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AutoagressividadePensamento
Plano
TentativaSuicídio
Problema de Saúde Pública
Avaliar o risco de suicídioManejar o paciente com risco de se matar
Edwin Schneidman (1993)
O estado psíquico geralmente encontrado em alguém prestes a tirar a própria vida é de uma dor emocional
intolerável, vivenciada como uma turbulência emocional interminável, um desespero sem luz no fim do túnel,
uma sensação angustiante de estar preso em si mesmo, sem encontrar saída.
Estudo realizado em Campinas/SP (OMS)
• 17% “pensaram seriamente em por fim à vida”• 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso• 2,8% efetivamente tentaram o suicídio
15 a 25% das pessoas que tentam o suicídio tentarão novamente no ano seguinte
Dos que tentam 10% conseguem se matar nos próximos 10 anos
Fatores de Risco para o Suicídio
Sociodemográficos- Sexo masculino- Entre 19 e 49 anos e acima de 65 - Separados/divorciados > solteiros > viúvos > casados- Áreas urbanas- Desempregados, aposentados- Ateus, protestantes > católicos, judeos- Isolamento Social
Psicológicos- Perda recente- Perda dos pais na infância- Instabilidade Familiar- Datas importantes (reações de aniversário)- Traços de personalidade: impulsividade, agressividade, labilidade do humor- História familiar de doença afetiva/alcoolismo/suicídio
Psiquiátricos- Depressão, alcoolismo, drogadição, esquizofrenia, síndromes orgânicas-cerebrais- Transtornos de personalidade- Tentativa de suicídio pregressa- Doenças físicas incapacitantes, dolorosas, terminais
Avaliação de RiscoQualquer ato de autoagressão implica maior risco de suicídio
Alguns pacientes omitem sua intenção e planos suicidas
A desesperança, mais do que o humor deprimido, mostrou-se maior risco
A ansiedade aumenta o risco de que isso ocorra a curto prazo
Manejo da Tentativa de Suicídio
O que o teria levado a uma tentativa de suicídio?
Objetivos da entrevista inicialSemiológico
Apoio emocional
Estabelecimento de vínculo
Caracterização do ato suicidaFatores de risco
Fatores psicodinâmicosAntecedentes pessoais e familiares
Rede de apoio social
O profissional sente-se entre duas polaridades:1. Deve respeitar os sentimentos da pessoa2. Deve tomar medidas concretas para evitar que um paciente se mate
Crenças Errôneas“ Se eu perguntar sobre suicídio, poderei induzir o paciente a isso.”
“Ele está ameaçando o suicídio apenas para manipular...”
“Quem quer se matar, se mata mesmo...”
“No lugar dele, eu também me mataria...”
“Veja se da próxima vez você se mata mesmo!”
“Quem se mata é bem diferente de quem apenas tenta.”
Reações do ProfissionalMedo
Bloqueia nossa capacidade de lidar
Afastamento
Impede a sintonia empática
Dissonância afetiva = desconexão com o paciente
Perde-se uma das forças que pode manter o paciente vivo
Proximidade afetiva exagerada
“No lugar dele eu também me sentiria assim”
Pode ser paralizante e conduzir a erros
Reações do ProfissionalCada um de nós suporta e lida com a ansiedade,
ambiguidade e risco de uma maneira característica.
Alguns procuram manter, ao máximo o controle da
situação, minimizando o grau de incerteza.
Outros suportam melhor a ansiedade e assumem maior
risco, na esperança de promover a autonomia do
paciente.
Não se trata de evitar todos os suicídios, mas sim os que
podem ser evitados.