Upload
catiasgs
View
37.400
Download
8
Embed Size (px)
Citation preview
ES/3 D. Afonso Henriques
2009/2010
Literaturas de Língua Portuguesa
Mar me quer
Mia Couto
- Resumo- Personagens
IntroduçãoEste trabalho é realizado
no âmbito da disciplina de
Literaturas de Língua
Portuguesa, onde iremos
concluir a jornada pela
Literatura Moçambicana
com um escritor bem
conhecido por todos nós,
Mia Couto e a sua obra
“Mar me quer”.
Mia CoutoNome completo: António Emílio Leite Couto
Nascimento: 5 de Julho de 1955 em Beira, Sofala,
Moçambique
Carreira: filho de uma família de emigrantes
portugueses publicou os primeiros poemas no "Notícias
da Beira", com 14 anos. Em 1972, deixou a Beira e
partiu para Lourenço Marques para estudar Medicina. A
partir de 1974, começou a fazer jornalismo, tal como o
pai. Com a independência de Moçambique, tornou-se
director da Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Dirigiu também a revista semanal "Tempo" e o jornal
"Notícias de Maputo" e mais tarde, em 1985, tirou o
curso de Biologia, profissão que exerce até agora.
Curiosidades: foi nominado Mia devido ao seu irmãozinho não conseguir dizer "Emílio". Segundo o próprio autor, a utilização deste apelido tem a ver, também, com a sua paixão por gatos, que dizia desde a sua infância gostar de ser um deles.
Disse uma vez que não tinha uma "terra-mãe" - tinha uma "água-mãe", referindo-se à tendência da sua cidade baixa e localizada à beira do Oceano Índico para ficar inundada.
Mia Couto
Raiz de Orvalho – (poesia) 1983 Vozes Anoitecidas (contos) 1986 Cronicando – (crónicas) 1980 Cada Homem é uma Raça –.(contos) 1990 Terra Sonâmbula – (romance) 1992 Estórias Abensonhadas – (contos) 1994 A Varanda do Frangipani – (romance) 1996 Contos do Nascer da Terra – (contos) 1997 Mar me quer – (novela) 2000 Vinte e Zinco – (romance) 1999 O Último Voo do Flamingo – (romance) 2000 Na Berma de Nenhuma Estrada e Outros Contos –
(contos) 2001 O Gato e o Escuro – (contos) 2001
A obra
Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra – (romance) 2002
Contos do Nascer da Terra - (contos) 2002 O país do queixa andar – (crónicas) 2003 O fio das missangas – (contos) 2003 A Chuva Pasmada – (romance) 2004 O Outro Pé da Sereia – (romance) 2006
“Mia Couto recria a oralidade […], através de uma língua literária sustentada por uma exuberante criatividade lexical e uma sintaxe que faz a ponte entre a oralidade e a pura invenção, em que o contexto comunicativo, estético, possibilita a partilha da mensagem de ruptura. As marcas fortes da oralidade estão igualmente presentes nas frases proverbiais, que definem uma atmosfera, um estado de espírito ou um saber sombrio.”
A obra
Mar Me QuerJoão Afonso
Composição: João Afonso Lima
O Mar me quer, eu sou feliz só por preguiça deixei escapar a maré, adormecido Zeca Perpétuo, sou reformado do mar tenho juízo de mamba pelo seu olhar
Mar me quer, bem me quer cantochão de luarmina o coração é uma praia diz Celestiano à menina
Mar me quer, bem me quer com olhos de tubarão meu avô falava certo quem demora tem razão
Todas as noites despetalou flores a mulata Dona Luarmina, minha vizinha logo de manhã passa sonhos pelo rosto atrasa a ruga, impede o tempo
ResumoO texto é composto de oito capítulos. Cada um deles
é introduzido por um dos “ditos” do avô Celestiano, muitos deles supostamente baseados em provérbios da nação macua, uma das etnias mais antigas, ao norte de Moçambique. A personagem do avô (primeira geração), um mais velho, guarda a ligação com a herança ancestral na qual estão plantadas as raízes de um povo. Explicitados pelo narrador em primeira pessoa, os saberes dos antigos encontram-se espalhados ao longo de toda a obra.
