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O Projeto de Defesa de Anciãos de Minorias Étnicas (MEEA) Acesso a Serviços Oficiais: na perspetva de Anciãos de Minorias Étnicas e outras Organizações Externas Sobre o Projeto MEEA O projeto MEEA é um projeto integral do País de Gales em que o NWREN colabora em conjunto com os parceiros, Race Equality First (REF ou Primeiro a Igualdade de Raças), South East Wales Regional Equality Council (SEWREC ou o Conselho de Igualdade Regional do Sudeste do País de Gales) e Swansea Bay Regional Equality Council (SBREC ou Conselho de Igualdade Regional de Swansea Bay). O projeto de 3 anos pretende criar um serviço independente em defesa de Anciãos pertencentes a uma Minoria Étnica (Minority Ethnic Elders ou MEE), com mais de 50 anos. Sobre o NWREN O North Wales Regional Equality Network (NWREN ou Rede de Igualdade Regional do País de Gales) pretende atuar em todas as áreas da igualdade em conjunto com vários órgãos parceiros, a fim de eliminar a discriminação e a desvantagem em todas as suas vertentes. No âmbito do Projeto da MEEA, foi realizada uma pesquisa pelo NWREN, em que é apresentado um sumário dos resultados sobre as experiências que anciãos veram ao aceder aos cuidados de saúde e outros serviços oficiais no Norte do País de Gales, centrando a atenção na provisão de serviços de interpretação no seu próprio dialeto. Sumário do Relatório elaborado pelo NWREN no âmbito do Projeto MEEA NWREN, Fevereiro 2015, Belinda Gammon Poderá obter um exemplar deste relatório completo e com referências em www.nwren.org Os 45 Parcipantes Beneficiários do Projeto são indivíduos de origem chinesa, portuguesa, chinesa de Hong Kong, Singapura, indiana, irlandesa e zimbabuense, residentes em comunidades em Gwynedd, Denbighshire e Wrexham. São 12 os dialetos falados por esses parcipantes, que incluíram o cantonês, mandarim, malaio, alemão, português (de Portugal), gujara, hakka, hindi, urdu, de punjabi a swahili e zimbabuense. Promover igualdade • desafiando a discriminação • defender os direitos humanos

NWREN MEEA Language Report Portuguese

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Page 1: NWREN MEEA Language Report  Portuguese

O Projeto de Defesa de Anciãos de Minorias Étnicas (MEEA)

Acesso a Serviços Oficiais: na perspetiva de Anciãos de Minorias Étnicas e outras Organizações Externas

Sobre o Projeto MEEAO projeto MEEA é um projeto integral do País de Gales em que o NWREN colabora em conjunto com os parceiros,Race Equality First (REF ou Primeiro a Igualdade de Raças), South East Wales Regional Equality Council (SEWRECou o Conselho de Igualdade Regional do Sudeste do País de Gales) e Swansea Bay Regional Equality Council(SBREC ou Conselho de Igualdade Regional de Swansea Bay). O projeto de 3 anos pretende criar um serviçoindependente em defesa de Anciãos pertencentes a uma Minoria Étnica (Minority Ethnic Elders ou MEE), commais de 50 anos.

Sobre o NWRENO North Wales Regional Equality Network (NWREN ou Rede de Igualdade Regional do País de Gales) pretendeatuar em todas as áreas da igualdade em conjunto com vários órgãos parceiros, a fim de eliminar a discriminaçãoe a desvantagem em todas as suas vertentes.No âmbito do Projeto da MEEA, foi realizada uma pesquisa pelo NWREN, em que é apresentado um sumário dosresultados sobre as experiências que anciãos tiveram ao aceder aos cuidados de saúde e outros serviços oficiaisno Norte do País de Gales, centrando a atenção na provisão de serviços de interpretação no seu próprio dialeto.

Sumário do Relatório elaborado pelo NWREN no âmbito do Projeto MEEANWREN, Fevereiro 2015, Belinda GammonPoderá obter um exemplar deste relatório completo e com referências em www.nwren.org

Os 45 Participantes Beneficiários doProjeto são indivíduos de origemchinesa, portuguesa, chinesa deHong Kong, Singapura, indiana,irlandesa e zimbabuense, residentesem comunidades em Gwynedd,Denbighshire e Wrexham. São 12 osdialetos falados por essesparticipantes, que incluíram ocantonês, mandarim, malaio,alemão, português (de Portugal),gujarati, hakka, hindi, urdu, depunjabi a swahili e zimbabuense.

