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Profª Suani Teixeira Coelho, PhD Cristiane Cortez, PhD Vanessa Pecora, MSc São Paulo, 16 de abril de 2012 RESÍDUOS SÓLIDOS – ANÁLISE DOS PROJETOS DE GESTÃO DAS CIDADES-SEDE “Aproveitamento Energético de Resíduos Sólidos Urbanos”

Resíduos sólidos: os projetos de gestão das cidades-sede, 16/04/2012 - Apresentação de Suani Teixeira Coelho

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Profª Suani Teixeira Coelho, PhDCristiane Cortez, PhDVanessa Pecora, MSc

São Paulo, 16 de abril de 2012

RESÍDUOS SÓLIDOS – ANÁLISE DOS PROJETOS

DE GESTÃO DAS CIDADES-SEDE

“Aproveitamento Energético de Resíduos

Sólidos Urbanos”

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Resíduos Sólidos Urbanos

Aumento desordenado da população+

Crescimento sem planejamento dos centros urbanos

Dificuldade das ações de manejo de

resíduos

Resíduos no estado sólido ou semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem

• industrial,• doméstica,• hospitalar, • comercial, • agrícola, • de serviços e • de varrição.

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Resíduos Sólidos Urbanos

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Manejo de Resíduos Sólidos no Brasil

saúde

Reciclagem + incineração

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Lixão a Céu AbertoDefinição: Forma inadequada de disposição final de RS (descarga do lixo  sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública). Descarte de resíduos a céu aberto.

Principais impactos: • Nenhum controle quanto aos tipos de

resíduos depositados nem ao local de disposição dos mesmos. Resíduos domiciliares e comerciais de baixa periculosidade são depositados juntamente com os industriais e hospitalares, de alto poder poluidor.

• Presença de animais, • Presença de catadores/crianças (que na

maioria dos casos residem no local),• Contaminação do lençol freático e água

subterrânea, • Riscos de incêndios (gases gerados pela

decomposição dos resíduos)• Risco de escorregamentos, quando da

formação de pilhas muito íngremes, sem critérios técnicos.

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Aterro Controlado

Definição: geralmente são antigos lixões que passaram por um processo de remediação, ou seja, isolamento do entorno para minimizar os efeitos do chorume gerado, canalização do chorume para tratamento adequado e remoção dos gases produzidos em diferentes profundidades do aterro.

Principais impactos: forma de disposição de RS inadequado sob o ponto de vista ambiental, pois não há medidas para combate à poluição, uma vez que não recebe camada impermeabilizante ideal antes da deposição de lixo, causando poluição do solo e do lençol freático.

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Aterro SanitárioDefinição: forma de disposição final dos RS que consiste na disposição na terra de lixo coletado e utiliza métodos de engenharia para confinar os resíduos na menor área possível, compactar o volume e cobrir com uma camada de terra, diariamente, ao final da jornada ou um período mais frequente. Deve atender normas ambientais e operacionais específicas, de modo a evitar danos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos negativos.

Principais impactos: Deve haver a impermeabilização do solo por meio de camadas de argila e geomembrana de polietileno de alta densidade (PEAD) para evitar a infiltração de chorume no solo. Deve haver, também, sistema de extração do biogás e de chorume do interior do aterro. O chorume é escoado para tanques de armazenamento e/ou sistema de tratamento.

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4,0

8,4

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Dificuldades para novos aterros

• Impossibilidade de novas áreas adequadas principalmente no estado de São Paulo – RMSP - Litoral Norte – Baixada Santista.

• Rejeição da sociedade – “not in my backyard” – Geralmente as áreas destinadas a aterros sanitários estão localizadas perto das comunidades.

• Lixo transportado para outros municípios – R$ transporte.

• Vida útil do aterro: depende do tamanho do aterro e da sua capacidade. Em média são 20 anos.

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Cenário Estado de São Paulo

EMAE, 2010

Disposição em aterro: R$ 30 a R$ 40 por t de RSU

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Possíveis soluções para RSU

• Redução na produção de resíduos sólidos – conscientização da população

• Reciclagem• Outras tecnologias

– “Waste to energy” (incineração) – Compostagem para resíduos orgânicos– Tratamento Mecânico Biológico

Fonte: (Cenbio, 2008)P&D – Cenbio/AES Eletropaulo – 2006 a 2008

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Política Nacional de Resíduos SólidosLei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010

Regulamentada - Decreto Nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010

Art. 9º - Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

§ 1º Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental.

Art. 54. A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, observado o disposto no § 1o do art. 9º, deverá ser implantada em até 4 (quatro) anos após a data de publicação desta Lei.

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Fonte: Elaborado a partir de PNSB (2008); EPA (2011): Kohler (2010)

Brasil 160 mil t/dia - coletados1,4 kg/ hab / dia

58% aterro sanitário24% aterro controlado18% lixões

Comparação Brasil – Estados Unidos – União Européia

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Fermentador

http://www.kuttner.com.br/

Grupo de geradores

Digestão Anaeróbia

Tratamento Mecânico Biológico

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Aproveitamento Energético de RSU

Fonte: CECCONI,2010 – Brescia - Italia

• Forte rejeição da sociedade civil ao uso de sistemas “waste to energy” (URE):– Receio com relação à toxicidade dos gases

de exaustão: informação inadequada da existência de tecnologias adequadas para limpeza dos gases;

– Preocupações relativas aos impactos na reciclagem (desemprego de catadores): informação inadequada da necessidade obrigatória de reciclagem antes do processo de incineração.

• Investimentos iniciais elevados• Custo de geração elevado• Falta de políticas públicas de incentivo

às tecnologias para geração de energia elétrica a partir de RSU.

Barreiras

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• Indisponibilidade de áreas para instalação de novos aterros sanitários principalmente nos estados mais desenvolvidos

• Oportunidades na Política Nacional de Resíduos Sólidos• Existência de linhas de investimento para o setor• Legislação ambiental existente (Cetesb) – controle de emissões de dioxinas e furanos • Reciclagem previa – manutenção dos empregos dos catadores • Possibilidade de obtenção de Créditos de Carbono

Fonte: (Bolognesi, 2010)

Aproveitamento Energético de RSU

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Fonte: EMAE, 2010

RSU – Projeto ParceriaSão Paulo – Baviera

GT - SSE/EMAE - Estudo de viabilidade econômica, e modelagem para a implantação da URE

Resultados obtidos:

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PROJETO P&D - CENBIO - EMAE - ANEEL

“Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) Comparativa entre Tecnologias de Aproveitamento Energético de Resíduos Sólidos”

• Objetivo principal: elaborar estudo comparativo por meio da ACV do potencial de geração de energia elétrica proveniente do aproveitamento energético de tecnologias de tratamento e disposição final de resíduos sólidos (de origem domiciliar, poda, varrição, comercial e industrial não perigoso), incluindo lodo proveniente de estação de tratamento de esgoto.

• Objetivos secundários: analisar os aspectos econômicos, mercadológicos e sociais das tecnologias de tratamento a serem avaliadas.

Aterro Sanitário - Incineração - Tratamento Mecânico-Biológico

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Obrigada!

Suani Coelho

[email protected]

http://cenbio.iee.usp.br