independncia tiveram o auxlio7 7. de George Canning, ento chefe do Foreign Office ou Ministrio do Exterior britnico,para consolidar a livre navegao do rio da Prata. Foi Jos Artigas, entretanto, a pessoacapaz de aglutinar internamente as expectativas uruguaias de independncia, cabendo-lhe o mrito da independncia.A partir da, o pas experimentou uma srie de presidentes eleitos e nomeados eentrou em conflitos com estados vizinhos, flutuaes e modernizaes polticas eeconmicas e grandes fluxos de imigrantes, provenientes especialmente da Europa. Osmilitares tomaram o controle daadministrao em 1973 e o governo civil sregressou em 1985, um ano depois de vastose violentos protestos contra os regimesmilitares na Amrica do Sul, inclusive noUruguai.8 8. PERODO PR DESCOBRIMENTO:O Uruguai , atualmente, o nico pas da Amrica do Sul que no apresentapopulao indgena sobrevivente. Entretanto, o primeiro registro arqueolgico deevidncia humana na regio do atual territrio uruguaio data de 8.000 anos atrs, comoo testemunham os cerritos de indios, a Gruta do Palcio em Flores ou os recentes achadoem Salto . Estes povos antigos caavam animais e coletavam plantas para sobreviver,desenvolvendo ferramentas de pedra mais sofisticadas entre 4.000 e 8.000 anos atrs.Neste perodo, tambm desenvolveram o uso do arco e flechas.Os principais vestgios das civilizaes pr-histricas uruguaias so os chamadoscerritos de indios, montes de terra e pedras existentes prximos da fronteira com oBrasil, desde La Coronilla, no departamento de Rocha, at as margens do rio Negro, emTacuaremb e Cerro Largo. Apesar de descobertos no sculo XIX, a investigaominuciosa dos cerritos de indios comeou somente em 1986, por trs equipes formadaspelo Ministerio de Educacin y Cultura e docentes, e alunos da Facultad de Humanidadesy Ciencia de la Educacin.9 9. Atualmente, sabe-se que as mais antigas destas construes foram erguidas em3000 a.C. e as mais recentes datam de meados do sculo XVIII. Estima-se que existemmais de mil cerritos de indios no territrio uruguaio. Provavelmente tais construeseram utilizadas em rituais fnebres, j que, em seu interior, foram encontradosesqueletos e crnios apresentando marcas que sugerem a retirada do couro cabeludo.Perto de alguns esqueletos, foram encontradas boleadeiras, punes feitas de osso delobo-marinho, pedras de quartzo, esqueletos de ces e mandbulas de raposas. Asdimenses dos cerritos variam de meio metro a 7 m de altura e chegam a ter 35 metrosde circunferncia na base. Atualmente, credita-se estas construes tribo dos guenoas.Outras etnias indgenas tambm habitaram o Uruguai ao longo dos tempos, como osarechanes, os guaianases, os yaros, os mboanes, os chans, os tapes, os mbis, osminuanos, os guaranis e os charruas. Os arechanes ocupavam a regio dos atuaisdepartamentos de Rocha, Treinta y Tres e Cerro Largo e muito provavelmente seestenderam at parte de Rivera e Tacuaremb, em sua parte oriental. Os guaianases seassentaram na margem esquerda do Rio Uruguai, em Artigas e Salto, e provavelmenteem Paysand e Ro Negro, alm de parte de Rivera e Tacuaremb. Alguns restosarqueolgicos permitem localiz-los em San Jos e at o arroio Sols Grande. Os yarosocupavam a margem esquerda do Rio Uruguai, entre os rios Negro e San Salvador, mastambm ao norte, chegando regio do Salto.10 10. Os mboanes habitavam a costa oriental do Uruguai, ao norte do Rio Negro, na regiodos departamentos de Paysand e Salto. Foram absorvidos pelos charruas no comeo dosculo XVIII. Os chans localizavam-se desde o norte de Salto Grande at a costa do atualdepartamento de Colonia. Os minuanos, nativos das plances do norte do Rio Paran eEntre Ros, atravessaram a margem oriental do Rio Uruguai por volta de 1630, onde seuniram aos charruas. Em sua extenso, chegaram s lagoas Mirim e dos Patos.Os guaranis eram antropfagos e estavam situados no litoral e em ilhas do esturiodo Prata. Ao que parece, seu territrio se estendia at as proximidades do arroio SanJuan, toda a margem esquerda do Rio Uruguai e a boca do arroio Santa Luca. Os tapesocupavam a regio ao leste da Coxilha de SantAna, limite natural entre Brasil e Uruguai,de onde invadiram o solo uruguaio pelo noroeste. Pertenciam ao grupo guarani, eramsemi-sedentrios e cultivavam a terra, ainda que tambm praticassem a caa e a pesca.Os charruas eram a principal etnia indgena do territrio uruguaio e a que maisofereceu resistncia aos europeus. Consistiam em uma pequena tribo nmade caadora-coletora que ocupava uma rea ao norte do Rio da Prata, entre os rios Uruguai, Ibicu eNegro. Foram encaminhados para o sul pelos guaranis do Paraguai. Eram uma triboguerreira extremamente feroz, que tinha o hbito de atacar os povos pacficos dasplancies, queimando suas casas e matando seus habitantes.11 11. DESCOBRIMENTO:O primeiro europeu a ter alcanado a regio do Rio da Prata teria sido o italianoAmrico Vespcio em 1501, a bordo de um navio portugus, embora alguns autorescontestem esta hiptese. Vespcio estava convencido da existncia de um estreito ao suldo recm-descoberto continente americano, possibilitando a passagem para o Oriente.Mas o Verdadeiro Descobridor do Uruguai foi Fernando Da Cunha Spanier No ano de1499.ndios do Rio da Prata segundo o dirio de viagem de Hendrick Ottsen, 1603. 12. 13Descoberta Do Rio Da Prata:Ao tomar conhecimento da descoberta do "Mar do Sul" (nome dado ao atual OceanoPacfico) pelo espanhol Vasco Nez de Balboa em 1513, o rei portugus D. Manueldecidiu enviar a expedio comandada por Estevo Fris e Joo de Lisboa para verificaronde terminava a parte sul do continente americano, alm de averiguar a existncia dosuposto estreito que conduziria ao oceano recm-descoberto pelos espanhis.No incio de 1514, Estevo Fris e Joo de Lisboa partiram de Portugal com duascaravelas e uma tripulao de setenta homens. Ultrapassando os limites do domnioportugus no continente, determinado pelo Tratado de Tordesilhas, e entrando emterras espanholas, chegaram ao local que parecia ser a boca do to procurado estreito.Avistaram um cabo e batizaram-no de Cabo de Santa Maria, situado prximo atualPunta del Este. A expedio havia descoberto a foz do Rio da Prata.Estevo Fris e Joo de Lisboa foram tambm os primeiros europeus a teremcontato com os charruas, os quais apresentaram vrios objetos de metal e um machadode prata aos exploradores. O machado foi levado Portugal e oferecido a D. Manuelcomo prova da existncia de metais preciosos naquela regio inexplorada. Ainda em1514, houve a incurso de D. Nuno Manoel e Cristvo de Haro na regio. 13. 14Expedio de Juan Daz de Sols:Tratando de reivindicar as terras que julgava serem suas por direito, a coroaespanhola enviou o navegador Juan Daz de Sols para localizar o estreito anunciadopelos portugueses. Sols oficalmente reconhecido como o descobridor do Uruguai.Nascido em Lebrija, provncia de Sevilha (algumas fontes afirmam que Sols nasceraem Portugal e posteriormente naturalizara-se castelhano), tornou-se piloto-mor da Casade Contratao das ndias aps a morte de Vespcio. Em 8 de outubro de 1515, partiu deSanlcar de Barrameda frente de trs caravelas, com uma tripulao de sessentahomens. Aps breve escala na ilha de Tenerife, seguiu o contorno da Amrica do Sul e,em 2 de fevereiro de 1516, chegou a uma pennsula, no atual departamento deMaldonado, que fora por ele batizada de Puerto de Nuestra Seora de la Candelaria. Oporto natural recebeu este nome em virtude da data comemorativa Nossa Senhora daCandelria. Sols tambm descobriu a Isla de Lobos, nomeando-a San Sebastin de Cdiz.Ainda em fevereiro, a tripulao chegou ao esturio do Rio da Prata. Confundindocom um brao de mar de baixa salinidade, batizou-o com o nome de Mar Dulce (mardoce). 14. 15A expedio fez escala na ilha Martn Garca, que fora assim denominada emhomenagem de Sols ao tripulante de mesmo nome que falecera a bordo, o qual foisepultado na ilha.Rumando em direo margem oriental do Rio Uruguai, as caravelas permaneceramancoradas prximo costa, enquanto Sols embarcava em um pequeno bote com algunsde seus homens: o contador Pedro de Alarcn, o feitor Francisco de Marquina e mais seismarinheiros. Ao desembarcar pela primeira vez em solo uruguaio, em uma regioatualmente conhecida como Punta Gorda, no departamento de Colonia, Sols e seu grupoforam atacados por indgenas, sendo mortos e devorados. A tripulao que permaneceunos navios decidiu retornar imediatamente Espanha. Francisco de Torres, cunhado deSols, assumiu o comando, rebatizou o Rio da Prata de Rio de Sols e regressou ao seupas-natal com duas das embarcaes no dia 4 de setembro de 1516. A caravela restantenaufragou prximo Ilha de Santa Catarina durante o retorno, tendo sobrevivido onzetripulantes, dentre os quais, o portugus Aleixo Garcia, futuro descobridor do Paraguai.Em sua rota de circunavegao do globo, o capito portugus Ferno de Magalheschegou costa uruguaia em janeiro de 1520, contornando o Cabo de Santa Maria. No dia10 do mesmo ms, avistou uma colina, a qual batizou de Montevidi, lugar onde seriafundada a cidade de Montevidu. Sua expedio descobre as terras do atualdepartamento de Soriano. 15. 16Expedio de Sebastio Caboto:A segunda expedio de Cristvo Jacques no continente penetrou o esturio do Rioda Prata em 1521, descobrindo o Rio Paran. Entretanto, foi Sebastio Caboto o primeiroeuropeu a explorar os rios Paran e Uruguai, em 1527. A viagem de Caboto, que partirada Europa em 1526 originalmente em direo s Ilhas Molucas, foi alterada quandoencontrou os nufragos da expedio de Juan Daz de Sols em sua passagem pela Ilha deSanta Catarina. Tomando conhecimento da riqueza do rei do Imprio Inca e da aventurade Aleixo Garcia, Sebastio Caboto decidiu subir o Prata e entrar pelo rio Paranadentro. Fundou, ainda em 1526, o primeiro estabelecimento espanhol em solouruguaio: o Forte de San Salvador, na confluncia dos rios Uruguai e San Salvador,destrudo pelos charruas em 1529. Na regio, Caboto encontrou um grumetesobrevivente do massacre que culminou com a morte de Sols, dez anos antes: Franciscodel Puerto. Em 1528, a armada de Diego Garca de Moguer penetra o Rio da Prata e une-se a Caboto no Rio Paraguai. A hostilidade crescente dos nativos impulsionou adesistncia de ambos em chegar ao reino inca. Decidiram ento retornar Espanha. 