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Este e-book traz informações sobre as drogas psicotrópicas, (Drogas Estimulantes, Depressoras e Alucinógenas), que possuem ação direta no SNC Sistema Nervoso Central. Informa a ação dessas drogas no organismo bem como todos os prejuízos que elas causam aos seres humanos. Abordando: A - Substâncias Estimulantes Anfetaminas,Cocaína, Crack, Ecstasy, Ice – Cristal Meet, Merla, Cigarro – Tabaco – Nicotina, Capsula do Medo ou do Vento, Cafeína. B – Substâncias Depressoras Álcool, Sedativos e Hipnóticos não Barbitúricos (Ansiolíticos), Barbitúricos, Inalantes e Solventes, Lança Perfume, Cheirinho da Loló, B 25, Cola de Sapateiro, GHB ou Ecstasy Líquido, PCP ou Fenciclidina, Ketamina ou Special K, Mefedrona, Opiáceos, Codeína, Morfina, Heroína. C – Substâncias Perturbadoras (Alucinógenas) LSD – 25, Maconha, Haxixe, Skank, Ayahuasca (Chá de Santo Daime), Cogumelos, Cacto Peyote, Mescalina, Anticolinérgicos.
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Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
1
Conteúdo Conteúdo....................................................................................................01
Classificação das drogas psicotrópicas.......................................................03
A - Substâncias Estimulantes
Anfetaminas...............................................................................................03
Cocaína.......................................................................................................04
Crack...........................................................................................................05
Ecstasy.. .....................................................................................................06
Ice – Cristal Meet. ......................................................................................07
Merla. ........................................................................................................08
Cigarro – Tabaco – Nicotina. ......................................................................08
Capsula do Medo ou do Vento...................................................................12
Cafeína. ......................................................................................................13
B – Substâncias Depressoras
Álcool.. .......................................................................................................14
Sedativos e Hipnóticos não Barbitúricos (Ansiolíticos)...............................17
Barbitúricos.. .............................................................................................18
Inalantes e Solventes. ................................................................................20
Lança Perfume............................................................................................21
Cheirinho da Loló........................................................................................22
B 25.............................................................................................................22
Cola de Sapateiro........................................................................................22
GHB ou Ecstasy Líquido..............................................................................23
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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PCP ou Fenciclidina.....................................................................................24
Ketamina ou Special K................................................................................25
Mefedrona..................................................................................................25
Opiáceos.....................................................................................................26
Codeína. .....................................................................................................28
Morfina.. ....................................................................................................29
Heroína.. ....................................................................................................29
C – Substâncias Perturbadoras
LSD – 25..... ................................................................................................31
Maconha.. ..................................................................................................32
Haxixe. .......................................................................................................33
Skank.. .......................................................................................................34
Ayahuasca (Chá de Santo Daime)...............................................................34
Cogumelos.. ...............................................................................................35
Cacto Peyote.. ............................................................................................36
Mescalina. ..................................................................................................37
Anticolinérgicos. ........................................................................................37
Fontes de Pesquisa.....................................................................................38
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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CLASSIFICAÇÃO DAS DROSGAS PSICOTRÓPICAS
A - Estimulantes: são as drogas que aceleram o funcionamento do
cérebro.
ANFETAMINAS
1. Histórico das Anfetaminas
As anfetaminas são drogas sintéticas, ou seja, são produzidas em laboratório.
A primeira droga sintetizada foi à d-anfetamina em 1928. Depois desta, várias outras
foram fabricadas. Existe também uma droga tipo anfetamina que é natural, usada por
nativos do norte da África e do Oriente Médio. Ela é encontrada nas folhas de Khat,
cujo nome científico é Catha edulis.
As anfetaminas foram introduzidas em 1930 e eram usadas para congestão nasal.
Depois elas começaram a serem utilizadas no tratamento da depressão e na
diminuição do apetite. Logo em seguida, foi descoberto o efeito de dependência
causada pela droga e, com isso houve um controle e declínio do seu uso. Como
consequência, ocorreu um crescimento da utilização da cocaína.
2. O que as Anfetaminas fazem no organismo?
As anfetaminas interferem na dopamina e noradrenalina, que são neurotransmissores
do Sistema Nervoso. Essas drogas agem aumentando a liberação e diminuindo a
recaptação desses transmissores. Com isso, aumenta a quantidade dessas substâncias
e suas funções ficam exacerbadas no organismo.
A dopamina e noradrenalina possuem várias funções fisiológicas e comportamentais.
Os estados de apetite, saciedade, vigília e funções psíquicas estão envolvidos. A
ingestão de anfetamina causa insônia, perda de apetite e um estado de
hiperexitabilidade. A pessoa se torna muito ativa, inquieta, e extrovertida.
No caso de uma dose excessiva, os efeitos se acentuam e a pessoa pode se tornar
muito agressiva e ter delírios. Ocorre também aumento da temperatura, que em
alguns casos pode levar a convulsões.
A anfetamina produz efeitos também fora do Sistema Nervoso. Nos olhos, ela provoca
dilatação da pupila. No coração, há taquicardia e ocorre aumento da pressão arterial.
3. Como as Anfetaminas são eliminadas do organismo?
O fígado é o responsável pela metabolização das anfetaminas. Ela é inativada e
posteriormente é eliminada pela urina. Uma pequena quantidade das drogas não é
modificada pelo fígado, sendo eliminada diretamente pela urina.
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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4. Tolerância e dependência às Anfetaminas
Com o uso crônico dessa droga, ocorre uma diminuição do seu efeito com o passar do
tempo. Para se obter o mesmo efeito é preciso aumentar a dose, ou seja, ocorre um
efeito de tolerância. Não ocorre uma Síndrome de abstinência característica quando
cessa a ingestão abrupta da droga.
COCAÍNA
1. Histórico e Formas de Preparação da Cocaína
A cocaína é um alcaloide presente numa planta sul-americana, a coca, cujo nome
científico é Erythroxylon coca.
O "vinho de coca", preparado à base da planta, foi considerado na Europa uma bebida
muito reconfortante e de grande uso social. O Papa Pio XI agraciou o principal
fabricante deste vinho. Um dos mais adeptos da cocaína foi Freud. Ele próprio ingeriu
a cocaína para provar a energia e vitalidade produzidas pela droga. A cocaína foi usada
como medicamento até o início do século. Existiram surtos do uso desta droga no
passado, mas depois que foram demonstrados os seus efeitos prejudiciais ao
organismo, houve uma proibição do seu uso e um declínio na ingestão da cocaína.
Hoje em dia, vive-se o pico de uma nova epidemia.
Existem várias formas de cocaína. O "chá de coca", preparado à base das folhas, é
muito utilizado no Peru. Nesta forma, pouca droga é absorvida e, portanto muito
pouco chega ao cérebro.
Através de vários procedimentos, usando produtos como solvente e ácido sulfúrico,
obtém-se o sal de cocaína ("pó" ou "neve"). Como ele é solúvel, pode ser aspirado ou
usado via endovenosa, dissolvido em água.
Tratando o sal de cocaína com bicarbonato, obtém-se um bloco sólido, que é
conhecido com o nome de "crack". Este nome "crack" advém do barulho produzido
neste processo de solidificação e na quebra deste bloco em pequenos pedaços. Ele
também pode ser preparado a partir da pasta de cocaína. Esta forma é pouco solúvel
em água, mas se volatiza quando aquecida, sendo fumada em cachimbos.
2. O que a cocaína faz no Organismo?
A cocaína interfere na ação de substâncias que existem no nosso cérebro, os
"neurotransmissores", como a dopamina e a noradrenalina. A cocaína eleva a
quantidade dessas substâncias, porque ela inibe a recaptação pelo neurônio,
aumentando a concentração desta substância na fenda sináptica, isto é, no espaço
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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entre os neurônios nos quais se processa a neurotransmissão. Com isso, todas as
funções que esses neurotransmissores possuem ficam amplificadas e podem também
aparecer ações que não existem nas concentrações normais.
Com a ingestão da cocaína ocorre uma sensação de euforia e prazer.
Ela produz aumento das atividades motoras e intelectuais, perda da sensação de
cansaço, falta de apetite, insônia.
Numa dose exagerada (overdose) aparecem sintomas de irritabilidade, agressividade,
delírios e alucinações. Pode ocorrer também aumento de temperatura e da pressão
arterial, taquicardia e degeneração dos músculos esqueléticos. Este excesso pode levar
até à morte, que ocorre por convulsões, falência do coração ou depressão do centro
controlador da respiração.
Se a droga for usada pela via endovenosa ou respiratória os efeitos são quase
imediatos. Isto porque ela vai direto para o cérebro, sem passar pelo fígado, onde é
degradada. Isto provoca aumento da probabilidade de overdose.
No caso da via endovenosa, além do risco de overdose, há também o perigo de
infecção através do uso de seringas contaminadas, principalmente com o vírus da
AIDS, da hepatite e de outras doenças transmissíveis.
3. Como a cocaína é eliminada do organismo?
A cocaína é rapidamente metabolizada pelo fígado e seus metabólitos inativos são
detectáveis na urina.
4. Tolerância e dependência à cocaína
Não há comprovado efeito de tolerância devido ao uso crônico e não existe Síndrome
de Abstinência característica, quando cessa a ingestão. No entanto, o componente
psicológico é muito forte e ocorre, na maioria das vezes, uma vontade incontrolável
de consumir a droga, que é a chamada "fissura".
Crack
O crack é preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da planta
Erythroxylon coca, encontrada na América Central e América do Sul. Chamada
benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retirado das folhas da planta, dando origem a
uma pasta: o sulfato de cocaína. Chamada, popularmente, de crack, tal droga é
fumada em cachimbos.
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo também relativamente mais
barata e acessível que outras drogas, o crack tem sido cada vez mais utilizado, e não
somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e carcerários, como há alguns anos.
Ele está, hoje, presente em todas as classes sociais e em diversas cidades do país.
Assustadoramente, cerca de 600.000 pessoas são dependentes, somente no Brasil.
