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COMO INTERPRETAR UM ARTIGO EM FISIOTERAPIA
BÁSICOCaio Veloso da Costa, UTI-EM FT
2
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (2010)
Especialista em Urgência e Emergência pela Residência Multiprofissional em Atenção Hospitalar – UNIFESP (2011-2013)
Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva – Adulto – ASSOBRAFIR
Fisioterapeuta do Pronto Atendimento Sancta Maggiore
Editor do blog Reflexões sobre Fisioterapia Hospitalar
Porque eu tenho que saber ?
Cerca de 80% dos estudos possui baixa qualidade metodológica
O número de estudos cresce 5% ao ano
Fisioterapia Baseada em Evidência
Prática Baseada em Evidências
Uso judicioso da Melhor Evidência disponível, levando em consideração a Experiência Profissional, a Infraestrutura do local de trabalho e a Preferência do Paciente.
Após fazer a Busca
Tipos de Estudo
Observacional1. Transversal2. Coorte – Prospectivo ou Retrospectivo
Experimentais1. Ensaio Clínico Aleatório ou Não-aleatório
Revisões1. Narrativa, Sistemática e Sistemática com Metanálise.
O que deve ter em um artigo?
Recomendações CONSORT
Introdução – embasamento científico que tenta justificar a pergunta da pesquisa e a realização do estudo;
MétodoParticipantes: Critérios de elegibilidade para os participantes, os locais e
ambientes onde os dados foram coletados;
Intervenções: Descrições detalhadas sobre as intervenções planejadas para cada grupo, como e quando foram realmente administradas;
Recomendações CONSORT
Objetivos: Primário e secundários;
Tamanho Amostral: Se foi determinada e como foi determinada;
Alocação: Método de distribuição dos grupos;
Cegamento: Cego, Duplo-cego ou Triplo-cego
Método estatístico
Recomendações CONSORT
Resultados1. Características dos grupos2. Resultados comparativos3. Estatística adequada?
Discussão1. Discussão dos Resultados, do Método, Aplicação para Pesquisa e para a
Prática Clínica
Resultados são validos?Resultados são aplicáveis?
Viés
Fatores que podem gerar confusão no momento da análise
Viés de Confirmação – Desenho do estudo valoriza a hipótese a ser testada; Viés de Seleção – Método de separação inadequado; Viés de Aferição – Método de avaliação inadequado para avaliar os
desfechos; Viés de Detecção – Cegamento do avaliador; Viés de Autor – Valoriza a reputação do autor; Viés de Publicação – Valoriza a reputação/Fator de impacto da Revista.
Análise de Viés - Cochrane
Estratégia PICOS
P: População - Quem, quantos e quais as características da população estudada?
I: Intervenção - Qual foi e como foi mensurada a terapia em questão? C: Comparação - Houve presença de Grupo Controle? Qual a característica
do mesmo? O: Outcomes (Variáveis/Desfechos) - Os Desfechos foram interessantes? As
Variáveis eram as corretas para se chegar nos Desfechos? Consigo aplicar esses desfechos a minha realidade?
S: Study Design (Desenho do Estudo) - O desenho do estudo foi o mais adequado para avaliar a hipótese testada?
Escala PEDro
P - População
I - Intervenção
Foi considerada Retirada do leito: Sedestação na beira da cama, Poltrona, Marcha estacionária e Deambulação.
I - Intervenção
C - Controle
Não Saída do Leito
O - Desfechos
Idade Gênero Diagnóstico da admissão Tempo de internação Taxa de reintubação Mortalidade na UTI Os escores Acute Physiological and Chronic Heatlh Evaluation (APACHE II)
nas primeiras 24 horas de internação na UTI e a mortalidade prevista para esse escore foram calculados.
O - Desfechos
O - Desfechos
S- Study design/ Desenho do estudo
Estudo Retrospectivo com análise de registros de pacientes internados na UTI do Hospital da Cidade, Salvador – BA.
Estudado todos os pacientes no período de setembro de 2008 a janeiro de 2009.
Avaliação de Qualidade – Escala PEDro
PEDro 3/10
P - População
I - Intervenção
1. Pacientes Arresponsivos - Mobilização Passiva dos 4 membros – 10 repetições nas direções cardinais todas as manhãs;
2. Responsivos: Ativos-Assistidos e Resistidos → Mobilidade e sedestação no leito → Sentar-Levantar → Deambular.
Sedestação + AVD’s (com terapeuta ocupacional)
C - Controle
Terapia Convencional
O número de pacientes que retornaram ao estado funcional independente de alta hospitalar
Estado funcional independente foi definido como a capacidade de executar seis AVD's (banho, vestir, comer, higiene, transferência da cama para a cadeira, usar o banheiro) e caminhar de forma independente (MIF)
Número de dias de internação com delirium Número de dias fora da ventilação mecânica, durante os primeiros 28 dias de internação Tempo de permanência na UTI e no hospital Pontuação do Índice de Barthel
Distância percorrida sem ajuda Número de pacientes com diagnóstico de paralisia adquirida na UTI Força muscular periférica (dinamometria) na UTI e na alta hospitalar.
O - Desfechos
S- Study design/ Desenho do estudo
Foi realizado um Ensaio Clínico Aleatório Bicêntrico, nos Hospitais University of Chicago Medical Center e University of Iowa Hospitals.
Os critérios de inclusão foram pacientes acima de 18 anos, Tempo de VM entre 24 e 72 h e índice de Barthel ≥ 70 obtidos a partir da função do paciente duas semanas antes da admissão. Sendo excluídos aqueles com rápido desenvolvimento de doença neuromuscular, PCR, aumento da pressão intracraniana e membros ausentes.
Cálculo do Tamanho da Amostra: Diferença mínima da funcionalidade de 30%, Poder de amostra de 80% e Nível de significância de 0,05 = 100 pacientes necessários: utilizados 104 pacientes, 49 do Grupo Mobilização e 55 no Grupo Controle.
Avaliação de Qualidade – Escala PEDro
PEDro 8/10
Atividade Complementar
Análise
Objetivo: comparar a presença de fisioterapeuta por 24h na UTI contra 6hs
Foram estudados 146 pacientes, sendo excluídos os pacientes com câncer terminal e com Morte encefálica verificada nos primeiros dias de admissão
Compressões Torácicas + Aspiração Endotraqueal + Mobilização de membros
Desfechos: Tempo de VM, Mortalidade, Tempo de internação hospitalar e Infecção pulmonar
Resultados
Análise de Qualidade
Avaliação de Qualidade – Escala PEDro
PEDro 3/10
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LinkedIn: Caio Veloso da Costa
Até a próxima!!!