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RNA 1 PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO: HISTÓRIA; IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA PARA O BRASIL; INTERAÇÕES ENTRE OS ASPECTOS SÓCIOS ECONÔMICOS E TECNOLÓGICOS INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA DCT/EB FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS FILHO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Rex Nazaré Alves Rex Nazaré Alves Brasília, 7 de maio de 2014 Brasília, 7 de maio de 2014 RNA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS

Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

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A história, a importância estratégica do setor para o Brasil e as interações entre os aspectos sócio-econômicos e tecnológicos são os temas centrais desta apresentação.

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PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO:

HISTÓRIA;

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA PARA O BRASIL;

INTERAÇÕES ENTRE OS ASPECTOS SÓCIOS ECONÔMICOS E

TECNOLÓGICOS

INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA DCT/EB

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS FILHO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Rex Nazaré AlvesRex Nazaré Alves

Brasília, 7 de maio de 2014Brasília, 7 de maio de 2014

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SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS

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EVIDÊNCIAS NA HISTÓRIA ANTIGA

DEPENDIA DE AÇÃO DIRETA DE HOMEM X HOMEM

400 A.C. - em Siracusa1346 - Kaffa– tártaros cremenianos lançam corpos infectados para o interior das muralhas.

429 a.C. - uso por espartanos de fumaças de enxofre na Guerra do Peloponeso (Zoltan Grossman - “A HISTORY OF BIO-CHEMICAL WEAPONS”) – Arma química.

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EMPREGO – 429 a.C. até 1346

Resultado do desenvolvimento siderúrgico

PÓLVORA

Primeiro explosivo conhecido

China - 1126

Mongóis - 1241

Europa – sec. XV e XVII

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CRONOLOGIA DOS OBSTÁCULOS BASEADA EM EVENTOS

INTERNACIONAIS

X

NACIONAIS

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OBSTÁCULOS

PRÉ-PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

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CONTROLE – 1675 a 1899

• 1675 - ASSINADO EM STRASSBOURG UM PRIMEIRO

ACORDO INTERNACIONAL (FRANÇA E ALEMANHA) -

limitava o uso de armas químicas, proibindo o uso de

projéteis com veneno.

• 29 de julho de 1899 - CONVENÇÃO DE HAQUE PROÍBE

EMPREGO DE VENENO E DE ARMAS ENVENENADAS.

PRIMEIRA ARMA DE DESTRUIÇÃO EM MASSA

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DESCOBERTAS - 1895 a 1900

• 1895 - Wilhelm Roentgen - Alemanha – raios-X

• 1896 – A. Henri Becquerel – França – radioatividade

• 1896 – Alvaro Alvim – França - especialista em Física Médica - trabalhou na equipe de Madame Curie. No Rio de Janeiro, com aparelhos europeus foi pioneiro da radiologia e da radioterapia.

• 1898 - Passados pouco mais de dois anos, o médico brasileiro José Carlos Ferreira Pires já produzia as primeiras radiografias com finalidades diagnósticas da América do Sul, em Formiga, Minas Gerais.

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DESCOBERTAS - 1902 a 1913

• 1902 - Rutherford e Soddy - decaimento radioativo

• 1903 - Pierre e Marie Curie - descoberta de Ra e Po

• 1905 - Albert Einstein - E = mc2

• 1911 a 1913 - Victor Hess e Kolhorster - raios côsmicos

Lattes em Chacaltaya 1947-1948

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OBSTÁCULOS DURANTE

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

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OBSTÁCULOS DURANTE

PRÉ - SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

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CONTROLE - EVOLUÇÃO

• 1915 - I Guerra Mundial - 22 de abril de 1915 : alemães liberam gás clorídrico -Ypres, na Bélgica. Primeiro uso de armas químicas em combate.

• 1917- Emprego do gás mostarda no campo de batalha.

• I Guerra Mundial mais usos de armas químicas foram responsáveis pela morte de cerca de 100 mil pessoas.

1925 - PROTOCOLO DE GENEBRA PROÍBE O USO DE ARMAS QUÍMICAS E BIOLÓGICAS.

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1933 a 1934

• 1933 - Leo Szilard – “reação em cadeia pode ser criada se for encontrado um elemento químico capaz de emitir dois nêutrons, quando absorver um nêutron”.

• 1934 - Frédéric e Irène Joliot-Curie - radioatividade artificial.

• 1934 - Enrico Fermi irradia urânio com nêutrons. Acreditava que havia produzido o primeiro elemento transurânico. Produziu, sem identificar, a primeira fissão nuclear induzida.

• 1934 – Início das pesquisas em física nuclear no Brasil – USP – Prof. Gleb Wataghin (convidado por Júlio Mesquita) especialista em Raios cósmicos – Formação de Marcello Damy, Hervásio, Leite Lopes, Oscar Salla e Lattes.

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1938 a 1939 - FISSÃO

• 1938 - 22 de dez. Otto Hahn escreve carta para Lise Meitner com os resultados experimentais que são interpretados por Meitner e Otto Frisch como a fissão nuclear.

• 1938 – Conferência de Otto Hahn - Cambridge - Cavendish Club

• 1939 - Hahn e Fritz Strassmann publicam a descoberta da fissão.

• Bertrand Goldschmidt é considerado como um dos pais da bomba atômica francesa testada em 1960.

Lise Meitner e Otto Hahn

Bertrand Goldschmidt“Fim da época de troca livre de informações”

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1926 a 1932

• 1926 – 17 de agosto – visita da Marie e Irene Curie no Instituto Radium – BH (utilização de agulhas de Ra226), e nas fontes de Águas da Prata e de Lindóia (Radônio em água).

• 1932 - James Chadwick - nêutron.