ResumoAo contrário do avô, a figura do pai é a do homem
assimilado, que abandona os antepassados para entrar no “mundo dos brancos”. Essa traição não ocorre impunemente e, em consequência disso, acaba por sofrer uma grande perda que carregará de arrastão a luz de seus olhos, obrigando-o a voltar-se para dentro de si em busca de antigas formas de conhecimento. Cego, o pai passa a ser venerado pela população local como um adivinho, atraindo a si pescadores que buscam a boa sorte nas pescarias.
ResumoA terceira geração que
comparece na narrativa é a
do filho Zeca Perpétuo, que
vem a ser um amálgama das
duas culturas – a negra dos
antigos, e a branca,
estrangeira –, simbolizando a
interacção, tantas vezes
conflituosa, entre dois
tempos diferentes; assim, o
“antigamente” e a
modernidade imbricam-se no
presente da narrativa.
ResumoA mistura de raças é
também indiciada pela mulata
Luarmina, órfã de rara beleza,
que se fixara nas praias do
Índico à procura do fio que a
conduziria ao seu destino. É
esse chão de mestiçagem
cultural que torna possível o
sonho, elemento utópico que
torna-se o eixo fundamental da
narrativa: “Quando não
somos nós a inventar o
sonho, ele é que nos
inventa a nós.”
ResumoA acção é passada numa
aldeia em Moçambique muito
perto do mar, e pode-se dizer
que é aqui, no mar, que toda a
história começa. Ou seja, Zeca
Perpétuo prometeu a seu pai
quando ele morreu que iria
todos os dias ao mar cuidar da
sua amada supostamente
morta.
ResumoMais tarde Zeca descobre que essa mulher não morreu
e que se trata de Luarmina, sua vizinha, mas até lá esta história passa por todas as histórias de Zeca enquanto pescador e suas invenções que Luarmina lhe pede para contar. Ao longo dos anos de paixão por Dona Luarmina a doença de Zeca agrava-se e, Luarmina decide contar a Zeca Perpétua que era ela a amada do seu pai.
O livro acaba com a sua morte.
PersonagensLuarmina
Mulher mulata, em nova era bela e “endoidava os homens graúdos que abutreavam em redor da casa.”
Porém, desde que se mudou para “o lado de cá” tornou-se uma mulher gorda, continuamente ancorada ao passado, ao amor perdido, à vida que não viveu, aos filhos que não teve, presa à realidade fantasiada e por isso nunca vivida. É uma pessoa triste, uma personagem dormente, presa a uma relação inacabada, suspensa.
Para se animar e alegrar, D. Luarmina gosta de saber as histórias e sonhos de Zeca Perpétuo.
PersonagensZeca Perpétuo
Neto de Celestiano e filho de Agualberto Salvo-Erro era um “reformado pescador” com uma certa idade, doente, preguiçoso, viúvo (porque matou a sua mulher) e, vivia sozinho, ao lado da sua vizinha Luarmina.
Mais novo que Luarmina, vive para o presente, reinventando a realidade através do sonho,”ensinando o céu a sonhar”, recriando a vida através do amor. Não pensa sequer no futuro, para ele o futuro é como se não existisse.
Era apaixonado por Luarmina que não correspondia ao seu amor apesar de sempre o tratar como um grande e bom amigo.
PersonagensEstas duas personagens são dois pólos antagónicos
presentes na construção da vida humana: o mar e a terra;
o desejo de amar/ser amado e a impossibilidade de
consumar esse amor; o passado e o presente na difícil
conjunção de memórias e de sonhos.
ConclusãoEste trabalho foi relevante para o nosso grupo, uma
vez que nos deu a conhecer mais um grande escritor
moçambicanos, Mia Couto e a sua obra “Mar me que”.
“Mar me quer” narra uma história lindíssima de um
amor nunca perceptível ao primeiro assimilar – mesmo
que pensemos que sim. Uma história inspirada no mar
e na sabedoria dos mais velhos, no sonho e na
imaginação.