16. 17Em 3 de dezembro de 1530, a frota de Martim Afonso de Sousa enviada paraexplorar a regio do Prata, partindo de Lisboa com um galeo, duas naus, duas caravelase 400 homens a bordo. Aps meses no Brasil, Martim Afonso seguiu em direo ao sul,naufragando na entrada do esturio do Rio da Prata em 21 de outubro de 1531.Em 1538, a frota de Alonso Cabrera tentou por diversas vezes entrar pelo Rio daPrata; porm, fortes ventos ento ocorridos acabaram por arrastar as naus para o litoralsul de Santa Catarina, onde atracaram no porto de So Francisco (atual Laguna). Quatromeses depois, Alonso Cabrera rumou novamente em direo do Rio da Prata, deixandodois dos missionrios no Brasil. 17. 18COLONIZAO:Os primeiros europeus chegaram rea no incio do sculo XVI. Tanto a Espanhacomo Portugal tentaram colonizar o futuro Uruguai. Portugal tinha por base a Colnia doSacramento (na margem oposta a Buenos Aires, no rio da Prata), enquanto a Espanhaocupava Montevidu, fundada no sculo XVIII e que veio a tornar-se a capital do futuropas.Colnia do Sacramento. 18. 19Primeiras Vilas:Em 1527 Sebastin Gaboto, s ordenes da monarquia espanhola, construiu umprimeiro acampamento fortificado na costa oriental do Rio da Prata frente conflunciacom o rio Paran, esta provao foi chamada de San Lzaro e estava uns poucosquilmetros ao noroeste da atual cidade de Carmelo, dias depois a mesma expedioespanhola a mando de Sebastin Gaboto edificou um forte na desembocadura do rio quechamou de San Salvador do mesmo modo que ao forte. Logo, o 30 de maio de 1574, JuanOrtiz de Zrate fundou nas proximidades das runas do mencionado forte a primeira vilaeuropeia, chamada tambm San Salvador (praticamente a atual Dolores), quanto que em1624 os missioneiros jesutas fundaram uma reduo a ribeiras do Rio Negro (ou Hum),quase na confluncia com o Rio Uruguai. Tal reduo, chamada de Santo DomingoSoriano, o antecedente da atual Villa Soriano, no departamento de Soriano.Mas a feroz resistncia por parte dos ndios, em combinao com a escassez de ouroe prata, limitaram a colonizao do territrio uruguaio, ento conhecido como BandaOriental, durante os sculos XVI e XVII. Em 1552, o governador-geral do Rio da Prata,Domingo Martnez de Irala, enviou um grupo de colonos e 120 soldados comandados 19. pelo capito Juan Romero para a regio, com a misso de estabelecer um porto para os20navios que navegavam pelo esturio. Romero desembarcou na costa oriental, atualdepartamento de Colonia, e estabeleceu um povoado na desembocadura do arroio SanJuan, que foi batizado de Villa de San Juan, prximo da Ilha de So Gabriel. Contudo, opovoado foi constantemente atacado pelos charruas, o que levou ao seu abandono peloscolonos dois anos aps a fundao.Em outubro de 1572, o adelantado Juan Ortiz de Zrate partiu de San Lcar deBarrameda com cinco navios, 200 soldados, 300 colonos, 4000 vacas e igual nmero deovelhas, 500 cabras e 300 equinos, com os quais fundaria uma cidade e povoaria asterras conquistadas. Chegou ao Rio da Prata em novembro de 1573, desembarcando noPorto de So Gabriel, onde foi construdo um forte. A relao com os indgenas,inicialmente amistosa, foi abalada quando Zrate tentou subjug-los, originando umataque dos charruas, liderados por Zapicn. Diante do cerco dos nativos, os espanhissolicitaram o auxlio do capito Rui Daz de Melgarejo, vindo do Brasil, e de Juan deGaray, que se encontrava na recm-fundada cidade de Santa F (hoje Argentina). Garaydesembarca no local com 22 soldados de infantaria e 12 ginetes.Em 1574, os espanhis dizimaram os indgenas no Combate de San Salvador, nasproximidades das runas onde estava anteriormente localizado o forte de mesmo nome. 20. Neste combate, lutaram cerca de mil indgenas e morreram duzentos, incluindo oscaciques Zapicn, Abayub, Tabob, Magalona e Yandinoca. Foi a primeira vitria militar21dos espanhis sobre os nativos uruguaios. No local, correspondente atual cidade deDolores, no departamento de Soriano, foi fundada a primeira vila do Uruguai, batizadacomo Zaratina del San Salvador, capital da provncia de Nueva Vizcaya, territrioatualmente formado por Argentina, Paraguai, Uruguai e pelo estado do Rio Grande doSul (Brasil). O assentamento de Zaratina foi abandonado en 1576, sucumbindo pelassucessivas emboscadas dos indgenas.Introduo Do Gado:Em 1603, o governador da provncia do Rio da Prata, Hernando Arias de Saavedra,deu indcio introduo do gado bovino e equino nas plancies do Uruguai, promovendoo desenvolvimento econmico da regio. Em 1611, Saavedra transformou a regio emVacaria del Mar. O desenvolvimento do gado na Banda Oriental, especialmente por partedos portugueses que haviam invadido o sul do Brasil, teve influncia direta nacolonizao do territrio que acabaria sendo a Repblica Oriental do Uruguai. 21. O cabildo de Buenos Aires comeou a outorgar autorizaes para efetuar aexplorao do gado existente na Banda Oriental, sob a modalidade dos chamadosfaeneros, grupos de vinte a trinta ginetes. Estes cruzavam o Rio da Prata desde Buenos22Aires com um grupo de pees e, acampando temporariamente, dedicavam-se capturado gado, do qual extraam o couro e a gordura. Postermente, os faeneros comearam apreparar a carne mediante da salga, o que permitia sua conservao atravs dadesidratao sob a forma de charque.A abundncia dos produtos obtidos pelos faeneros fez com que as costas da margemoriental do Rio da Prata passassem a ser frequentadas por mercadores piratas deorigem variada ingleses, franceses e holandeses que contrabandeavam o couroobtido pelos faeneros, burlando o monoplio que a Espanha aplicava em suas colnias. Ocouro era transportado para os mercados do Brasil, das Antilhas e da Europa, ondealcanavam excelentes preos. 22. 23Fundao Da Colnia Do Sacramento:O principal registro da influncia da abundncia de gado na Banda Oriental comodeterminante de sua colonizao foi a atividade dos portugueses provenientes do Brasil.Inicialmente, os mamelucos incursionaram nas pradarias do norte da Banda Oriental cuja fronteira no estava claramente delimitada e abarcava boa parte do atual estado doRio Grande do Sul com os mesmos fins de capturar e extrair o couro do gado.Portugal, a partir da colonizao do Brasil, vinha praticando uma poltica territorialexpansiva, dirigida a ultrapassar os imprecisos limites que havia fixado o Tratado deTordesilhas.O primeiro povoado de carter permanente em solo uruguaio foi fundado pelosespanhis em 1624, em Soriano, perto do Rio Negro. Em 1679, o governador dacapitania do Rio de Janeiro, Manuel Lobo, organizou uma expedio martima ao Rio daPrata, desembarcando na Ilha de So Gabriel, onde fundou, no final de janeiro de 1680, 23. um forte na atual cidade de Colnia, batizando-na Nova Colnia do Sacramento. Osportugueses estabeleceram guarnies militares nas proximidades das ilhas San Gabriele Martn Garca.24O estabelecimento portugus na Colnia do Sacramento situada em frente aBuenos Aires rapidamente converteu-se em um importante centro comercial; ali, osportugueses conduziam mercadorias contrabandeadas provenientes do Rio de Janeiro,especialmente acar, aguardente, tabaco e escravos, que eram trocados pelo charque epela prata proveniente do Peru.Fundao De Montevidu:Montevidu foi fundada oficialmente o 24 de dezembro de 1726 (sculo XVIII), pelocapito espanhol Bruno Mauricio de Zabala, chamado de Brazo de Hierro, para servircomo fortaleza militar, passando rapidamente a ser sua porto um centro comercialcapaz de competir com Buenos Aires e comissionando pelas autoridades estabelecidasem essa provncia. A nova fundao recebeu inicialmente o nome de Fuerte San Jos, e 24. depois de San Felipe e Santiago, embora o lugar fosse conhecido de antigo pelosespanhis como Montevidu, nome tal vez derivado do trmino monte videm usadopor quem divisa por primeira vez o cerro existente em seus custos, Miguel de Triana.Espanha s tem Montevidu y suas cercanias, os departamentos de San Jos, Flores,Canelones e Maldonado. El 90% da Banda Oriental seguia sendo portugus desde 1680.A Banda25Oriental foi portuguesa nos fatos por cem anos desde 1680 a 1777.A histria da primeira parte do sculo XIX uruguaio molda-se ao sabor das lutasexistentes entre o Reino Unido, Espanha, Portugal e as foras coloniais, pelo domnio daregio compreendendo a Argentina, o Brasil e o Uruguai. Em 1806 e 1807, o exrcitobritnico tentou cercar Buenos Aires no decorrer da sua guerra com Espanha, comoresultado, no incio de 1807, Montevidu estava ocupada por uma fora britnicacomposta por 10.000 homens, que apenas saiu a meio do ano, quando foi atacar BuenosAires. 25. 26Predomnio e Legislao Da Banda Oriental:O 22 de novembro de 1749, o rei de Espanha nomeou primeiro Governador deMontevidu a Jos Joaqun de Viana. Este chegou ao Rio da Prata no barco NossaSenhora da Conceio o 3 de fevereiro de 1751, desembarcando em Buenos Aires, ondejurou o cargo de primeiro Governador de Montevidu ante o Capito Geral Jos deAndonaegui e tomou possesso do mesmo em sesso solene que o Cabildo de 26. Montevideu celebrara o 14 de maro. A Governao de Montevidu compreendia osterritrios desde a boca do arroio Cufr, no oeste, hasta o cerro Pan de Azcar, al leste,chegando por o norte desde as nascentes dos rios San Jos e Santa Luca seguindo alinha da Cordilheira Grande hasta o morro Ojosmn, que encontra-se em o atualdepartamento de Flores. Corresponde a os atuais departamentos de Montevidu,Canelones e parte dos de San Jos, Flores, Florida, Lavalleja e Maldonando. O primeirovice-rei do Rio da Prata, Pedro de Cevallos (ou Zevallos) reconquistou Montevideu e asFortaleza de Santa Teresa assim como, a ilha de Santa Catarina. Finalmente, em 1777, omesmo Cevallos, nomeando vice-rei do recentemente criado Vice-Reino do Rio da Prata,conquistou definitivamente a Colonia del Sacramento, conquistou que foi referendadamediante o tratado de San Ildefonso, firmado esse mesmo ano, por o que a fronteirahispano-portuguesa se fixava27no rio Negro, quedando Espanha em poder da metade sul do atual Uruguai.Pelo Tratado de San Ildefonso, Espanha governava ento somente o sul da BandaOriental quedando o norte da Banda Oriental, Rio Grande do Sul, Santa Catarina yParan (misses da Guayr) em poder portugus no ano 1777. A Banda Oriental desde1680 seguia sendo portuguesa. Desde o ano 1763 hasta o ano 1828 a fortaleza de SantaTeresa e depois o fuerte de San Miguel, passaram a mos portuguesas y espanholasconstantemente. 