View
94
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Organizan:Apoyan:
SOLANGE DAVIDvice-presidente
CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (CCEE) – BRASIL
Gestão de riscos na administração do mercado brasileiro
21.09.2016
2º Congresso Internacional de
Operação e Administração de Mercados no Setor Elétrico
Solange DavidVice-presidente
Agenda
� Governança do Setor Elétrico Brasileiro
� Comercialização de Energia Elétrica
� Contabilização e Preço de Liquidação das Diferenças – PLD
� Cálculo do Preço - Aversão a Risco
� Gerenciamento de risco pelas empresas
� Temas em discussão no mercado brasileiro
Governança do Setor Elétrico Brasileiro
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
Agência Nacional de Energia Elétrica Empresa de Pesquisa Energética
Atual estrutura de governança do setor elétrico brasileiro
CNPE: Define a política energética do país, com o objetivo de assegurar a estabilidade do suprimento energético
MME: Responsável pelo planejamento, gestão e desenvolvimento da legislação do setor, bem como pela supervisão e controle da execução das políticas direcionadas ao desenvolvimento energético do país
EPE: Realiza o planejamento da expansão da geração e transmissão, a serviço do MME, e dá suporte técnico para a realização de leilões
CMSE: Supervisiona a continuidade e a confiabilidade do suprimento elétrico
ANEEL: Regula e fiscaliza a geração, transmissão, distribuição e comercialização de eletricidade. Define as tarifas de transporte e consumo, e assegura o equilíbrio econômico-financeiro das concessões
ONS: Controla a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) de modo a otimizar os recursos energéticos
CCEE: Administra as operações do mercado de energia e realiza os leilões oficiais
CNPEConselho Nacional de
Política Energética
CMSEComitê de Monitoramento
do Setor Elétrico
Operador Nacional do Sistema Elétrico
O papel da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE
Contabilizações e liquidações
Tecnologia e sistemas para operações
Divulgação de informações e resultados
Capacitação e treinamento
Registro dos contratos de compra e venda
Coleta de medição (geração/ consumo)
Principais atribuições
� Criada em 1999, a CCEE é a operadora do mercado brasileiro de energia elétrica
� Instituição privada e sem fins lucrativos (autorização do Poder Concedente e regulação e fiscalização da ANEEL)
� Agentes associados: empresas que atuam na comercialização de energia no Brasil
Certificações:
Agentes do Setor Elétrico Associados da CCEE
Última posição: ago/16
39%
Sum
ário
Classe [%]
Gerador a Título de Serviço Público 44 1,0%
Gerador Autoprodutor 58 1,3%
Distribuidor 49 1,1%
Comercializador 187 4,1%
Gerador Produtor Independente 1223 27,1%
Consumidor Especial 2219 49,1%
Consumidor Livre 740 16,4%
Total 4520 100,0%
Participação
� Mercado: base de mercado atacadista de energia� Brasil hoje: quase 80 milhões de unidades
consumidoras (+_ 73% no Mercado Regulado)
Contabilizações e liquidações financeiras (USD)
Valores contabilizados em 2015:
* Receita d
e vend
a paga ao
s gerado
res
$ 13,3 billion
Valores contabilizados em 2016: $ 8,2 billion
$ 5,7 billion(jan-jul)
$ 1,1billion(jan-jul)
$ 493 million
(jan-jul)
$ 279,4 million
(jan-jul)
R$ 616,2 million(jan-jul) (*)
20
16
Sum
ário
$ 10,8 billion
$ 831,9 million
$ 708,7 million
$ 146,3 million
$ 862,8 million (*)
²
20
15
Mercado de Curto Prazo
Cotas de Garantia Física
Cotas de Angra MCSD¹
Energiade Reserva
(1) MCSD: Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits entre Distribuidoras(2) Energia de Reserva: mais um segmento do mercado para venda de energia pelos geradores
Comercialização de Energia Elétrica no Brasil e Riscos
Geral
Extensão Territorial 8.514.876 km²
Estados e Distrito Federal 27
Municípios 5.570
População (2014) 204 milhões