Promover igualdade • desafiando a discriminação • defender os direitos humanos

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Acesso a Serviços Oficiais: na perspetiva de Anciãos de Minorias Étnicas e outras Organizações Externas

1.ª RecomendaçãoSem os recursos e benefícios assumidos no sul do País de Gales, o norte do País de Gales necessita de desenvolvermais soluções específicas para a região.

2.ª RecomendaçãoTodas as organizações no Norte do País de Gales necessitam de desenvolver ações de formação personalizadas

que sejam adequadas, económicas e viáveis a fim de aumentar a consciencialização dos envolvidos. Estasdevem centrar-se em todos os aspetos das Características Protegidas no âmbito da Lei de Igualdade de

2010 (Equality Act 2010) (idade; deficiência, mudança de sexo, casamento e união de facto,gravidez e maternidade, raça, religião e crença, sexo, orientação sexual).

3.ª RecomendaçãoOs botões com várias línguas que existem no site do BCUHB (Conselho de Saúde da

Universidade de Betsi Cadwaladr) e em outros sites oficiais deveriam facilitar a solicitaçãoa um serviço de interpretação, quando os utentes assim o desejarem. Esta opção debaixo custo iria permitir que os utentes de um serviço possam processar a suasolicitação para o próximo nível.

4.ª RecomendaçãoA recomendação é que o Prestador de Serviço ESOL deve ser revisto ao nível regional egovernamental da Assembleia Governativa do País de Gales, para que possam ser

oferecidas novas garantias aos utentes de serviços.

5.ª RecomendaçãoA disparidade entre os resultados e as atividades desses órgãos (tais como o BCUHB e

outros) demonstra a necessidade para o desenvolvimento de um protocolo genérico quefuncione com todos os órgãos envolvidos, a fim de permitir que os utentes possam solicitar

serviços de interpretação. Como no caso específico dos serviços de Saúde, foi salientada anecessidade para uma consciencialização da parte dos Médicos de Família e funcionários que lidam

diretamente com os utentes nos cuidados primários, a fim de garantir que estes em conjunto possam identificar odialeto correto de um determinado indivíduo.

6.ª RecomendaçãoOs órgãos oficiais e voluntários deverão lidar com as questões de falta de serviços de interpretação de uma formacombinada e em conjunto, trabalhando todos para o mesmo fim e com um acordo definido sobre como irá serfinanciado: estes deverão também ser aconselhados pelo conhecimento existente dentro do setor voluntário edas comunidades locais. Um exemplo seria incluir uma reserva de intérpretes da comunidade devidamentequalificados, disponíveis em toda a região.

Acesso a Serviços Oficiais: na perspetiva de Anciãos de Minorias Étnicas e outras Organizações Externas

1.ª ConclusãoO norte do País de Gales tem várias comunidades onde são faladas muitas línguas diferentes e dialetosespecíficos, incluindo o galês e a linguagem gestual: a falta de acesso a serviços de interpretação está associada aum risco para a saúde e bem-estar.

2.ª ConclusãoOs participantes relataram que havia falta de conhecimento, da parte dos funcionários dos serviços de saúdeprimários e secundários que lidam diretamente com o público, assim como de outros serviços oficiais do nortedo País de Gales, em relação à interação dos fatores do tempo, tradução e resultados. Ao nível dosserviços de saúde, estes resultados repetiam-se a partir do acesso ao apoio em si, passando pelotratamento e depois na transição para os cuidados domiciliares.

3.ª ConclusãoDe modo a solicitar o acesso ao serviço de tradução, o utente deve poder ler e entender oinglês/ galês escrito: os participantes relevaram que não tinham qualquer conhecimentosobre o tipo de serviços ou apoio disponíveis.

4.ª ConclusãoUma vez que os participantes falam diferentes níveis de inglês, revelaram quenaturalmente preferem comunicar na sua língua materna quando estão em situações dedoença ou crise. No entanto, tanto os participantes como os provedores de serviçosconcordaram que a sua coesão na comunidade seria facilitada se houvesse umacontinuação e melhoramento de lições de ESOL.

