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Prof. Dr. Ricardo Gabbay de Souza LATEC/UFF SAGE/COPPE/UFRJ Março/2015 Logística Reversa: Desafios e Oportunidades para o Rio de Janeiro

Logistica reversa

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Page 1: Logistica reversa

Prof. Dr. Ricardo Gabbay de SouzaLATEC/UFF

SAGE/COPPE/UFRJ

Março/2015

Logística Reversa:Desafios e Oportunidades para o Rio de Janeiro

Page 2: Logistica reversa

Fluxos de materiais e seus impactos

Page 3: Logistica reversa

Geração de resíduos

Brasil Sudeste

Fonte: ABRELPE (2014)

Page 4: Logistica reversa

Geração de resíduos – Rio de Janeiro

Fonte: COMLURB (2014)

Page 5: Logistica reversa

Lixões:http://www.amupe.org/

Fluxos de materiais e seus impactos

Fonte

: A

BR

ELP

E (

20

14

)

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Fluxos de materiais e seus impactos

Áreas contaminadas no RJ

Baía de Guanabara

Fonte: INEA (2014)

Page 7: Logistica reversa

meioambiente.culturamix.com

envolverde.com.br

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w.b

rasi

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ola

.com

Fluxos de materiais e seus impactos

Depleção dos recursos naturais:

Page 8: Logistica reversa

Fluxos de materiais e seus impactos

Informalidade e exclusão social

Fonte: IPEA (2013)

Page 9: Logistica reversa

Fluxos de materiais e seus impactos

Fluxos ilegais, informalidade, riscos à saúde humana - Lixo eletrônico

Fonte: Lundgren (2012)

Page 10: Logistica reversa

Fluxos de materiais e seus impactos

Periculosidade X Valor econômico de materiais - Lixo eletrônico

Au (€15,721) Ag (€326) Al (general) (€2.06) Be (€259.4)

Co (€20.22) Cu (€4.02) Fe (€0.22) Ni (€27.97)

Pd (€7,990) Plastics general (€0.40) Steel low alloyed (€0.40) Stainless steel (€3.96)

Peso v

s.

Peso A

mb

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tal

(EI’

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) –

Eq

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en

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e

TI

(ex C

RT)

Steel low alloyed

Plastics general

Au

Plastics general

Steel low alloyed

Pd

Cu

Cu

Preços de mercado na Europa (em 2007):

Fonte: Huisman (2009)

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Logística Reversa: definição

“Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.”

Fonte: PNRS (2010)

Logística Reversa obrigatória no BrasilAgrotóxicos, seus resíduos e embalagens;

Pilhas e baterias;

Pneus;

Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

Produtos eletroeletrônicos e seus componentes;

Produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro;

Resíduos de medicamentos.

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Logística Reversa e Ciclo de Vida de um produto

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Logística Reversa: possíveis caminhos e processos

Reciclagem Industrial

Remodelagem /Remanufatura Reuso Recondicionamento Revenda

Doação

Disposição final

Desmanche

Produtos não usados, embalagens retornáveis ou resíduos

Produtos usados

Consolidação

Rejeitos e Resíduos perigosos

Rejeitos

Coleta de resíduos/Retorno de produtos

PreparaçãoProdutos usados

Incineração/ Inertização

Produtos usados e embalagens

Produtos inertizados

Componentes

Rejeitos

Rejeitos

Rejeitos Rejeitos e Resíduos Perigosos

Resíduos

Produtos usados

Fornecimento Fabricação Distribuição Venda Consumo

Reembalagem

Fonte: Valle & Souza (2014)

Page 14: Logistica reversa

Logística Reversa: dificuldade

Fonte: Valle & Souza (2014)

Extração Fornecimento Produção Distribuição Comercialização Consumo

Disposição Final Reaproveitamento Coleta Acondicionamento

Natureza

LOGÍSTICA DIRETA

LOGÍSTICA REVERSA

Page 15: Logistica reversa

Logística Reversa de REEE: dificuldade

Fonte: Huisman et al. (2008)

Page 16: Logistica reversa

Logística Reversa: Responsabilidade compartilhada

Fonte: PNRS (2010)

Fabricantes;

Importadores;

Distribuidores;

Comerciantes;

Governo Federal, Estadual, Municipal;

População;

Outros atores: cooperativas, empresas de reciclagem, sociedade civil organizada.

