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PONTES E GRANDES ESTRUTURASCP 04 – LINHAS DE INFLUÊNCIA
CENTRO TECNOLÓGICODEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
PGE 218L – TEORIAEC8P30/EC9P30
Prof. Eng. Marcos Luís Alves da [email protected]
Créditos: Prof. Ricardo Azoubel da Mota Silveira
4. LINHAS DE INFLUÊNCIA
Refs.: 1. Teoria das Estruturas,Vol. 2, autor: Flávio Antônio Campanari 2. Curso de Análise Estrutural, autor: José Carlos Süssekind.
PONTES
4.1 DEFINIÇÃO
LINHA DE INFLUÊNCIA DE UM EFEITO ELÁSTICO E EM
UMA DADA SEÇÃO S É A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA OU ANALÍTICA DO VALOR DESTE EFEITO, NAQUELA SEÇÃO S, PRODUZIDO POR UMA CARGA UNITÁRIA, DE CIMA PARA BAIXO, QUE PERCORRE A ESTRUTURA.
EXEMPLO
rótula
P = 1
A s B
--
+ab
• Ms = a P = 1 em A• Ms = - b P = 1 em B
OBSERVAÇÕES
• A seção e o efeito estudados são fixos; A posição da carga é que varia
• Não confundir: linha de influência x diagrama solicitante
• Efeitos elásticos: Momento Fletor, Esforço Cortante, Reação de Apoio, Deformação (flechas)
• Considerar válido o princípio da superposição de efeitos
4.2 FASES DE SOLUÇÃO DO PROBLEMA
2a FASE: dada a estrutura, o efeito elástico E, e a seção S, OBTER A LINHA DE INFLUÊNCIA
1a FASE: definida a classe da ponte e as plantas arquitetônicas, OBTER O TREM-TIPO
3a FASE: conhecidos o trem-tipo e a linha de influência, OBTER OS EFEITOS DEVIDO A ESSE TREM-TIPO
4.3 OBTENÇÃO DOS EFEITOS ELÁSTICOS (conhecidos o trem-tipo e a LI)
1. TREM-TIPO FORMADO APENAS POR CARGAS CONCENTRADAS
P1 P2 Pi Pn
i n
LIEs
n
1iiis PE ( Princípio da superposição de efeitos)
2. TREM-TIPO FORMADO APENAS POR CARGAS DISTRIBUÍDAS
LIEs
( Princípio da superposição de efeitos)
i
q
ab
dz
qdz
A
b
ai
b
ais
i
b
as
dzA,pois,AqdzqE
,sejaou,)qdz(E
3. CASO GERAL (superposição dos casos 1 e 2)
AqPEn
1iiis
( Princípio da superposição de efeitos)
OBSERVAÇÕES
• OS PRINCÍPIOS ESTUDADOS ATÉ AQUI SÃO VÁLIDOS PARA ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS E HIPERESTÁTICAS
• É FÁCIL VER QUE AS UNIDADES DAS LINHAS DE INFLUÊNCIA DE MOMENTOS FLETORES SÃO UNIDADES DE COMPRIMENTO, E QUE AS LINHAS DE INFLUÊNCIA DE ESFORÇOS CORTANTES, NORMAIS E REAÇÕES DE APOIO SÃO ADIMENSIONAIS
4.4 ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
1. VIGA ENGASTADA-LIVRE
Efeitos elásticos: • Reações de apoio• Esforços simples
s
P = 1z
A
xL
• REAÇÕES DE APOIO
Representação Analítica
RA = + 1
MA = - z
