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IntroduoEste trabalho foi realizado no mbito da disciplina de
Lngua Portuguesa e tem como tema Fernando Pessoa e a poca, tanto
cultural como histrica, em que viveu. Com a realizao do trabalho
pretende-se dar a conhecer um pouco mais sobre um dos melhores
poetas portugueses de todos os tempos. Para isso, so desenvolvidos
os seguintes temas: Biografia do autor; Obra (ortnima e heternima);
Apresentao e anlise de alguns poemas; Corrente artstica em que se
insere.Antes de mais, deve-se saber que Fernando Pessoa foi um
extraordinrio poeta e uma das personalidades mais complexas e
representativas da literatura europeia do sc. XX. Era dotado de uma
grande densidade psicolgica, um talento e cultura imensos, era
capaz de criar vrias personagens, completamente diferentes, tanto a
nvel de experincia de vida como no modo de escrever ( os chamados
heternimos). Os seus principais heternimos foram Alberto Caeiro (O
Mestre), lvaro de Campos e Ricardo Reis. Pessoa teve alguns
aspectos peculiares na vida: todo o registo de bito foi escrito na
negativa: no deixou bens, nem descendentes nem mesmo testamento, no
foi casado, no teve carro, nem diploma de doutor, nem mquina de
escrever. Nem um emprego definido nem filiao poltica nem religiosa.
Outro aspecto peculiar era que para Pessoa, os anos terminados em
cinco tiveram um significado especial na vida. Durante o sculo XX
surgiu uma nova corrente artstica, o Modernismo. Fernando Pessoa
foi um dos seus grandes defensores e impulsionadores.Fernando
Pessoa BiografiaFernando Antnio Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa a
13 de junho de 1888. Pessoa era filho de um modesto funcionrio,
porm inteligente e culto (foi mesmo jornalista e crtico musical)
que morreu tuberculoso em 1893 deixando o filho com cinco anos e a
mulher. A me, oriunda de famlia aoriana, era uma senhora de
esmerada educao, casou novamente em fins de 1895 com o cnsul
portugus na frica do Sul, Joo Miguel Rosa. Assim, o casal
instalou-se em Durban (frica do Sul), onde Pessoa estudou,
prosseguindo depois os estudos na Universidade do Cabo (1903-04).
Quando voltou definitivamente para Lisboa, Pessoa dominava a lngua
inglesa (e a respectiva literatura) to bem, ou melhor, que a
materna. Aps uma tentativa falhada de montar uma tipografia e
editora, Empresa bis Tipogrfica e Editora, dedicou-se, a partir de
1908, e a tempo parcial, traduo de correspondncia estrangeira de
vrias casas comerciais, sendo o restante tempo dedicado escrita e
ao estudo de filosofia (grega e alem), cincias humanas e polticas,
teosofia e literatura moderna, que assim acrescentava sua formao,
determinante na sua personalidade. Matriculou-se no Curso Superior
de Letras, porm abandonou rapidamente as aulas. Dedicou-se ao
estudo de filsofos gregos e alemes (Schopenhauer, Nietzsche,
reflectindo-se depois, na sua obra), leu os simbolistas franceses e
a moderna poesia portuguesa (Antero de Quental, Cesrio Verde,
etc.)Pessoa era retrado, parecia vocacionado para viver isolado,
sem compromissos, porm sempre disponvel para as aventuras de
esprito: levava uma vida relativamente apagada, movimentava-se num
crculo restrito de amigos que frequentavam as tertlias intelectuais
dos cafs da capital, envolveu-se nas discusses literrias e at
polticas da poca. Definia-se como hstero-neurastnico com a
predominncia do elemento histrico na emoo e do elemento neurastnico
na inteligncia e na vontade (minuciosidade de uma, tibieza de
outra). Desde cedo escreveu poesias em ingls, mas foi como ensasta
que primeiro se revelou, ao publicar, em 1912, na revista A guia,
uma srie de artigos sobre a nova poesia portuguesa. Entretanto,
continuou a compor poesia, em ingls e tambm portugus, devido
leitura das Flores sem Fruto e das Folhas Cadas, de Garrett.