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POR QUE BRASIL?

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OBSTÁCULOS DURANTE

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

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CRONOLOGIA:

EVENTOS MOTIVADORES DE RESTRIÇÕES

• ARMAS BIOLÓGICAS

• ARMAS QUÍMICAS

• ARMAS NUCLEARES

• MÍSSEIS

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• 1939 - 02 de agosto - Szilard, Eugene Wigner e Edward Teller - carta de Einstein para Roosevelt sobre a possibilidade de uma arma de urânio.

1939 a 1940

Einstein e Szilard

1939 - 11 de outubro - Presidente Roosevelt recebe a carta por intermédio de Alexander Sachs. RNA

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1939 a 1940

• 1939 - Hans Bethe reconhece que a fusão dos núcleos de hidrogênio para formar deutério libera energia.

• 1940 - 03 de maio - Tropas alemãs ocupam a Noruega, na busca de água-pesada em Vemork.

• 1940 a 1942 - Tropas aliadas destrõem a usina norueguesa (operação grouse – 1943)

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ÁGUA PESADA PRODUZIDA NA NORUEGA - VEMORK

O Brasil desenvolveu tecnologia para a produção de água pesada em dois momentos:

1- No IME na década de 1960 e 19702- No PATN na década de 1980Nos dois casos o teor não ultrapassou 15%. RNA

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1941

1941 - 23 de fevereiro - Glenn Seaborg – o isótopo 239 de plutônio, em Berkeley, bombardeando urânio 238 com deutério em um ciclotron (20 MeV – com 150 cm na Universidade da Califórnia).

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1941 a 1943

DOIS CAMINHOS PARA ARMAS NUCLEARES:

1 - URÂNIO ENRIQUECIDO

2 - PLUTÔNIO – PRODUZIDO PELA IRRADIAÇÃO DO URÂNIO NATURAL (GRAFITE OU ÁGUA PESADA)

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IMPORTÂNCIA DOS SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA

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1941- 1942

Y-12 foi implementada em escala industrial em Oak Ridge. Forneceu parte do urânio usado na Little Boy em Hiroshima (5 de novembro de 1942).

(Calutron = Cal. U.-tron) Desenvolvido por Ernest O. Lawrence durante o Projeto Manhattan. É um espectômetro de massa usado para separar isótópos de urânio (5 de dezembro de 1941).

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Fermi dirigiu o projeto de construção do primeiro reator nuclear no projeto Manhattan no estádio de futebol da Universidade de Chicago.

PRIMEIRA UNIDADE CRÍTICA DO MUNDO

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2 de dezembro de 1942

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X10 – REATOR + REPROCESSAMENTO

RNAOAK RIDGE – INICIO EM 29 de setembro de 1942

FOTO

AGOSTO 1943

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X-10 – PROTÓTIPO DO PRIMEIRO REATOR

• 1943 – Início das operações. Construído em 10 meses.

• O reator foi projetado e construído por E. I. du Pont de Nemours and Company.

• Baseado no projeto de Enrico Fermi no estádio de futebol da University of Chicago.

• O X-10 era o reator de urânio natural e grafite construído em Oak Ridge National Laboratory para operar até 1000 kiloWatts.

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X-10 – PROTÓTIPO DO PRIMEIRO REATOR GRAFITE E URÂNIO NATURAL

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1943 a 1944

• 1943 - janeiro - Construção de reatores em Hanford, Washington, para produzir Pu. ( projetado para operar com 250 megawatts)

• Critico em 09/1944.

• Integravam o Projeto Manhanttan, com o primeiro reator no mundo construído para a produção de plutônio em grande escala.

Alguns dos reatores de fins militares foram desativados no final da Guerra Fria, mas seu período de operação deixou 204.000 m³ de lixo radioativo de alto nível - dois terços do total armazenado no país – (permanece no sítio).

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1943 a 1945

• 1943 - K-25 – enriquecimento de urânio – difusão gasosa

• 1945 - começo da operação - 12.000 trabalhadores

Processo de difusão gasosa

Oak Ridge - TennesseeRNA

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USINA DE REPROCESSAMENTO

Oak Ridge National Laboratory

1944

CNEN / IPEN 1984Tecnologia autônoma – escala lab

Usina química de separação de plutônio

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HANFORD – REATOR PLUTOGÊNICO

Tinha o objetivo de produzir plutônio 239 por irradiação de urânio 238 com neutrons.

Dois outros reatores do mesmo tipo e propósito foram feitos ao lado.

O plutônio produzido foi utilizado no teste da primeira bomba em Trinity em Los Alamos no Novo México. RNA

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1945

• 1945 - janeiro – Início do reprocessamento de plutônio em Hanford .

• 1945 - janeiro – Início da separação de U235 em Oak Ridge Tennessee.

• 1945 - julho - E.U.A - teste de Trinity explode a primeira bomba atômica de plutônio em Alamogordo - Novo México.

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• 1945 - 06 de agosto - Little Boy, bomba de urânio, lançada sobre Hiroshima, Japão.

• 1945 - 09 de agosto - Fat Man, bomba de plutônio, lançada sobre Nagasaki Japão.

• 1946 - 14 de junho – Plano Bernard Baruch - Tratado visando a internacionalização das reservas de urânio no mundo.

1945

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Hiroshima – antes da explosão

Ponto zero

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Hiroshima – após a explosão

A destruição foi quase completa (90%), pois a bomba explodiu perto do centro e 85% dos prédios estavam a menos de 3 km do epicentro da explosão

Número de mortos: 140.000 (±10.000)

População de Hiroshima : 350.000 RNA

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CRONOLOGIA DAS PRIMEIRAS EXPLOSÕES NUCLEARES

1945 – BA americana

1949 – BA russa

1951 – BH americana

1952 – BA inglesa

1953 – BH russa

1957 – BH inglesa

1963 – BN americana

1964 – BA chinesa

1966 – BA francesa

1967 – BH chinesa

1968 – BH francesa

1974/1988 – BA indiana

1979 – BA sul-africana - Israel ??