Representação gráfica
s
P = 1z
A
xL
LIRA
LIMA
A
+1+1 +
A
-
L
45o
L
• ESFORÇOS SIMPLES
Representação Analítica
Vs =
Representação gráfica
s
P = 1z
A
xL
LIVS
LIMS
0, p/ z x
+1, p/ z x
Ms = 0, p/ z x
- (z - x), p/ z xA
x
s
-45o
(L - x)
A
+1 +1+
x
s
2. VIGA SIMPLESMENTE APOIADA
EFEITOS ELÁSTICOS: • REAÇÕES DE APOIO• ESFORÇOS SIMPLES
s
P = 1z
A
xL
B
• REAÇÕES DE APOIO
Representação Analítica
RA = + (L - z)/L
RB = z/L
Representação gráfica
LIRA
LIRB
s
P = 1z
A
xL
B
BA
+ 1
BA
+1
• ESFORÇOS SIMPLES
Representação Analítica
Vs =
Representação gráfica
LIVS
LIMS
- z/L (= - RB), p/ z x
+ (L - z)/L (= RA), p/ z x
Ms = z/L (L - x) , p/ z x
(L - z) x/L , p/ z x
s
P = 1z
A
xL
B
BA
1
1
s-
+
sA B
xL - x
++
OBSERVAÇÕES
• NO ESTUDO DAS L.I. DE ESFORÇOS SIMPLES, DEVEMOS SEMPRE EXAMINAR SEPARADAMENTE AS POSSIBILIDADES DA CARGA UNITÁRIA ESTAR À ESQUERDA OU À DIREITA DA SEÇÃO EM ESTUDO
• A L.I. DE ESFORÇO CORTANTE NUMA SEÇÃO APRESENTA SEMPRE UMA DESCONTINUIDADE IGUAL A 1 NESTA SEÇÃO, CONFORME PODEMOS CONCLUIR DOS CASOS JÁ ESTUDADOS
4.5 LISTA DE EXERCÍCIOS
1. Obter as reações de apoio máximas para uma ponte engastada-livre de 10 m, provocadas pelo trem-tipo abaixo:
1 tf/m
20 tf 10 tf
3m
2. Para a ponte abaixo obter as envoltórias de MF e EC, cotando-as nas seções indicadas. São dados:
a. Carga permanente: g = 2 tf/m; b. Trem-tipo:
1 tf/m
20 tf 10 tf
3m
21A 3 B
3m 3m 3m 3m
74
4. Para o modelo estrutural da ponte abaixo, pede-se:
rótulaengaste
engaste
4 6 6
A
1 2 3 4 5
B
5 tf
10 tfq=2.5 tf/m
5 tf
2 3 3
carga permanente
a. O coeficiente de impacto, indicando seu valor em cada trecho da ponte.b. Carga permanente: MF e EC nas seções A, 1, 2, 3 e 5;c. L.I.MF e L.I.EC das seções A, 1, 2, 3 e 5;d. Carga móvel: MF e EC nas seções A, 1, 2, 3 e 5;Obs.: Trem-tipo
1L%7.04.1
1.5 tf/m
7.5 tf
e. Tabela de envoltória para as seções A, 1, 2, 3 e 5. Inclua a influência do coeficiente de impacto (Ex.: ).
qg MMM
3. Para a ponte de CLASSE 45 abaixo, pede-se:a. O modelo estrutural de análise indicando a carga permanente;b. Os esforços atuantes no tabuleiro devido: empuxo; vento; e aceleração (ou frenagem);c. MF e EC (carga permanente) nas seções 1, 2, 4, 6 e 7;d. Trem-tipo de projeto e anteprojeto;e. L.I.MF e L.I.EC das seções 1, 2, 4, 6 e 7;f. MF e EC (carga móvel - trem-tipo de anteprojeto) nas seções 1, 2, 4, 6 e 7;g. Tabela de envoltória para as seções 1, 2, 4, 6 e 7. (Não precisa incluir a influência do coeficiente de impacto.)
