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Instrumentos gerenciais em serviços de saúde Previsão e Provisão de Recursos Materiais

Instrumentos gerenciais em serviços de saúde: Previsão e Provisão de Recursos Materiais

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introduz ao aluno o gerenciamento de recursos materiais em unidades de saúde

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Instrumentos gerenciais em serviços de saúde

Previsão e Provisão de Recursos Materiais

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Importância, finalidade e objetivos da Administração de Materiais nas instituições de saúde

Organização de saúde

• Bom funcionamento de recursos financeiros, materiais e humanos.

• Resultado final do processo: assistência à saúde de indivíduos e comunidades

Administração adequada dos materiais Influencia e sofre influências.

• Recursos financeiros (podendo através de uma destinação mais racional promover uma diminuição dos custos) e os recursos humanos (pois materiais em quantidade e qualidade adequadas podem produzir na equipe maior grau de satisfação).

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Importância dos recursos materiais

Chegam a representar 75% do capital da empresa.

Em instituições de saúde significam cerca de 45% das despesas

Nas instituições de saúde:

• Administração de Materiais objetiva coordenar as atividades de compra, armazenamento, distribuição e controle, de modo a que se garanta o suprimento de todas as áreas do serviço.

• Sua interrupção pode ser atribuída a fatores como insuficiência na quantidade ou falta de qualidade dos materiais.

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Motivo de preocupação nas instituições de saúde, tanto na rede pública como na privada

Organizações privadas:

• Sujeitas às regras de mercado precisam gerenciá-los com preços competitivos em relação ás demais instituições.

Setor público:

• Orçamento restrito, precisa de maior controle do consumo e dos custos para que sua escassez não reflita na privação dos funcionários e pacientes ao acesso a esses materiais e consequentemente à uma assistência de qualidade.

Cenário ideal: Que não haja falta de material que leve ao prejuízo da assistência à saúde, e tão pouco para que não haja excessos que elevem os custos.

Gerenciamento de materiais: o público x o privado

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Planejando o gerenciamento de materiais

Dessa forma, “a administração de materiais (AM) consiste em ter os materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo...”

Contudo, é necessário que se compreenda os conflitantes interesses envolvidos na administração de materiais:

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Interesses envolvidos na administração de materiais:

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Planejando o gerenciamento de materiais

Determinar qual a razão do serviço

Qual demanda deve ser atendida

Quais resultados são esperados

Quais especialidades atuam naquele serviço

Quais procedimentos, terapias, técnicas, manobras, intervenções e exames são realizados.

As funções do enfermeiro no gerenciamento de recursos materiais são: previsão, provisão, organização e controle.

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A enfermagem e a administração dos materiais

• Transformação do processo saúde doença através da assistência à saúde.

• Utilizam recursos materiais, cabendo historicamente a eles a responsabilidade pela previsão, provisão, organização e controle desses materiais em suas unidades de trabalho.

• Participar da implementação de grande parte dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos no hospital.

• Tais características tem exigido dos enfermeiros o conhecimento e avaliação dos materiais e equipamentos disponíveis no mercado.

• Afim de colaborar com a manutenção/elevação da qualidade da assistência.

Objeto de seu trabalho:

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Classificação dos materiais

Os materiais em unidades hospitalares usualmente são classificados segundo a duração sendo agrupados em: materiais de consumo e permanentes

Materiais permanentes:

• Não são estocáveis

• Vida útil = ou > 2 anos

• Patrimônio da instituição

• EX: mobiliários, instrumentos, equipamentos e outros

Materiais de consumo:

• São estocado e perdem propriedades com o uso

• Consumíveis (Duração < 2 anos)

• EX: esparadrapo, seringa e agulha.

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Outras classificações:

Finalidades (unidade de consumo: cateterismo vesical)

Porte (pequeno, médio, grande)

Custo (alto custo)

Matéria-prima (plástico, metal, silicone)

Função do controle (fico, móvel).

Função da guarda (perecível, tóxico, inflamável)

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Administração de materiais nas unidades de enfermagem

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Exemplo de previsão: consumo de seringa de 3 ml no pronto socorro no Hospital X

Material Unidades mensais consumidas

Abril Maio Junho

Seringa 3 ml s/ agulha

200 250 180

CM= CMM + ES

ES = 10 a 20% do CMM + CTR

CTR= CMM/30 x N

Onde:

CM= cota mensal

CMM= consumo médio mensal

ES= estoque de segurança

CTR= consumo diário durante o tempo de reposição

N= número de dias de espera para reposição que pode variar de acordo com o sistema de compra do serviço de saúde

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Cota mensal

O estoque de segurança, também chamado de estoque mínimo é calculado acrescentando-se de 10 a 20% do CMM, mais o consumo diário durante o tempo de reposição (CTR).

No caso exemplificado o cálculo seria o seguinte, considerando o N= 15 dias:

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Provisão: reposição do material

Reposição por quantidade e tempo

Reposição semanal, quinzenal ou mensal.