1988 – BA paquistanesa

2006 – Coréia do NorteRNA

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PRIMEIRO SUBMARINO NUCLEAR NAUTILUS

Silo móvel de difícil detecção

1954 – Primeiro americano (Nautilus)

1958 – Primeiro soviético

1968 – Primeiro inglês

1972 – Primeiro francês (Redoutable)

1986 – Primeiro chinês (Xia Julang – 1)

2009 - Primeiro Indiano

MALVINAS – TECNOLOGIAS NÃO PROSCRITAS 1982 AIEA

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SUBMARINO NUCLEAR – CANADÁ

• 1985 – 1987 – negociações do Canadá com Inglaterra para construção de 8 submarinos nucleares.

• Defence Update 1988-89 – veto dos EUA

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V 2

08 SET 19441º LANÇAMENTO -

LONDRES

PRODUÇÃO CERCA DE 10.000

LANÇADAS 4.320

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OBSTÁCULOS DURANTE

GUERRA - FRIA

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MÍSSIL BALÍSTICO INTERCONTINENTAL

V2 – Alemanha

Redstone – EUA

SS4 SS5 SS6 – Rússia

Bluestreak – Inglaterra

SSBS – França

1950 – 1957 União Soviética

1959 – ICBM americano ATLAS

1971 – ICBM de alcance intermediário francês S-2

1979 – ICBM chinês Dong FengALCANCE SUPERIOR A 5500 km

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• ÍNDIA

• PAQUISTÃO

• CORÉIA DO NORTE

• IRÃ

MÍSSEIS BALÍSTICOS DE ALCANCE MÉDIO

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MÍSSIL BALÍSTICO INTERCONTINENTALLançado de Submarino

Integração de:

Tecnologia nuclear

Tecnologia naval

Tecnologia aeroespacial

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RESTRIÇÕES: MTCR e TNP

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1946 a 1949

• 1946 - 25 de dezembro - Em Moscou, a União Soviética realiza sua primeira reação nuclear em cadeia.

• 1947 - agosto - o Reino Unido constrói o seu primeiro reator nuclear.

• 1947 – O Brasil cria a Comissão de Fiscalização de Minerais Estratégicos – controle das exportações de monazita (contem urânio e tório) – MG e MRE

• 1949 - 29 de agosto - União Soviética detona a sua primeira bomba atômica - Joe 1 - em Semipalatinsk, no Cazaquistão (21 ktons).

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1950 a 1952

• 1950 - Marcello Damy - Bétatron da USP – primeiro acelerador a funcionar na América Latina.

• 1951 - 27 jan – EUA - O primeiro teste nuclear no deserto de Nevada.

• 1951 – criação do CNPq (com atribuições de controle das reservas de urânio e tório).

• 1952 - 31 de Outubro - E.U.A. explode primeiro dispositivo Termonuclear de fusão, "Mike", no atol de Eniwetok (10,4 Mtons).

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1945 a 1954

• 1945 – 1955 – Brasil: acordo com os EUA de Cooperação para

o Desenvolvimento de Energia Atômica com Fins Pacíficos.

Criação do programa para prospecção de Urânio.

• 1952 – criação da Comissão de Exportação de Materiais

Estratégicos ligada ao Ministério das Relações

Exteriores e com participação dos ministérios da

Fazenda, da Agricultura, das Forças Armadas, do CNPq

e da Cacex.

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1954

• 1954 – aquisição de três ultracentrífugas por Álvaro

Alberto para o enriquecimento de urânio. As máquinas

foram retidas pelo Alto Comissariado do Pós Guerra

antes do embarque para o Brasil. Só foram entregues ao

Brasil alguns anos depois.

• 1954 – Julho – Primeira usina nuclear de geração de

energia elétrica para fins civis na Rússia – Obminsk

(5MWe – 30 MWth) – RBMK – urânio natural – moderado

a grafite – refrigerado a água leve.

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PRIMEIRO REATOR CONSTRUÍDO NO BRASILÁTOMOS PARA PAZ - 1956

Inauguração pelo presidente Juscelino Kubitchek e pelo governador Jânio QuadrosNúcleo do IEA R1

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1955 a 1956

• 1955 - 22 de novembro - União Soviética realiza o

primeiro teste de bomba de fusão, (1,6 megatons) -

liderado por Andrei Sakharov.

• 1956 – Criação do Instituto de Energia Atômica (IEA) na

USP - que será transformado no Instituto de Pesquisas

Energética e Nucleares (IPEN) – abriga o primeiro reator

de pesquisa no Brasil (IEA-R1)

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REATOR TRIGA BELO HORIZONTE – SEGUNDO NO BRASIL

1957 – IPR (CDTN)– Belo Horizonte (no campus da UFMG)- Mark-Triga General Atomic.

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• 1956 – 27 de agosto de 1956 - Calderhall – GCR – 50MWe (descomissionado em 2003).

• 1957 - 29 de julho - Nações Unidas – criação da International Atomic Energy Agency. A agência inspeciona atividades e instalações nucleares para garantir que eles estão sendo utilizados para fins pacíficos.

1956 a 1957

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A primeira Usina Nuclear no mundo

• 27 de junho de 1954, em Obninsk entra em funcionamento a

1ªUsina Nuclear:Obninskaya Atomnaya Eletro Stansya

( Obninsk AES)

• Começou a ser construída no início de 1951 e foi entregue

em 3anos.