Afastando-se do grupo saudosista, desejoso de novos rumos estticos
e de fazer pulsar a literatura portuguesa ao ritmo europeu, foi um
dos introdutores (juntamente com o restante grupo de Orpheu) do
Modernismo em Portugal. Em Fevereiro de 1914 publicou, na revista A
Renascena, a poesia Pauis (que deu origem a uma corrente efmera, o
paulismo) e sino da minha aldeia. Em 1914 surgiram os principais
heternimos, Alberto Caeiro, lvaro de Campos e Ricardo Reis. Em
1915, com Mrio de S-Carneiro (amigo chegado, com o qual trocou
intensa correspondncia e cujas crises acompanhou de perto), Lus de
Montalvor e outros poetas e artistas plsticos com os quais formou o
grupo Orpheu, lanou a revista Orpheu.Em 1920, ano em que a me,
viva, regressou a Portugal com os irmos e em que Fernando Pessoa
foi viver de novo com a famlia, iniciou uma relao sentimental com
Ophlia Queiroz (interrompida nesse mesmo ano e retomada, para rpida
e definitivamente terminar, em 1929) testemunhada pelas Cartas de
Amor. Em 1925, morreu a me.Colaborou nas revistas Exlio, Portugal
Futurista, Contempornea, Athena, de que foi director, Presena e
Descobrimento.Em fins de 1934, publicou Mensagem, uma colectnea de
poesias que celebram os heris e profetizam, em atitude de
expectativa ansiosa, a renovada grandeza da Ptria. E nenhum volume
mais saiu em vida do autor, Fernando Pessoa morreu em Novembro de
1935, no Hospital de S. Lus dos Franceses, onde foi internado com
uma clica heptica, causada provavelmente pelo consumo excessivo de
lcool,
deixando grande parte da sua obra indita, s admirada num crculo
restrito, nomeadamente pelo grupo da Presena. Foi este mesmo grupo
que se encarregou de dar a conhecer e valorizar a obra indita de
Pessoa. Como o seu esplio literrio permaneceu, em parte, indito, no
permitiu, na altura, fazer um juzo bem fundamentado sobre todas as
facetas da sua personalidade.O prestgio internacional do escritor
no tem cessado de aumentar. Foi traduzido em francs, em alemo, em
italiano e em espanhol e tem sido objecto de estudo de
especialistas alemes, franceses, italianos, brasileiros,
etc.Fernando Pessoa Ortnimo
Fig.1
Fernando PessoaFigura cimeira da literatura portuguesa e da poesia
europeia do sculo XX. O seu virtuosismo foi, sobretudo, uma forma
de abalar a sociedade e a literatura burguesas gasta (nomeadamente
atravs dos seus ismos: paulismo, interseccionismo, sensacionismo),
ele fundamentou a resposta revolucionria concepo romntica,
sentimentalmente metafsica, da literatura. O apagamento da sua vida
pessoal no se ops ao exerccio activo da crtica e da polmica em
vida, e sobretudo a uma grande influncia na literatura portuguesa
do sculo XX.Fernando Pessoa ortnimo, seguia, formalmente, os
modelos da poesia tradicional portuguesa, em textos de grande
suavidade rtmica e musical. Poeta introvertido e meditativo,
anti-sentimental, reflectia inquietaes e estranhezas que
questionavam os limites da realidade da sua existncia e do mundo. O
poema Mensagem, exaltao sebastinica que se cruza com um certo
desalento, uma expectativa ansiosa de ressurgimento nacional,
revela uma faceta misteriosa e espiritual do poeta, manifestada