27. El hoje departamento de Rocha foi sucessivamente portugus e espanhol.Espanha governou Montevidu s 32 anos e o sul do atual Uruguai s desde 1777 a1807. La primeira parte do sculo XIX esteve marcada por uma luta entre Espanha ePortugal para poder obter o domnio sobre a zona. Ademais, entre 1806 e 1807 o ReinoUnido invadiu Buenos Aires e Montevidu, mais foi derrotado e retirou-se. Em 1810 emBuenos Aires estourou a Revoluo de Maio qual se somava Jos Gervasio Artigasliderando a Banda Oriental. Em 1815 Montevidu territrio da Provncia Orientalbaixo o mando de Artigas e Ortorgues, mais um ano depois desde 1816 a 1824 oterritrio foi invadido por o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve passandoinicialmente a ser parte do reino portugus com o nome de Provincia Cisplatina.Tambm com o nome de Cisplatina entre 1824 e 1827 foi brasileiro.28Luta Pela Independncia:Inicializado o processo revolucionrio no Buenos Aires, na chamada Revoluo deMaio de 1810, a Banda Oriental tardou em somar-se. O denominado Grito de Ascencioprotagonizado por Pedro Jos Viera e Venancio Benavides o 27 de fevereiro de 1811,considera-se tradicionalmente o ponto de partida da revoluo no pas. 28. Em 1811, nomeado Vice-rei e Capito Geral da regio, Xavier de Elio, gerandoinsatisfao devido a uma srie de medidas adotadas por ele. Em fevereiro se d o "gritode Asencio" e um capito chamado Jos Gervasio Artigas, ao retornar de Buenos Aires,aonde fora oferecer seus servios torna-se lder dos autonomistas.Aps ocupar Soriano, Benavides tomou El Colla o 20 de abril. Manuel FranciscoArtigas avanou sobre as populaes do este, o 24 de abril de 1811 tomou a vila deMinas de Santa Lucia, o dia 28 entrou em San Carlos e o dia 29 se rendeu Maldonado,aps um destacamento avanou em direo ao forte de Santa Teresa. Foras unidas deManuel Francisco Artigas e de Benavides liberaram San Jos o 25 de abril depois detomar a Porongos.29Em 18 de maio de 1811, os autonomistas tomam o pas, exceto Montevidu. Eliosolicita e recebe apoio da Corte portuguesa instalada no Brasil que lhe envia o exrcito"pacificador" sob o comando de Diogo de Souza.Em 23 de setembro junta-se a ele o governo de Buenos Aires. Artigas levanta o cercoa Montevidu e refugia-se no interior, at o rio Ayu, e junto com ele vo os habitantes darea rural. No comeo de 1812 as tropas portuguesas se retiram.Sem conseguir vencer Artigas, que tinha obtido j o alliance da provncia de 29. provncia de Entre Ros, em 1814 seus inimigos iniciam mediaes em favor da paz.Montevidu conquistada em 20 de junho de 1814 por Carlos Mara de Alvear, generalenviado por Buenos Aires. Este quando retorna, abre caminho para a sublevao doLado Oriental sob o comando de Artigas, o qual terminaria seus dias exilado devido oposio dos escravocratas portugueses e dos comerciantes de Buenos Aires y deMontevideo, tornando-se, no entanto, um heri nacional do Uruguai.Em 1815, Artigas logrou reunir na ento capital de Entre Ros de Concepcin delUruguay o protocongresso da independncia argentina, conhecido como Congresso deOriente, com representantes da Provncia Oriental, Crdova, Corrientes, Entre Ros,Misiones -muito mais extensas que a atual provncia argentina de esse nome, emboraseus representantes no chegassem a tempo- e Santa Fe, associadas na Liga Federal qual foram convidadas todas as outras provncias dos territrios do antigo Virreinato doRo da Prata. 30Em 1821, a Provncia Oriental del Rio de la Plata, o atual Uruguai, passou a ser partedo Brasil e portanto tambm colnia de Portugal, sob o nome de Provncia Cisplatina.Em 1825 forma-se o chamado "grupo dos 33 Orientales" contra a ocupao luso-brasileira que logo se transforma em um pequeno exrcito e invade a provncia vindosde Buenos Aires. Aps a tomada de Montevidu em 14 de junho, instala-se um governoprovisrio que vota a independncia do Brasil a 25 de Agosto de 1825 (depois denumerosas revoltas em 1821, 1823 e 1825), mas decidiu aderir a uma federao 30. regional com a Argentina.Esta federao regional derrotou o Brasil depois de 500 dias de combates. O Tratadode Montevideu, datado de 1828 e patrocinado pelo Reino Unido, criou o Uruguai comoestado independente, sendo a primeira constituio do recm-formado pas adoptada a18 de Julho de 1830. No resto do sculo XIX vrios presidentes foram eleitos paralidarem com os conflitos com os Estados vizinhos, as flutuaes polticas e econmicas eum grande afluxo de imigrantes, oriundos sobretudo da Europa.31A Cisplatina E A Guerra Do Brasil:Em agosto de 1816 tropas luso-brasileiras ao mando de Carlos Federico Lecorinvadiram a Provncia Oriental do Rio da Prata, embora Artigas continuou a luta nomdio rural hasta cair derrotado na batalha de Tacuaremb, em janeiro de 1820, a qualsignificou a derrota definitiva do caudilho oriental, o que deveu abandoar sua terra, 31. qual j no volveria.De este modo, em 1821 o atual territrio uruguaio foi anexado ao Reino Unido dePortugal, Brasil e Algarve como uma provncia mais, rebatizando-se da ProvnciaCisplatina. Portugal entendia que as terras ao ocidente do Rio Uruguai -atualmente asprovncias argentinas de Entre Ros e Corrientes- deveriam tambm formar parte de suarbita, chamando a toda essa regio a Provncia Transplatina.Cinco anos depois, em 1825, e com o apoio de Buenos Aires, um grupo de rio-platenses oriundos da ex Provncia Oriental, chamados de os Treinta y Tres Orientales eliderados por Juan Antonio Lavalleja, regressou a sua terra para expulsar aos brasileiros.Eventualmente se somaria o general Fructuoso Rivera quem ofereceu aos portuguesesuma vasta regio do Norte e Leste da Provncia Oriental a cambio de lograr "a paz".32O territrio cedido por Rivera aos portugueses limitava ao norte com a atual cidade dePorto Alegre. Para Jos Gervasio Artigas foi toda uma tradio.O 25 de agosto de 1825, no Congresso de Florida, se declara a total independnciado territrio oriental com respeito ao Reino de Portugal, e vez, sua vontade de volver aformar parte, como uma provncia mais, das Provncias Argentinas.La H. Sala de Representantes de la Provincia Oriental del Ro de la Plata en virtud de la 32. soberana ordinaria y extraordinaria que legalmente reviste para resolver y sancionartodo cuanto tienda a la felicidad de ella, declara: que su voto general, constante, solemne ydecidido es, y debe ser, por la unidad con las dems Provincias Argentinas a que siempreperteneci por los vnculos ms sagrados que el mundo conoce. Por tanto, ha sancionado ydecreta por ley fundamental la siguiente: Queda la Provincia Oriental del Ro de la Plataunida a las dems de este nombre en el territorio de Sud Amrica, por ser la libre yespontnea voluntad de los Pueblos que la componen, manifestada con testimoniosirrefragables y esfuerzos heroicos desde el primer perodo de la regeneracin poltica dedichas Provincias. Dado en la Sala de Sesiones de la Representacin Provincial, en la villade San Fernando de la Florida, a los veinticinco das del mes de agosto de mil ochocientosveinticinco.33A H. Sala de Representantes da Provncia Oriental do Rio da Prata em virtude dasoberania ordinria e extraordinria que legalmente reviste para resolver e sancionartodo quanto tenda felicidade de ela, declara: que seu voto general, constante, solene edecidido , e deve ser, por a unidade com as demais Provncias Argentinas a que semprepertenceu por os vnculos mais sagrados que o mundo conhece. Por tanto, hasancionado e decreta por lei fundamental a seguinte: Queda a Provncia Oriental do Rioda Prata unida demais de este nome em o territrio de Amrica do Sul, por ser a livre e 33. espontnea vontade dos Povos que a compem, manifestada com testemunhasirrefutveis e esforos heroicos desde o primeiro perodo da regenerao poltica deditas Provncias. Dado na Sala de Sesses da Representao Provincial, na vila de SanFernando da Florida, aos vinte e cinco dias do ms de agosto de mil oitocentos vinte ecinco.As tropas orientais unidas demais Provncias Argentinas derrotaram finalmente aoBrasil, logo de uma luta de trs anos, no combate decisivo de Passo Rosrio. Semembargo, os problemas econmicos obrigaram a aceitar reclamos brasileiros ebritnicos, por o que o 28 de agosto de 1828 se assina a Conveno Preliminar de Paz,por a qual tanto Argentina como o Brasil, baixo a vigilncia do Reino Unido,estabeleciam a criao de um estado independente no territrio da Banda Oriental.34REPBLICA:Independncia:O incio do sculo XIX viu o surgimento de movimentos de independncia por toda aAmrica do Sul, incluindo o Uruguai, ento conhecido como a Banda Oriental del 34. Uruguay (isto , "faixa a leste do rio Uruguai"), cujo territrio foi disputado pelos estadosnascentes do Brasil, herdeiro de Portugal, e da Repblica Argentina, com capital emBuenos Aires, herdeira do Vice-reinado do Prata da Espanha.O juramento dos Trinta e Trs Orientais.Portugal havia recuperado a rea a partir de 1816, atravs de interveno militar,apoiada pela oligarquia bonaerense, contra a independncia de forte cunho socialcomandada por Jos Artigas, e anexou-a formalmente em 1821 (ler Incorporao daCisplatina em Histria do Brasil). A Banda Oriental passou a fazer parte do Brasil comoseu territrio mais austral, quando em 1822 o pas obtm a sua independncia dePortugal (vide independncia do Brasil). A regio passou a fazer parte do nascenteimprio, havendo o cabildo de Montevidu jurado a Constituio Imperial de 1824, semter o direito de o fazer.35A 23 de Agosto de 1825, no entanto, setores descontentes