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Dietoterapia Chinesa
(Alimentação)
Muitas pessoas acreditam que estão se alimentando adequadamente e na verdade não!
Muitas das doenças internas são causadas por má alimentação. As pessoas abusam muito
nas quantias dos condimentos, alimentos impróprios para elas e principalmente nos
chazinhos que as pessoas indicam sem ter o mínimo de conhecimento em alimentação.
Muitas pessoas falam que sendo natural "se bem não faz, mal também não" e nós
sabemos que não é bem assim. Muitos dos alimentos, condimentos e chás podem fazer
muito mal a saúde e as pessoas nem sabem fazer a relação entre os sintomas e o que
estão ingerindo. Na Medicina Tradicional Chinesa cada individuo é UM e sua alimentação
também é única, sob medida para seu organismo. Na China existem restaurantes onde a
pessoa leva seu diagnóstico chinês e eles preparam o cardápio que melhor atenda suas
necessidades energéticas (síndromes energéticas).
A Medicina Tradicional Chinesa usa o termo síndromes energéticas para caracterizar e
explicar certos distúrbios, sintomas ou doenças de desequilíbrio energético do corpo.
Características dos alimentos na visão Chinesa
Os alimentos, na visão chinesa, diferem muito da visão ocidental.
Enquanto os ocidentais visam as propriedades químicas, vitamínicas, calóricas e outras, os
chineses se referem aos alimentos de forma energética, como as propriedades dos cinco
sabores, as quatro direções e a natureza (temperatura) dos alimentos. Ficando assim
muito mais preciso para montar um cardápio adequado para cada paciente.
Os cincos sabores dos alimentos são: azedo, amargo, doce, picante e salgado. Cada sabor
provoca no corpo reações diferentes como: estimular, tonificar, dispersar, transformar,
eliminar e harmonizar.
As quatro direções (movimento): é a capacidade que cada alimento tem de mover a
energia em determinada direção dentro do corpo. Considere que o corpo tem quatro
partes: a de cima, a de fora (incluindo a pele), a de baixo e a de dentro.
Para cima ou ascender, serve para ativar, tonificar e revigorar o corpo. Ex: carne bovina,
amendoim, café.
Para fora, serve para transpirar, dispersar o frio como na gripe e melhorar a respiração.
Ex: pimenta vermelha, alho, pinellia.
Para baixo, tem ação laxativa, diurética, facilita a digestão e elimina os acúmulos. Ex:
melancia, banana, broto de bambu.
Para dentro, tem a tendência de concentrar a energia nos órgãos e vísceras, contém o
excesso de energia e acalma a mente. Ex: carne de caranguejo, siri, acantophanax.
As temperaturas dos alimentos (natureza): há quatro temperaturas que se referem às
propriedades dos alimentos: quente, morno, fresco e frio. Estas temperaturas não dizem
respeito a forma de preparo, mas sim, das propriedades da natureza energética de cada
alimento.
Estes termos descrevem as características energéticas com ação terapêutica. As plantas
mornas e quentes dissipam síndromes de frio, e as plantas frias e frescas dissipam as
síndromes de calor.
Quentes: são alimentos estimulantes usados para tonificar o yang, tratar falta de energia e
expulsar o frio. Ex: truta, gengibre.
Mornos: são alimentos normalmente ricos em óleos essenciais, também usados para
tratar deficiências de energia. Ex: alho, menta, açúcar mascavo.
Frescos: são alimentos que dissipam o calor. Alguns tem ação anti-inflamatória e
analgésica. Ex: folha de inhame, maçã, alcachofra, berinjela, brócolis.
Frios: são alimentos tônicos de yin, fortalecem os órgãos, combatem o calor e acalmam a
mente. Ex: amora, caranguejo, aspargo, ostra.
Alguns exemplos dos alimentos e suas propriedades energéticas:
Abóbora redonda: Sabor doce / Temperatura fresca / Movimento neutro
Café: Sabor doce amargo / Temperatura morna / Movimento para cima
Alho: Sabor picante / Temperatura quente / Movimento para cima e para fora (ajuda a
transpirar)
Carne de Boi: Sabor doce / Temperatura neutra / Movimento para cima
Carne de frango: Sabor azedo / Temperatura morna / Movimento para cima
Muitas pessoas comem errado.
Elas erram nas quantias ou comem demais só um determinado tipo de alimento ou ficam
carentes de alguma categoria alimentar, fazendo assim o desequilíbrio dos órgãos e
ocasionando sintomas como: dores de cabeça, insônia, indisposição, constipação,
ansiedade, hipertensão, hipotensão, depressão e vários outros sintomas (síndromes
energéticas).
Tratamento
Muitos pensam que o tratamento sai caro. Muito pelo contrário! Na maioria das vezes são
pequenos detalhes que mudamos em sua alimentação diária que vão trazer grandes
benefícios.
A duração de uma consulta varia de 60 a 90 minutos para identificar os desequilíbrio
energéticos do paciente. Perguntamos sobre seus hábitos alimentares diários, profissão,
atividade física, analisamos sua língua (que ajuda a identificar os desequilíbrios
energéticos) e o seu pulso (pulsologia chinesa), para depois montarmos seu cardápio
alimentar.
“Que teus alimentos sejam teus medicamentos,
e que teus medicamentos sejam teus alimentos!”
(Hipócrates)
Texto por: Professor Rogerio Luis Versolatto
Professor e Terapeuta: Rogério Versolatto
Estuda as artes corporais chinesas desde 1987.
Discípulo direto do Grão Mestre Chiu Ping Lok.
Praticante e professor de Tai Chi Chuan, Lian Gong, Qi Gong (meditação chinesa) e Kung
Fu.
Formado em Fitoterapia Chinesa pelo IBRACHI e Acupuntura pelo EBRAMEC.
Vem se dedicando a Medicina Tradicional Chinesa desde 1999 e atuando na área de
Acupuntura, Dietoterapia, Fitoterapia e Qi Gong Meditação há mais de 9 anos em seu
espaço terapêutico.
Ministrou aulas de Fitoterapia e Qi Gong em cursos de Acupuntura de formação e
pós-graduação no EBRAMEC e na Humaniversidade Holística ministrando Qi Gong,
Fitoterapia e Dietoterapia Chinesa no curso de Naturopatia.
Pesquisador com larga experiência e conhecimento nos alimentos dentro da visão chinesa
e sempre buscando conhecer a fundo os seus efeitos no corpo energético e físico.