Necessidades e interesses (+ responsabilidade ambiental)

Valor adicionado à Logística Reversa

Page 17: Logistica reversa

Logística Reversa: Cadeia de Valor

Fonte: Valle & Souza (2014)

Page 18: Logistica reversa

Logística Reversa: Cadeia de Valor

Fonte: Valle & Souza (2014)

Planejamento estratégico

Page 19: Logistica reversa

Logística Reversa: Cadeia de Valor

Fonte: Valle & Souza (2014)

Planejamento operacional (Plano de Logística Reversa)

• Plano de preparação e acondicionamento • Plano de coleta e transporte• Plano de beneficiamento• Plano de destinação final

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Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

Fonte: Souza (2014)

Page 21: Logistica reversa

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

Source: COMLURB (2013)

Lixo eletrônico misturado ao lixo domiciliar

3.7 mil toneladas de REEE foram destinadas ao aterro em 2012 (0.32% do total).

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COOPAMA

É uma cooperativa de 63 catadores que atualmente recebe e desmonta lixo eletrônico para comercialização;

Recebeu treinamento básico em desmontagem de REEE, mas ainda operam com ineficiência;

Sem licença e capacitação para gerenciar resíduos perigosos.

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

Desmontagem e revenda em cooperativa de catadores

Page 23: Logistica reversa

Área disponível: 30 x 45 m = 1,350 m2

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

Desmontagem e revenda em cooperativa de catadores

COOPAMA

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Alta demanda para recolher lixo eletrônico

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

Desmontagem e revenda em cooperativa de catadores

COOPAMA

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Desmontagem de REEE ineficiente - venda como sucata eletrônica mista

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

Desmontagem e revenda em cooperativa de catadores

COOPAMA

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Cooperativas com interesse em REEE (FEBRACON)

Ao menos 5 cooperativas estão interessadas neste material;Aproximadamente 110 catadores afiliados (mão-de-obra potencial).

Possibilidade de integrar cooperativas ao sistema formal (nas fases de coleta e desmontagem)

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É um projeto do Governo do ERJ; Faz capacitação de jovens de favelas em manutenção de computadores; Computadores recondicionados são doados para ONGs e comunidades; Cinco unidades em operação nas favelas: Alemao, Rocinha, Chacrinha,

Manguinhos and Jacarezinho; Ciclo de treinamento: 3 meses; 2 computadores/aluno; 1.700 alunos formados and 2,000 computadores doados.

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

Fábrica Verde

Page 28: Logistica reversa

Desmontagem e teste de componentes

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

Fábrica Verde

Page 29: Logistica reversa

Teste de componentes

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

Fábrica Verde

Page 30: Logistica reversa

Alta demanda para recolherem outros resíduos eletrônicos

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

Fábrica Verde

Page 31: Logistica reversa

Alta demanda para recolherem outros resíduos eletrônicos

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

Page 32: Logistica reversa

DRZ

É uma empresa social que atualmente recolhe e desmonta 25% dos REEE de Viena;

Ressocializa e dá capacitação para pessoas em situação de exclusão social (ex.: Ex-detentos);

Produz e comercializa: componentes separados; aparelhos recondicionados (com garantia); novos produtos a partir de componentes de baixo valor.

Logística Reversa de REEE: Modelo de referência

Desmontagem, recondicionamento, remanufatura

Page 33: Logistica reversa

Logística interna planejada e padronizada +

Gerenciamento de resíduos perigosos

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

DRZ

Page 34: Logistica reversa

Estações de trabalho padronizadas para desmontagem eficiente

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

DRZ

Page 35: Logistica reversa

Recondicionamento de aparelhos e criação de novos produtos

Logística Reversa de REEE no Rio de Janeiro: Canais atuais

DRZ

Page 36: Logistica reversa

Custos para implantação de uma unidade de desmontagem de 300t de REEE (modelo DRZ) – USD/ano

Fonte: Souza et al. (2014b)

Page 37: Logistica reversa

Critérios para avaliar a sustentabilidade econômica da LR de REEE

Viabilidade e Eficiência do sistemaCustos diretos e indiretos por ator e etapa do sistema (US$);Receita e custos evitados por ator e etapa (US$);REEE por destinação/total de REEE coletado;Demanda/Capacidade do sistema;

Conscientização e adesão à logística reversaNo. de cidadãos e empresas entregando REEE adequadamente;

Inovação e geração de novas atividades econômicasNo. de empresas recém-criadas na cadeia de EEE e REEE;No. de empresas na cadeia com inovação reconhecida pelo MCT;

Competitividade dos produtos EEE e WEEE formaisTaxa de aumento nos preços dos EEE devida à logística reversa;Quantidade de equipamentos ilegais coletados pela LR REEE;Evolução dos mercados formal e informal de EEE e REEE.