com a poltica agrria emfavor dos grandes proprietrios de Montevidu e do Brasil,organizaram movimento de libertao nacional do Uruguai e de sua incorporao sprovncias argentinas.A provncia austral se tornaria independente com a assinatura do Tratado deMontevidu, em 1828. As negociaes para a independncia tiveram a mediao de 35. George Canning, ento chefe do Ministrio do Exterior britnico, que visava consolidar alivre-navegao do rio da Prata.De modo a se criar smbolos nacionais ao novo pas independente, o sentimentoseparatista foi vinculado ao General Artigas, que sustentou as lutas contra a anexao daBanda Oriental, seja por Portugal ou pelas Provncias Unidas do Rio da Prata, entre 1810e 1820. Aps 1822, j sob controle do recm-criado Imprio do Brasil (e no mais daCoroa Portuguesa), o Uruguai inicia o processo final que leva sua prpriaindependncia, que foi satisfatria para os partidrios blancos, vinculados aosestancieiros do interior, a separao no desagradou aos colorados de Montevidu, quetiveram o primeiro presidente constitucional entre seus quadros e se entendiam malgovernados pela corte brasileira.36A primeira constituio nacional foi adotada o 18 de julho de 1830, dando-se-lhe onome de Estado Oriental do Uruguai ao novel pas. Pese a conseguir que Brasilabandonara as pretenses sob a atual Repblica Oriental do Uruguai, o estado brasileiromanteve ocupada uma grande parte da Banda Oriental: as nascentes do Rio Negro nonudo de Santa Tecla, e todo o extenso territrio entre o Rio Quara e o rio Ibicu e seucurso alto chamado de rio Santa Maria. Tambm por o noroeste, os brasileiros lograramcorrer a seu favor as fronteiras, pese a sua derrota militar: a fronteira do noroeste 36. passou de ser o Piratiny o Piratini a ser o Rio Jaguaro.O primeiro presidente, eleito baixo a Constituio Uruguaia de 1830, foi FructuosoRivera, substituindo a Lavalleja, que no era de nenhum modo do agrado dos brasileiros.Foi sucedido por Manuel Oribe, assumido em 1834. No obstante, grande parte do poderseguia em mos de Rivera, graas ao cargo de Comandante General da Campanha que sehavia criado para ele mesmo durante seu mandato.Diversos incidentes levarem revoluo de Rivera e seus partidrios em contra dogoverno em 1836. Oribe decretou que seus seguidores usaram uma divisa branca,quanto que Rivera adotou una cinta colorada (primeiro havia elegido uma celeste, masdevido a que confundia-se com o branco decidiu mud-la). de esta forma quenasceram os brancos e colorados, quem se enfrentaram por primeira vez na Batalhade Carpintera, o 19 de setembro de esse ano.37Segundo Edmundo Narancio, entre as consequncias positivas da independnciauruguaia podemos destacar o estabelecimento de leis bsicas e a criao do pavilho araiz da jura da Constituio, os novos direitos e liberdades, o princpio deautodeterminao, proibio do trfico de escravos com pases estrangeiros, a supressode um sistema fiscal complexo com numerosos impostos e a apertura comercial. Porcontra, entre os custos da independncia podemos destacar as influncias estrangeiras yrivalidades internas de Uruguai, que provocam a Guerra Grande entre 1839 e 1851, a 37. instabilidade social e a fuga de capitais.38A Guerra Grande de 1839-1852:O espectro poltico no Uruguai ficou dividido entre dois partidos, os conservadoresBlancos ("brancos", Partido Nacional) e os liberais Colorados ("vermelhos"). OsColorados eram liderados por Fructuoso Rivera e representavam os interesseseconmicos de Montevideu, enquanto que os Blancos eram liderados por Manuel Oribe 38. e representavam os interesses dos agricultores e promoviam o proteccionismo. Osgrupos herdaram os nomes das cores das braadeiras que usavam, inicialmente osColorados eram azuis, mas depois de a braadeira esbater ao Sol adoptaram o vermelho.Os partidos uruguaios associaram-se s faces polticas que guerreavam na vizinhaArgentina. Os Colorados eram a favor dos exilados liberais, Unitarios, muitos dos quaistinham buscado refgio em Montevideu, enquanto o lder Blanco, Manuel Oribe, era umamigo prximo do ditador argentino, Juan Manuel de Rosas. Oribe ficou ao lado de Rosasquando a marinha francesa bloqueou Buenos Aires em 1838, o que levou os Colorados eos exilados Unitarios a procurarem ajuda francesa contra Oribe e, a 15 de Junho de1838, um exrcito liderado por Fructuoso Rivera, derrubou o presidente que refugiou-sena Argentina.Os Unitarios formaram um governo exilado em Montevidu e, com o apoio secretodos franceses, Rivera declarou guerra a Rosas em 1839.39Este conflito iria durar treze anos e ficar conhecido como a Guerra Grande.Oribe manteve um cerco pouco apertado capital. Em 1851, o caudilho argentinoUrquiza virou-se contra Rosas e assinou um pacto com os exilados Unitarios, osuruguaios Colorados e com o Brasil, que tambm passou a posicionar-se contra Rosas.Urquiza, com o apoio do exrcito brasileiro sob o comando do Duque de Caxias, entrouno Uruguai,El Loco Juliow, que derrotou Oribe e levantou o cerco a Montevideu,seguidamente derrubou Rosas na Batalha de Monte Caseros, a 3 de Fevereiro de 1852. 39. Com Rosas derrotado e exilado a Guerra Grande chegou finalmente ao fim.As vinculaes dos colorados com os unitrios argentinos e dos brancos com osfederais deram lugar a uma constante interveno da Argentina nos assuntos internosuruguaios, ao que se somava Brasil. Tambm se deve destacar a inteno de Frana eGr-Bretanha de estender seu predomnio econmico ao Rio da Prata.Todas estas influncias estrangeiras, somavas s rivalidades internas em Uruguai,desencadeariam a chamada Guerra Grande (1839-1851). Logo de que as tropas deRivera venceram s de Oribe, este renunciou presidncia e em seu lugar foi eleitoRivera, o 1 de maro de 1839. J em fevereiro de esse ano lhe havia declarado a guerraa Rosas, aliado de Oribe, dando comeo contenda.Em 1840, um exrcito de Unitarios exilados tentou invadir o norte da Argentinavindos do Uruguai mas com pouco sucesso. Dois anos depois o exrcito argentinoinvadiu o Uruguai a favor de Oribe.40Tendo tomado o controlo da maior parte do pas, embora no tenham conseguidocapturar a capital. O cerco de Montevideu comeou em Fevereiro de 1843 e iria durarnove anos e captar as atenes e a imaginao do mundointeiro. Alexandre Dumas, filho comparou-o com uma nova guerra de Troia.Os Uruguaios cercados pediram ajuda aos estrangeiros residentes, tendo-se formadouma legio francesa e outra italiana. A italiana era liderada por Giuseppe Garibaldi, queestava a lecionar matemtica em Montevideu quando a guerra estalou, Garibaldi foi 40. ainda nomeado chefe da marinha uruguaia e esteve envolvido em muitas actos famososdurante a guerra, nomeadamente a batalha de San Antonio, que o fez obter umareputao de nvel mundial como formidvel lder de guerrilha.O bloqueio argentino a Nova Zelndia foi ineficaz pois Rosas tentou no interferircom o trnsito internacional de navios no Rio da Prata. Mas em 1845, quando o acessoao Paraguai foi bloqueado, o Reino Unido e a Frana aliaram-se contra Rosas,capturaram a sua frota e iniciaram um bloqueio a Buenos Aires, enquanto o Brasil sealiava Rosas. Rosas conseguiu negociar acordos de paz com a Gr-Bretanha (em 1849)e com a Frana (em 1850), tendo esta ltima concordado em retirar a sua legio se astropas de Rosas sassem do Uruguai.41Entre 1839 e 1843, a guerra foi favorvel a Rosas e Oribe. Este ltimo impulso o sitio deMontevidu entre 1843 e 1851. Assim, o pas quedou dividido em duas partes:Montevidu baixo o poder do Partido Colorado, apoiado pelos ingleses e franceses, queformam o Gobierno de la Defensa; o resto do pas, dominado por Oribe e os brancos, queformaram o Gobierno del Cerrito, com seu capital na cidade de Villa Restauracin,atualmente o bairro da Unin. Oribe foi o primeiro presidente oriental que homenageouoficialmente a Artigas, batizando com o nome do prcer principal rua de Villa 41. Restauracin. Durante este perodo, vrias legies estrangeiros franceses, Italianos,etc. apoiaram a defensa de Montevidu, sendo especialmente notvel a participaode Giuseppe Garibaldi, quem comandara as foras navais de Montevidu.Desde 1849, depois de queda do imprio do Brasil, Repblica Rio-Grandense, aoconcluir a Guerra dos Farrapos grassou as incursiones e ataques brasileiros sobre oterritrio uruguaio.Em 1851, o governador da provncia de Entre Rios, Argentina, Justo Jos de Urquiza,forma uma coalizo com Brasil e o Gobierno de la Defensa e invadiu o territriouruguaio. Simultaneamente se produz uma nova invaso brasileira. O cansao geradopor a larga guerra provocou a rpida redeno do gobierno do Cerrito e a firma da paz, o8 de outubro de 1851. Como resultado do tratado de paz firmado em 1852, Uruguaireconhecia a soberania brasileira sobre as Misses Orientais j ocupada nos fatos poro Imprio do Brasil mais uma franja adicional, entre os rios Quarai e Ibicu.42Em 1855, um novo conflito estalou entre os partidos, e atingiu o seu ponto altodurante a Guerra da Trplice Aliana (ou Guerra do Paraguai). Em 1863, o general dosColorados Venancio Flores organizou um levantamento armado contra o presidenteBlanco, Bernardo Prudencio Berro. Flores saiu vitorioso, com o apoio do Brasil e daArgentina, que lhe cederam tropas e armas, enquanto Berro forjou uma aliana com older paraguaio Francisco Solano Lpez. Quando o governo de Berro foi derrubado, em1864, com o apoio brasileiro, Lpez declarou guerra ao Brasil. 