Setor Elétrico
� Capacidade Instalada 155 GW
� Linhas de Transmissão 125.639 km
� 4.568 empreendimentos em operação / 147.506 MW potência instalada
� 79,3 milhões de unidades consumidoras
� Consumo (2015) 464 TWh
Mercado Regulado: 73 % (jul/16)
Mercado Livre: 27 % (jul/16)
Brasil: proporção continental
� Mercado brasileiro: separação entre o “mundo físico” e o “mundo comercial”
� Despacho de usinas é realizado pelo ONS – Operador Nacional do Sistema, para a maioria dos tipos de usinas (mundo físico)
� Agente: compra energia de qualquer agente conectado ao SIN, independentemente de seu submercado (mundo comercial)
Mundo físico (ONS) x Mundo comercial (CCEE)
Sistema Interligado Nacional - SIN
Sistemas Isolados
Sistemas Isolados: Apesar de existirem usinas hidráulicas, a geração de energia nestes sistemas é predominantemente térmica a base de óleo
Submercados e a estrutura física no Brasil
Sul
Sudeste / Centro Oeste
Nordeste
Norte
Dividido em quatro submercados
Sistema Interligado Nacional - SIN � Sistema de Transmissão:
há restrições que limitam a livre transição de energia nas regiões
� SIN otimizado – 4 submercados
� Preços para compra e venda de energia em cada submercado
Distrito Federal
São Paulo
Questões
1. Hidrologia2. Geografia x infraestrutura x restrições3. Preços diferentes (às vezes se igualam)4. Gerenciamento de riscos5. Agentes atuam nos 4 submercados
Sistemas Isolados
Segmentos do setor elétrico brasileiro
GERAÇÃO DISTRIBUIÇÃO COMERCIALIZAÇÃO
Responsáveis pela produção de energia elétrica no país.Divididos em: � Geradores
públicos� Produtores
independentes � Autoprodutores.
Convertem a energia a uma tensão menor e a transportam até o consumidor final.Fornecedores no mercado regulado.
Setor no qual ocorre a compra e venda de energia elétrica. Participam deste grupo: Geradores, Comercializadoras, Consumidores Livres e Especiais, Exportadores e Importadores.
TRANSMISSÃO
Transportam a energia do ponto de geração até o ponto de distribuição ou consumo; em grandes volumes e alta tensão.
Não participa da CCEE
Mercado
Operação Física
� Administração do Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e do Ambiente de Contratação Livre (ACL)
� Cálculo do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) � Contabilização e liquidação das transações realizadas no mercado de curto prazo
Contratos regulados
Tarifa regulada
Distribuidoras Consumidores Cativos
Contratoslivremente negociados
Funcionamento do Mercado
Consumidores Livres/Especiais
�Geradores Públicos�Autoprodutores�Produtores
Independentes
Comercializadores
Venda Compra
Não participam da CCEE
Usuários de energia elétrica
Consumidores Cativos
� são representados pelas distribuidoras
Consumidores Livres
� demanda mínima de 3 MW
� tensão mínima de 69 kV (adesão até 07/07/95)
Consumidores Especiais
� Demanda mínima de 500 kW
� tensão mínima de fornecimento de 2,3 kV
� comprar de fonte de geração incentivada
Solar
Biomassa PCH
Eólica
Fontes incentivadas(subsídios)
Riscos no mercado brasileiro de energia elétrica
Nº Tipo de risco - exemplificativo
01 Operação – Custo Marginal de Operação (CMO) / segurança energética
02 Formação do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD)
03 Contratos do Ambiente Regulado e do Ambiente Livre
04 Atrasos de obras x Compromissos contratuais
05 Discussões regulatórias – isenções de responsabilidades, ônus,
tratamentos específicos para determinadas fontes de energia
06 Balanço energético – penalidades
07 Inadimplência – valores não pagos no Mercado de Curto Prazo
08 Judicialização
Contabilização e Preço de Liquidação das Diferenças - PLD
Mercado Spot – Mercado de Diferenças
A contabilização da CCEE considera toda a energia contratada pelos agentes e toda a energia efetivamente verificada (consumida ou gerada).