5.ª ConclusãoA falta de intérpretes foi comentada pela grande maioria, o que foi uma surpresa para osórgãos envolvidos, que por sua vez se têm esforçado ao máximo para preencher esta lacuna.

De momento o BCUHB “fornece serviços de interpretação através de um contrato com aWales Interpretation and Translation Service (WITS). O Conselho de Saúde desenvolveu umprotocolo para orientar os funcionários ao usar este serviço. O BCUHB relatou que realiza regularmenteações de consciencialização dos funcionários sobre os requisitos desse sistema, mas também reconheceque na prática o apoio aos serviços de interpretação nem sempre é acionado atempadamente. Estamos afazer o melhor para resolver esta questão.”

6.ª ConclusãoEsta pesquisa foi realizada para reunir utentes e provedores de serviços ao discutir uma questão difícil que afetaas duas partes estando em lados opostos. O resultado foi uma comunicação clara, aberta e honesta, revelandoque as dificuldades dos utentes dos serviços eram refletidas nas preocupações e apreensões dos própriosprestadores dos serviços.

Uma família teve que esperar 15 anos para teracesso a um serviço adequado…“se temos algumproblema com o médico de família nos cuidadosprimários - nunca conseguiremos chegar aoscuidados secundários”. Se não formos bemcompreendidos no sistema de cuidados primário,nunca chegaremos ao sistema secundário parasaber se existem problemas ou não. Isto leva àpergunta sobre a prevalência de incidentes sobre aspopulações com EM que têm problemas de saúdenão diagnosticados.

Os Participantes relataram alguns exemplos depessoas que sofrem da diabetes e que nãocompreendiam o menu no hospital. Por conseguintetiveram que esperar que chegasse um membro dafamília para poder traduzir o menu. O mesmoacontecia para tentar perceber as instruções sobremedicamentos e tipos de tratamento que tinhamsido recomendados pelos médicos. A situação levoua que certos participantes ingerissem alimentos quenão deviam, levando em alguns casos a flutuaçõesindesejáveis dos níveis de açúcar no sangue.

A má qualidade na tradução afeta não só oindivíduo em si mas também toda a família e acomunidade em geral. Por vezes tem que se solicitara membros da família, por vezes uma criança ou umjovem adulto, para interpretar em situações nãoapropriadas, o que causa constrangimento eembaraço. Os participantes falaram sobre os receiosde certos perigos inerentes a certas situações, taiscomo a tradução errónea de termos médicos,causando ainda mais transtorno à família.

Os Provedores de Serviços estão, a nível estratégico, cientes do seu dever de responsabilidade de providenciar serviços de interpretação: “Uma língua não é uma opção, é uma necessidade. As pessoas não escolhem a sua língua ou as suas circunstâncias”.

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Acesso a Serviços Oficiais: na perspetiva de Anciãos de Minorias Étnicas e outras Organizações Externas

O North Wales Regional Equality Network (NWREN) atua em todas as áreas da igualdade e comuma variedade de parceiros envolvidos. Como organização de solidariedade social estamosempenhados a:

• Trabalhar para atingir a eliminação da discriminação e desvantagem em todas as suas diferentes formas • Promover a igualdade de oportunidade e bons relacionamentos entre todas as pessoas ao tentar compreender e lidar com todas as questões de discriminação e desigualdade • Trabalhar para defender os direitos humanos de todos

Os serviços do NWREN incluem:

• Centros de apoio • Formação sobre consciencialização a nível da igualdade, diversidade e crimes de ódio • Assistência em consultadoria e envolvimento da comunidade • Ações de formação em todas as vertentes • Executar sessões interativas e workshops para funcionários, voluntários e para a comunidade em geral • Registar, monitorizar e responder aos crimes de ódio • Providenciar apoio através do desenvolvimento de estratégias e políticas e avaliações de impacto

Somos uma instituição de solidariedade social que procura eliminar a discriminação em todas assuas formas. Se pensa que recebeu um tratamento injusto, pode falar connosco em sigilo.Para mais informação sobre o tipo de serviços que providenciamos contacte com a NWREN

www.nwren.org [email protected] 01492 622 233

NWREN @NWRENinfo

Promover igualdade • desafiando a discriminação • defender os direitos humanos

The Equality Centre Bangor Road Penmaenmawr Conwy LL34 6LFCompany No.: 5843319 Charity Registration No.: 1116970