• Seu reator, AM-1 (atom mirnyi, ou átomo pacífico), produzia

apenas 6 MW.

• Obninsk teve uma importância crucial na guerra fria, ao

provar que os soviéticos dominavam a energia nuclear a

ponto de disponibilizar para civis eletricidade oriunda da

polêmica e então desconhecida fonte (5MWe).

• 29 de abril de 2002 é desativada RNAFonte - MRE

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• 1956 – 27 de agosto de 1956 - Calderhall – GCR

– 50MWe (descomissionado em 2003).

• 1957 - 29 de julho - Nações Unidas – criação da

International Atomic Energy Agency. A agência

inspeciona atividades e instalações nucleares

para garantir que eles estão sendo utilizados

para fins pacíficos.

1956 a 1957

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1957 a 1958

• 1957 – IPR (CDTN)– Belo Horizonte (UFMG) - Mark-Triga General Atomic.

• 1957 - 26 de agosto - A União Soviética lança míssil balístico intercontinental.

• 1957- dezembro – primeiro reator para produção de energia elétrica nos EUA – PWR (68 MWe)

• 1958 - Novembro de 1958 a Setembro de 1961 - E.U.A, Reino Unido, URSS - moratória informal sobre os ensaios nucleares.

• 09 de junho - primeiro submarino nuclear Polaris - E.U.A. capaz de lançar mísseis balísticos. RNA

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1956 a 1958

• 1958 - Novembro de 1958 a Setembro de 1961 - E.U.A, Reino Unido, URSS moratória testes nucleares.

1956 – 10 de outubro - CNEN –

Criação da Comissão Nacional de Energia Nuclear

subordinada diretamente à Presidência da República.

Responsável pelo setor nuclear

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Motivação – Controle do monopólio

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1959 - 1961

• 1959 - Projeto Mambucaba

• Março de 1959 – decidido fixar a localização a margem do rio Mambucaba.

• 1960 – Constituição de vários grupos de trabalho para redação das especificações técnicas:

- o reator seria do tipo urânio natural utilizando grafita como moderador e gás carbônico como refrigerante;

- a potência seria de 300MW elétricos.

• 1961 – agosto- o Sr Presidente da República determinou a abertura de concorrência para a construção da central RNA

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1960 a 1962

• 1960 - 13 fevereiro - primeiro teste nuclear francês em

Reganne, Argélia, deserto do Sahara. (60-70 kilotons).

– 20 julho - Polaris E.U - primeiro disparo

submerso de um submarino.

• 1962 – IEN - Instituto de Energia Nuclear – UFRJ -

Reator ARGONAUTA - operação 1965 – parceria CNEN

com empresa nacional privada.

PATN - O Brasil produziu grafite de alta pureza na década

de 1980 (IPE/EB e empresa privada – Nova Iguaçu)RNA

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1962 - REATOR ARGONAUTA

•Urânio enriquecido a 20%

•Moderado a grafite

•Refrigerado água

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1962

• 1962 - 06 de julho - Projeto Sedan, um teste Plowshare – cratera com diâmetro de 1.280 metros a 320 metros de profundidade .

08 de julho - pulso eletromagnético de alta altitude teste nuclear desliga as luzes da rua em Oahu no Hawaii.

• 1962 – 16 a 28 outubro - Crise dos Mísseis cubanos.

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1964 a 1966

• 1964 - 16 de outubro - China explode sua primeira bomba

atômica em Lop Nur (urânio 235 implosão chamado "596"

com 22 quilotons).

• 1965 a 1970 – IPR – projeto para desenvolvimento de um

reator de pesquisa que usasse urânio – a água pesada e

tório - atividades encerradas em 1975.

• 1966 - 24 de Setembro - Primeira bomba atômica francesa

no Atol de Mururoa.

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1967 a 1969

• 1967 - 14 de fevereiro - Tratado de Tlatelolco - cria uma zona na América Latina livre de armas nucleares.

• 1968 - 01 de julho - Tratado de Não Proliferação abertura para assinaturas – o Brasil assinou o tratado em 1998.

• 1969 – Costa e Silva determina estudo sobre o setor energético brasileiro:

- Decisão para a construção da usina nuclear;

- Aberta a concorrência para a compra do reator;

- Acordo sem transferência de tecnologia – Westinghouse – Reator tipo PWR.

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1967 a 1972

• 1967 - CNEN - vinculada ao Ministério das Minas e Energia.

• Construção da primeira central de geração de energia nuclear, em Angra dos Reis, principalmente pela proximidade com os grandes centros consumidores de energia do sudeste.

• 1970 - Concorrência internacional é aberta para a compra do reator de Angra 1 - vencida pela norte-americana Westinghouse, subsidiária da General Electric.

• Angra1 é um PWR (Reator de Água Pressurizada). Contrato do tipo caixa-preta.

• 1972 - o Brasil assina um novo acordo com os EUA - urânio enriquecido (numa quantidade inferior a 2300 kg em 30 anos).

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• 1970 – 05 de março - Tratado de Não Proliferação entra em vigor

• 1972 – 21 de março – IRD – nova sede – RJ

• 1977 – 07 de julho - EUA - teste de bomba de nêutrons

• 1978 – abril – EUA – cancela o desenvolvimento de bombas de nêutrons.

1970 a 1978

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1974 a 1975

• 1974 – Brasil - procura de parceiros para acordo amplo envolvendo o ciclo do combustível.

• 1974 – criação do Clube de Londres que estabelece a primeira “trigger list” (Paquistão).

• 1975 - assinado o Acordo Brasil-República Federal da Alemanha - ITR

• 1978 – non proliferation act – Carter

• Dificuldades financeiras do Brasil, na década de 1980, inviabilizaram a continuidade como prevista do acordo com RFA.