A
A10 12 7.5 7.55
na
pilar encontro(rigidez elevada;b=largura da ponte)
cortina(b=largurada ponte)
pilar pilar pilar
na
5
15
1 3 5 6 742
obs.: as seções 2 e 4 estãono meio do vão
Corte A-A:
0.250.10.15
10 0.40.4
barreiralateral
revestimento(asfalto)
0.21
24concreto
São dados:1. Carga permanente: conc = 2.5 tf/m3; asfalto =
2.0 tf/m3.2. sat = 1.9 tf/m3; água = 1.0 tf/m3; KA = tg2(45 -
/2); = 30o 3. Vento:a. ponte descarregada: 0.15 tf/m2
b. ponte carregada: 0.1 tf/m2; (altura do veículo = 2 m)
4. Aceleração (ou frenagem):a. 30% do veículo tipob. 5% da carga móvel aplicada no tabuleiro
5. Para a ponte CLASSE 30 (veículo tipo com três eixos) a seguir, pede-se:a. Os esforços atuantes devido:• Empuxo no pilar encontro (considere: nível da água = nível do terreno) • Aceleração (ou frenagem) no trecho central da ponte: FG • Vento no trecho central da ponte: FGb. O modelo estrutural de análise para a VIGA PRINCIPAL (VP2) c. Carga permanente – VP2:• Esforço cortante: Seção Dd • Momento fletor: Seção L • Reação de apoio: Seção I d. Trem-tipo de projeto e anteprojeto para cálculo da VP2e. Linha de Influência – VP2:• Esforço cortante: Seção Dd • Momento fletor: Seção L • Reação de apoio: Seção I f. Carga móvel – VP2 (Trem-tipo de anteprojeto):• Esforço cortante: Seção Dd
• Momento fletor: Seção L • Reação de apoio: Seção I g. Tabela de envoltória, sem considerar o coeficiente de impacto.
Observações:1. Carga permanente: conc = 2.5 tf/m3; revestim. = 2.0 tf/m3
2. Empuxo: sat = 2.1 tf/m3; água = 1.0 tf/m3; KA = tg2(45 - /2); = 30o
3. Aceleração (ou frenagem): 30% VT (veículo tipo); b. 5% carga móvel aplicada no tabuleiro4. Vento: Ponte descarregada: 0.15 tf/m2; Ponte carregada: 0.1 tf/m2 (altura do veículo = 2 m)Componente longitudinal: Vento na superestrutura: 25%; Vento na carga móvel: 40%.
VP1VP1VP1 VP2 VP3 VP4
0,8
0,2
2,05,0 m 5,0 m5,0 m
hr(média) = 0,075 m revestimento
0,3
pilar pilarpilarpilar
Área de influência de VP3
2,5 m 2,5 m
0,3
0,2
indicador desimetria
PilarEncontr(rig. elevada) P1P1P1 P5P4P3P2
F
ED
CB
IH
G
K
J
A Junta Junta Junta Junta Junta
9 m8 m9 m8 m12 m3 m 3 m 3 m 3 m 3 m
10 m
trecho central
3 m
L
76
6. Para a ponte CLASSE 12 (veículo tipo com dois eixos) a seguir, pede-se:a. Trem-tipo de projeto e anteprojeto para cálculo da viga VP4 (1.0)Hipótese de Cálculo: Sistema estrutural em GRELHA, com as transversinas apresentando rigidez bastante elevada.b. Linha de Influência – VP4:• Esforço cortante: Seção A (LIVA) e Seção I (LIVI) • Momento fletor: Seção C (LIMc) e Seção H (LIMH)• Reação de apoio: Seção C (LIRc)c. Carga móvel – VP4 (Trem-tipo de anteprojeto):• Esforço cortante: Seções A e I (0.5)• Momento fletor: Seções C e H (0.5)• Reação de apoio: Seção C (0.5)
Consideração Importante:Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA):
onde:n = número de vigas principaise = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas principais)xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principaisPi = carga atuante na viga genérica (i)
i2i
i xxeP
nPP
P6
ED H KA
10 m10 m10 m10 m10 m
CB JuntaJunta
P2 P3
I JJunta
P5
3 m
P4P1P1
F G Junta
2 m2 m 2,5 m
transversina transversina
5 m
VP1
VP2 VP3
VP4
1,0
0,25
2,05,0 m 5,0 m5,0 m
hr(média) = 0,05 m revestimento
0,4
pilar pilarpilarpilar
0,4
0,2
indicador desimetria
0,4
0,2
transversina transversina transversina