Tal substância faz com que a dopamina, responsável por provocar sensações de prazer,
euforia e excitação, permaneça por mais tempo no organismo. Outra faceta da
dopamina é a capacidade de provocar sintomas paranoicos, quando se encontra em
altas concentrações.
Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a droga com maior frequência.
Com o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo com
que seja necessário o uso de quantidades maiores da droga para se obter os mesmos
efeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos dias e
pode causar problemas irreparáveis, e dos riscos a que está sujeito; o viciado acredita
que o prazer provocado pela droga compensa tudo isso. Em pouco tempo, ele virará
seu escravo e fará de tudo para tê-la sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o
crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação às outras drogas; e o
comportamento violento é um traço típico.
Neurônios vão sendo destruídos, e a memória, concentração e autocontrole são
nitidamente prejudicados. Cerca de 30% dos usuários perdem a vida em um prazo de
cinco anos – ou pela droga em si ou em consequência de seu uso (suicídio,
envolvimento em brigas, “prestação de contas” com traficantes, comportamento de
risco em busca da droga – como prostituição, etc.). Quanto a este último exemplo, tal
comportamento aumenta os riscos de se contrair AIDS e outras DSTs e, como o
sistema imunológico dos dependentes se encontra cada vez mais debilitado, as
consequências são preocupantes.
Superar o vício não é fácil e requer, além de ajuda profissional, muita força de vontade
por parte da pessoa, e apoio da família. Há pacientes que ficam internados por muitos
meses, mas conseguem se livrar dessa situação.
ECSTASY
Droga psicoativa com alto poder estimulante e propriedades alucinógenas. A
substância chave do ecstasy é o MDMA, tal substância faz com que o ecstasy seja
confundido com metanfetaminas e outras drogas sintéticas. Mesmo sendo um
derivado da anfetamina, o composto de MDMA é muito semelhante a um alucinógeno.
Não tem o poder do LSD, e nem provoca as fortes reações de drogas como a cocaína,
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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mas mixa efeitos moderados das duas drogas. Por isso o ecstasy é às vezes
reconhecido como uma "droga social". Não possuí uma assimilação agressiva da
cocaína, e nem deixa cheiro ou sinais de uso, como a maconha. E isso só fortalece o
uso da droga, pois passa uma imagem de não ser maligna. Outro fator que contribuí
para a popularização da droga como algo que só traz alegria, é a alcunha mais popular
do ecstasy; "Droga do amor".
O ecstasy possui muitas variantes e nomes, sua forma similar a uma aspirina e
decorada com símbolos e ícones representando o nome da droga. Kleeblatt, Gorbys,
Pigs, Dreamcast, Fido, Eva, Playboy, V.I.P, Pelikan, Halbmond, Hauptling, Taube,
Smiley, Spatz, Cal, Star and Stripes, Love e Groover são alguns nomes que as
variedades de ecstasy recebem.
Efeitos
Esse apelido ocorre graças ao efeito da droga que hipersensibiliza o toque,
aumentando assim a sensibilidade em zonas erógenas. Nas mulheres isso leva ao
aumento do desejo sexual. Outros efeitos são pupilas dilatadas e olhos sensíveis,
sensação do aumento de energia, eliminação da ansiedade, relaxamento profundo,
pensamentos positivos e simpatia por estranhos. Esses efeitos duram em média de 4 a
6 horas, mas existem variações que suprimem a necessidade de comer, beber e dormir
por até 3 dias, levando o usuário a correr o risco de desidratação, inanição e exaustão.
Não é viciante como a cocaína e a heroína, mas pode causar vários efeitos negativos
em seus usuários, tais como; alucinação, náusea, calafrios, transpiração, aumento da
temperatura corpórea, tremores, ranger involuntário dos dentes, problemas
musculares e visão embaçada. Existem casos de usuários que experimentaram pós-
efeitos de ansiedade, paranoia e depressão. Overdose de ecstasy é caracterizada por
alta pressão sanguínea, falta de ar, ataques de pânico, e nos piores casos, perda da
consciência e súbito aumento da temperatura corporal. Essas overdoses podem ser
fatais pois podem causar também um infarto.
ICE – CRSITAL MEET
Metanfetamina extremamente pura. Parecem pequenos cristais, semelhante a gelo
quebrado. Em geral é fumado, mas também pode ser aspirado ou injetado. (ver mais
em Metanfetamina).
Efeitos
Semelhantes ao da cocaína, mas com duração maior. Entre os efeitos descritos
encontram-se mudanças violentas de comportamento, perda de apetite, distúrbios no
sono, variações súbitas de humor, tremores, convulsões, aumento da pressão
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sanguínea, alterações no ritmo do batimento cardíaco. Há casos registrados de coma,
derrame e morte súbita.
Merla
A merla é derivada da cocaína. É uma junção das folhas da coca com alguns produtos
químicos como ácido sulfúrico, querosene, cal virgem entre outros que ao ser
misturado se transforma numa pasta onde se concentra em torno de 40 a 70% de
cocaína. É ingerida pura ou misturada num cigarro normal ou num cigarro de
maconha.
É uma droga super perigosa causando dependência física e psíquica ao paciente, além
de danos ao organismo irreparáveis.
É absorvida pela mucosa pulmonar rapidamente e assim como a cocaína é excitante ao
sistema nervoso. Causa euforia, diminuição de fadiga, aumento de energia, diminuição
do sono, do apetite e consequentemente causa perda de peso bastante expressiva e
psicose tóxica como alucinações, delírios e confusões mentais.
Durante o uso da merla, o usuário pode ter convulsões e perda de consciência. As
convulsões podem levar o usuário a ter uma parada respiratória, coma, parada
cardíaca e a morte. Ao passar o efeito da merla, o usuário sente medo, depressão e
paranoia de perseguição que em alguns casos leva o usuário ao suicídio.
O usuário da merla normalmente apresenta a ponta dos dedos amarelada, olhos
avermelhados, lacrimejados e irritados, respiração difícil, tremores nas mãos, irritação
e inquietação. Ao longo do tempo o usuário perde seus dentes pois na merla existe um
composto misturado chamado ácido de bateria que começa a furar os dentes até que
a perda total aconteça.
CIGARRO – TABACO – NICOTINA
Doenças causadas pelo Cigarro
Câncer
O fumo é responsável por 30% das mortes por câncer e 90% das mortes por câncer de
pulmão. Os outros tipos de câncer relacionados com o uso do cigarro são: câncer de
boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero.
Doenças Coronarianas
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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25% das mortes causadas pelo uso do cigarro provocam doenças coronarianas tais
como angina e infarto do miocárdio.
Doenças Cerebrovasculares
O fumo é responsável por 25% das mortes por doenças cerebrovasculares entre elas
derrame cerebral.
Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas
Nas doenças pulmonares obstrutivas crônicas tais como bronquite e enfisema 85% das
mortes são causadas pelo fumo.
Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro e ampliam a
gravidade das consequências de seu uso são:
Aneurismas arteriais; úlceras do trato digestivo; infecções respiratórias...
Informação retirada da Isto É: A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu mais um
golpe duríssimo contra o cigarro. Os 192 países integrantes da entidade aprovaram um
tratado mundial antitabaco cujo objetivo é reduzir o número de mortes relacionadas
ao produto, estimado hoje em cerca de cinco milhões de vidas perdidas por ano no
mundo. Pelo menos 30% do tamanho das embalagens deverá conter alerta sobre os
malefícios do fumo e os governos se comprometeram a endurecer o combate ao
contrabando de cigarro, entre outras ações. “Agimos para salvar milhões de vidas e
para proteger a saúde das gerações futuras. A aprovação do tratado foi um momento
histórico”, disse Gro Brundtland, diretora da OMS.
O porquê de não fumar:
Fumantes têm 10 vezes a mais de chances de ter câncer de pulmão;
Fumantes têm 50% a mais de chances de terem infarto que os não fumantes;
Fumantes têm 5 vezes mais chances de sofrer de bronquite crônica e enfisema
pulmonar que os não fumantes;
Dependendo do grau de enfisema pulmonar, mesmo que o indivíduo suspenda o uso
do cigarro se torna irreversível o processo (largar o quanto antes... os alvéolos uma vez
danificados nunca se regeneram!);
Efeitos no Metabolismo:
O custo metabólico da respiração pode ser reduzido significativamente como resultado
da abstinência. Observou-se uma redução de CO2 em apenas um dia de abstinência.
Durante um exercício a 80% da Capacidade Aeróbica Máxima (VO2 máx), o custo da
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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ventilação pulmonar representa 14% do consumo de O² em fumantes e de apenas 9%
em não fumantes.
Atletas envolvidos em eventos que requerem resistência nunca fumam. Isto pode ser
explicado pelo fato da fumaça do cigarro causar redução na função pulmonar e
aumentar a quantidade de carboxiemoglobina, dificultando o transporte de O² do
sangue.
Pesquisas apontaram uma melhora no desempenho de nadadores, velocistas, ciclistas
em geral, apenas pela abstinência ao fumo. E eles reportaram terem se sentido melhor
exercitando-se em uma condição de não fumante.
Dicas para PARAR de fumar:
Preparar-se para fugir das armadilhas (colegas oferecendo, companhias que fumam,
etc...);
Beber muita água;
Mastigar chicletes e balas ou chicletes de nicotina como substituição ao cigarro;
Exercícios aeróbicos e relaxamento;
Evitar bebidas alcoólicas e café;
Escovar os dentes imediatamente após as refeições (quem fuma não tem paladar e
quem fuma costuma substituí-lo após as refeições pelo cigarro);
Ficar atento a situações de estresse para não ter uma recaída;
Conscientizar-se dos males do cigarro e pensar negativamente nele, realmente enojar-
se;
Pratique sempre um novo esporte (para ficar estimulado);
Métodos para PARAR de fumar:
Contrato de amigos (um ajuda o outro a parar);
Associação do cigarro com a aversão;
Diminuição controlada com Cardiologista;
Hipnose;
Acupuntura;
Apoio social (grupos específicos);
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Auto Ajuda;
Auto monitorização (lista de atividades e momentos que mais fuma);
Acompanhamento psicológico;
Efeitos:
Nos olhos, o fumo produz a ambliopia tabágica, que representa a debilitação do
sentido da visão e distorção do ponto de foco visual.