Mia Couto consegue, com a sua escrita criativa,
cativar-nos para esta história encantadora de uma
maneira singular, prendendo-nos à leitura do princípio
ao fim do livro.
•http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:oTr3xQmrjhEJ:www.fflch.usp.br/dlcv/posgraduacao/ecl/pdf/via02/via02_21.pdf+MAR+ME+QUER:+A+OUTRA+FACE+DA+LUA&hl=pt-PT&gl=pt&pid=bl&srcid=ADGEESi8754RIOdA74Nxwy-s0cjuoTL9ugbHq9yA7a6HYrpr7gPQ3uTcxDCv6Vs-vYpPXshDM4S06ErW3otrGZ2JHsRmRJcpW82pmXyHKzVEDDeRXjS0kRZZ_i7r-yR2-fB_fc9hl-Ee&sig=AHIEtbStMateecQP7-bw3UlpSs0J3T0Qxw
•Imagens obtidas através do motor de busca: www.google.com
Bibliografia
a.O protagonista tinha medo do
mar
b.O protagonista sonhava que
morria no mar
c.Luarmina costuma tirar as
pétalas às flores, dizendo “Mar me
quer, bem me quer”
1 - A obra intitula-se “Mar me quer” porque…
a.Caranguejos
b.Tubarões
c.Gaivotas
2 - Zeca, nos seus acessos de fúria, dedicava-se à matança de…
a.Artesão
b.Pescador
c.Agricultor
3 - Desde pequeno, Zeca era…
a.Tinha morrido de doença
b.Tinha morrido de queimada
c.Tinha sido atirada de um
penhasco
4 - A esposa de Zeca…
a.Cuidasse da sua amada morta
b.Continuasse o seu ofício
c.Cuidasse da mãe
5 - Antes de desaparecer, o pai pediu a Zeca que…
a.Por causa de um desgosto
amoroso
b.De tanto procurar a sua amada,
no mar
c.Progressivamente, sem razão
aparente
6 - O pai do protagonista ficou cego…
a.Morria afogado
b.Caía de um penhasco
c.Era atacado por animais
7 - Zeca começou a ter pesadelos, nos quais…
a.Da esposa de Zeca
b.Da vizinha de Zeca
c.Da mãe de Zeca
8 - Henriquinha era o nome…
a.Queimada
b.Afogada
c.De repente
9 - A mãe de Zeca morreu…
a.Celestiano
b.Adalberto Salvo-Erro
c.Agualberto Salvo-Erro
10 - O pai de Zeca chamava-se…
a.Quatro capítulos
b.Oito capítulos
c.Sete capítulos
11 - A obra está dividida em…
a.Zeca Perpétuo
b.Zeca Salvo-Erro
c.Zeca Mar-me-quer
12 - A personagem principal da obra chama-se…
a.Sua irmã
b.Uma amiga de infância
c.A amada do pai, dada como
morta
13 - No final da obra, Zeca descobre que Luarmina era…
a.Falava com os espíritos
b.Abençoava os anzóis
c.Abençoava os pescadores
14 - O pai do protagonista era respeitado na aldeia, porque…
a.A morte do seu pai
b.A morte da sua esposa
c.A morte da sua mãe
15 - Zeca matava os animais porque estes lhe faziam lembrar…
a.À sua esposa
b.À sua casa
c.A uma gaiola cheia de gaivotas
16 - Uma noite, Zeca pegou fogo…
a.À missa vestida de preto
b.Nadar no mar
c.Desnudar-se no cimo de Duna
vermelha
17 - Aos domingos, a esposa de Zeca ia…
a.Por não ter cuidado da mãe
b.Por não ter cuidado da amada
morta
c.Por ter abandonado a sua casa
18 - Zeca pensa que a sua doença é um castigo de seu pai…
a.Uma negra bonita
b.Uma negra gorda
c.Uma mulata gorda
19 - Luarmina era…
a.Lhe contasse as suas memórias
b.Lhe contasse os seus sonhos
c.Inventasse histórias
20 - Luarmina gostava que Zeca…
Trabalho realizado por:
Paula Leal Nº12 12ºH
Vanda Teixeira Nº17 12ºH