42. O resultado foi a Guerra da Trplice Aliana, um conflito de cinco anos onde oUruguai, o Brasil e a Argentina combateram o Paraguai, em que Flores acabou por sairvencedor, mas perdendo 95% das suas tropas. Flores no saboreou a sua vitria prricapor muito tempo, pois foi assassinado em 1868, no mesmo dia que o seu rival Berro.Ao finalizar a Guerra Grande o pas estava num complicado cenrio: totalmenteendoidado com decrescimento de provao, destruio da maioria do gado (principalfonte de rendas do pas).Muitos responsabilizaram aos bandos polticos por a debilidade interna epropuseram uma poltica de fuso para eliminar as divisas, chegando em 1857 opresidente Gabriel Pereira a proibir a reorganizao dos partidos polticos.Ao chegar em 1860 presidncia Bernardo Berro, apesar de ser branco, se inclinoupara a poltica de fuso. Intentou implantar uma poltica de neutralidade com Argentina,pois opinava que Uruguai no se devia intrometer em assuntos externos.43Ambos os partidos estavam conscientes do caos. Em 1870 chegaram a um acordopara definir as esferas de influncia de cada um: os Colorados controlariam Montevideue a regio costeira, j os Blancos controlariam o interior com os seus espaos agrcolas.Alm disto, os Blancos receberam meio milho de dlares para os compensar pela perdade Montevideu. Contudo a figura do caudilho foi difcil de apagar do Uruguai e os feudospolticos continuaram.Venancio Flores, o principal caudilho uruguaio nesse momento, aliou-se com os 43. governos de Brasil e Argentina e invadiu o territrio uruguaio. Depois de uma breve,mas violenta guerra, assediou ao poder em 1865. Flores pagou o apoio brasileiro eargentino unindo-se com eles contra o Paraguai, na Guerra do Paraguai.Flores foi assassinado em 1868, sendo sucedido por Lorenzo Batlle. Em seu perodode governo, o mais destacado foram as crises econmicas e polticas. Entre estas ltimasse destacou a "Revolucin de las lanzas", comandada por Timoteo Aparicio. Este perodo(1868) se caracterizou por governos fracos, sendo presidentes: Lorenzo Batlle (1868-1872), Jos Ellauri (1872-1875) e Pedro Varela (1875).44Desenvolvimento Scio Econmico At 1890:Depois da Guerra Grande, houve um aumento assinalvel da imigrao, sobretudode Espanha e Itlia, em 1860 os imigrantes representavam 48% da populao, e 68% em1868. Na dcada de 1870 entraram no Uruguai mais de 100.000 europeus, pelo que em1879 viviam cerca de 438.000 pessoas no Uruguai, um quarto das quais em Montevideu. 44. Em 1857 o primeiro banco abriu, trs anos depois iniciou-se a construo de umsistema de canais e em 1860 a primeira linha de telgrafo foi instalada e construram-seligaes ferrovirias entre a capital e a provncia.A economia viveu um acelerado crescimento depois da Guerra Grande, sobretudo nacriao e exportao de gado. Entre 1860 e 1868, o nmero de ovelhas passou de trspara dezassete milhes, devendo-se o aumento sobretudo aos novos mtodos trazidospelos imigrantes europeus.Montevidu tornou-se um grande centro econmico, graas ao seu porto naturaltornou-se um entreposto para mercadorias da Argentina, do Brasil e do Paraguai.Tambm as cidades de Paysand e Salto, ambas situadas no Rio Uruguai, viveram umdesenvolvimento semelhante.45Imigrao Em Massa E Desenvolvimento:No final do sculo XIX o pas havia completado sua organizao, e durante a etapabatllista consolidou sua democracia e alcanou altos nveis de bem-estar, comparadosaos europeus. Devido a isso, o Uruguai comeou a ser conhecido internacionalmentecomo "A Sua da Amrica". Uruguai foi o primeiro pas a estabelecer por lei o direito ao 45. divrcio (1907) e um dos primeiros pases do mundo a estabelecer o direito dasmulheres a votar.At a dcada de 1960, o Uruguai era chamado de "a Sua sul-americana" por ter umperfil de pas desenvolvido, com altos ndices sociais e estabilidade poltica. Aps adcada de 1970, a escassez de recursos minerais e energticos, a carncia de tecnologiae a queda do preo da l e da carne no mercado internacional, contriburam para adesestabilizao econmica no Uruguai. Em 1973, ocorreu um golpe militar com durarepresso por parte do governo e que favoreceu o surgimento de movimentos deoposio e de guerrilha, como o dos tupamaros.46Sculo XX:Jos Batlle y Ordez, presidente nos perodos 1903-1907 e 1911-1915, lanou asbases do Uruguai actual, fazendo grandes reformas polticas, sociais e econmicas, comoo estabelecimento da interveno governamental em vrios sectores da economia, olanamento de um sistema de segurana social e a criao de um executivo plural. 46. Algumas destas reformas foram continuadas pelos seus sucessores.No plano educativo, em 1903 cria-se a Facultad de Comercio (futura de CienciasEconmicas) e em maro de 1907 a Facultad de Veterinaria y Agronoma. Tratava-se defazer mais tcnico o comrcio e o agro desviando aos filhos de estancieiros dastradicionais carreiras de advogado e mdico. Projetou-se a instalao de dez colgiosdepartamentais, procurando outorgar em o interior da Repblica elementos de culturasuperior do ensino primrio. Em o plano poltico, a tarefa foi absorvida por oslevantamentos armados produzidos por a poltica exclusivista de partido desenvolvidapor Batlle e a negativa do Partido Nacional a seguir aceitando sua contnua marginarodo governo. Firmada em 1904 a Paz de Acegu, os impactos da revolta foram: A) Aconsolidao da unidade do Estado. O triunfo colorado implicou a finalizao da polticade coparticipao em os governos departamentais. B) Governo exclusivo de partido e C)A Reforma Eleitoral. 47Com a assuno de Claudio Williman continuou-se com um governo batllista. O 25de agosto de 1909 produz-se a inaugurao do porto de Montevidu que estaria aoservio pblico e o Estado reservava-se a administrao porturia. O pas contava desdeeste momento com um mdio que lhe permitiria competir com Buenos Aires em relaocom o trfico de ultramar.Durante a segunda presidncia de Batlle y Ordez houve contribuiesimportantes para os direitos trabalhistas dos trabalhadores. O trabalho era proibido 47. para menores de 13 anos, o dia estava restrito a crianas menores de 19 anos, a mulherteria 40 dias de folga durante o perodo de gravidez, o descanso obrigatrio era de umdia cada sete, e um mximo de 48 horas por semana de trabalho. Estabeleceu-se ajornada de trabalho de 8 horas. Tambm se criou uma lei para pagar indemnizaes poracidentes de trabalho. Aprovou-se uma penso velhice que poderiam utilizar todas aspessoas maiores de 65 anos e de qualquer idade em caso de invalidez total, que seencontrara na misria. Foi estabelecido que a indenizao por demisso dependesse daquantidade de anos trabalhados.No que se refere atividade econmica do Estado (estatizao e nacionalizao). Oprincpio ideolgico era que os servios pblicos essenciais deviam estar em mos doEstado, posto que estes eram os organismos representativos da sociedade, dizer, detodas as classes sociais, e estava por encima de suas disputas.48O Estado devia intervier ali, onde o capital privado fora indeciso ou temido perderdinheiro, porque no estava guiado por o af de lucro si no de servios pblicos; oEstado devia substituir s empresas estrangeiras que se levaram a ganncia fora defronteiras debilitando assim o pas.Foi assim que se produzo a nacionalizao do Banco de la Republica Oriental delUruguay, 1911 e 1913, a do Banco Hipotecario del Uruguay, em 1912, e a dos seguro, quepassaram de mos privadas para mos do Estado com a criao em 1911 do Banco de 48. Seguros do Estado. Por sua vez foi criado, em 1915 a Administracin de Ferrocarriles delEstado e houve a secularizao de eventos pblicos.Como executivo-chefe segurou a unidade nacional acabando diversas rebeliesdepartamentais, estabeleceu a jornada de trabalho de oito horas, a compensao dotrabalhador e promulgou a primeira lei do divrcio na Amrica do Sul que reconheca osdireitos das mulheres, tambm criou escolas secundrias em todas as cidadesdepartamentais. Durante sua presidncia, as empresas pblicas foram criadas emconcorrncia com a iniciativa privada, oferecendo servios mais baratos.Durante seu segundo mandato, estabeleceu as bases para a futura reformaconstitucional. Ou seja, ocorreu em todas as reas da modernizao do Estado. Suafilosofia, ainda est presente na mente dos uruguaios, independentemente de partidospolticos.49A Era Da Exportao:No final da dcada de 1950, em parte devido ao decrscimo da procura no mercadomundial por produtos agrcolas, o Uruguai comeou a registar problemas econmicos,onde se inclui a inflao, desemprego em massa e uma queda abrupta do nvel de vida 49. dos trabalhadores uruguaios, o que levou ao aparecimento de protestos estudantis econflitos laborais.,Em 1951, os governantes decidiram substituir o cargo de presidente por umconselho administrativo, como forma de evitar um golpe militar. Quinze anos depois, omandato presidencial restituido em um referendo realizado no mesmo dia das eleiesgerais, vencidas pelo Partido Colorado.Os Tupamaros, um movimento de guerrilha urbana, formaram-se no incio dadcada de 1960, inicialmente assaltavam bancos e distribuam comida e dinheiro nosbairros pobres, posteriormente passaram a atacar as foras de segurana e a executarraptos polticos. Destas aces resultou o embarao e depois a destabilizao dogoverno.O Office of Public Safety (OPS) dos Estados Unidos comeou a operar no Uruguai noano de 1965. O OPS trouxe polcia e aos servios secretos uruguaios novas tcnicas depoliciamento e interrogatrio. 50O chefe dos servios secretos policiais, Alejandro Otero,reportou em 1970 a um jornal brasileiro que o OPS, sobretudo o responsvel do OPS noUruguai, Dan Mitrione, instruiu a polcia uruguaia como torturar suspeitos, sobretudocom aparelhos elctricos. 