Quanto ao olfato, o fumo irrita a mucosa nasal e distorce a função olfativa.
Na boca ocorrem os cânceres dos lábios, língua, além de enfermidades nas gengivas,
incluindo até perda de dentes.
Na laringe, o fumo dilata as cordas vocais, e produz rouquidão, não sendo raro o
câncer nesse local derivado do uso do cigarro.
Nos pulmões, a sucessão de enfermidades produzidas pelo hábito de fumar é notória:
enfisema, bronquite, asma e o mortal câncer pulmonar.
No aparelho circulatório ocorrem o aumento da pressão arterial, obstrução de vasos
sanguíneos, aumento de colesterol, todos fatores conducentes a ataques cardíacos.
Nos órgãos digestivos o fumo produz a úlcera péptica dado o aumento da acidez, além
de distúrbios vários no duodeno, e câncer do estômago.
No útero, ocorre aceleração das batidas do feto. Os bebês nascem com menos peso e
ocorre probabilidade maior de nascimentos prematuros.
Nos órgãos urinários pode ocorrer o adenocarcinoma, uma forma de câncer.
A qualidade do leite materno é afetada para a mãe fumante, pois substâncias tóxicas
são transmitidas à criança, o que lhe causa irritabilidade e transtornos digestivos.
Também o hábito de fumar tende a diminuir a quantidade de leite.
Componentes do cigarro:
Na fumaça do cigarro já se isolaram 4.720 substâncias tóxicas, as quais atuam sobre os
mais diversos sistemas e órgãos; Contém mais de 60 cancerígenos, sendo as principais:
Nicotina - é a causadora do vício e cancerígena;
Benzopireno - substância que facilita a combustão existente no papel que envolve o
fumo;
Nitrosaminas;
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Substâncias Radioativas - polônio 210 e carbono 14;
Agrotóxicos - DDT;
Solventes - benzeno;
Metais Pesados - chumbo e o cádmio (um cigarro contém de 1 a 2 mg, concentrando-
se no fígado, rins e pulmões, tendo meia-vida de 10 a 30 anos, o que leva a perda de
capacidade ventilatória dos pulmões, além de causar dispneia, enfisema, fibrose
pulmonar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago);
Níquel e Arsênico - armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes
resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc..;
Cianeto Hidrogenado;
Amônia - utilizado em limpadores de banheiro;
Formol - componente de fluído conservante;
Monóxido de Carbono - o mesmo gás que sai dos escapamentos de automóveis, e
como tem mais afinidade com a hemoglobina do sangue do que o próprio oxigênio,
toma o lugar do oxigênio, deixando o corpo do fumante, ativo ou passivo, totalmente
intoxicado.
Causas:
Por sua ação vasoconstritora, a nicotina diminui o calibre da artéria do cordão
umbilical e a irrigação sanguínea da placenta. Como consequência, o bebê recebe
menos nutrientes, a oxigenação fica comprometida e a criança pode nascer com peso
menor. Nos EUA, um de cada seis nascimentos de crianças com baixo peso é devido ao
fumo.
Os filhos de mães fumantes correm 64,8% mais riscos de morrer após o nascimento do
que os bebês daquelas que não fumaram durante a gravidez.
Os riscos de ocorrência de defeitos congênitos são de 1,7 a 2,3% mais altos entre os
bebês de mães fumantes.
As mulheres que fumam 20 cigarros por dia têm 61% mais chances de sofrerem um
aborto do que as não fumantes.
CAPSULA DO MEDO OU DO VENTO
A capsula do vento, ou capsula do medo é uma droga muito violenta.
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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É assim chamada por ser, uma pequena quantidade de um pó branco embalado em
uma cápsula transparente; entretanto possui uma ação muito forte, podendo causar
efeitos alucinógenos de até 30 horas consecutivas e flashbacks constantes.
Conhecida também como DOB, nome derivado de sua possível composição; (2.5
dimetoxi-4 bromoanfetamina), além do efeito alucinógeno, muito mais acentuado que
ao do êxtase é também um potente estimulante.
De acordo com especialistas trata-se de uma droga muito perigosa, porque demora
umas 4 horas para fazer efeito, isso motiva os usuários a repetirem a dose, o que
aumenta ainda mais os riscos.
Ao ingeri-la o usuário pode ter aumento acentuado dos batimentos cardíacos e
convulsões.
Esta droga surgiu há aproximada um ano, e é consumida principalmente em festas
noturnas, onde são vendidas por até 70 reais cada uma.
CAFEÍNA
1. Histórico do uso de café e outras plantas que contém cafeína
A cafeína também chamada metil-xantina, derivada das xantinas, está presente em
plantas amplamente distribuídas nas várias regiões geográficas. Ela é encontrada nos
grãos de café, folhas de chá e de mate, nas sementes de cacau e em várias partes do
guaraná. Devido ao consumo generalizado dessa substância, conclui-se que ela é a
droga mais utilizada no mundo. Um copo de café contém aproximadamente 85mg de
cafeína.
2. O que a cafeína faz no organismo?
A cafeína possui efeitos terapêuticos importantes como dilatação dos brônquios,
estimulação do coração e aumento da excreção urinária. No cérebro, ela alivia dores
de cabeça. Ela possui também efeitos prejudiciais, provoca aumento da secreção
gástrica, agravando sintomas de gastrite e úlcera.
A droga também possui efeitos psicoestimulantes. Em doses moderadas (85 a 250mg),
os usuários relatam uma sensação de bem estar, melhora de atenção e pensamento.
Porém em doses elevadas (acima de 250mg), surgem efeitos de nervosismo,
inquietação, insônia e tremores. Doses muito altas podem produzir convulsões,
delírios e aumento da frequência cardíaca.
3. Como a cafeína é eliminada do organismo?
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A cafeína é metabolizada pelo fígado e eliminada pela urina.
4. Tolerância e dependência à cafeína
O uso crônico dessa substância (350mg ao dia) provoca dependência física e tolerância
à droga. Na retirada da droga pode aparecer uma síndrome de abstinência
caracterizada por dores de cabeça, nervosismo, irritação, ansiedade e insônia.
B - Depressoras: são drogas que diminuem a velocidade de
funcionamento do cérebro.
ÁLCOOL
1. Histórico do álcool e Tipos de Bebidas
Embora seja uma droga, frequentemente o álcool não é considerado como tal,
principalmente pela sua grande aceitação social e mesmo religiosa. Podem-se observar
nas obras gregas, mitos sobre a criação do vinho. Com destaque para as figuras de
Dioniso, Icário e o Rei Anfictião protagonizando a visão grega sobre o uso do vinho
(álcool). Nos dias de hoje, é prática em muitas famílias a "iniciação" das crianças no
consumo do álcool. A permissividade ao álcool leva à falsa crença de inocência do uso
do álcool, mas o consumo excessivo tem se tornado um dos principais problemas das
sociedades modernas.
O álcool contido nas bebidas é cientificamente conhecido como etanol, e é produzido
através de fermentação ou destilação de vegetais como a cana-de-açúcar, frutas e
grãos. O etanol é um líquido incolor. As cores das bebidas alcóolicas são obtidas de
outros componentes como o malte ou através da adição de diluentes, corantes e
outros produtos.
No Brasil, há uma grande diversidade de bebidas alcóolicas, cada tipo com quantidade
diferente de álcool em sua composição.
2. O que o álcool faz no organismo?
O álcool é absorvido principalmente no intestino delgado, e em menores quantidades
no estômago e no cólon. A concentração do álcool que chega ao sangue depende de
fatores como: quantidade de álcool consumida em um determinado tempo, massa
corporal, e metabolismo de quem bebe, quantidade de comida no estômago.
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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Quando o álcool já está no sangue, não há comida ou bebida que interfira em seus
efeitos. Num adulto, a taxa de metabolismo do álcool é de aproximadamente 8,5g de
álcool por hora, mas essa taxa varia consideravelmente entre indivíduo.
Os efeitos do álcool dependem de fatores como: a quantidade de álcool ingerido em
determinado período, uso anterior de álcool e a concentração de álcool no sangue. O
uso do álcool causa desde uma sensação de calor até o coma e a morte dependendo
da concentração que o álcool atinge no sangue. Os sintomas que se observam são:
Doses até 99mg/dl: sensação de calor/rubor facial, prejuízo de julgamento, diminuição
da inibição, coordenação reduzida e euforia;
Doses entre 100 e 199mg/dl: aumento do prejuízo do julgamento, humor instável,
diminuição da atenção, diminuição dos reflexos e incoordenação motora;
Doses entre 200 e 299mg/dl: fala arrastada, visão dupla, prejuízo de memória e da
capacidade de concentração, diminuição de resposta a estímulos, vômitos;
Doses entre 300 e 399mg/dl: anestesia, lapsos de memória, sonolência;
Doses maiores de 400mg/dl: insuficiência respiratória, coma, morte.
Um curto período (8 a 12 horas) após a ingestão de grande quantidade de álcool pode
ocorrer a "ressaca", que se caracteriza por: dor de cabeça, náusea, tremores e
vômitos. Isso ocorre tanto devido ao efeito direto do álcool ou outros componentes da
bebida. Ou pode ser resultado de uma reação de adaptação do organismo aos efeitos
do álcool.
A combinação do álcool com outras drogas (cocaína, tranquilizantes, barbituratos,
anti-histamínicos) pode levar ao aumento do efeito, e até mesmo à morte.
Os efeitos do uso prolongado do álcool são diversos. Dentre os problemas causados
diretamente pelo álcool podem-se destacar doenças do fígado, coração e do sistema
digestivo. Secundariamente ao uso crônico abusivo do álcool, observa-se: perda de
apetite, deficiências vitamínicas, impotência sexual ou irregularidades do ciclo
menstrual.
3. Tolerância e Dependência ao álcool
O uso regular do álcool torna a pessoa tolerante a muitos dos seus efeitos, sendo
necessário maior consumo para o indivíduo apresentar os mesmos efeitos iniciais.