As diferenças são liquidadas no Mercado de Curto Prazo - MCPEn
erg
ia C
on
trat
ada
Ene
rgia
Ve
rifi
cad
a
Crédito no MCP
Ene
rgia
Ve
rifi
cad
a
Ene
rgia
Co
ntr
atad
a
Débito no MCP
Contabilização
Pagamento e recebimento das diferenças é valorado ao PLD
Processo de contabilização e liquidação
Medição
Contratos
PLD
Contabilização ResultadosLiquidação Financeira
PLD
PLD – Preço de Liquidação das DiferençasUtilizado para valorar os volumes de energia comercializados no Mercado de Curto Prazo
Metodologia
� Calculado Ex-ante (considerando informações previstas de disponibilidade de geração, vazões afluentes e carga do sistema)
� Calculado por semana, por patamar de carga e por submercado� Tem como base o Custo Marginal de Operação – CMO do modelo DECOMP� É limitado por um preço máximo e um preço mínimo, vigentes para o período de
apuração e para cada submercado, determinados pela ANEEL
Mínimo = R$ 30,25 / MWh Máximo = R$ 422,56 / MWh20
16
Aversão ao Risco no cálculo do preço - PLD
� Conditional Value at Risk – CVaR - desde setembro de 2013, mecanismo deaversão ao risco inserido no NEWAVE (sistema computacional)
� A aversão ao risco é feita diretamente na função objetivo, de modo que oproblema fica definido como a minimização da ponderação entre o valoresperado do custo de operação e uma parcela do CVaR
� Esta ponderação na função objetivo requer dois fatores:α = porcentagem dos cenários considerados pelo CVaRλ = peso dos cenários escolhidos na função objetivo
� Os valores definidos para estes parâmetros foram:α = 50%λ = 25%
� Com o CVaR, o NEWAVE dá mais peso aos piores cenários e, ao tentarminimizar a função objetivo, estes cenários são evitados. Portanto, o modelofica mais avesso ao risco e o preço pode ficar mais elevado.
Impactos do CVaR no cálculo do preço - PLD
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
-
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1.000
ago
/14
no
v/1
4
fev/
15
mai
/15
ago
/15
no
v/1
5
fev/
16
mai
/16
ago
/16
no
v/1
6
fev/
17
mai
/17
ago
/17
no
v/1
7
fev/
18
mai
/18
ago
/18
no
v/1
8
Va
riação
%R$
/MW
hSudeste/Centro-Oeste
Diferença % PLD CVaR PLD sem CVaR
� Elevação significativa do PLD (média cerca de 30%)
Gerenciamento de riscos pelas empresas
Riscos de mercado da comercialização
Preço Contrato
Preço SPOT
MWH
Atender às flexibilidades contratuais é negociar derivativos (implicitamente)
Comercializador assume riscos de:� Mercado do consumidor� Volatilidade de preços� Requisito regulatório de lastro
Necessidade de precificar os contratos
Geradores
Comercializador Consumidor
Mercado de Curto Prazo
� Como medir o Risco?
� VaR (Value at Risk)
� CVaR (Conditional Value at Risk)
� Stress Test (importante para gestão de portfólio)
� Como gerenciar o Risco?
� Caracterizar o perfil de risco do agente (consumidor, gerador,comercializador, acionistas etc.), pois a percepção de risco é subjetiva
� Monitorar e tomar ações preventivas (ou reativas)
Processo Físico
Processo Envolve Emoções
(MERCADO)
Determina a maior perda com 5% de probabilidade
Determina qual a perda esperada com 5% de probabilidade
V@R
V@R
CV@R
Riscos no mercado livre de energia
Transparência pela CCEE – Informações para decisão dos agentes
Dados informados pela CCEE� Consumo (X contratos compra)� Geração (X contratos venda)� Encargos – previsão� Preço� Inadimplência
Dados – Risco de mercado� Ações judiciais� Agentes em monitoramento� Agentes em desligamento� Agentes com acesso bloqueados
Temas em discussão no mercado brasileiro
Temas em discussão no mercado brasileiro
1. Matriz elétrica: conjugação de fontes com segurança do suprimento e preços
2. Geração distribuída: ampliação / micro e minigeração
3. Financiamentos de renováveis para o Ambiente de Contratação Livre - ACL
4. Comercializador varejista: consumidores livres e especiais e pequenas gerações /
incentivo às fontes renováveis (atuação como distribuidora)
5. Garantias financeiras – nova metodologia para ampliação da segurança
6. Ampliação do mercado livre X Portabilidade da conta de energia elétrica
7. Judicialização
8. Ajustes no modelo do setor, cuja base é de 2004
Conheça nossas páginas na internet
ccee.org.brSite oficial com notícias, documentos e informações de mercado
linkedin.com/company/298493Conheça nossa página corporativa!
slideshare.net/cceeoficialAcervo de apresentações da CCEE
em conferências em geral
vimeo.com/cceeReúne vídeos institucionais e
eventos gravados pela instituição
Obrigada
Solange DavidVice-presidente