1. Ministrio da Previdncia Social MPSOuvidoria-Geral da
Previdncia Social Ouvidoria-Geral da Previdncia Social Participao
Cidad Dezembro/2007
2. 2007 Ministrio da Previdncia Social permitida a reproduo
parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.Tiragem:
10.000 exemplaresOuvidoria-Geral da Previdncia SocialEsplanada dos
Ministrios, Bloco F Anexo Ala "A" sala 179Editorao
eletrnica:Assessoria de Comunicao Social ACS/MPSImpresso no Brasil
/ Printed in Brazil Dados Internacionais de Catalogao na Publicao
(CIP) Biblioteca. Seo de Processos Tcnicos MTE O95 Ouvidoria-Geral
da Previdncia Social : participao cidad Braslia : MPS, 2007. 24 p.
Inclui bibliografia. 1. Ouvidoria. I. Brasil. Ministrio da
Previdncia Social (MPS). II. Brasil. Ouvidoria-Geral da Previdncia
Social. III. Ttulo. CDD 352.35
3. A Ouvidoria Pblica oferece a possibilidade de se buscar
soluo nas situaes em que o cidado no conseguefazer valer seus
direitos perante os diversos rgos daAdministrao Pblica. O ouvidor
atua como intermedirio quefacilita o contato entre as partes. Porm,
importante lembrarque, antes de recorrer Ouvidoria, o cidado dever
encaminharsua demanda ao rgo a que seu caso estiver
relacionado,instncia que possui competncia para resolver
sumariamente aquesto.
4. SUM RIO SUMRIOOUVIDORIAS PBLICAS
..................................................................................................................
7O que uma Ouvidoria Pblica
...............................................................................................................
7A quem a Ouvidoria est vinculada
..........................................................................................................
7Finalidade de uma Ouvidoria Pblica
......................................................................................................
7Pr-requisitos de uma Ouvidoria
..............................................................................................................
8O que um Ouvidor
.................................................................................................................................
8Funo social de uma Ouvidoria
..............................................................................................................
9O que preciso para se ter uma boa Ouvidoria
......................................................................................
9Como deve ser a atuao da
Ouvidoria...................................................................................................
10Papel da Ouvidoria
...................................................................................................................................
10OUVIDORIA-GERAL DA PREVIDNCIA SOCIAL
.......................................................................
11Histrico sobre a Ouvidoria-Geral da Previdncia Social
................................................ 11
5. 12 .......................................... Abrangncia de
atuao da Ouvidoria-Geral da Previdncia Social13
.......................................... As reas de entrada13
.......................................... Tipos de manifestao16
.......................................... Funcionamento da
Ouvidoria-Geral da Previdncia Social18
.......................................... Tipos de relatrios que a
Ouvidoria-Geral da Previdncia Social emite19
.......................................... Principais resultados do
trabalho desenvolvido pela Ouvidoria-Geral da Previdncia Social,
durante nove anos de existncia20
.......................................... Assuntos com maior nmero
de manifestaes registradas na Ouvidoria- Geral da Previdncia
Social21 .......................................... ASSDIO MORAL E
SEXUAL24 ..........................................