A dependência física ocorre em consumidores de grandes doses de álcool. Como já
estão adaptados à presença do álcool, esses indivíduos podem sofrer sintomas de
abstinência quando param de beber. Os sintomas de abstinência são: nervosismo ou
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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irritação, sonolência, sudorese, diminuição do apetite, tremores, convulsões e
alucinações.
Pode-se desenvolver a dependência psicológica com um uso regular do álcool, mesmo
que em pequenas quantidades. Nesse tipo de dependência há um desejo persistente
de consumir álcool e sua falta pode desencadear quadros ansiosos ou mesmo de
pânico.
4. Álcool e Gravidez
O consumo de álcool durante a gravidez expõe a criança aos efeitos do álcool. O mais
grave desses efeitos é a Síndrome Fetal pelo Álcool, cujas características incluem:
retardo mental, deficiência de crescimento, deformidade facial e de cabeça,
anormalidades labiais e defeitos cardíacos.
5. Drunkorexia ou Anorexia Alcoólica
Drunkorexia, ou anorexia alcoólica termo criado nos EUA para definir o alcoolismo
associado a distúrbios alimentares. Este distúrbio é muito comum entre jovens e
adultos de idade entre 20 e 40 anos, que ingerem bebidas alcoólicas no lugar da
refeição.
O ato restringe a absorção de calorias necessárias ao corpo humano sob o objetivo de
manter um visual esbelto e na moda. Entre as celebridades artísticas o costume da
“Drunkorexia”, além de causas estéticas, é impulsionada por cobranças do mercado,
angústias e compulsões profissionais.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o alcoolismo atinge de 10% a 12% da
população mundial. Equilibrar o peso do corpo através da bebida é o mesmo que
realizar uma dieta forçada e depois cair no efeito sanfona (alternância periódica de
peso).
Estudos psiquiátricos revelam que o alcoolismo feminino está associado a transtornos
psicológicos relacionados à anorexia, bulimia, depressão e ansiedade. O álcool
anestesia emoções ruins como a frustração, e no caso da “Drunkorexia”, reduz o
apetite. No funcionamento orgânico beber com estômago vazio acelera os efeitos do
álcool.
Beber sem moderação pode vir a causar doenças no sistema digestivo e, em certos
casos, no sistema sanguíneo, além de outros males. Beber demais ainda causa perda
de reflexos, principalmente para o motorista em trânsito.
Sedativos e Hipnóticos não Barbitúricos (ANSIOLÍTICOS)
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Incluem-se nesse grupo agentes, que em certos casos, substituíram os barbitúricos, ou
que apesar de terem uso restrito ainda são utilizados na medicina atual. Esses
compostos foram introduzidos devido à necessidade de sedativos e hipnóticos "não
barbitúricos". No entanto, tornaram-se drogas de significante uso abusivo. As drogas
que podem ser assim classificadas são: benzodiazepínicos, paraldeídos e brometos.
Benzodiazepínicos
1. Alguns Exemplos de Benzodiazepínicos disponíveis:
Nome genérico Nome comercial
Clordiazepóxido Librium
Diazepam Valium
Clonazepam Rivotril
Lorazepam Lorax
2. O que os benzodiazepínicos fazem no organismo?
As drogas desse grupo promovem a ligação do ácido (a-aminobutírico (GABA), principal
neurotransmissor inibidor, a receptores na membrana dos neurônios). Com isso
permitem um aumento de correntes iônicas através dos canais de cloreto, inibindo a
atividade neuronal. Os benzodiazepínicos tem um efeito sedativo-hipnótico dependo
da dose utilizada. Como o aumento progressivo da dose os efeitos são: sono,
inconsciência, anestesia cirúrgica, coma e por fim a depressão fatal da regulação
respiratória e cardiovascular. O coma só ocorre em doses muito elevadas, e a
ocorrência de depressão respiratória fatal é muito difícil. Ainda em doses terapêuticas
os benzodiazepínicos têm a capacidade de dilatar os vasos coronarianos, já em doses
altas pode também bloquear a transmissão neuromuscular.
3. Efeitos indesejados dos benzodiazepínicos
Os efeitos indesejados que ocorrem mesmo com o uso de doses terapêuticas são:
graus variados de tonteira, lassitude, tempo de reação aumentado, falta de
coordenação motora, comprometimento das funções mental e motora, confusão,
amnésia anterógrada, e alterações nos padrões de sono. Outros efeitos colaterais que
podem ocorrer são: fraqueza, cefaleia, turvação visual, vertigem, náuseas e vômitos,
desconforto epigástrico e diarreia, dores articulares, torácica e incontinência urinária.
4. Tolerância e Dependência aos benzodiazepínicos
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A tolerância ocorre de modo diferente para os vários efeitos. A ação ansiolítica parece
não sofrer tolerância, mas isto ocorre rapidamente para as ações sedativas ou
hipnóticas. Essa tolerância parece ser tanto funcional como metabólica. O
desenvolvimento da dependência ocorre devido ao uso crônico de benzodiazepínicos e
sua magnitude é dependente da dose utilizada. A síndrome de abstinência caracteriza-
se por: insônia, ansiedade e alucinações.
5. Benzodiazepínicos e a Gravidez
A mulher grávida ou que planeja engravidar deve saber que os benzodiazepínicos
podem afetar o bebê. O uso desses medicamentos durante a gravidez pode fazer com
que o recém-nascido apresente sinais de abstinência. Os benzodiazepínicos também
podem ser passados através do leite materno, por isso seu uso na gravidez deve ser
cuidadoso. O uso de benzodiazepínicos só deve ser suspendido sob orientação médica.
Paraldeído
O paraldeído é um líquido incolor, com forte odor e gosto desagradável. Após a
ingestão, o paraldeído é um hipnótico eficaz e de ação rápida. Devido à sua ação
anticonvulsivante e de limitar a excitação motora, ele pode ser utilizado em convulsões
do estado epiléptico, do tétano, e na abstinência de usuários crônicos de álcool e
barbitúricos. O abuso de paraldeído é raro, devido ao seu gosto e odor. A
superdosagem caracteriza-se por: depressão grave do sistema nervoso central,
respiração rápida e difícil, acidose, gastrite hemorrágica, hepatite tóxica, nefrose e
edema pulmonar. A síndrome de abstinência lembra a do alcoolismo, incluindo
"delirium tremens" e alucinação.
Brometos
O uso de brometos como sedativo não é mais justificável, devida à existência de outras
drogas e a possível intoxicação que podem causar. Os sinais de intoxicação são:
vermelhidão na pele ("rash" cutâneo), depressão do sistema nervoso central, delírio ou
alucinações, e sinal de Babinski presente. Como a excreção do íon brometo é feita pelo
rim, alguns diuréticos e sais podem aumentar sua excreção.
Barbitúricos
Os barbitúricos (ou derivados do ácido barbitúrico) foram por muito tempo, a droga de
escolha para o tratamento da insônia. O declínio de seu uso deu-se por vários motivos
como: mortes por ingestão acidental, o uso em homicídios e suicídios, e
principalmente pelo aparecimento de novas drogas como os benzodiazepínicos. Hoje
em dia, os barbitúricos ainda são utilizados no tratamento de distúrbios convulsivos e
na indução da anestesia geral.
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Os barbitúricos são produzidos através da condensação de derivados do ácido
malônico e da ureia. Atualmente existem diversos barbitúricos disponíveis:
Nome Genérico Nome Comercial Duração da Ação
Amobarbital Amytal Ação curta a intermediária
Barbital Veronal Ação prolongada
Butabarbital Butisol Ação curta a intermediária
Fenobarbital Gardenal, Luminal Ação prolongada
Hexobarbital Evipal Ação curta a intermediária
Mefobarbital Mebaral Ação prolongada
Pentobarbital Nembutal Ação curta a intermediária
Secobarbital Seconal Ação curta a intermediária
Tiamilal Surital Ação ultra-curta
Tiopental Delvinal Ação curta a intermediária
1. O que os barbitúricos fazem no organismo?
A principal ação do barbitúrico é sobre o Sistema Nervoso Central. Eles podem causar
depressão profunda, mesmo em doses que não têm efeito sobre outros órgãos. A
depressão pode variar sendo desde um efeito sedativo, anestésico cirúrgico, ou até a
morte. Outro efeito dos barbitúricos é o de causar sono, podendo induzir apenas o
relaxamento (efeito sedativo) ou o sono (efeito hipnótico), dependendo da dose
utilizada.
2. Absorção, Metabolismo e Excreção dos barbitúricos.
O uso de barbitúricos pode ser oral, intramuscular, endovenoso, ou retal.
Independentemente da via de administração eles se distribuem uniformemente pelos
tecidos. Após a absorção, eles se ligam a proteínas do sangue e vão agir
principalmente no cérebro, devido ao seu alto fluxo sanguíneo. Os efeitos depressores
aparecem entre 30 segundos e de 15 minutos, dependendo do tipo de barbitúrico
utilizado.
Os barbitúricos são metabolizados no fígado e excretados na urina
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3. Envenenamento Barbitúrico
O envenenamento barbitúrico é um problema clínico significativo, podendo levar à
morte em alguns casos. A dose letal do barbitúrico varia de acordo com muitos fatores,
mas é provável que o envenenamento grave ocorra com a ingesta de uma só vez de
doses dez vezes maiores que a dose hipnótica total. Se o álcool ou outros agentes
depressores forem utilizados junto com o barbitúrico, as concentrações que causam
morte são mais baixas.
Em casos de envenenamento grave o paciente apresenta-se comatoso, com a
respiração lenta ou rápida e curta, a pressão sanguínea baixa, pulso fraco e rápido,
pupilas mióticas reativas à luz e volume urinário diminuído. As complicações que
podem ocorrer são: insuficiência renal e complicações pulmonares (atelectasia, edema
e broncopneumonia).
O tratamento nestes casos é de suporte.
4. Tolerância aos barbitúricos
O uso crônico de barbitúricos pode levar ao desenvolvimento da tolerância. Isso ocorre
tanto pelo aumento do metabolismo da droga, como pela adaptação do sistema
nervoso central à droga. O grau de tolerância é limitado, já que há pouca ou nenhuma
tolerância aos efeitos letais destes compostos.