• As empresas criadas quando do acordo com a Alemanha (Nuclebrás e suas subsidiárias) não alcançaram êxito esperado. RNA

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1975 a 1985

Neste período ocorreu:

• a criação dos cursos de mestrado em engenharia nuclear;

• a especialização de profissionais nos institutos de pesquisa do País e no exterior;

• o desenvolvimento de tecnologias para purificação de

urânio, produção de UO2 e de UF4 pelo IEA, e a

produção de radioisótopos para aplicação na medicina, indústria e agricultura;

• a autonomia na prospecção de urânio.

1975 – 1985 – PRONUCLEAR – (RH)RNA

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1978 a 1979

• 1978 – Decisão brasileira de produzir UF6 com tecnologia

nacional (12 de março de 1979 - Geisel)

• 1979 – Início do Programa Autônomo de Tecnologia Nuclear

– Figueiredo – Poder de Barganha.

• 1979 - 28 de Março - Usina Nuclear de Three Mile Island,

Pennsylvania, sofre uma fusão parcial do núcleo.

• 1979 - 22 de setembro - Um flash é detectado por um

satélite VELA E.U.A. Possibilidade de uma explosão

nuclear clandestina. Foi revelado em 1993 pela

administração Carter que este evento foi um teste nuclear

sul-africano. – Fall Out - IRDRNA

Page 67: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 67

1978 a 1990

• PATN (integrava MM, MEB, MAE, CNEN, IPEN, CDTN, IEN,

IRD, além de pesquisadores de 18 universidades,

indústrias nacionais instaladas e nascentes e a SCSN).

• Purificação de concentrado de urânio (escala piloto).

• Produção de UF6 (escala piloto – 180 toneladas por ano).

• Enriquecimento de urânio (ultra-centrifuga em escala

piloto, laser em escala de laboratório).

• Produção de grafite e de água pesada (escala

laboratorial).

• Separação e enriquecimento de isótopos estáveis B10

RNA

Page 68: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 68

1978 a 1990

• Produção de materiais especiais (monel, zircalloy, fósforo elementar e solventes orgânicos)

• Produção de equipamentos especiais (célula de produção de flúor de 3.000 ampéres)

• Detectores de radiações e eletrônica associada

• Espectrômetro de massa

• Produção de óxido de tório

• Separação de terras raras

• Produção inicial de urânio metálico empobrecido

• Produção de combustível para os reatores de pesquisaRNA

Page 69: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 69

Angra I:

• Primeira criticalidade em 1982;

• Integração com a rede 2 anos depois

Angra II:

• Parceria Brasil Alemanha.

• Integração com a rede 2 anos depois (2001).

Usinas nucleares no Brasil

RNA

Page 70: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 70

Constituição (1988) - Angra III

•1988 - Uso da energia nuclear para fins pacíficos estabelecido na Constituição Federal (art. 21 – XXIII – a)

Angra III

• 70% dos aparelhos estocados

• Previsões de distribuição

• Construção de novas usinas

• Contratos

• Aspectos ambientais - aquecimento global

Indústria de equipamentos nucleares

Viabilização do ciclo do combustível nuclear RNA

Page 71: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 71

2006

ANGRA III

• Janeiro de 2006 - Início dos trabalhos preliminares para a retomada da construção de Angra III

• Março de 2009 – autorização para a reconstituição da geometria da cava de fundação e execução do sistema de impermeabilização do prédio do reator e auxiliar do reator.

• Maio de 2010 - licença de construção com condicionante para as obras civis.

RNA

Page 72: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 72

1978 a 1988

• 1981 - 07 junho - Uma aeronave israelense destrói o reator iraquiano de Osirak.

• 1983 - 23 de março - Ronald Reagan – EUA. Início de extensa pesquisa e desenvolvimento de um programa de defesa antimísseis. ("Star Wars").

• 1986 - Abril - Chernobyl - fusão de reator nuclear na União Soviética (temor em diversos países,mesmo os que não usavam esse tipo de reator – erros no controle da emergência).

RNA

Page 73: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 73

ATAQUE DE ISRAEL A REATOR IRAQUIANO

•1977 – Iraque adquire o reator Osirak (40 MW) para teste de materiais nucleares. Construído no Centro de Pesquisa Nuclear de Al Tuwaitha, Bagdad.

•1980 - Irã atacou Osirak, porém as bombas erraram o alvo, gerando danos mínimos à usina. Iraque aumentou a defesa aérea em volta da usina e melhorou a infraestrutura do complexo.

•1981- Israel danificou seriamente parte da usina como ação preventiva para impedir Saddam Hussein de fabricar armas nucleares.

•1991- EUA destruiu as instalações, na Guerra do Golfo.

RNA

Page 74: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 74

1987 a 1988

• 1987 - setembro - o presidente José Sarney anunciou o

domínio do enriquecimento do urânio, alcançado pelos

pesquisadores do Programa Autônomo de Tecnologia

Nuclear - PATN.

• 1988 – Reformulação da estrutura do Programa Nuclear

Brasileiro (incorpora as atividades do PATN e as da

extinta Nuclebrás).

• 1988 – O controle de Angra 1 e do canteiro de obras de

Angra 2 e 3 foi transferido para a Eletrobrás (com a

criação da Eletronuclear).

RNA

Page 75: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 75

OBSTÁCULOS DURANTE

PÓS – GUERRA FRIA

RNA

Page 76: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 76

1989

• 1989 - 09 de novembro - cai o Muro de Berlim

• 1998 – Maio 11 - Índia realiza três testes nucleares subterrâneos. Um dos testes é uma arma termonuclear.

• 28 de maio - O Paquistão realiza cinco testes nucleares em resposta aos testes nucleares da Índia.