tambm nas suas incurses pelas cincias ocultas e pelo
rosa-crucianismo. Autor & ObraO Estilo de Fernando Pessoa
Caractersticas Temticas Identidade perdida; Conscincia do absurdo
da existncia; Tenso sinceridade/fingimento,
conscincia/inconscincia, sonho/realidade; Oposio sentir/pensar,
pensamento/vontade, esperana/desiluso; Anti-sentimentalismo:
intelectualizao da emoo; Estados negativos: solido, cepticismo,
tdio, angstia, cansao, desespero, frustrao; Inquietao metafsica,
dor de viver; Auto-anlise. Caractersticas Estilsticas Musicalidade:
aliteraes, transportes, ritmo, rimas, tom nasal (que conotam o
prolongamento da dor e do sofrimento); Verso geralmente curto (2 a
7 slabas mtricas); Predomnio da quadra e da quintilha (utilizao de
elementos formais tradicionais); Adjectivao expressiva; Linguagem
simples mas muito expressiva (cheia de significados escondidos);
Pontuao emotiva; Comparaes, metforas originais, oxmoros (vrios
paradoxos pr lado a lado duas realidades completamente opostas);
Uso de smbolos (por vezes tradicionais, como o rio, a gua, o mar, a
brisa, a fonte, as rosas, o azul; ou modernos, como o andaime ou o
cais); fiel tradio potica lusitana e no longe, muitas vezes, da
quadra popular; Utilizao de vrios tempos verbais, cada um com o seu
significado expressivo consoante a situao.As temticas de Fernando
Pessoa O fingimento artstico;Crendo na afirmao de que o significado
das palavras est em quem as l e no em quem as escreve, Fernando
Pessoa aborda a temtica do fingimento; o poeta baseia--se em
experincias vividas, mas transcreve apenas o que lhe vai na
imaginao e no o real, no est a sentir o que no real. O leitor que
ao ler, vai sentir o poema. A dor de pensar;O poeta no quer
intelectualizar as emoes, quer permanecer ao nvel do sensvel para
poder desfrutar dos momentos, a constante intelectualizao no o
permite. Sente-se como enclausurado numa cela pois sabe que no
consegue deixar de raciocinar. Sente-se mal porque, assim que
sente, automaticamente intelectualiza essa emoo e, atravs disso,
tudo fica distante, confuso e negro. Ele nunca teve prazer na
realidade porque para ele tudo perda, quando ele observa a
realidade parece que tudo se evaporou. A fragmentao do eu/Resignao
dorida;O poeta mltiplo: dentro dele encerram-se vrios eus e ele no
se consegue encontrar nem definir em nenhum deles, incapaz de se
reconhecer a si prprio um observador de si prprio. Sofre a vida
sendo incapaz de a viver.A Obra Poesias de Cancioneiro ; Poesias de
Fernando Pessoa - Poesia Lrica & pica; Poesias Coligidas;
Mensagem; Poesias Inditas (1919 - 1930); Poesias Inditas (1930 -
1935); Poemas Para Lili; excertos de Fausto: Tragdia Subjectiva;
Chuva Oblqua; Passos da Cruz; Poesias de Orpheu; Quadras ao Gosto
Popular; Canes de Beber; Poesia Inglesa I; Poesias
Dispersas.Fernando Pessoa Heteronmia
Fig.2
Fernando Pessoa HeternimoOs heternimos so concebidos como
individualidades distintas da do autor, este criou-lhes uma
biografia e at um horscopo prprios. Encontram-se ligados a alguns
dos problemas centrais da sua obra: a unidade ou a pluralidade do
eu, a sinceridade, a noo de realidade e a estranheza da existncia.