Inalantes e Solventes
1. Histórico dos inalantes
Um número grande de produtos comerciais têm em sua formação várias substâncias
voláteis (evaporam-se facilmente), os chamados solventes. Como essas substâncias
têm a capacidade de evaporar facilmente, a sua inalação pode ocorrer voluntária,
principalmente entre adolescentes e crianças, ou involuntariamente, como nos casos
de trabalhadores da indústria de sapato.
2. Como os inalantes agem no organismo?
Os solventes podem ter efeitos estimulatórios, ou de depressão e até causar
alucinações. Devido a essa complexidade de efeitos, considera-se que essas
substâncias tenham efeitos em vários processos fisiológicos cerebrais
simultaneamente. Até o momento, não se conhece a interação dos solventes com
nenhum neurotransmissor conhecido. A intoxicação aguda pode ser descrita em
quatro fases:- Primeira fase: excitação, euforia, exaltação, tonturas, perturbações
visuais e auditivas. Além disso, podem ocorrer: náuseas, espirros, tosse, salivação,
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fotofobia e rubor na face. - Segunda fase: confusão, desorientação, obnubilação, perda
do autocontrole, visão embaçada, diplopia, cólicas abdominais, dor de cabeça e
palidez. - Terceira fase: redução acentuada do alerta, incoordenação motora, ataxia,
fala pastosa, reflexos deprimidos e nistagmo. - Quarta fase: depressão acentuada do
alerta, chegando até a inconsciência, sonhos bizarros e convulsões epileptiformes. A
exposição crônica aos solventes pode causar: prejuízo de memória, diminuição da
destreza manual, alteração no tempo de reação aos estímulos, cansaço, dor de cabeça,
confusão mental, incoordenação motora e fraqueza muscular. Essa fraqueza pode ser
causada por lesão em nervos motores, em casos graves, pode resultar em paralisia.
3. Metabolismo e Eliminação dos inalantes
A eliminação ocorre em parte através da respiração, mas a maior parte é metabolizada
rapidamente pelo fígado. Os seus metabólitos, como a hexanodiona (substância tóxica
para os nervos periféricos), são eliminados na urina.
Lança-perfume: a droga dos carnavais.
O lança-perfume é um solvente à base de cloreto de etila, éter, clorofórmio e essência
perfumada, fabricado na Argentina. É armazenado em tubos de alta pressão,
permitindo com que seja facilmente evaporado e inalado de forma eficaz.
Essa substância é absorvida pela mucosa pulmonar, sendo seus componentes levados,
via corrente sanguínea, aos rins, fígado e sistema nervoso. Liberando adrenalina no
organismo, acelera a frequência cardíaca, proporcionando sensação de euforia e
desinibição ao mesmo tempo em que confere perturbações auditivas e visuais, perda
de autocontrole e visão confusa.
Como seus efeitos são rápidos, os usuários tendem a inalá-lo diversas vezes,
potencializando a ação de seus compostos sobre o organismo. Assim, seu uso pode
desencadear em quadros mais sérios, como falta de ar, desmaios, alucinações,
convulsões, paradas cardíacas e morte. Além disso, por alterar a consciência do
indivíduo, permite com que este esteja mais vulnerável a acidentes.
Seu uso no Brasil se deu no início da década de vinte, no carnaval do Rio de Janeiro, no
qual era borrifado nos foliões, perfumando-os e fornecendo sensações agradáveis.
Aparentemente uma diversão inofensiva, seus efeitos adversos e consequências mais
sérias fizeram com que, mais tarde, o presidente Jânio Quadros decretasse a proibição
de seu uso em nosso país. Entretanto, o lança-perfume continuou sendo utilizado nos
anos e décadas seguintes, de forma relativamente acessível, já que é contrabandeado
do Paraguai e Argentina: locais estes onde sua fabricação não é proibida.
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Cheirinho da Loló
O que é o cheirinho da loló?
O cheirinho da loló é também conhecido como loló ou apenas cheirinho.
É um preparado clandestino (fabricado ilegalmente), à base de éter mais clorofórmio e
usado apenas para fins de abuso. Sabe-se que esses "fabricantes" quando não
encontram uma daquelas substâncias eles a substituem por qualquer outro solvente;
portanto há muita confusão quanto à composição do cheirinho da loló o que complica
quando se tem um caso de intoxicação aguda por esta mistura.
B 25
B-25, é uma cola feita para superfícies acrílicas e plásticos que vem sendo usada como
droga e tomando o lugar do lança-perfume nas baladas.
Despejada em potinhos pequenos, a cola é escondida dentro da calça, ou da meia. As
meninas costumam entregar o B-25 para os meninos esconderem. "Meus colegas
despejam em latas de refrigerante", conta Thais, 20 anos, de São Paulo. "No meu
colégio, toda a galera usa nas baladas", me disse Leo, 18 anos, que estava com a cola
no Skol Beats, evento de música eletrônica que aconteceu em São Paulo, em abril.
O B-25 tem praticamente o mesmo efeito do lança-perfume, com a vantagem de não
ser considerada droga psicotrópica, ou seja, o usuário não pode ser punido. Mais
barato e acessível do que o lança, a cola é encontrada em lojas de material de
construção. (Com restrição).
Cola de Sapateiro
A cola de sapateiro é uma droga pertencente ao grupo dos inalantes, uma vez que é
utilizada dessa forma, com absorção pulmonar. Segundo pesquisa feita pelo Centro
Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, é a quarta droga mais
consumida em nosso país, depois do tabaco, álcool e maconha.
Composta por diversas substâncias, como o tolueno e n-hexana, proporciona
sensações de excitação, além de alucinações auditivas e visuais que, em contrapartida,
são acompanhadas de tontura, náuseas, espirros, tosse, salivação e fotofobia. Tais
efeitos são bastante rápidos, levando o indivíduo a inalar novamente.
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Seu uso constante desencadeia em desorientação, falta de memória, confusão mental,
alucinação, perda de autocontrole, visão dupla, palidez, movimento involuntário do
globo ocular, irritação das mucosas, paralisia, lesões cardíacas, pulmonares e
hepáticas, dentre outros; podendo desencadear em convulsões, inconsciência, e até
mesmo morte súbita. Isso acontece porque tais substâncias provocam a destruição de
neurônios e nervos periféricos, além de ser consideravelmente irritantes.
GHB OU ECSTASY LIQUIDO
O GHB ou ácido gama hidroxibutirato é a mais nova substância usada em festas
noturnas, chamadas festas "rave" (rave=delírio, entusiasmo). Conhecido como "líquido
X" ou "êxtase líquido", a droga é facilmente adquirida durante estas festas ou até
mesmo pela internet. A droga já foi usada como anestésico e por fisiculturistas, como
alternativa em substituição ao uso de esteroides e atualmente sua utilização passou a
ser recreacional. Uma das grandes preocupações da sociedade sobre o consumo é o
fato do GHB estar relacionado com atos de violência sexual.
O ácido gama hidroxibutirato e seus produtos de biotransformação, gama
butirolactona (GBL) e 1,4 butanodiol (1,4 BD), causam depressão do sistema nervoso
central. Doses subanestésicas elevam o nível de dopamina central, provocando um
estado de alerta e felicidade e sendo erroneamente comparado ao êxtase (MDMA).
Elevadas doses provocam efeito depressor central. O GHB é uma droga altamente
potente, mesmo em pequenas doses pode causar intoxicações intensas. Um dos
problemas do uso do GHB está na pequena diferença entre as doses que podem
provocar o efeito desejado ou as que causam intoxicações agudas ("overdoses").
A droga é comercializada no estado liquido, incolor, inodora e de sabor levemente
salgado, é usualmente consumida juntamente com bebidas alcoólicas, o que torna o
uso extremamente perigoso, pois o etanol potencializa os efeitos depressores do GHB.
O início do efeito acontece de 10 a 30 minutos e pode durar de 2 a 5 horas. Como
qualquer anestésico, a segurança da droga está diretamente relacionada a cálculos
exatos de peso, metabolismo, pressão sanguínea e sensibilidade dados que variam de
pessoa para pessoa.
Os sintomas mais frequentes após a ingestão são: euforia, sedação, diminuição da
inibição, vertigens, perda de visão periférica, agitação, inconsciência. Podendo chegar
a perda temporária de memória e amnésia.
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Os efeitos de doses elevadas são caracterizados por: náusea, vômito, incontinência,
distúrbios visuais, ataxia severa, bradicardia, hipotensão, hipotermia, depressão
respiratória, delírio, baixo nível de consciência e inconsciência.
Nos Estados Unidos e Europa a droga já está bastante difundida, mas a dificuldade de
diagnóstico ainda é grande. Relatos sobre o assunto confirmam que muitas pessoas
veem a óbito antes de chegar ao socorro médico ou chegam inconscientes, além da
grande variedade de sintomas e efeitos tóxicos.
Por isso, é de grande importância entre os profissionais de saúde a discussão sobre o
GHB, devido à carência de documentação científica e o crescente uso recreacional,
além da preocupação da sociedade devido ao destaque dado pela mídia nos últimos
meses.
PCP OU FENCICLIDINA
O PCP ou Fenciclidina tem nomes de rua como angel dust, pó de anjo, krystal ou peace
pill. Tem uma ação alucinógena e apresenta-se sob a forma de pó branco cristalino
com sabor amargo, cápsulas ou líquido amarelado. Pode ser fumado, inalado, ingerido
ou injetado.
Provoca anestesia dissociativa, isto é, deprime os centros nervosos responsáveis pela
dor e impede que a percepção corporal chegue às funções cerebrais. É um anestésico
geral, no entanto, o seu uso terapêutico foi abandonado.
Efeitos
Os seus efeitos duram entre 2 e 48 horas e pode traduzir-se por dissociação psicofísica,
distorção das mensagens sensoriais, desinibição, sensação de flutuar no espaço,
desaparecimento de dores, alucinações, agitação, euforia, sensação de força, poder e
invulnerabilidade. A nível físico, pode ocorrer descoordenação muscular, taquicardia,
depressão cardiovascular e respiratória.