• 30 de maio - O Paquistão realiza seu sexto teste de armas nucleares. A explosão é no intervalo de 1- 5 quilotons de potência.

RNA

Page 77: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 77

• O CRCN-CO - tem como objetivo abrigar e monitorar os depósitos definitivos de rejeitos oriundos do acidente radiológico de Goiânia (setembro de 1987).

1997

RNA

Page 78: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 78

GUERRA ASSIMÉTRICA

TECNOLOGIAS DUAISELEMENTO SURPRESA

RNA

Page 79: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 79

2003 a 2005

2003 - 10 de janeiro - A Coréia do Norte anuncia que vai se retirar do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).

• 05 de fevereiro - a Coréia do Norte anunciou que havia reativado suas instalações nucleares.

2005 - 22 de Janeiro - A Coréia do Norte anuncia que é um Estado com armas nucleares.

• 10 de março - O Paquistão reconhece que A.Q. Khan vendeu ao Irã centrífugas de alta velocidade para a separação de urânio.

RNA

Page 80: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 80

REATOR SÍRIO DESTRUÍDO

• 2007- Israel destruiu o reator nuclear que a Síria construía em Al Kibar, aparentemente com ajuda da Coréia do Norte

RNA

Page 81: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 81

AIEA - SALVAGUARDAS

• Art.2º - Estatuto da AIEA – Objetivos - A Agência procura acelerar e aumentar a contribuição da energia atômica para a paz, saúde e prosperidade em todo o Mundo. Na medida dos meios de que dispuser, assegurar-se-á de que o auxilio prestado por ela própria ou a seu pedido ou sob a sua direção ou sob fiscalização sua não seja utilizado de maneira a servir para fins militares (23 de outubro de 1956).

• O TNP prevê que todos os países-membros assinem acordos de salvaguardas com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), pelos quais os Estados não nucleares submetem a inspeção todas as suas instalações nucleares. O objetivo do TNP é verificar se há atividades para fins militares (entrou em vigor em 1970 – o Brasil assinou em 1998).

RNA

Page 82: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 82

AIEA – SALVAGUARDAS PROTOCOLO ADICIONAL

• A AIEA, por proposta americana e a pretexto do programa do Iraque, elaborou um modelo de protocolo adicional aos acordos de salvaguardas, permitindo a visita de inspetores, sem aviso prévio, a qualquer local do território dos países não nucleares para verificar suspeitas sobre qualquer atividade nuclear, desde pesquisa acadêmica e usinas nucleares até a produção de equipamentos, como ultracentrífugas e reatores (2010).

RNA

Page 83: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 83

MECANISMOS DE PRESSÃO - (CSUN)

Capítulo VII – carta das Nações Unidas

Diplomáticas

Econômicas

Militares

(sabotagem, assassinato de cientistas.....)RNA

Page 84: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 84

CONSUMO DE ENERGIA

DEMOGRÁFICO

Page 85: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 85

PROJEÇÕES DO CRESCIMENTO POPULACIONAL

Países \ Ano 2000 2010 2020 2030 2040

Mundo 6.054.946 6.763.314 7.418.838 7.989.982 8.438.462

Brasil 170.101 190.988 210.256 226.130 238.580

de Baixa Renda 2.462.729 2.885.825 3.295.425 3.675.871 4.004.703

de Média Renda 2.642.000 2.886.776 3.112.435 3.294.561 3.422.977

de Alta Renda 950.672 991.301 1.011.722 1.020.437 1.011.789

FONTE: WDI 2004

Page 86: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 86

CONSUMO DE ENERGIA

SOCIAL

Page 87: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 87

ENERGIA PRIMÁRIA E MÁ NUTRIÇÃO DE CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

0 2000 4000 6000 8000 10000

Uso de energia primária per capita (koe / hab)

% d

e M

eno

res

de

5 an

os

mal

nu

trid

os

Rússia

Suécia

Brasil

Page 88: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 88

ENERGIA PRIMÁRIA PER CAPITA x IDH

Page 89: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 89RNA

POPULAÇÃO SEM ACESSO A ELETRICIDADE POR REGIÃO (2009)

Número de habitantes (milhões)L E N H A

FONTE: IEA - 2010

 Nº de habitantes sem

eletricidade

Nº de habitantes usando biomassa tradicional

para cozinhar

África 587 657

África Subsaariana 585 653

China 8 423

Índia 404 855

Outros da àsia 387 659

Brasil 10 10

América Latina 31 85

Mundo 1441 2679

Page 90: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 90RNA

DEMANDA DE ENERGIA PRIMÁRIA PERCAPITA POR REGIÃO

L E N H A

FONTE: IEA - 2010

0 50 100 150 200 250 300 350 400

África

Índia

Outros Asia

Am. Latina

China

O. Médio

U. Européia

Japão

EUA

Rússia

Porcentagem da demanda média mundial de 2008

2035

2008

Page 91: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 91

CONSUMO DE ENERGIA

BEM ESTAR

Page 92: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 92

BEM ESTAR – CULTURA ATUAL (1998)

Série Brasil Argentina EUA França Itália Chile China Índia

Carro de Passageiros 120 140 486 459 541 84 5 5

Usuário de Internet 15 9 308 63 45 17 2 1

Computador Pessoal 30 55 452 232 133 63 9 3

Rádio 433 697 2117 950 878 354 339 120

Linha Telefônica 121 209 655 584 453 206 70 22

Veículo 140 181 780 547 604 129 10 10

TV 324 305 841 616 488 277 287 71

Videocassete 83 59 230 177 90 36 1 4

por 1000 habitantes

Fonte: WDI 2004

Page 93: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 93

CONSUMO DE ENERGIA

MEIO AMBIENTE

Page 94: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 94

RELATÓRIO BRUNDTLAND

MEDIDAS RECOMENDADAS PARA OS ESTADOS:

• LIMITAR O CRESCIMENTO POPULACIONAL

• GARANTIR ALIMENTAÇÃO A LONGO PRAZO

• DIMINUIR O CONSUMO DE ENERGIA

• DESENVOLVER TECNOLOGIAS COM USO DE FONTES ENERGÉTICAS RENOVÁVEIS

• ADOTAR ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Page 95: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 95RNA

EMISSÃO DE CO2 POR GRUPO DE PAÍSES CLASSIFICADOS POR FAIXA DE RENDA

WDI-2010

Classe de Renda AnoAlta

RendaMédiaRenda

BaixaRenda

Brasil

Número de Países 2002 54 93 61 1

% da Energia Primária Consumida

2008 57,71 38,88 3,41 1,81

% da População 2008 14,57 69,47 15,96 2,9

% do PIB Mundial 2008 71,46 27,61 0,93 2,6

% de Energia Elétrica na energia primária

2007 54,67 43,63 1,70 16

Emissão de CO2 (kt) 2006 1,34E+07 1,48E+07 4,78E+05 3,52E+05

Emissão de CO2

(% do Mundo)2006 46,65 51,68 1,67 1,23

Page 96: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 96

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

- Atender as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras.

- Assegurar que o sistema de produção considere as bases ecológicas.

- Buscar o aumento da “eficiência energética”.

- Estimular a redução, o reuso e a reciclagem de materiais.

Page 97: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 97

CONSUMO DE ENERGIA

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

Page 98: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 98

CONSUMO DE ENERGIA PRIMÁRIA CLASSE DE RENDA

MAIOR VALOR MENOR VALOR

RENDA ALTA (OCDE) 12,24 2,46

RENDA ALTA (NÃO OCDE) 24,77 2,32

RENDA MÉDIA ALTA 6,66 0,86

RENDA MÉDIA BAIXA 4,22 0,36

RENDA BAIXA 2,82 0,142

CONSUMO DE ENERGIA PRIMÁRIA (tep per capita - 2000)CLASSE DE RENDA

Fonte: WDI 2004

Page 99: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 99

CONSUMO DE ENERGIA PRIMÁRIA

Grupo de Países por

Renda

Percentual de população urbana

Consumo percentual de energia primária

Baixa 30% 10,6%

Média 53% 38,9%

Alta 80% 51,0%

China 39% 12,0%

Índia 28% 5,5%

Brasil 83% 1,9%

Fonte: WDI 2005

Renda Baixa < US$ 765,00

US$ 766,00 < Renda Média < US$ 9.385,00

Renda Alta > US$ 9.386,00

Page 100: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 100RNA

CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

POR FONTE DE ENERGIA NO BRASIL E NO MUNDO

Fontes de Energia % na energia elétrica Brasil (1)

% na energia elétrica mundial (2)

Nuclear 2,8 13,5

Carvão Mineral 2,3 41,0

Hídrica 84,0 15,9

Petróleo 3,1 5,5

Gás 3,5 21,3

Outras (3) 4,3 2,8

Fonte (1 ) Banco Mundial – WDI – 2010 : (2) IEA 2010 : (3) Outros – Lenha, carvão vegetal, solar, eólica, marés

Page 101: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 101

CONSUMO DE ENERGIA

CRISE ENERGÉTICA

Page 102: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 102

EFEITO DAS CRISES ENERGÉTICAS NO USO DAS FONTES

1973

PETRÓLEO45,0%

CARVÃO24,9%

GÁS16,2%

NUCLEAR0,9% OUTROS

0,2%

ENERGIAS RENOVÁVEIS

11,0%

HIDRÁULICA1,8%

1999

PETRÓLEO35,0%

OUTROS0,7%

NUCLEAR6,8%

HIDRÁULICA2,3%

ENERGIAS RENOVÁVEIS

11,0%

GÁS20,7%

CARVÃO23,5%

Fonte: WDI 2004

Page 103: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 103

Consumo de Energia Primária per capita - 2012

Fonte: BP 2006

Page 104: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 104

OFERTA DE ENERGIA

- RECURSOS NATURAIS- PETRÓLEO

- GÁS- CARVÃO- URÂNIO

- BRASIL

Page 105: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 105

PRODUÇÃO MUNDIAL DE ELETRICIDADE POR FONTE

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000

kW

h (

% T

OT

AL

)

ANOS

CARVÃO

HIDROELÉTRICA

GÁS NATURAL

NUCLEAR

PETRÓLEO

Fonte: WDI 2004

Page 106: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 106RNA

CONSUMO MUNDIAL DE ENERGIA PRIMÁRIA POR COMBUSTÍVEL

COMBUSTÍVEL1973

%2008

%

Óleo 48,1 41,6

Gás 14,4 15,6

Carvão 13,2 9,8

Renovável 13,2 12,7

Eletricidade 9,4 17,2

Outros 1,7 3,1

IEA - Key World Energy Statistics - 2010 Outros - Geotérmica – Solar - Eólica - etc

Page 107: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 107RNA

CONSUMO MUNDIAL DE ELETRICIDADE POR COMBUSTÍVEL

COMBUSTÍVEL1973

%2008

%

Óleo 24,7 5,5

Gás 12,1 21,3

Carvão 38,3 41

Hidro 21 15,9

Nuclear 3,3 13,5

Outros 0,6 2,8

IEA - Key World Energy Statistics - 2010 Outros - Geotérmica – Solar - Eólica - etc

Page 108: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 108RNA

GERAÇÃO DE ELETRICIDADE POR TIPO DE COMBUSTÍVEL

MUNDO - (2008- 2020 - 2035)