Depende de:

Almoxarifado, o local de guarda de estoque do almoxarifado, a rotatividade do material de estoque, características do local de guarda de materiais nas unidades.

A reposição imediata por quantidade é a mais utilizada atualmente nos serviços de atenção às urgências, por ser mais dinâmica, promove reposição mais rápida e eficaz e estoque real diário, além de evitar desvios.

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Provisão: organização

• Comunicação visual - medida de segurança.

• Disposição do material organizada afim evitar o atropelo de pessoal.

• Organizados em bandejas ou kits dispostos próximos ao local do uso.

• Primeiro que entra é o primeiro que sai!

Identificar locais de guarda de material:

• Mantê-los agrupados, com identificação em destaque.

Suprimento de medicamentos: Consulta a equipe médica.

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Provisão: controle

Quantitativo - estoque mínimo e sistema de kits para os procedimentos.

Checagem diária - discriminado e quantificado.

Checklist dos itens a serem verificados no início de cada plantão e após cada atendimento.

EX: funcionamento do ventilador mecânico, do monitor/desfibrilador, do aspirador, da rede de oxigênio, do laringoscópio, do ambú e demais equipamentos.

Embasar-se em estudos, o “custo-benefício”, ou seja, o menor custo para a instituição, o maior benefício para o cliente interno e externo e à saúde ambiental.

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Assim, as atribuições do enfermeiro no gerenciamento de materiais são:

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Atribuições do enfermeiro no gerenciamento de materiais

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Atribuições do enfermeiro no gerenciamento de materiais

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Atribuições do enfermeiro no gerenciamento de materiais

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Atribuições do enfermeiro no gerenciamento de materiais

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Manutenção

Segurança para que opera e

para o usuário.

Preventiva e reparadora.

Não deixar para constatar na hora do uso!

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Formas de aquisição - licitação

Licitação é “o procedimento administrativo regido por legislação específica, utilizado para aquisição ou alienação de bens e serviços, com os objetivos de garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e de selecionar a proposta mais vantajosa para a administração” (Art. 3º da Lei nº 8666/93).

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modalidades de licitação constantes na Lei 8.666/93

Convite - É para no mínimo três interessados que trabalhem com o material requisitado, podendo ser cadastrados ou não, escolhidos pela instituição. Indicada para a compra de valores baixos, estabelecidos pela Lei.

Tomada de preços É realizada somente entre interessados previamente cadastrados na instituição. Indicada para aquisições de valores médios, estabelecidos pela Lei.

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modalidades de licitação constantes na Lei 8.666/93

Concorrência – É uma modalidade entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possui requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital, para aquisição de valores altos.

Concurso – utilizado entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico.

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modalidades de licitação constantes na Lei 8.666/93

Leilão – utilizada entre quaisquer interessados para venda de bens móveis inservíveis para a administração ou produtos legalmente apreendidos ou penhorados.

Pregão - Instituída pela Lei 10.520, de 17 julho de 2000. É feita por meio de propostas e lances sucessivos em sessão pública. Vem ganhando espaço na Administração Pública.

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Padronização

Objetivos:

• A utilização de um material ao maior número possível de aplicações e reduzir as variedades.

Vantagens:

• Favorece a diminuição do número de itens em estoque

• Simplifica o trabalho de estocagem

• Permite a obtenção de melhores preços

• Reduz o trabalho de compras

• Diminui os custos de estocagem

• Maior rapidez na aquisição e possibilita a economia com consertos e substituições de peças.

A instituição deve ter um comitê de padronização

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Concluindo

Necessidade do planejamento antecipado.

Materiais e equipamentos sempre pront0s, testados e colocados de forma a estarem imediatamente disponíveis para garantir a rapidez e eficiência do atendimento.

Limiar entre a vida e a morte dos pacientes.

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Referências • AZEVEDO, A. L. C. S.. Gerenciamento do cuidado de enfermagem em unidade de urgência/emergência

traumática. 2010. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP). Ribeirão Preto, 2010.

• CASTILHO, V.; GONÇALVES, V. L. M. Gerenciamento de recursos materiais. In: KURCGANT, P. (Coord.). Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan: 2010. p. 155-167.

• CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 8.ed.Rio de Janeiro, Elsevier, 2011.

• GRECO, R. M.; DEUS, R. L. Gerenciamento de recursos materiais em enfermagem. Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora - MG, p. http://www.ufjf.br/admenf/files/2013/05/Aula-Gerenciamento-de-Recursos-Materiais-em-Enfermagem.pdf, 2013. Acesso em: 16 de agosto de 2014.

• DAL SASSO, G. T. M.; DARLI, M. C. B. C., LUCIELI DIAS PEDRESCHI.; ET AL. Curso de Especialização emLinhas de Cuidado em Enfermagem: Módulo V - Classificação de risco e acolhimento Florianópilis - SC: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Programa de Pósgraduação em enfermagem, 2013.

• SANTOS, J. L. G. A dimensão gerencial do trabalho do enfermeiro em um serviço hospitalar de emergência. 2010, 135p.