Doses elevadas podem provocar náuseas, vómito, visão turva, movimentos oculares
involuntários, perda de equilíbrio, convulsões, perda de peso, alterações neurológicas
e cardiovasculares perigosas, coma, depressão cardiovascular e respiratória ou morte.
Riscos
O Consumo prolongado poderá originar depressão crónica, estupor, psicose,
dificuldades de linguagem, lapsos de memória ou desordens psicomotoras.
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Ganhou a reputação de droga perigosa devido aos episódios de comportamentos
violentos e agressivos associados ao consumo. Quando os sujeitos estão sob o efeito
da fenciclidina sentem-se mais fortes e têm alguns limites a nível de contenção.
Tolerância e Dependência
Provoca tolerância e dependência psicológica; não existem registos de dependência
física.
KETAMINA OU SPECIAL K
Hidroclorido de ketamida, um depressor do sistema nervoso central e anestésico geral
de ação rápida. Possui propriedades sedativas, hipnóticas, analgésicas e alucinógenas.
É comercializado como anestésico para uso tanto em humanos quanto em animais.
É encontrado na forma líquida injetável, é convertido em pó (Similar à cocaína) e
comercializado em papelotes. A ketamida é, em geral, aspirada, mas também costuma
ser misturada com tabaco ou com maconha e fumada.
Efeitos
Alucinações profundas e duradoura, com distorções visuais e perda das noções de
tempo e espaço. Outros efeitos relatados são delírios, perda do controle motor,
distúrbios respiratórios potencialmente letais, convulsões, vômitos quando misturado
com álcool e sensação de sair do corpo.
Em pequenas doses, pode elevar a pressão cardíaca e, em doses elevadas ou
contínuas, provoca perda de consciência e parada respiratória. O uso frequente
também pode induzir neuroses e distúrbios mentais graves. A substância cria elevado
grau de dependência.
MEFEDRONA
Defensivo agrícola ou Repelente de Insetos
O uso da mefedrona, uma droga sintética muitas vezes utilizada como uma alternativa
legal para as anfetaminas ou a cocaína, está se espalhando em diferentes partes do
mundo, principalmente na Europa, na América do Norte e na Austrália. A mefedrona,
também conhecida como "drona", "miau-miau" ou "m-gato", não está sob controle
internacional, e a dimensão e seus padrões de uso ainda não são claros e,
provavelmente, estejam sendo subestimados.
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"Até agora, pouco se sabe sobre essa droga que está sendo vendida no mercado
ilícito", disse Beate Hammond, gerente do Programa sobre Drogas Sintéticas do
UNODC. "Mesmo em pequenas quantidades, essa droga pode representar um perigo
para a saúde, inclusive, já houve relatos de mortes relacionadas à mefedrona".
Normalmente vendida como um pó branco, os efeitos da mefedrona incluem o
aumento da euforia, do estado de alerta e da inquietação. A mefedrona é
frequentemente vendida pela internet, supostamente para outros fins. A mefedrona
vem sendo apontada como um dos compostos sintéticos, como a "naphyrone", uma
droga que vem sendo vendida ilegalmente na Europa, como sendo fabricada para
produzir efeitos semelhantes aos de substâncias controladas internacionalmente,
como a cocaína. No entanto, devido às diferenças químicas, frequentemente não há
restrições legais nos países em relação à sua fabricação e distribuição.
Como mefedrona é relativamente nova no mercado, há pouca pesquisa sobre seus
efeitos, sua farmacologia e sua toxicidade.
Opiáceos
1. Introdução e Histórico aos opiáceos
Os opióides incluem tanto drogas opiáceas naturais, quanto as drogas sintéticas
relacionadas, como a meperidina e a metadona. Os opiáceos são substâncias derivadas
da papoula. A codeína e a morfina são derivadas do ópio, e a partir destas produz-se a
heroína.
O uso de opiáceos remonta há séculos atrás. No século XVI, o ópio era utilizado como
remédio para os "nervos", contra tosse e diarreia. No fim de século XIX, a heroína foi
utilizada como um remédio para a dependência causada pela morfina, no entanto seu
uso mostrou-se inadequado. Apesar de ter reconhecidamente um maior efeito contra
a dor e contra a tosse, tem também maior probabilidade de causar dependência.
As drogas sintéticas relacionadas aos opiáceos foram criadas para tratar da dor sem
causar dependência. Apesar de sua eficiência como analgésicos, essas drogas também
podem causar dependência.
2. O que os opiáceos fazem no organismo?
Logo após a injeção de opióides, o usuário experimenta um "rush", uma "onda de
prazer". Isso ocorre devido à rápida estimulação de centros cerebrais superiores, que
pode ser seguido de depressão do sistema nervoso central. A dose necessária para
causar esses efeitos pode também causar agitação, náuseas e vômitos. Com o
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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aumento da dose, há a sensação de calor no corpo, boca seca, mãos e pés pesados, e
um estado em que o "mundo é esquecido".
Esses efeitos ocorrem devido à ação de opióides "exógenos" como a morfina, e
opióides "endógenos" como as beta-endorfinas em receptores opióides do tipo mu. Ao
se ligarem a esse receptor, essas substâncias causam analgesia, somente com o uso
sistemático é que pode ocorrer a depressão do sistema nervoso central.
Os efeitos fora do sistema nervoso central são muitos: contração da pupila, depressão
respiratória, respiração irregular, obstipação, retenção de urina e diminuição do
volume urinário. Todos esses efeitos ocorrem devido à ação da droga nos centros
nervosos do tronco cerebral, ponte e bulbo, e na musculatura lisa do intestino e do
trato genitourinário. A depressão respiratória pode ser bastante grave, podendo levar
à morte.
3. Como os opiáceos são eliminados do organismo?
Os opiáceos são absorvidos pelo trato gastrointestinal, mas sofrem o "efeito da
primeira passagem" (são metabolizados no próprio intestino e no fígado). Devido a seu
caráter básico e a limitada ionização ao pH fisiológico, a droga atinge rapidamente o
interior das células. Como essas substâncias não têm afinidade especial pelo sistema
nervoso central, elas se espalham por todo o organismo, causando diversos efeitos.
O metabolismo final ocorre no fígado, onde a morfina é transformada em mono e
diglucuronídeos e eliminada na urina.
4. Tolerância e Dependência aos opiáceos
Com o uso regular, há necessidade de maior quantidade de droga para obter-se o
mesmo efeito anterior (tolerância). O desenvolvimento de dependência pode
rapidamente. A dependência psicológica ocorre quando a droga ocupa um papel
central na vida do usuário. Nestes casos, a cessação do uso leva os usuários a uma
forte e incontrolável vontade de utilizar a droga.
A dependência física faz com que os usuários tenham sintomas de abstinência quando
o uso é diminuído ou interrompido de maneira abrupta. Estes sintomas podem
aparecer poucas horas após a última administração. Os sintomas mais comuns são:
agitação, diarreia, cólica abdominal e uma vontade intensa de consumir a droga
("fissura" ou "craving"). Estes sintomas são mais intensos entre 48 e 72 horas após o
último uso, e cessam após uma semana.
Em usuários pesados, que não apresentam boa saúde, a abstinência repentina pode
levar à morte.
5. Opióides e a Gravidez
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Mulheres grávidas dependentes de opióides podem ter dificuldades durante a gravidez
e o parto. As ocorrências mais comuns são: anemia, doenças cardíacas, diabetes,
pneumonia e hepatite. Há também uma maior incidência de abortos espontâneos e
nascimentos prematuros.
Os recém-nascidos de mães dependentes de opióides geralmente são menores e
mostram sinais de infecção aguda. Os opióides têm capacidade de ultrapassar a
barreira placentária e a barreira hematoencefálica imatura do feto, causando
depressão respiratória de maneira mais intensa que no adulto. A maioria dos recém-
nascidos apresentam variados graus de sintomas de abstinência. A mortalidade entre
estas crianças é maior que a normal.
CODEÍNA
Codeína é uma substância extraída do ópio, produto natural da papoula (Papaver
Somniferum). Dessa mesma planta, é extraída a morfina, que pode ser transformada
em heroína por meio de uma pequena transformação química. Tecnicamente, diz-se
que a codeína é um alcaloide (por ser extraído da planta), opiáceo (derivado do ópio).
A codeína pode ser natural (extraída diretamente da papoula), ou produzida
sinteticamente, a partir da morfina. As substâncias derivadas do ópio são depressoras
do sistema nervoso central.
A codeína geralmente é encontrada em vários medicamentos de combate a tosse,
sobretudo em xaropes. A ação da codeína como antitussígeno ocorre por sua
capacidade de inibir ou bloquear a área do cérebro conhecida como Centro da Tosse.
No entanto, seu efeito antitussígeno pode mascarar doenças que tem como sintoma a
tosse, daí a importância do diagnóstico ser anterior a prescrição dessa substância.
Efeitos no organismo
Além disso, o uso da codeína tem todos os efeitos comuns aos opiáceos (morfina), só
que em menor intensidade: é analgésico, induz o sono, lentidão, diminui os
batimentos cardíacos, a pressão sanguínea e a respiração. Os efeitos colaterais do uso
da codeína são má digestão (sensação), prisão de ventre e dilatação das pupilas.
No Brasil, os medicamentos à base de codeína só podem ser vendidos com a
apresentação da receita médica, que fica retida na farmácia. Isso porque o organismo
rapidamente desenvolve tolerância à codeína, o que acaba por levar o usuário de
xarope, por exemplo, a aumentar cada vez mais a dose, buscando sentir os mesmo
efeitos, tornando-se dependente da substância. Nesse estágio, na ausência da codeína
o usuário pode sentir câimbras, cólicas, calafrios, insônia, inquietação e irritabilidade,
sintomas da síndrome de abstinência. Outro perigo na administração da codeína como
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medicamento, sobretudo como antitussígeno para crianças, é a utilização em doses
maiores que a recomendada. Os sintomas de superdosagem de codeína são: apatia,
batimentos cardíacos lentos, pressão sanguínea baixa, respiração fraca, pele fria e
meio azulada, ausência de choro e dificuldade para mamar. Caracterizada como
intoxicação, se não tratada à criança pode ficar inconsciente, entrar em estado de
coma e morrer.