Traduzem a conscincia da fragmentao do eu, reduzindo o eu real de
Pessoa a um papel que no maior que o de qualquer um dos seus
heternimos na existncia literria do poeta. So a mentalizao de
certas emoes e perspectivas, a sua representao irnica. De entre os
vrios heternimos de Pessoa destacam-se: Alberto Caeiro, Ricardo
Reis e lvaro de Campos. Segundo a carta de Fernando Pessoa sobre a
gnese dos seus heternimos, Caeiro (1885-1915) o Mestre, inclusive
do prprio Pessoa ortnimo. Nasceu em Lisboa e a morreu, tuberculoso
, embora a maior parte da sua vida tenha decorrido numa quinta no
Ribatejo, onde foram escritos quase todos os seus poemas, sendo os
do ltimo perodo da sua vida escritos em Lisboa, quando se
encontrava j gravemente doente (da, segundo Pessoa, a novidade um
pouco estranha ao carcter geral da obra).No desempenhava qualquer
profisso e era pouco instrudo (teria apenas a instruo primria) e,
por isso, escrevendo mal o portugus. Era rfo desde muito cedo e
vivia de pequenos rendimentos, com uma tia-av.Caeiro era, segundo
ele prprio, o nico poeta da natureza, procurando viver a
exterioridade das sensaes e recusando a metafsica, isto , recusando
saber como eram as coisas na realidade, conhecendo-as apenas pelas
sensaes, pelo que pareciam ser. Era assim caracterizado pelo seu
pantesmo, ou seja, adorao pela natureza e sensacionismo. Era mestre
de Ricardo Reis e lvaro de Campos, tendo-lhes ensinado esta
filosofia do no filosofar, a aprendizagem do desaprender.So da sua
autoria as obras O Guardador de Rebanhos, O Pastor Amoroso e os
Poemas Inconjuntos.Ricardo Reis nasceu no Porto, em 1887. Foi
educado num colgio de jesutas, tendo recebido, por isso, uma educao
clssica (latina). Estudou (por vontade prpria) o helenismo, isto ,
o conjunto das ideias e costumes da Grcia antiga (sendo Horcio o
seu modelo literrio). A referida formao clssica reflecte-se, quer a
nvel formal, quer a nvel dos temas por si tratados e da prpria
linguagem utilizada, com um purismo que Pessoa considerava
exagerado.Apesar de ser formado em medicina, no exercia. Dotado de
convices monrquicas, emigrou para o Brasil aps a implantao da
Repblica. Caracterizava-se por ser um pago intelectual lcido e
consciente (concebia os deuses como um ideal humano), reflectia uma
moral estoico-epicurista, ou seja, limitava-se a viver o momento
presente, evitando o sofrimento (Carpe Diem) e aceitando o carcter
efmero da vida.lvaro de Campos, nasceu em Tavira em 1890. Era um
homem viajado. Depois de uma educao vulgar de liceu formou-se em
engenharia mecnica e naval na Esccia e, numas frias, fez uma viagem
ao Oriente (de que resultou o poema Opirio). Viveu depois em
Lisboa, sem exercer a sua profisso. Dedicou-se literatura,
intervindo em polmicas literrias e polticas. da sua autoria o
Ultimatum, manifesto contra os literatos instalados da poca. Apesar
dos pontos de contacto entre ambos, travou com Pessoa ortnimo uma
polmica aberta. Prottipo da defesa do modernismo, era um cultivador
da energia bruta e da velocidade, da vertigem agressiva do
progresso, de que a Ode Triunfal um dos melhores exemplos,
evoluindo depois no sentido de um tdio, de um desencanto e de um
cansao da vida, progressivos e auto-irnicos.Representa a parte mais
audaciosa a que Pessoa se permitiu, atravs das experincias mais
barulhentas do futurismo portugus, inclusive com algumas investidas
no campo da ao poltico-social.A trajetria potica de lvaro de Campos
est compreendida em trs fases: a primeira, da morbidez e do torpor,
a fase do "Opirio" (oferecido a Mrio de S-Carneiro e escrito
enquanto navegava pelo Canal do Suez, em maro de 1914), a segunda
fase, mais mecanicista, onde o Futurismo italiano mais transparece,