BIBLIOGRAFIA
6. OUVIDORIAS PBLICASO que uma Ouvidoria Pblica uma instituio
que funciona como um canal de comunicao direto entre o cidado e o
Estado.A quem a Ouvidoria est vinculadaDeve estar vinculada
diretamente ao dirigente mximo do rgo/entidade, no caso desta
Ouvidoria,ao Ministro da Previdncia Social. A ele cabe dar o
suporte necessrio para o exerccio das funesda Ouvidoria, de forma
que esta possa agir com imparcialidade e legitimidade junto aos
demaisdirigentes da Instituio.Finalidade de uma Ouvidoria
PblicaEstreitar a relao entre sociedade e governo, permitindo que o
cidado com suas crticas e sugestescolabore de forma substancial
para a melhoria do servio prestado pelo governo de qualquer esferae
de qualquer poder. 7
7. Pr-requisitos de uma Ouvidoria Ser criada por ato formal.
Ser ligada ao mais alto nvel hierrquico. Ter amplo acesso a todos
os setores com que necessitar interagir. Facilidade de acesso dos
usurios aos seus servios. O que um Ouvidor a pessoa que procura
resolver questes do cidado, quando algo falhou no atendimento
prestado em primeira instncia. Algum que age em defesa dos
interesses de quem, estando fora, no tem acesso aos procedimentos
internos. Algum que age de forma persuasiva, educativa e preventiva
diante dos problemas identificados. Um agente de mudanas internas e
melhoria das relaes externas. Um cidado a servio da cidadania. Um
profissional que conta com o suporte de uma rede de relacionamentos
internos e externos, comprometido com a qualidade e com os usurios
dos servios pblicos.8
8. Funo social de uma OuvidoriaPerante os usurios Maior
transparncia dos processos. Imprime carter oficial s suas demandas,
assumindo o papel de legtimo "procurador-institucional" do usurio.
Legitima seu poder de presso para melhoria da qualidade dos
servios.Perante a Instituio Resgate da credibilidade, respeitando
as demandas dos interessados. Facilita o processo de mudana
subsidiado pelas informaes coletadas do pblico interno e externo.
Mudana positiva da imagem da organizao.O que preciso para se ter
uma boa Ouvidoria Eficcia interna capacidade de usar a reclamao ou
informao para recomendar alteraes em critrios e procedimentos. Usar
os seus dados estatsticos em tabulao qualitativa, para aferir a
qualidade do servio prestado. Transparncia para tambm ser julgada
pela sociedade. 9
9. Como deve ser a atuao da Ouvidoria Atuar no ps-atendimento
ou atendimento de segundo nvel, que se refere aos casos que no
foram bem resolvidos pelos setores normais, seja por limitao de
autoridade, ou devido a falhas operacionais. Estabelecer um
relacionamento direto e no-burocrtico, entre o usurio externo da
Instituio e o seu pblico interno. Identificar necessidades,
distores, erros e ilegalidades na administrao, alm de subsidiar a
promoo de melhorias. Papel da Ouvidoria Receber reclamaes, elogios,
denncias e sugestes dos usurios, interpret-las e buscar solues,
visando ao aprimoramento do processo de prestao do servio pblico.
Representar os interesses do cidado na organizao. Contribuir para o
aprimoramento da qualidade dos servios prestados. Buscar a satisfao
do cidado que utiliza os servios pblicos. Funcionar como
instrumento de interao entre a organizao e o ambiente externo.
Propor solues gerenciais visando satisfao da coletividade.10
10. DA OUVIDORIA-GERAL DA PREVIDNCIA SOCIALHistrico sobre a
Ouvidoria-Geral da Previdncia SocialInstituda com base no art. 6o
da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, alterada pela Lei no
9.711, de20 de novembro de 1998 e regulamentada pela Portaria
Ministerial no 5.716/99, a Ouvidoria-Geral daPrevidncia Social, a
partir de suas manifestaes, foi criada com o objetivo de sugerir
mudanasinternas que resultem nas melhorias necessrias.O preceito de
participao da sociedade na Administrao Pblica, por meio de
reclamaes, encontrarespaldo na Carta Magna, em seu artigo 37, 3o,
inciso I, cuja redao foi dada pela EmendaConstitucional no 19: " 3o
A Lei disciplinar as formas de participao do usurio na administrao
pblica direta e indireta, regulando especialmente: I as reclamaes
relativas prestao dos servios pblicos em geral, asseguradas a
manuteno de servio de atendimento ao usurio e a avaliao peridica,
externa e interna, da qualidade dos servios; ()"Assim, a Previdncia
Social criou, em 20 de agosto de 1998, sua Ouvidoria-Geral. 11
11. O Ministrio da Previdncia Social, articuladamente com o
INSS, com essa iniciativa, antecipou-se aos novos tempos de
modernizao no Servio Pblico, em que a nfase do trabalho a
participao social. O to esperado mecanismo veio possibilitar o
efetivo controle social e imprimir transparncia aos processos
internos, possibilitando a melhoria da imagem da Instituio. As aes
da Ouvidoria-Geral da Previdncia Social, portanto, convergem para
ajudar o cidado a obter respostas conclusivas s suas questes. Em
contrapartida, o cidado, com suas crticas na condio de usurio,
oferece Previdncia Social uma oportunidade para que se aperfeioe.