50. O presidente Jorge Pacheco Areco declarou o estado de emergncia em 1968,seguida de uma ainda maior suspenso dasliberdades civis em 1972 pelo seu sucessor, opresidente Juan Mara Bordaberry, que colocouo exrcito a combater as guerrilhas. Depois dederrotarem os Tupamaros, os militarestomaram conta do poder, em 1973, levando oUruguai a deter, em pouco tempo, a maior taxaper capita de presos polticos do mundo.51O Golpe De Estado De 1973:O 27 de junho de 1973, argumentando "a ao delitiva da conspirao contra a 51. Ptria, se uniu com a complacncia de grupos polticos sim sentido nacional, encontra-seinserta nas prprias instituies, para assim apresentar-se encoberta como uma atividadeformalmente legal", o Poder Executivo dissolve as Cmara dos Senadores yRepresentantes, criam um Conselho de Estado com funes legislativas, de mordomoadministrativo e com encargo de projetar uma reforma constitucional que reafirme osprincpios republicanos - democrticos, suspende os direitos civis e faculta s FF.AA. ePoliciais para assegurar a prestao ininterrupta dos servios pblicos. Tambm dispea instalao de um Conselho de Estado que pretendia substituir ao parlamento.Em resposta ao golpe de estado, na mesma madrugada em que gesta-se o golpe, osecretariado da CNT (Central Nacional de Trabalhadores) lana um manifesto em o quechama "ocupao das fbricas, estado de alerta e assembleia". O Partido Comunista doUruguai toma resolues tambm na noite do 26 de junho respeito greve general comocupao de fbricas, movendo a milhares de seus afiliados de agrupaes de empresasque na mesma madrugada dirigem-se a seus lugares de trabalho e das agrupaesdevizinhana. Posteriormente se plegaram os grmios de estudantes universitrios. Agreve durou 15 dias, a ms larga na histria do pas. 52Durante este perodo de terrorismo de estado praticou-se sistematicamente atortura, desapario forada e priso. Nas prises uruguaias morreram cerca de umacentena de prisioneiros polticos e continuam desaparecidas outras 200 pessoas. Nestesanos viveu-se uma Gerilla Urbana no Uruguai donde ambos os lados, Tupamaros como 52. Militares, cometeram atrocidades.Em 1976, ao terminar Juan Mara Bordaberry seu mandato constitucional, ante aconvico de que o caos poltico que havia vivido o pas era responsabilidade de seusistema poltico, prope Junta de Comandantes em Chefe das Foras Armadas umareforma do sistema institucional do pas, eliminando os partidos polticos esubstituindo-os por "correntes de opinio" num sistema de corte corporativista.As Foras Armadas, entendendo que o problema no eram os partidos polticos, masseus integrantes, e que a soluo ao problema viria por a via de uma renovao de seusdirigentes, retiram seu apoio ao presidente, que viu-se obrigado a abandonar o cargo emjunho.Quanto continuava a represso, Bordaberry reemprazado por o ento presidentedo Conselho de Estado, Alberto Demicheli, quem suspende as eleies previstas paranovembro e delega a presidncia em Aparicio Mndez (ex Ministro de Sade Pblica),quem a assume por um perodo de cinco anos.53Retorno democracia:O Uruguai experimentou uma srie de presidentes eleitos e nomeados e entrou emconflitos com estados vizinhos, flutuaes e modernizaes polticas e econmicas e 53. grandes fluxos de imigrantes, provenientes especialmente da Europa. Os militarestomaram o controle da administrao em 1973 e o governo civil s regressou em 1985,um ano depois de vastos e violentos protestos contra os regimes militares na Amricado Sul, inclusive no Uruguai. A ditadura militar durou at o ano de 1984 e, mesmo com orestabelecimento democrtico, os problemas econmicos continuaram. O declnioeconmico e a instabilidade poltica provocaram uma grande emigrao de jovens.A dcada de 1990 foi marcada por privatizaes, diminuio dos gastos pblicos eelevao da taxa de desemprego. E, em tentativa de melhorar esta crise e diversificar asatividades econmicas no Uruguai, o governo criou uma legislao favorvel implantao de instituies financeiras, que acabou atraindo vrias empresas do setor,transformando o Uruguai em pas de destaque no setor bancrio.Seguiram-se presidentes dos partidos tradicionais, blancos e colorados, at aseleies de 2004, vencidas pelo candidato Tabar Vzquez, apoiado pela coligao decentro-esquerda Frente Amplio. O mandato de Vzquez teve incio em 15 de maro de2005. Em 2010 chegou presidncia Jos Mujica, ex-guerrilheiro e da mesma coligao.54O Uruguai contemporneo: 54. As reformas econmicas de Sanguinetti visavam atrair o investimento e capitalestrangeiro e tiveram algum sucesso na estabilizao da economia. Para a promoo dareconciliao nacional e facilitar o retorno ao funcionamento democrtico dasinstituies, Sanguinetti conseguiu aprovar por plebiscito uma controversa amnistiageral aos lderes militares acusados de violaes dos direitos humanos durante aditadura, e acelerou a libertao dos antigos guerrilheiros.As eleies de 1989 foram vencidas por Luis Alberto Lacalle, do Nacional, quegovernou no perdo de 1990 a 1995. Lacalle, alm de fazer o Uruguai aderir ao Mercosulem 1991, empreendeu grandes reformas estruturais liberalizando e privatizando aeconomia, apesar de algum sucesso econmico, estas medidas deram origem a umagrande oposio poltica, que chegou a conseguir anular algumas das reformas porreferendo.Nas eleies de 1994 Sanguinetti voltou a ser eleito, embora sem maioria noparlamento, tendo por isso o Colorado e o Nacional encetado uma coligaogovernamental. As reformas econmicas continuaram e o sistema eleitoral, a seguranasocial, a educao e a segurana pblica foram tambm revistos.55A economia cresceu de forma estvel durante a maior parte do mandato at que osbaixos preos das mercadorias e dificuldades econmicas nos maiores mercados para osquais o Uruguai 55. exportava conduziram a uma recesso em 1999 que continuou at 2002.Encontro do presidente uruguaio Tabar Vzquez com o argentino Nstor Kirchner.As eleies de 1999 decorreram-se sob as alteraes introduzidas pela revisoconstitucional de 1996. Primrias em Abril decidiram candidatos nicos para cadapartido e as eleies decorridas em Outubro determinaram a representao para alegislatura. Como nenhum candidato obteve maioria, em Novembro houve uma segundavolta na qual Jorge Batlle Ibez do Colorado e com o apoio do Nacional, derrotouTabar Vzquez o candidato da Frente Amplio. Os partidos vencedores continuaram asua coligao legislativa, pois isoladamente no conseguiam ultrapassar os 40% daFrente Amplio, esta coligao acabou em Novembro de 2002, quando os blancos seretiraram dos seus ministrios, embora continuassem a apoiar os colorados na maioriados temas.O mandato de Batlle foi marcado pela recesso e incerteza econmica, peladesvalorizao do real no Brasil em 1999, os surtos de febre aftosa em 2001 efinalmente com o colapso poltico-econmico da Argentina. O desemprego elevou-separa perto dos vinte por cento, o valor real dos salrios diminuiu e o peso desvalorizou-se, tendo sido relegados para a pobreza quase quarenta por cento dos uruguaios.56Com o piorar das condies econmicas a opinio pblica virou-se contra aspolticas econmicas de mercado comum, adoptadas pelo governo de Batlle e os seusantecessores, levando rejeio em plebiscito das propostas para a privatizao da 56. companhia estatal de petrleo em 2003 e da companhia estatal de gua em 2004.Em 2004 os uruguaios elegeram Tabar Vzquez como presidente, dando FrenteAmplio, a maioria nas duas cmaras do parlamento. O governo comprometeu-se acontinuar os pagamentos da dvida externa do Uruguai e tambm prometeu combaterfortemente os problemas generalizados da pobreza e do desemprego.A construo de uma fbrica de papel em Fray Bentos - o maior investimento dahistria do pas, feito pela empresa finlandesa Botnia, de 1,7 bilhes de dlares - smargens do rio Uruguai provocou grande tenso entre o governo dos dois pases aolongo de 2006. A Argentina levou representao contra a instalao da indstria aoTribunal Internacional de Haia em 2006; todavia, a deciso favoreceu o Uruguai.Moradores da localidade argentina de Gualeguaych, localizada na outra margem do rio,bloquearam por diversas vezes a ponte que une os dois pases, alegando prejuzoambiental e turstico diante da poluio gerada no processamento da celulose.57Atualidade: 57. Nas eleies legislativas de outubro de 2009 o Frente Amplio volveu a lograr amaioria parlamentaria com o 48% do total de sufrgios (contando votos em brancos eanulados), em tanto que o Partido Nacional resultou segundo com um 29,4%, o PartidoColorado terceiro obtendo um 17.5 %. A votao do Frente Amplio no conseguiu amaioria absoluta do total de votos emitidos, includos os votos em branco e anulados,ento a eleio presidencial se definiu o 29 de novembro de 2009 mediante um sistemaeleitoral a duas voltas entre o esquerdista Jos Mujica do Frente Amplio e o direitista ex.presidente Luis Alberto Lacalle Herrera do Partido Nacional. Jos "Pepe" Mujica resultoueleito como presidente do Uruguai e sucessor de Tabar Vzquez. A frmula do FrenteAmplio obteve o 52,4% dos sufrgios, quanto que o outro candidato, o ex-presidentebranco Luis Alberto Lacalle (1990-1995), logrou o 43,5%, de acordo com os resultadosda Corte Eleitoral. Em torno ao 4 % dos sufrgios foram em branco ou anulados. Naprimeira volta do 25 de outubro passado, Mujica, do governante partido de esquerdaFrente Amplio, e Lacalle, do Partido Nacional, havia sido os mais votados (48% y 29,1%respetivamente), mas nenhum logrou a maioria. Em seu discurso de toma de mando,feito o 1 de maro de 2010 Mujica reafirmou a necessidade de que o pas contara compolticas de estado. Tambm planteou como um objetivo primordial de suaadministrao a eliminao da indigncia e a reduo da pobreza num 50%.58Nas eleies municipais de 2010, o Partido Nacional obteve doce intendncias 58. (recupera trs, perde uma), o Frente Amplio obteve cinco (perde quatro, conquista uma)e o Partido Colorado obteve dois (ganha uma mais). 