MORFINA
A morfina é a mais conhecida das várias substâncias existentes no pó de ópio. A
palavra morfina vem do deus da mitologia grega Morfeu, deus dos sonhos. Foi isolada
em 1806, sendo uma das mais potentes drogas analgésicas. Após a constatação das
desastrosas consequências do seu largo emprego, a morfina foi relegada a um plano
secundário em medicina. Os mecanismos de fiscalização sobre a sua produção e
comercialização são severos. Só está disponível em soluções injetáveis e comprimidos
e seu uso é restrito a algumas situações médicas onde se impõe o uso de um
analgésico potente (como cânceres, queimaduras extensas, grandes traumatismos). O
mercado clandestino é restrito, quase insignificante.
Efeitos
Os efeitos agudos (ou seja, quando ocorrem apenas algumas horas após o uso) da
morfina são semelhantes aos do ópio, mas mais potentes. Tolerância e dependência
também se instalam rapidamente. O dependente de morfina vive em um estado de
torpor e insensibilidade.
Injetada, provoca torpor e uma sensação de euforia. Sua overdose leva à morte por
parada respiratória.
A síndrome de abstinência é muito grave, acompanhada de intensa angústia,
tremores, diarreia, suores e câimbras. A hospitalização é sempre uma imposição nos
tratamentos de desintoxicação. A droga nunca é retirada bruscamente, havendo
necessidade de se estabelecer um programa de retirada progressiva da droga ou sua
substituição por derivados sintéticos mais seguros.
HEROÍNA
A heroína é uma droga derivada da papoula, sintetizada a partir da morfina: substância
bastante utilizada no século XIX pelas suas propriedades analgésicas e antidiarreicas.
Como outras drogas originárias desta planta, a heroína atua sobre receptores cerebrais
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específicos, provocando um funcionamento mais brando do sistema nervoso e
respiratório.
Descoberta sua potencialidade em causar dependência química e psíquica de forma
bastante rápida, sua comercialização foi proibida na década de vinte. Entretanto,
principalmente no sudeste asiático e Europa, essa substância é produzida e distribuída
para todo o mundo clandestinamente.
Apresentando-se em sua forma pura como um pó branco de coloração esbranquiçada,
é utilizada mais frequentemente de forma injetável, após aquecimento. Além disso,
alguns usuários a inalam ou aspiram.
Seus efeitos duram aproximadamente cinco horas, proporcionando sensações de bem-
estar, euforia e prazer; elevação da autoestima e diminuição do desânimo, dor e
ansiedade. Como esta droga desenvolve dependência e tolerância de forma bastante
rápida, o usuário passa a consumi-la com mais frequência com o intuito de buscar o
mesmo bem-estar provocado anteriormente, e também de fugir das sensações
provocadas pela abstinência. Essa, que surge aproximadamente vinte e quatro horas
após seu uso, pode provocar diarreia, náuseas, vômitos, dores musculares, pânico,
insônia, inquietação e taquicardia.
Assim, formas de obtê-la passam a ser o foco de suas vidas, gerando consequências
sérias. Constantes vômitos, diarreias e fortes dores abdominais, perda de peso,
depressão, abortos espontâneos, surdez, delírio, descompassos cardíacos,
incapacidade de concentração, depressão do ciclo respiratório, colapso dos vasos
sanguíneos; além de problemas relacionados às interações sociais e familiares são
algumas consequências que o usuário está sujeito, em médio prazo. Além disso, no
caso de pessoas que a utilizam na forma injetável, há chances de ocorrer necrose de
tecidos e de se adquirir diversas doenças, como AIDS, hepatites e pneumonias, em
decorrência da utilização de seringas compartilhadas.
A maioria dos casos de morte por overdose é consequência de paradas respiratórias
decorrentes de seu uso prolongado, ou de uso concomitante com outras drogas.
C - Perturbadores: são drogas que alteram o funcionamento do cérebro.
LSD-25
1. Histórico e origem do LSD-25
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O LSD-25, ou seja, a dietilamida do ácido lisérgico é uma substância sintética,
produzida em laboratório. Ela foi descoberta acidentalmente pelo cientista suíço
Hoffman, que ingeriu uma pequena quantidade da droga. A partir disso, iniciaram-se
experiências terapêuticas com o LSD-25. Ela foi utilizada para o tratamento de doenças
mentais, mas hoje em dia sabe-se que ela não tem utilidade médica. Ela é talvez a
substância mais ativa que age no cérebro. Pequenas doses já produzem grandes
alterações.
2. O que o LSD-25 faz no organismo?
O LSD-25 é uma droga perturbadora do sistema nervoso, ou seja, ela provoca
alterações no funcionamento do cérebro, causando fenômenos psíquicos como
alucinações, delírios e ilusões. Essa substância contém em sua estrutura o núcleo indol,
que também está presente em um neurotransmissor do cérebro, a serotonina. Por
esta característica, essa droga interfere no mecanismo de ação da serotonina. O LSD-
25 é um alucinógeno primário, porque seus efeitos ocorrem principalmente no
cérebro.
Os efeitos dessa droga dependem da sensibilidade da pessoa, do ambiente, da dose e
da expectativa diante do uso da droga. Os efeitos físicos observados são: dilatação das
pupilas, sudorese, aumento da frequência cardíaca, aumento de temperatura. Às vezes
podem ocorrer náuseas e vômitos.
As alterações psíquicas são muito mais importantes. As sensações podem ser
agradáveis como a observação de cores brilhantes e a audição de sons incomuns.
Podem ocorrer também ilusões e alucinações. Em outros casos as alterações são
desagradáveis. Algumas pessoas observam visões terríveis e sensações de
deformidade externa do próprio corpo. Já foi descrito o efeito de flashback, isto é,
semanas ou meses após o uso da droga os sintomas mentais podem voltar, mesmo
que a pessoa não tenha mais consumido a droga.
3. Como o LSD-25 é eliminado do organismo?
A metabolização ocorre no fígado e a eliminação é feita pelas fezes e pela urina.
4. Tolerância e dependência ao LSD-25
Os alucinógenos indólicos produzem pouco fenômeno de tolerância e não induzem
dependência física.
Maconha
1. Histórico e origem da maconha
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A palavra maconha provém de cânhamo (Cannabis sativa), que é um arbusto de cerca
de dois metros de altura, que cresce em zonas tropicais e temperadas. O princípio
ativo da planta é o THC (tetra hidro canabinol), sendo ele o responsável pelos efeitos
que a droga causa no organismo. A folha da maconha é conhecida por vários nomes:
marijuana ou marijuana, diamba ou liamba e bangue. O haxixe é uma preparação
obtida por grande pressão que se torna uma pasta semi-sólida, que pode ser moldada
sob a forma de bolotas e que tem grande concentração de THC.
A maconha é conhecida do homem há milênios. O uso dessa droga passou por várias
etapas ao longo dos séculos. Como medicamento ela foi usada há quase 5000 anos na
China. No II milênio da era cristã ela chegou ao mundo ocidental. A primeira referência
de maconha no Brasil é do século XVI. Nos Estados Unidos ela era muito utilizada como
hipnótico, anestésico e espasmolítico. Porém o seu uso terapêutico declinou no final
do século passado. A razão para o desuso médico da droga foi a descoberta que a
droga se deteriorizava muito rapidamente com o tempo, e consequentemente ocorria
a perda do seu efeito clínico. Uma outra causa foi o relacionamento do seu uso não-
médico (abuso) da maconha à distúrbios psíquicos, ao crime e à marginalização.
Nos meados da década de sessenta houve um aumento do uso da maconha nos
Estados Unidos, principalmente entre os jovens. Esse uso se difundiu para a Europa e
países em desenvolvimento. No Brasil, o consumo é feito geralmente por jovens da
classe média das grandes cidades e também por estudantes do primeiro grau. A
legislação brasileira considera o uso e o tráfico da droga um crime.
2. O que a maconha faz no organismo?
A maconha é uma droga perturbadora do sistema nervoso, ou seja, ela altera o
funcionamento normal do cérebro, provocando fenômenos psíquicos do tipo delírios e
alucinações.
Os efeitos da droga dependem da quantidade absorvida, do tipo de preparação, da via
de administração, da sensibilidade da pessoa e do seu estado de espírito no momento
do uso.
Os efeitos físicos agudos não são muito importantes. Podem ocorrer: boca seca,
dilatação dos vasos da conjuntiva e aumento da frequência cardíaca. A diminuição do
hormônio sexual masculino e consequentemente infertilidade pode ser um dos efeitos
crônicos do uso da maconha. Não existem comprovações, mas possivelmente a
maconha pode provocar também câncer de pulmão, pois contém níveis de
benzopirenos semelhantes ao do tabaco. O uso prolongado provoca redução das
defesas imunológicas do organismo.
Os efeitos psíquicos agudos dependem muito do estado de espírito do usuário e das
expectativas do seu uso. Em algumas pessoas pode provocar euforia e hilaridade, em
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outras causa sonolência ou diminuição da tensão. Podem surgir também os efeitos de
ilusões, delírios e alucinações. Ocorre também uma perda da noção de tempo e espaço
e diminuição da memória. Quanto aos efeitos psíquicos crônicos não existem certezas
somente suposições. Possivelmente, ocorra a chamada Síndrome amotivacional, em
que as pessoas perdem o interesse pelos objetivos comuns, em prol do uso da droga
do seu uso.
3. Como a maconha é eliminada do organismo?
O THC não é solúvel em água e é por isso que ele não pode ser injetado. A via de
introdução são os pulmões. Essa substância é inativada pelo fígado e eliminada pelas
fezes e pela urina.
4. Tolerância e dependência à maconha
O uso prolongado pode levar ao efeito de tolerância. A droga também provoca o efeito
de dependência, mas não existe uma Síndrome de abstinência característica com a
cessação.
5. Efeitos terapêuticos dos derivados da maconha
Alguns derivados da maconha possuem efeitos terapêuticos. Tais aplicações incluem
efeitos contra vômitos e náuseas causados pela quimioterapia no tratamento de
câncer e ação analgésica e anticonvulsivante.