nesta fase que a sensao mais intelectualizada. A terceira fase, do
sono e do cansao, aquela que, apesar de parecer um pouco
surrealista, a que se apresenta mais moderna e equilibrada . nessa
fase em que se enquadram: "Lisbon Revisited" (l923), "Apontamento",
"Poema em Linha Reta" e "Aniversrio", que trazem, respectivamente,
como caractersticas, o inconformismo, a conscincia da fragilidade
humana, o desprezo ao suposto mito do herosmo e o enternecimento
memorialista.Destaca-se ainda o semi-heternimo Bernardo Soares
(semi "porque - como afirma o seu prprio criador - no sendo a
personalidade a minha, , no diferente da minha, mas uma simples
mutilao dela. Sou eu menos o raciocnio e afectividade."), ajudante
de guarda-livros que sempre viveu sozinho em Lisboa. Desde 1914 que
Pessoa ia escrevendo fragmentos de cariz confessional, diarstico e
memorialista aos quais, j a partir dessa data, deu o ttulo de Livro
do Desassossego - obra que o ocupou at ao fim. neste livro que
revela uma lucidez extrema na anlise e na capacidade de explorao da
alma humana. Autor & ObraAlberto Caeiro (O Mestre)
Caractersticas temticas Objectivismo; Sensacionismo; Antimetafsico
(recusa do conhecimento das coisas); Pantesmo naturalista (adorao
pela natureza). Caractersticas estilsticas Verso livre, mtrica
irregular; Despreocupao a nvel fnico; Pobreza lexical ( linguagem
simples, familiar); Adjectivao objectiva; Pontuao lgica; Predomnio
do presente do indicativo; Frases simples; Predomnio da coordenao;
Comparaes simples e raras metforas.Ricardo Reis Caractersticas
temticas Epicurismo - procura do viver do prazer; Estoicismo -
crena de que o Homem insensvel a todos os males fsicos e morais;
Horacionismo - seguidor literrio de Horcio; Paganismo - crena em
vrios deuses; Neoclacissismo - devido educao clssica e estudos
sobre Roma e grcia antigas; Caractersticas estilsticas Submisso da
expresso ao contedo: a uma ideia perfeita corresponde uma expresso
perfeita; Forma mtrica: ode; Estrofes regulares em verso decasslabo
alternadas ou no com hexasslabo; Verso branco; Recurso frequente
assonncia, rima interior e aliterao; Predomnio da subordinao; Uso
frequente do hiprbato; Uso frequente do gerndio e do imperativo;
Uso de latinismos ( atro, nfero, insciente,...); Metforas,
ufemismos, comparaes; Estilo construdo com muito rigor e muito
denso; lvaro de Campos Caractersticas temticas Decadentismo cansao,
tdio, busca de novas sensaes ; Futurismo - corte com o passado,
exprimindo em arte o dinamismo da vida moderna. O vocabulrio
onomatopaico pretende exaltar a modernidade; Sensacionismo -
corrente literria que considera a sensao como base de toda a arte;
Pessimismo ltima fase, vencidismo; Caractersticas estilsticas Verso
livre, em geral, muito longo; Assonncias, onomatopeias (por vezes
ousadas), aliteraes (por vezes ousadas); Grafismos expressivos;
Mistura de nveis de lngua; Enumeraes excessivas, exclamaes,
interjeies, pontuao emotiva; Desvios sintcticos; Estrangeirismos,
neologismos; Subordinao de fonemas; Construes nominais, infinitivas
e gerundivas; Metforas ousadas, oxmeros, personificaes, hiprboles;
Esttica no aristotlica na fase futurista. ModernismoChama-se
Modernismo (ou Movimento Moderno) ao conjunto de movimentos
culturais, escolas e estilos que premearam as artes, a literatura,
a msica e at o cinema, na primeira metade do sculo XX.Com um final
de sculo conturbado em Portugal e na Europa (Mapa-cor-de-rosa,
Ultimato Ingls, queda da monarquia e implantao da Repblica, 1
Guerra mundial, instituio da Ditadura Militar, ascenso do Fascismo
e do Estado Novo)o Modernismo no exerceu grande influncia na
sociedade Portuguesa da poca.Esta corrente artstica foi introduzida