7. Para a PONTE MISTA (RODOVIÁRIA e FERROVIÁRIA) mostrada na página seguinte, pede-se:a. Carga Permanente – VP4: q(p.próprio) = 4 tf/m; q(lastro+dormentes) = 1 tf/m; P(transversina) = 2 tf• M. fletor: Seção D • E. cortante: Seção Je • R. apoio: Seção Eb.Trem-tipo de projeto e anteprojeto - VP4Hipótese de Cálculo:Sistema estrutural em GRELHA (transversinas com rigidez bastante elevada);Ver detalhe do carregamento abaixo.c. Linha de Influência – VP4:• M. fletor: Seção D (LIMD) • E. cortante: Seção Je (LIJe) • R. apoio: Seção E (LIE) d. Carga móvel – VP4 (Trem-tipo de projeto):• M. fletor (máximo positivo e negativo): Seção D • E. cortante (máximo positivo e negativo): Seção Je • R. apoio (máxima positiva e negativa): Seção E e. Envoltória de solicitações ( = 1)
Considerações Importantes:1. Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA):
onde:n = número de vigas principaise = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas principais)xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principaisPi = carga atuante na viga genérica (i)
i2i
i xxeP
nPP
P = 10 tf 10 tf P = 10 tf
q = 5 tf/m
1,5 m 1,5 m 1,5 m
2. Carga móvel ferroviária: A ponte ferroviária será projetada para suportar apenas a carga de um trem (locomotiva + vagões)
P6
ED H KA
12 m10 m10 m10 m 10 m
CB
JuntaJunta
P2 P3
I J
Junta
P5
2 m
P4P1
F G
Junta
2 m
2 m
2 m
transversinas
6 m
indicador desimetria
L
Junta
6m
2 m 4 m
VP1 VP2 VP3VP6
1,0
0,25
2,06,0 m 3,0 m6,0 m
hr(média) = 0,05 m revestimento
0,2
0,1
indicador desimetria
0,2
transversina transversina
trans-ver-sina
3,0 m
trans-ver-sina0,2 0,6 0,6 0,6
2,25
VP4 VP5
trilho
pilar pilar pilar parede
vagão
Carga aplicadano centro de gravidadejunta de
dilatação
8. Para a PONTE MISTA (PEDESTRE, RODOVIÁRIA e FERROVIÁRIA) mostrada na página seguinte, pede-se:a. Carga Permanente – VP3: q(p.próprio+revestimento) 7,5 tf/m; P(transversina) = 2,0 tf• M. fletor: Seção D* • E. cortante: Seção I • R. apoio: Seção G b. Trem-tipo de anteprojeto – VP3 (2,0)Hipótese de Cálculo: Sistema estrutural em GRELHA (transversinas com rigidez bastante elevada)Considerar: Classe rodoviária: 30; Ver detalhe abaixo da carga ferroviária a ser aplicadaPedestre: 0,3 tf/m2
c. Linha de Influência – VP3:• M. fletor: Seção D* (LIMD*)• E. cortante: Seção I (LII) • R. apoio: Seção G (LIG) d. Carga móvel – VP3 (Trem-tipo de anteprojeto):• M. fletor (máximo positivo e negativo): Seção D* • E. cortante (máximo positivo e negativo): Seção I • R. apoio (máxima positiva e negativa): Seção G e. Envoltória de solicitações ( = 1)
Considerações Importantes:1. Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA): Onde: n = número de vigas principais; e = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas principais); xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principais; P i = carga atuante na viga genérica (i).2. Carga móvel ferroviária:
i2i
i xxeP
nPP
q = 3 tf/m
P6
ED H KA
10 m10 m10 m10 m 10 m
CB
Junta
P2 P3
I J
Junta
P5
2
P4P1
F G
Junta
5 m
2
2 8 mL
10m
2 28 m2 M
JuntaJunta
transversinas
P7
5 m5 m
indicador de simetria
D*
VP1 VP2 VP3
1,0
0,30
2,57,0 m 7,0 m
hr(média) = 0,05 m revestimento
0,3
0,15
0,3
transversina
0,3
pilar parede
trilho
vagãoCarga aplicadano centro de gravidade
2,0 m
1,0
0,40
0,15
2,5 m 2,0 m
Centro de gravidadedas vigas principaisCarga aplicada
no centro de gravidadeParteRodoviária
Passeio(Pedestre)