59. Atual presidente do uruguai60GEOGRAFIA: 60. O Uruguai o segundo menor pas da Amrica do Sul e a sua paisagem constitudaprincipalmente por plancies e colinas baixas (coxilhas), com uma plancie costeira frtil.A terra est ocupada na sua maior parte por pradarias, ideais para a criao de bovinos eovinos. O ponto mais elevado do pas o Cerro Catedral, com 514 m. Ao sul situa-se o riode la Plata (rio da Prata), onde est o Porto de Montevidu. O Rio da Prata o esturioformado pelo rio Uruguai, que constitui a fronteira ocidental do pas, e pelo rio Paran,fora do Uruguai, formador da mesopotmia argentina. O pas tem apenas um rioimportante que o atravessa, o rio Negro, com hidreltricas. Tem ainda parte da LagoaMirim, que divide com o Brasil e de algumas lagoas na costa do Atlntico.61Geologia E Relevo: 61. O Uruguai situa-se na zona de transio entre o pampa mido da Argentina e oplanalto meridional brasileiro. O relevo constitudo por dois grandes sistemas decoxilhas (elevaes suaves e arredondadas) e suas ramificaes. De altitude raramentesuperior a 300 m, as coxilhas tem seu ponto culminante no Cerro Catedral, com 513,66m. A coxilha Grande situa-se em terrenos de embasamento cristalino e a de Haedo, sobreterrenos baslticos. Estreitas plancies margeiam o rio da Prata e a costa atlntica.62Clima: 62. O clima do Uruguai temperado, mas relativamente quente, visto que temperaturasnegativas, bastante frequentes nas noites de inverno, no descem muito abaixo de zero,enquanto os veres so amenos no extremo sul do pas (nas regies de Montevidu e dePunta del Este), tornando-se mais quentes em direo ao norte. O terreno plano fica decerto modo vulnervel a rpidas mudanas nas frentes meteorolgicas e tambm aopampero, um vento frio e ocasionalmente violento que sopra para norte desde asplancies das pampas na Argentina.A temperatura mdia anual varia dos 16 C em Montevidu aos 19,5 C em Salto eArtigas, e a precipitao mdia anual varia dos 1.000 mm no sul do pas aos 1.400 mmno norte. Em Montevidu, o ms mais quente janeiro, com temperatura mdia de 22C, enquanto o ms mais frio julho, com mdia de 10 C. As temperaturas mxima emnima recordes registradas no pas so de 44 C, em Paysand (em 20 de janeiro de1943), e de -11 C, em Melo (em 14 de junho de 1967). As geadas so bastantefrequentes no inverno, mas a queda de neve registrou-se apenas em ocasies muitoesparsas.63Hidrografia: 63. A rede fluvial comandada pelo rio Uruguai, que recebe como afluentes o Quara, oArapey, o Daymn, o Quegay, o Haedo e o Negro. navegvel por embarcaes depequeno calado desde Salto, a 320km de sua foz. O rio Negro, o maior do pas, navegvel apenas em seu curso inferior e recebe por sua vez as guas do Tacuaremb edo Y. Para o esturio do Prata corre o Santa Luca, engrossado pelo San Jos e peloPintado e, para a lagoa Mern (Mirim), o Yaguarn (Jaguaro), o Tacuar e o Cebollat.Termas del Arapey, Uruguai 64Vegetao: 64. Originalmente a regio apresentava, em termos de vegetao, nas nascentes do rioUruguai, os Campos, e na direo sudoeste, a Mata do Alto Uruguai (Mata Atlntica).Atualmente a regio se encontra intensamente desmatada e apenas reas restritasconservam a vegetao original. As principais alteraes so consequncia da expansoagrcola, notadamente das lavouras de arroz irrigado na regio da Campanha, soja etrigo no Planalto. Nas reas de minifndio, localizados juntos aos vales, sedesenvolveram intensamente a suinocultura e avicultura.65Fauna: 65. No que tange fauna, ainda se vem onas nas reas mais remotas. Outrosmamferos nativos so a raposa, o veado, gato-do-mato, a capivara e alguns pequenosroedores. Os mamferos marinhos abundam nas rochas e ilhotas desabitadas da costaatlntica, como a Isla de Lobos. No mesmo litoral, lagoas abrigam grandes colnias deaves aquticas, como o pato-real. H tambm periquitos, abutres, corujas e flamingos.So comuns as aranhas e cobras venenosas, alm de lagartos e tartarugas.66DEMOGRAFIA: 66. Na qualidade de pas de lngua espanhola na Amrica Latina, a maioria doshabitantes do Uruguai partilha um fundo cultural espanhol, muito embora cerca de umquarto da populao seja de origem italiana. Cerca de 88% da populao de origemeuropeia, com os mestios (8%) e os negros (4%) a formar as nicas minorias tnicassignificativas. A igreja e o estado esto oficialmente separados, com a maioria dapopulao a seguir o Catolicismo Romano (66%) e comunidades mais pequenas deprotestantes (2%) e judeus (1%), bem como um grande grupo no confessional (31%).Um estudo gentico de 2009, publicado no American Journal of Human Biology,revelou que a composio gentica do Uruguai principalmente europeia, mas comcontribuio indgena (que varia de 1% a 20% em diferentes partes do pas) esignificativa contribuio africana (7% a 15% em diferentes partes do pas). Acontribuio indgena no Uruguai foi estimada em 10%, em mdia, para a populaointeira. Esse nmero sobe a 20% no departamento de Tacuaremb, e desce a 2% emMontevidu. O DNA mitoncondrial indgena chega a 62% em Tacuaremb. Um estudogentico de 2006 encontrou os seguintes resultados para a populao de Cerro Largo:contribuio europia de 82%, contribuio indgena de 8% e contribuio africana de10%. Esse foi o resultado para o DNA autossmico, 67o que se herda tanto do pai quanto da me e permite inferir toda a ancestralidade de umindivduo. Na linhagem materna, DNA mitocondrial, os resultados encontrados para 67. Cerro Largo foram: contribuio europia de 49%, contribuio indgena de 30%, econtribuio africana de 21%.O Uruguai distingue-se pela sua alta taxa de literacia, uma grande classe mdiaurbana e uma distribuio de rendimentos relativamente uniforme. Durante as ltimasduas dcadas, um nmero de uruguaios que se estima em 500 000 emigrou,principalmente para Brasil e Europa. Como resultado da baixa taxa de natalidade,esperana de vida elevada e taxa relativamente alta de emigrao de jovens, a populaouruguaia bastante madura, e tem decrescido enormemente.Segundo os resultados do ltimo censo de 2004, a populao uruguaia ascendia a 3241 203 habitantes, com uma taxa de crescimento anual de 3,2 % em relao ao censode 1996, onde a populao era de 3 163 763. A baixa taxa de crescimento populacionalobservada entre 1996 e 2004 ainda inferior registrada entre 1985 e 1996, quando ataxa era de 6,4 %. O baixo crescimento da populao corresponde a uma diminuioprogressiva da taxa de fecundidade e nos cmbios migratrios. A populao estimadapara 30 de junho de 2010 de 3 356 584, com uma densidade demogrfica de 19habitantes por quilmetro quadrado.A conformao e estrutura da populao uruguaia se distingue em relao aos demaispases da Amrica Latina. 68O Uruguai se antecipou ao menos trinta anos antes do resto dos pases latino- 68. americanos quanto transio demogrfica, onde em sua maioria o processo seiniciou entre as dcadas de 1950 e 1960. H se estimado que em 1900 a taxa defecundidade era de seis filhos por mulher, em 1950 esta mdia teria cado para trs eem 2008 esta mdia seria ainda menor (2,1 filhos por mulher), segundo o INE. Por suavez, destaca-se por ser o pas com a maior populao longeva na regio onde ocoletivo de pessoas com mais de 60 anos era de 17,7 % em 2008. Os cmbios defecundidade tambm se vislumbram pelo aumento da esperana de vida que atinge os76 anos (72,4 para os homens e 79,7 para as mulheres).A taxa da urbanizao alta e chega a 96,1 % da populao. Outro fator chave paracompreender o dinamismo da populao uruguaia a migrao. A imigrao europeiade radicou no Uruguai, desde os finais do sculo XIX at mediados dos anos 60. Desdea perspectiva da imigrao internacional, na segunda metade do sculo XX, o Uruguaicomea a se consolidar como um pas emigratrio, seja por motivos polticos oueconmicos, fenmeno que tem influenciado o crescimento populacional do pas nasltimas dcadas. A emigrao principalmente at a Europa, Argentina e EstadosUnidos. Na Europa, o principal destino dos uruguaios a Espanha, mas tambmemigram para a Itlia, Frana e Alemanha. Em novembro de 2007 Uruguai se tornou oprimeiro pas latino-americano e o segundo de todas as Amricas (depois do Canad)a reconhecer a unio civil de pessoas do mesmo sexo em nvel nacional. 69 69. PIRMIDE POPULACIONAL DO URUGUAI EM 2005. 73 70. 74 71. Etnias:Segundo publicaes da CIA (The World Factbook), a populao uruguaia fundamentalmente de origem europeia, representando 88% da populao, seguida pormestios (8%) e afro-uruguaios (4%). Ademais esta fonte, sustenta-se que a populaoindgena praticamente inexistente. As sucessivas ondas migratrias que viveram nopas tm conformado a populao atual, composta principalmente de espanhis,seguidos por italianos e com um importante nmero de franceses, alemes, portugueses,britnicos, suos, russos, polacos, entre outros. A populao de origem asitica muitoescassa.Um estudo gentico de 2009, publicado no American Journal of Human Biology,revelou que a composio gentica do Uruguai principalmente europeia, mas comcontribuio indgena (que varia de 1% a 20% em diferentes partes do pas) esignificativa contribuio africana (7% a 15% em diferentes partes do pas).A contribuio indgena no Uruguai foi estimada em 10%, em mdia, para apopulao inteira. Esse nmero sobe a 20% no departamento de Tacuaremb, e desce a2% em Montevidu. O DNA mitoncondrial indgena chega a 62% em Tacuaremb.Um estudo gentico de 2006 encontrou os seguintes resultados para a populao deCerro Largo: contribuio europia de 82%, contribuio indgena de 8% e contribuioafricana de 10%. Esse foi o resultado para o DNA autossmico, o que se herda tanto 75 72. do pai quanto da me e permite inferir toda a ancestralidade de um indivduo. Nalinhagem materna, DNA mitocondrial, os resultados encontrados para Cerro Largoforam: contribuio europia de 49%, contribuio indgena de 30%, e contribuioafricana de 21%.Religio:O Uruguai no tem religio oficial e, portanto, a igreja e o estado esto oficialmenteseparados e a liberdade religiosa garantida. Uma pesquisa realizada em 2008 peloInstituto Nacional de Estatstica do Uruguai apontou o catolicismo como a principalreligio, com 45,7% da populao, 9,0% so cristos no-catlicos, 0,6% so animistasou umbandistas (uma religio afro-brasileira) e 0,4% judeus. 