Nessa condio, esta Ouvidoria almeja oferecer um modelo de ouvidoria
pblica no Brasil, com excelncia na prestao de servios,
proporcionando elevado nvel de satisfao e consolidando o papel de
eixo propulsor de polticas e estratgias de gesto de relacionamento
com o cidado na Previdncia Social. Abrangncia de atuao da
Ouvidoria-Geral da Previdncia Social 60 milhes de beneficirios e
segurados. Representaes em todos os Estados da Federao. Mais de 150
reas de soluo direta ou de encaminhamento das manifestaes
(reclamaes, denncias, solicitaes ou elogios) totalizando mais de
1.400 unidades com capacidade para solucionar as demandas dos
cidados de todo o pas. Mais de 1 milho e 300 mil manifestaes
recebidas durante os nove anos de existncia.12
12. As reas de entrada 135. Central 135 PREVCartas responsvel
por receber todas as cartas e fax. Atendimentos presenciais na
Ouvidoria para casos de atuao aps o segurado ter sido atendido nas
Agncias da Previdncia Social ou outros rgos de atendimento de
primeiro nvel. PREVNet e formulrio eletrnico do stio do Ministrio
da Previdncia Social (www.previdencia.gov.br
www.previdencia.gov.br). www.previdencia.gov.brTipos de
manifestaoReclamaes sobre BenefciosNormalmente, de carter
individual e referente a um caso concreto de processo de benefcio.
Atraso na concesso/reviso. Demora na liberao de pagamento de
valores atrasados. Demora no julgamento do recurso nas Juntas e no
Conselho de Recursos da Previdncia Social. Descontentamento sobre
decises mdico-periciais. Dificuldades para reativao dos benefcios e
desbloqueio dos pagamentos. Extravio de documentos originais
entregues ao INSS. 13
13. Reclamaes sobre Atendimento nas Unidades da Previdncia
Social Referem-se qualidade do atendimento prestado nas unidades da
Previdncia Social. Falta de orientao/informao. Recusa em acatar
direito do segurado. Conduta inadequada do servidor. Filas grandes
e demoradas. Instalaes inadequadas. Horrio inadequado. Unidades que
no atendem todos os dias. Unidades que se recusam atender ao
segurado, mesmo no horrio determinado. Reclamaes sobre Atendimento
Bancrio Descumprimento, por parte das instituies financeiras,
quanto ao estabelecido no contrato entre a Federao Brasileira de
Bancos FEBRABAN e o Instituto Nacional do Seguro Social INSS,
relativo ao atendimento dos usurios da Previdncia Social, no
momento de pagar suas obrigaes previdencirias ou de receber os
benefcios, tais como:14
14. Demora superior a 30 minutos na fila. Filas externas.
Atendimento em local inadequado. Falta de numerrio. No
disponibilizao de carto magntico universal em determinadas
unidades. Problemas referentes ao emprstimo consignado.SugestesAs
sugestes podem se caracterizar por representar proposta de
aperfeioamento e melhoria dosservios prestados ao segurado pela
Previdncia. So recebidas e encaminhadas ao setor respectivoaquelas
a respeito de todo e qualquer assunto referente Previdncia Social
pblica, inclusive quantoa procedimentos internos e de
desburocratizao desburocratizao.DennciasAs denncias relacionam-se a
atos de cunho criminal praticados por servidores ou por
terceiros,com desrespeito de normas legais relativas ao sistema
previdencirio, que exigem apurao. 15
15. Elogios Manifestaes favorveis do segurado em relao
qualidade dos servios, do atendimento ou das instalaes e
equipamentos das unidades da Previdncia Social. Outras Reclamaes
Estas, normalmente, envolvem os demais temas no relacionados aos
assuntos acima especificados. Protestos contra declaraes de
autoridades governamentais relativas a assuntos de Previdncia
Social. Insatisfao sobre legislao. Atraso na emisso de certides
diversas. Outras situaes diversas das especificadas anteriormente.