FONTE: IEA - 2010

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

Carvão

Gás

Hidro

Nuclear

Eólica

Biomassa

Outras Renováveis

Óleo

TWh

2035

2020

2008

Page 109: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 109

EXISTÊNCIA DE FORNECEDORESPETRÓLEO - 2003

53 52

42

33

21

1511 10 10

8

0

10

20

30

40

50

60

0 - 5 5 - 10 10 - 15 15 - 20 20 - 25 25 - 30 30 - 35 35 - 40 40 - 50 > 50

PERÍODO A PARTIR DE 2004 (ANOS)

Fonte: BP 2004

Page 110: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 110

GÁS NATURAL

Page 111: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 111

PAÍSES PRODUTORES DE GÁS - 2007

Fonte: BP 2007

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

6 9 9 12 15 24 29 34 39 41 46 52 58 78 96 96 96

ANOS

PA

ÍSE

S P

RO

DU

TO

RE

S

Page 112: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 112

CARVÃO

Page 113: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 113

Reservas Provadas de Carvão Final de 2005

Fonte: BP 2004

Page 114: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 114

URÂNIO

Page 115: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 115

RESERVAS PROVADAS DE URÂNIO

PAÍSES TONELADAS (U3O8)

AUSTRÁLIA 895.000

CASAQUISTÃO 524.000

CANADÁ 506.000

ÁFRICA DO SUL 335.000

NAMÍBIA 258.000

BRASIL 215.000

RÚSSIA 149.000

ESTADOS UNIDOS 134.000

NIGÉRIA 84.000

RESTO DO MUNDO 538.000

Fonte: AIEA

Page 116: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 116

BRASIL

Page 117: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 117

EVOLUÇÃO DO CONSUMO FINAL POR SETOR - BRASIL

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2001 2002 2003

ANO

PE

RC

EN

TA

GE

M

SETOR ENERGÉTICO RESIDENCIAL COMERCIAL PÚBLICO AGROPECUÁRIO TRANSPORTES - TOTAL INDUSTRIAL - TOTAL OUTROS

Fonte: BEN 2004

Page 118: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 118RNA

BRASILCONSUMO DE ENERGIA PRIMÁRIA POR SETOR

1998

Industrial37%

Transporte31%

Agropecuário 5%

Residencial13%

Energético9%

Comercial3%

Público2%

2007

Industrial41%

Transporte29%

Agropecuário 4%

Energético10%

Público2%

Residencial11%

Comercial3%

Page 119: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 119RNA

SETOR 1970 1980 1990 2000 2009

CONSUMO TOTAL 39.668 122.705 217.657 331.638 426.029

SETOR ENERGÉTICO 2.080 4.171 6.837 10.479 18.756

RESIDENCIAL 8.365 23.263 48.666 83.613 101.779

COMERCIAL 5.158 13.804 23.822 47.510 64.329

PÚBLICO 3.565 10.386 18.133 29.200 36.893

AGROPECUÁRIO 317 2.038 6.666 12.856 16.600

TRANSPORTES 648 823 1.194 1.250 1.591

INDUSTRIAL 19.535 68.220 112.339 146.730 186.280

BRASIL – EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE ELETRICIDADE (GWh)

Page 120: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 120

CONCLUSÕES

Page 121: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 121

CONCLUSÕES

- Energia é um elemento essencial para o atendimento dos interesses nacionais.

- A implementação de novas soluções, na geração e para o consumo, demanda tempo e investimentos.

- A correção de erros cometidos não é imediata.

- As variáveis de consumo e de oferta são influenciadas por vários outros setores não energéticos.

- O processo decisório deve ter participação de todos os setores envolvidos, na geração e no consumo.

Page 122: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 122

CONCLUSÕES

- Os efeitos das mudanças tecnológicas no consumo de

fontes energéticas são lentos e dependem de incentivos

e credibilidade do fornecedor e do usuário.

- Não é esperada uma considerável mudança das fontes

geradoras de grande porte (petróleo, gás, carvão, hidro

e nuclear) em uso nos próximos 20 anos.

Page 123: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 123

CONCLUSÕES

- A estimativa da AIE indica que pode ocorrer um aumento das reservas recuperáveis de óleo e gás se ocorrer:

• novas descobertas de reservas;

• novas tecnologias para aumentar a taxa de recuperação;

• um aumento de preço que justifique os custos envolvidos;

• novas fontes não convencionais.

Page 124: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 124

CONCLUSÕES

- Há indicação de que nos próximos 25 anos sejam incluídos na produção de combustíveis fontes “não convencionais”.

- Consideram-se fontes não convencionais:

• óleos ultra-pesados;

• carvão gaseificado;

• xisto;

• biocombustíveis;

• folhelhos (shale);

• hidrogênio.

Page 125: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 125

CONCLUSÕES

- Há indicações concretas da retomada de produção de energia nuclear devido à necessidade de redução do efeito estufa.

Page 126: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 126

CONCLUSÕES

ENERGIA:

• COMPROMISSO DA GERAÇÃO ATUAL COM AS

GERAÇÕES FUTURAS.

• AUTONOMIA COMO FATOR ESSENCIAL À

INDEPENDÊNCIA.

• INDEPENDÊNCIA NO COMBUSTÍVEL E NA

TECNOLOGIA.

• DIVERSIFICAÇÃO DAS FONTES.

Page 127: Programa Nuclear Brasileiro: História e importância

RNA 127

CONCLUSÃO

1. Saltar obstáculos requer preparação física.

2. Desenvolver energia nuclear requer:– Recursos naturais– Domínio tecnológico– Vontade– Decisão– Continuidade– Recursos humanos– Integração de esforços