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RELAÇÃO MÉDICO- PACIENTE Comportamento Suicida Prof.ª Luciana Krebs Email: [email protected]

Comportamento suicida

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Page 1: Comportamento suicida

RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE

Comportamento Suicida

Prof.ª Luciana KrebsEmail: [email protected]

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AutoagressividadePensamento

Plano

TentativaSuicídio

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Problema de Saúde Pública

Avaliar o risco de suicídioManejar o paciente com risco de se matar

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Edwin Schneidman (1993)

O estado psíquico geralmente encontrado em alguém prestes a tirar a própria vida é de uma dor emocional

intolerável, vivenciada como uma turbulência emocional interminável, um desespero sem luz no fim do túnel,

uma sensação angustiante de estar preso em si mesmo, sem encontrar saída.

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Estudo realizado em Campinas/SP (OMS)

• 17% “pensaram seriamente em por fim à vida”• 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso• 2,8% efetivamente tentaram o suicídio

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15 a 25% das pessoas que tentam o suicídio tentarão novamente no ano seguinte

Dos que tentam 10% conseguem se matar nos próximos 10 anos

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Fatores de Risco para o Suicídio

Sociodemográficos- Sexo masculino- Entre 19 e 49 anos e acima de 65 - Separados/divorciados > solteiros > viúvos > casados- Áreas urbanas- Desempregados, aposentados- Ateus, protestantes > católicos, judeos- Isolamento Social

Psicológicos- Perda recente- Perda dos pais na infância- Instabilidade Familiar- Datas importantes (reações de aniversário)- Traços de personalidade: impulsividade, agressividade, labilidade do humor- História familiar de doença afetiva/alcoolismo/suicídio

Psiquiátricos- Depressão, alcoolismo, drogadição, esquizofrenia, síndromes orgânicas-cerebrais- Transtornos de personalidade- Tentativa de suicídio pregressa- Doenças físicas incapacitantes, dolorosas, terminais

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Avaliação de RiscoQualquer ato de autoagressão implica maior risco de suicídio

Alguns pacientes omitem sua intenção e planos suicidas

A desesperança, mais do que o humor deprimido, mostrou-se maior risco

A ansiedade aumenta o risco de que isso ocorra a curto prazo

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Manejo da Tentativa de Suicídio

O que o teria levado a uma tentativa de suicídio?

Objetivos da entrevista inicialSemiológico

Apoio emocional

Estabelecimento de vínculo

Caracterização do ato suicidaFatores de risco

Fatores psicodinâmicosAntecedentes pessoais e familiares

Rede de apoio social

O profissional sente-se entre duas polaridades:1. Deve respeitar os sentimentos da pessoa2. Deve tomar medidas concretas para evitar que um paciente se mate

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Crenças Errôneas“ Se eu perguntar sobre suicídio, poderei induzir o paciente a isso.”

“Ele está ameaçando o suicídio apenas para manipular...”

“Quem quer se matar, se mata mesmo...”

“No lugar dele, eu também me mataria...”

“Veja se da próxima vez você se mata mesmo!”

“Quem se mata é bem diferente de quem apenas tenta.”

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Reações do ProfissionalMedo

Bloqueia nossa capacidade de lidar

Afastamento

Impede a sintonia empática

Dissonância afetiva = desconexão com o paciente

Perde-se uma das forças que pode manter o paciente vivo

Proximidade afetiva exagerada

“No lugar dele eu também me sentiria assim”

Pode ser paralizante e conduzir a erros

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Reações do ProfissionalCada um de nós suporta e lida com a ansiedade,

ambiguidade e risco de uma maneira característica.

Alguns procuram manter, ao máximo o controle da

situação, minimizando o grau de incerteza.

Outros suportam melhor a ansiedade e assumem maior

risco, na esperança de promover a autonomia do

paciente.

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Não se trata de evitar todos os suicídios, mas sim os que

podem ser evitados.