30,1% declararamacreditar em um Deus, mas que no pertencem a nenhuma religio, enquanto 14%declararam ser ateu ou agnstico. Entre a grande comunidade armnia em Montevidu,a religio dominante o cristianismo, especificamente a Igreja Apostlica Armnia.Os observadores polticos consideram o Uruguai o pas mais secular nas Amricas. Asecularizao do Uruguai comeou com o papel relativamente menor da igreja na pocacolonial, em comparao com outras partes do Imprio Espanhol. O pequeno nmero dendios do Uruguai e sua feroz resistncia ao proselitismo reduziu a influncia das 76 73. autoridades eclesisticas.Aps a independncia, idias anticlericais se espalharam para o Uruguai, emparticular da Frana, minando ainda mais a influncia da igreja. Em 1837, o casamentocivil foi reconhecido e em 1861 o Estado assumiu a gesto dos cemitrios pblicos. Em1907 o divrcio foi legalizado e em 1909 toda e qualquer educao religiosa foi banidadas escolas pblicas. Sob a influncia do radical reformador Colorado, Jos Batlle yOrdez (1903-1911), a completa separao entre Igreja e Estado foi introduzida com anova Constituio da 1917.Idioma:O espanhol uruguaio tem algumas modificaes devido ao nmero considervel deimigrantes italianos. Como o caso com a vizinha Argentina, Uruguai e emprega tanto ovoseo quanto o yeismo. O ingls comum no mundo dos negcios e seu estudo temaumentado significativamente nos ltimos anos, especialmente entre os jovens. Noentanto, ainda uma lngua minoritria, como so o francs e o italiano. Outras lnguasincluem portugus e o "portuol" (uma mistura de espanhol e portugus). Ambos sofalados nas regies norte, perto da fronteira brasileira. O Uruguai o nico pas no lusfono em que o ensino da lngua portuguesa obrigatrio. O 77 74. portugus ensinado a partir do 6 ano de escolaridade. Como poucos povos indgenasexistem na populao, as lnguas indgenas so pouco presentes no Uruguai.Indicadores Socioeconmicos:Segundo dados publicados pelas Naes Unidas o ndice Gini do Uruguai em 2003era de 0,449. Uma pontuao de 1,000 nessa escala significaria um estado de mximainequalidade entre classes sociais, e uma pontuao de 0,000 representaria umadistribuio igual da riqueza.Um recente relatrio usou dois indicadores para estimar o nmero de pessoasvivendo em estado de pobreza no pas. Esses indicadores so a "linha de indigncia", osalrio da famlia no o suficiente para o consumo bsico de alimentos, e a "linha dapobreza", o salrio da famlia no o suficiente para o consumo bsico de alimentos, deroupas, sade e transporte.Os nmeros obtidos dependem da metodologia usada, o relatrio citado usa trsdiferentes mtodos. De acordo com um proposto pelo Regional Workshop sobremedio de pobreza em 1996, que produziu os maiores valores dentre os trs. oresultado para o primeiro quarto de 2006 foi: 3,01% da populao abaixo da linha deindigncia e 18% da 75. populao abaixo da linha de pobreza. 79O relatrio mostra que os indicadores esto melhorando conforme o pas serecupera da ltima crise em 2002; em 2004 o indicador de pobreza atingiu o valor maisalto de todos os tempos.O salrio mdio da mulher em 2002 no Uruguai equivalia a 71,8% do salrio dohomem da mesma atividade. O salrio mdio dos descendentes africanos equivalia a65% dos descendentes europeus.Apesar do aluguel em lugares que no possuem tanta demanda no serem to caros, normalmente necessrio que a pessoa tenha uma outra propriedade para servir degarantia para o contrato, ou um depsito que muitos no conseguem pagar. A primeiracondio torna o aluguel especialmente difcil para os setores menos favorecidos dapopulao. De acordo com o INE, 23,3% da populao vive em lugares que no so nemdeles nem so alugados. Alguns deles so casas construdas propriamente, enquantooutros so construes precrias construdas ilegalmente em terras pblicas ouprovadas ao redor das cidades. Assim, novas comunidades inteiras foram criadas nasltimas dcadas. Elas so chamadas de "Asentamientos". O fenmeno similar s"Favelas" no Brasil, "Villas Miseria" na Argentina, "Barrios" na Venezuela, "Invasiones" naColmbia, "Arrabales" na Espanha, "Poblaciones Callampa" no Chile, ou "Jacales" noMxico. 76. 80Departamentos do Uruguai:IDH mdioIDH elevado 77. 81POLTICA:O Uruguai uma repblica democrtica representativa, com um sistemapresidencial Os membros do governo so eleitos para um mandato de cinco anos por umsistema de sufrgio universal. O Uruguai um Estado unitrio: justia, educao, sade,segurana externa, poltica, a defesa so administradas em todo o pas. O poderexecutivo exercido pelo presidente e por um gabinete de 13 ministros.O poder legislativo constitudo pela Assembleia Geral, composta por duas cmaras:a Cmara dos Deputados com 99 membros que representam os 19 departamentos,eleitos com base na representao proporcional; e a Cmara dos Senadores, compostapor 31 membros, dos quais 30 so eleitos por um mandato de cinco anos porrepresentao proporcional e pelo vice-presidente que a preside.O poder judicirio exercido pelo Supremo Tribunal Federal, a bancada e juzes emtodo o pas. Os membros da Suprema Corte so eleitos pela Assembleia Geral, osmembros da Magistratura do Tribunal Supremo, com o consentimento do Senado, e osjuzes so diretamente afetados pelo Supremo Tribunal Federal.O Uruguai adotou sua atual Constituio em 1967. Muitas das suas disposiesforam suspensas em 1973, mas restabelecidas em 1985. 78. 82A Constituio uruguaia permite aos cidados revogar as leis ou alterar a Constituiopor referendo. Durante osltimos 15 anos, este mtodo tem sido utilizado vrias vezes: para confirmar uma lei derenncia dos membros do Ministrio Pblico dos militares que violaram direitoshumanos durante o regime militar (1973-1985); parar a privatizao das empresas deservios pblicos; para defender rendimentos de pensionistas e para proteger osrecursos hdricos.Durante a maior parte da histria do Uruguai, o Partido Colorado esteve no governo.A outra parte "tradicional" do Uruguai, o Partido Blanco, governou apenas duas vezes. Aseleies de 2004 trouxeram a Frente Ampla (coalizo de socialistas, comunistas,tupamaros, ex-comunistas e social-democratas, entre outros) a governar com maiorianas duas casas do parlamento e da eleio do presidente Tabar Vzquez, por maioriaabsoluta.O Latinobarmetro de 2010 constatou que, na Amrica Latina, os uruguaios estoentre os que mais apiam a democracia e, de longe, os mais satisfeitos com ofuncionamento da democracia em seu pas. O Uruguai ficou em 27 no ndice "Freedomin the World" da Freedom House. De acordo com a Economist Intelligence Unit, em 2010,o Uruguai alcanou a 21 posio no ndice de Democracia, entre os 30 pasesconsiderados "democracias plenas" no mundo. O Uruguai se classificou em 24 lugar nondice de Percepes de Corrupo feito pela Transparncia Internacional. 79. 83Poderes:Executivo:O Presidente eleito por voto popular para um mandato de cinco anos, sendo o vice-presidente eleito no mesmo boletim (chapa) de voto. O governo composto por trezeministros, nomeados pelo presidente, que dirigem os departamentos executivos,constituindo um Conselho de Ministros.Legislativo:O mais importante rgo legislativo do Uruguai a Assembleia Geral (AsambleaGeneral), de organizao bicameral cujas casas so o Senado (Cmara de Senadores), que presidido pelo vice-presidente, e a Cmara dos Representantes (Cmara deRepresentantes). O Senado possui 10 senadores e a Cmara 20 deputados. Osparlamentares de ambas as casas so eleitos por voto popular para mandatos de cincoanos.83 80. Judicirio:O tribunal mais elevado o Supremo Tribunal. Abaixo dele encontram-se ostribunais de apelao e tribunais inferiores, e os juzos de paz. Existem tambmtribunais eleitorais e administrativos (de "contencioso"), um tribunal de contas e umsistema judicial militar.Assembleia Geral do Uruguai:Assembleia Geral do Uruguai (oficialmente: Asamblea General de Uruguay) oprincipal rgo legislativo da Repblica Oriental do Uruguai. Bicameral, a Assembleia composta pela Cmara de Senadores, com 31 membros, e pela Cmara dos Deputados,com 99 membros. Tal como em outros diversos pases de sistema bicameral, a Cmarade Senadores representa os governos dos departamentos, enquanto a Cmara dosRepresentantes representa a populao residente em cada um destes departamentosseparadamente.A Assembleia est sediada no Palcio Legislativo, um grande marco da arquiteturaneoclssica no pas, localizado na capital Montevidu. 84 81. SUBDVISES:O Uruguai dividido em 19 departamentos cujo administraes locais replicam adiviso dos poderes executivo e legislativo. Cada departamento elege suas autoridadespor meio de um sistema de sufrgio universal. O poder executivo departamental resideem um superintendente e na autoridade legislativa de um conselho departamental.Departamentos do Uruguai. 80 82. O Uruguai se divide em dezenove departamentos:81 83. 82 84. INFRAESTRUTURA:Transporte:O Porto de Montevidu, tranportando mais de 1,1 milho de contineres por ano, oterminal de contineres mais avanado da Amrica do Sul. Seu cais pode lidar comnavios de grande porte. Nove guindastes permitem de 8 a 10 movimentos por hora. Oporto de Nueva Palmira um ponto importante de transferncia de mercadoriasregionais. Ambos portos tm terminais privados e so administrados pelo governo.O Aeroporto Internacional de Carrasco, desenhado pelo arquitecto Rafael Violycom um investimento de 165 milhes de dlares, foi inaugurado em 2009. O aeroportopode lidar com at 4,5 milho de passageiros por ano. PLUNA a principal companhiaarea do Uruguai e est sediada no Aeroporto de Carrasco. O Aeroporto de Laguna delSauce, localizado a 15 km de Punta del Este, foi remodelado em 1997 e as pistas foramrenovados atravs de uma concesso do investimento privado.83 85. A Administracin de Ferrocarriles del Estado o rgo autnomo encarregado detransporte ferrovirio e manuteno da rede ferroviria. O Uruguai tem cerca de 1.200km de trilhos operacionais. At 1947 cerca de 90% do sistema ferrovirio era depropriedade britnica. Em 1949 o governo nacionalizou as ferrovias, juntamente com osbondes eltricos e empresas de distribuio de gua. No entanto, em 1985 o "PlanoNacional de Transportes" sugeriu que trens de passageiros eram demasiados caros parareparar e manter. Trens de carga continuaram para cargas de mais de 120 toneladas,mas o transporte de nibus se tornou a alternativa "econmica" para viajantes. O ltimotrem de passageiro passou em Montevidu em 2 de janeiro de 1988.Estradas asfaltadas ligam Montevidu a outros centros urbanos do pas, asprincipais rodovias conduzem fronteira e cidades vizinhas. Numerosas estradas nopavimentadas conectam fazendas e pequenas cidades. O comrcio internacionalaumentou consideravelmente desde a criao do Mercado Comum do Sul (Mercosul) nadcada de 1990. A maior parte do transporte de cargas domsticas, de servios apassageiros, feito por estradas, em vez de trens.84 86. Educao:A educao no Uruguai obrigatria por um total de nove anos, comeando naeducao primria, e gratuita da pr-escola at a educao superior. O ndice dematrculas na escola primria estava indisponvel em 2001. Enquanto o ndice dematrculas indica um certo nvel de comprometimento com a educao, esse val