HAXIXE
Extraída da mesma planta donde se extrai a maconha. Mais precisamente, é uma
espécie de resina retirada das folhas da Cannabis sativa e assim sendo, possui uma
concentração maior de THC, a substância psicoativa da droga. Ilícita e alucinógena.
A resina é prensada em pedaços, em pelotas ou tabletes.
Efeitos
Observam-se praticamente os mesmos efeitos presenciados quando do consumo de
maconha porém, devido à maior concentração do THC, os efeitos são mais intensos.
Excitação seguida de relaxamento, euforia, falar em demasia, fome intensa, olhos
avermelhados, palidez, taquicardia, pupilas dilatadas e boca seca.
Problemas com o tempo e o espaço, prejuízo da atenção e da memória para fatos
recentes, alucinações, diminuição dos reflexos, aumento do risco de acidentes,
ansiedade intensa, pânico, paranoia, desânimo generalizado.
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SKANK
Skank (também conhecida como supermaconha e skunk) é uma droga mais potente
que a maconha, ambas são retiradas da espécie Cannabis sativa e, por esse motivo,
possuem em suas composições o mesmo princípio ativo - THC (Tetra-hidro-canabinol).
O que torna o Skank uma forma mais concentrada de entorpecente?
A diferença é proveniente do cultivo da planta em laboratório. O preparo da Cannabis
sativa para obtenção do Skank é feito em estufas com tecnologia hidropônica
(plantação em água).
Segundo estudos, no Skank há um índice de THC sete vezes maior que na maconha. A
porcentagem chega até 17,5%, sendo que na maconha é de 2,5%. Sendo assim, a
quantidade necessária para entorpecer o indivíduo é bem menor.
Ações no organismo: A droga começa a ser absorvida pelo fígado até que o composto
THC alcance o cérebro e o aparelho reprodutor.
Efeitos colaterais: como já foi dito, a espécie Skank é mais entorpecente que a
maconha, seu uso leva a alterações da serotonina e da dopamina no organismo, e
fazem o indivíduo ter dificuldades de concentração por provocar danos aos neurônios.
Provoca também lapsos de memória e afeta a coordenação motora.
Em geral, os efeitos da droga Skank são semelhantes aos da maconha: excitação,
aumento de apetite por doces, olhos vermelhos, pupilas dilatadas, alucinações e
distúrbios na percepção de tempo e espaço.
Ayahuasca (Chá do Santo Daime)
As origens do uso da Ayahuasca na bacia Amazônica remontam à Pré-história. Não é
possível afirmar quando tal prática teve origem, no entanto, há evidências
arqueológicas através de potes, desenhos que levam a crer que o uso de plantas
alucinógenas ocorra desde 2.000 a.C.
É uma droga lícita, porém a legalização protege o uso da droga para fins religiosos.
Produz efeitos alucinógenos devido à presença da Dimetiltriptamina na planta
Banisteriopsis caapi.
É uma bebida, um chá, preparada por meio da mistura da Banisteriopsis caapi
(também denominada Ayahuasca) e da Psichotria viridis ou de plantas similares.
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É conhecida também em diferentes culturas por: yajé, caapi, natema, pindé, kahi, mihi,
dápa, bejuco de oro, vine of gold, vine of the spirits, vine of the soul, hoasca, chá do
Santo Daime ou vegetal.
Efeitos
Alterações no processo de pensamento, concentração, atenção, memória e
julgamento. Alteração na percepção da passagem do tempo, medo de perda do
controle e do contato com a realidade, alterações na expressão emocional variando do
êxtase ao desespero, mudanças da percepção corporal, alterações perceptuais
atingindo vários sentidos, onde alucinações e sinestesias são mais comuns, mudanças
no significado de experiências anteriores, sensação de inefabilidade, sentimentos de
rejuvenescimento, hiper sugestionabilidade, sensação da alma estar se desprendendo
do próprio corpo, sensação de contato com locais e seres sobrenaturais.
Náuseas, diarreia, vômitos, aumentos da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e
incoordenação motora. Após o uso de grandes quantidades há relatos de que os
usuários tornam-se frenéticos e agitados por alguns minutos. Podem aparecer também
prostração e sonolência. Há ainda referências à audição de zumbidos, formigamento
das extremidades sudorese e tremores. Pode apresentar ainda a síndrome
serotoninérgica, quadro que pode ser fatal.
Cogumelos
Organismos que por suas características se enquadram no reino vegetal, embora
incapazes de sintetizar clorofila, os cogumelos apresentam espécies comestíveis e
outras altamente tóxicas, das quais se extraem venenos e substâncias alucinógenas.
Cogumelo é um fungo pertencente à classe dos basidiomicetos e dos ascomicetos,
distribuído por numerosas famílias e centenas de gêneros. Compõem-se,
morfologicamente, de um receptáculo ou chapéu, em cuja face inferior se encontram
finíssimas lamelas, e um pedúnculo. Podem ser microscópicos, como os Aspergillus,
Phitophthora e Plasmopora, ou visíveis a olho nu. Dentre as espécies macroscópicas, o
chapéu-de-sol-do-diabo (Agaricus campestris) apresenta pedúnculo com
aproximadamente seis centímetros e cresce em lugares úmidos e em madeira podre. É
a espécie mais comum na Europa e muito encontrada no Brasil, onde também é
frequente a orelha-de-pau ou urupê (Polyporus sanguineus).
Efeitos
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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Provocam alucinações variadas. Ás vezes, o usuário tem reações psíquicas agradáveis.
Em outros casos, o cogumelo provoca fenômenos mentais desagradáveis, como
sensações de deformação no próprio corpo. Também ocorrem enjoos, diarreias e
vômitos. Pode causar intoxicação de consequências fatais, decorrentes de insuficiência
renal e hepática.
Cacto Peyote
Utilizado desde remotos tempos na América Central, em rituais religiosos indígenas,
sendo originário desta mesma região. Este cacto mexicano (Lopophora Williansi), que
não existe no Brasil, produz a substância alucinógena "MESCALINA". PEYOTE é seu
nome popular, de origem asteca, que significa "planta divina".
Carlos Castanheda, em seu livro "A Erva do Diabo", fala de uma experiência com o
mescalito: "Abriu a tampa e entregou-me o vidro: dentro havia sete artigos de
aparência estranha. Eram de tamanhos e consistência variados. Ao tato, pareciam a
polpa de nozes ou superfície de cortiça. Sua cor acastanhada os fazia parecer cascas de
nozes duras e secas."
Era e ainda é empregado e venerado como amuleto, panaceia (remédio para todos os
males) ou alucinógeno, nas regiões montanhosas do México, bem antes da chegada
dos conquistadores espanhóis. Por certos índios, era utilizado como remédio ou para
visões que permitissem profecias. Ingerido em grupo pode servir como indutor de
estados de transe durante certas atividades rituais. Os astecas o mascavam durante
festividades comunitário - religiosas.
O mescalito é considerado como protetor espiritual, pois acredita-se que ele aconselha
e responde a todas as perguntas que você fizer
Efeitos
Dilatação das pupilas, suor excessivo, taquicardia, náuseas, vômitos, alucinações e
delírios. Essas reações psíquicas são variáveis; às vezes são agradáveis (boa viagem) ou
não (má viagem), onde podem ocorrer visões terrificantes, como sensações de
deformação do próprio corpo. Não há desenvolvimento de tolerância; também não
induz à dependência e não ocorre síndrome de abstinência com o cessar do uso.
Outras Drogas Perturbadoras
Mescalina
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A mescalina é um alucinógeno sintetizado a partir de um cactos, Peyote, natural do
México. O cacto era usado há séculos em cerimônias religiosas. Ele ganhou maior
importância há alguns anos atrás. Ela tem estrutura semelhante aos
neurotransmissores do cérebro, a dopamina e a noradrenalina. Portanto ela age
nessas substâncias para produzir os efeitos de alucinações. A mescalina é quase
inexistente no Brasil.
Anticolinérgicos
1. Introdução aos anticolinérgicos
Plantas do gênero Datura (cartucho, trombeta, saia-branca, zabumba), utilizadas como
arbustos ornamentais, produzem substâncias anticolinérgicas, como a atropina e a
escopolamina. Essas plantas podem ser encontradas em diversas regiões do Brasil,
principalmente a Datura suaveolens e a Datura stramonium. A descrição mais antiga
de uma intoxicação causada pelo seu uso no Brasil, data do ano de 1866, na Bahia.
A triexafenidila é uma substância sintética, que também tem efeito anticolinérgico. É
usada para o tratamento do mal de Parkinson, mas a ingestão de grandes quantidades
leva a fortes efeitos no sistema nervoso central e em outros órgãos do corpo.
2. O que os anticolinérgicos fazem no organismo?
Essas substâncias têm a capacidade de bloquear (antagonismo competitivo) os
receptores onde o neurotransmissor, acetilcolina, age. Os anticolinesterásicos, como a
atropina e a escopolamina, agem mais especificamente em receptores chamados
muscarínicos. Os seus efeitos, como a pupila dilatada, ocorrem devido ao bloqueio
desse tipo de receptor.
Nos olhos, as pupilas ficam bastante dilatadas (midríase), o que causa embaçamento e
"falta de foco" da visão. O coração bate mais rapidamente, a pele fica seca e
avermelhada. Há também retenção urinária, aumento de temperatura, podendo
ocorrer ataques convulsivos. Em alguns casos, a intoxicação pode levar à morte.
Os efeitos no sistema nervoso central são os de um processo alucinatório, podendo
durar de um a três dias. As visões são geralmente de cenas horripilantes (animais,
plantas, cadáveres). Visões agradáveis são raras.
Classificação das Drogas Psicotrópicas – Edição: Rogério F. Cozer - PPAD
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FONTES:
www.ppad-vida.com
www.pragadomilenio.com
www.alcooledroga.no.comunidades.net
www.brasilescola.com
www.unifesp.com.br
www.jabect.jex.com.br
www.psicologia.pt
www.spiner.com.br
www.unodoc.org
www.grupoescolar.com
www.wikipédia.org