em Portugal a partir da publicao de uma srie de artigos em jornais
e revistas da poca, das quais se destaca a revista Orpheu,
considerada marco do Modernismo Portugus. Embora no tendo exercido
grande influncia na sociedade, estes novos ideais no foram mal
recebidos, no foram ignorados nem vtimas de sarcasmo ou indignao
por parte da populao.Este movimento no era fcil de caracterizar
devido ao aparecimento de mltiplos submovimentos, os chamados ismos
(cubismo, futurismo, Sensacionismo), em simultneo a esta corrente,
no entanto, pode-se dizer que o Modernismo se baseava na ideia de
que as formas tradicionais das artes, literatura, msica e at da
organizao social e da vida quotidiana se tinham tornado
ultrapassadas. Assim, re-examinou-se cada aspecto da vida para
substituir o antiquado por novas e possivelmente melhores formas,
com vista a chegar ao progresso. Caracteriza-se por uma nova viso
da vida, que se traduz, na literatura, por uma diferente concepo da
linguagem e por uma diferente abordagem dos problemas que a
humanidade se v obrigada a enfrentar, num mundo em crise.Como
exemplos de artistas desta corrente, temos Almada Negreiros e
Picasso (pintura), Charles Chaplin (cinema) e Viana da Mota
(msica).PoesiaNo sei quantas almas tenho
O poeta confessa a sua desfragmentao em mltiplos eus, revelando a sua dor de pensar, porque esta diviso provm do facto de ele intelectualizar as emoes; a sucessiva mudana leva-o a ser estranho de si mesmo (no reconhece aquilo que escreveu); metfora da vida como um livro: l a sua prpria histria (despersonalizao, distancia-se para se ver).ConclusoCom a realizao deste trabalho, conclui-se que Fernando Pessoa foi um grande poeta dos incios do sculo XX.Partiu para frica do Sul muito cedo permitindo-lhe aprender e cultivar muito bem a lngua inglesa. Trabalhou e colaborou em vrias revistas. Delas so exemplo as revistas Athena, Orpheu e Presena.Atravs de amigos que viviam no estrangeiro mantinha contacto com o que se passava na Europa, tornando-se adepto de uma nova corrente artstica que se tentava infiltrar em Portugal o Modernismo. Pessoa foi um dos grandes impulsionadores do Modernismo em Portugal, tendo colaborado com vrios artigos difusores das ideias modernas para vrias revistas.Homem de grande pluralidade e densidade psicolgica Pessoa era capaz de se subdividir em vrias personalidades completamente diferentes da sua, os heternimos. Deles destacam-se lvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro (O Mestre). Cada um tinha uma maneira completamente distinta de escrever, tendo despertado grande curiosidade e levando muitos especialistas a estudar Pessoa. Isto tambm porque como a sua obra permaneceu em grande parte indita no permitiu o seu estudo pormenorizado. A sua obra est traduzida em vrias lnguas e pode ser dividida em duas grandes categorias ortnima e heternima.Bibliografia/Referncias http://www.astormentas.com/din/poema.asp?key=1377&titulo=35+SONETS (27/09/06) http://www.ufp.pt/page.php?intPageObjId=10459 (28/09/06) http://faroldasletras.no.sapo.pt/fernando_pessoa.htm (27/09/06) http://nescritas.nletras.com/fpessoa/poesiafpessoa/ (30/09/06) http://www.universal.pt/scripts/hlp/hlp.exe/artigo?cod=6_59 (30/09/06) http://nescritas.nletras.com/fpessoa/acamposbiografia.htm (30/09/06) http://nescritas.nletras.com/fpessoa/bsbiografia.htm (30/09/06) http://nescritas.nletras.com/fpessoa/acaeirobiografia.htm (30/09/06) http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/portugues/portugues_trabalhos/fernpessoaorton.htm (01/10/06) http://aulaportugues.no.sapo.pt/apoio.htm (01/10/06) MAGALHES, Olga, COSTA, Fernanda, Entre Margens , Portugs 12, Porto Editora, Porto, 2006