Fonte: Souza et al. (2014a)

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Critérios para avaliar a sustentabilidade social da LR de REEE Inclusão social (socialização e assistência social a trabalhadores e suas

famílias) No. de trabalhadores de REEE e parentes atendidos com assistência social e

psicológica;

No. de trabalhadores de REEE vindos dos grupos: mulheres; informalidade; prisão; favelas; alcoolismo; vício em drogas; crime; deficiências físicas e mentais;

Geração de emprego (formal and informal) e renda com oportunidade de desenvolvimento profissional No. de trabalhadores de REEE (formais/informais) por ocupação;

Renda média de trabalhadores de REEE (formais/informais) por ocupação;

No. de trabalhadores de REEE que receberam treinamento e aperfeiçoamento;

Riscos e condições de trabalho No. e % de trabalhadores de REEE (formais/informais) com condições

adequadas de trabalho (equipamento, EPI, treinamento);

Ocorrência de acidentes e doenças diretamente associadas à cadeia de REEE;

Acesso a saúde, educação, educação ambiental e inclusão digital No. de trabalhadores de REEE (formais/informais) com plano de saúde;

No. de trabalhadores de REEE (formais/informais) por nível de educação;

No. de pessoas beneficiadas pelo sistema de REEE com inclusão digital e educação ambiental.

Fonte: Souza et al. (2014a)

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Desafios para a Logística Reversa no Rio de Janeiro: Controlar os fluxos e cadeias

Métodos de estimativa; Bancos de Dados; Sistemas de Informação

Definir periculosidade dos resíduos Capacitação e licenciamento de empresas e cooperativas

Transporte entre fronteiras

Aumentar escala para viabilizar cadeias formais de LR Expandir e melhorar coleta seletiva e pontos de coleta especiais

Campanhas de sensibilização + mecanismos de regulação

Viabilizar tecnologias Incentivo fiscal para importação de equipamentos e

implantação de empresas de reciclagem

Implantar modelos mais sustentáveis Minimizar impactos negativos

Maximizar benefícios

Page 40: Logistica reversa

Oportunidades para a Logística Reversa no Rio de Janeiro: Planejar capacidade necessária do sistema

Modelos existentes para estimativa de geração de resíduos

Ferramenta de cálculo para dimensionar unidades de desmontagem de REEE (StEP)

Integração com coleta seletiva e consórcios intermunicipais Consórcios já planejados pelo Plano Estadual de Resíduos

Sólidos

Expansão da coleta seletiva

Desenvolver parcerias com atores já engajados no problemaCooperativas, Fábrica Verde, COMLURB, UFF e UFRJ, UNIDO,

DRZ

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Produções recentes:

Livro: Logística Reversa Processo a Processo (Ed. Atlas)

Tese + Artigos: Avaliação de desempenho da coleta de resíduos no Brasil;

Sustentabilidade na LR de REEE a partir da visão dos atores;

Dimensionamento de unidade de desmontagem de REEE no RJ;

Riscos na gestão de resíduos de medicamentos;

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Pesquisas em andamento (LOGS/LATEC/UFF e SAGE/UFRJ): Estimativa da geração de resíduos

de medicamentos em domicílios do RJ;

de REEE em municípios do RJ;

de recicláveis em órgãos da administração pública no RJ.

Avaliação do Ciclo de Vida COMLURB;

Sustentabilidade na logística reversa de REEE;

Recuperação de recursosPotencial de geração de energia a partir de resíduos

orgânicos no RJ;

Planejamento da Logística Reversa Sistema Enxuto para logística reversa de REEE no RJ;

Desenvolvimento de produtos sustentáveis na LR de REEE.

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Prof. Dr. Ricardo Gabbay de [email protected]

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