Funcionamento da Ouvidoria-Geral da Previdncia Social O cidado
encaminha sua manifestao a partir dos canais de entrada e ela
recepcionada pela Diviso de Anlise e Processamento DIAP que realiza
a primeira anlise e prepara o encaminhamento ,16
16. para a rea solucionadora1 ou a resposta definitiva para o
usurio, caso isso seja possvel. A respostaao usurio passa por uma
anlise e confirmao das informaes antes de ser expedida.Para melhor
conhecimento do trabalho realizado pela Ouvidoria, apresentamos a
seguir o fluxogramadas atividades desenvolvidas. Cidado
OUVIDORIA-GERAL DA PREVIDNCIA SOCIAL Diviso de Anlise e
Processamento DIAP Central de anlise e classificao das: Reclamaes
Sugestes Denncias Elogios Canais de Entrada Unidades Solucionadoras
da Previdncia Social + Central 135 + Diretoria do INSS + PREVCartas
+ Assessoria de Pesquisa Estratgica e de + PREVNet Gerenciamento de
Riscos APE GR + Ouvidoria + Gerncias-Regionais +
Gerncias-Executivas + Agncias + Dataprev + rgos do MPS1 rea
solucionadora ou unidade solucionadora: rea tcnica e finalstica
para dar soluo s demandas que os usurios enviam para a Ouvidoria.
17
17. Tipos de relatrios que a Ouvidoria-Geral da Previdncia
Social emite Relatrios Temticos Elege-se um tema que tenha grande
concentrao de manifestaes Temticos registradas, oferecendo um
diagnstico, ao tempo em que se propem alternativas de melhorias
para o funcionamento do servio. Estes relatrios podem servir tambm
para dar cincia aos gestores sobre disfunes que venham ocorrendo.
Ex.: Emprstimo Consignado, Reviso Administrativa etc. Relatrios
Estatsticos So de produo mensal e sintetizam os quantitativos de
Reclamaes, Sugestes, Denncias e Elogios a cada ms, informando
detalhadamente, por Gerncia Regional e Executiva, APS etc, quais so
os problemas apontados pelo pblico naquelas unidades. Estes estudos
apresentam os quantitativos de registros mensais e suas pendncias,
para que as respectivas unidades possam selecionar os casos para
serem trabalhados, assim como os quantitativos anuais de cada uma
dessas unidades. Relatrios de Monitoramento das Manifestaes das
reas Solucionadoras Estes relatrios so elaborados mensalmente e tm
como objetivo: avaliar a quantidade de demandas pendentes e
resolvidas nas reas solucionadoras; a celeridade das respostas e o
acompanhamento contnuo das manifestaes pendentes; coletar informaes
relevantes, precisas e sintticas, relativas ao encaminhamento de
manifestaes s reas solucionadoras e criar condies favorveis de
anlise de fluxo das informaes.18
18. Principais resultados do trabalho desenvolvido pela
Ouvidoria-Geralda Previdncia Social, durante os nove anos de sua
existnciaResultados externos Instituio do carto universal para
recebimento de benefcio previdencirio na rede bancria.
Possibilidade de recebimento de benefcios em conta corrente. Criao
de novos canais de acesso para denncias. Combate evaso de receitas
e sonegao fiscal atravs das denncias recebidas. Melhoria dos
servios oferecidos via internet.Resultados internos Mutires para
dar vazo carga execessiva de processos concessrios em vrias regies
do Pas, especialmente nos estados do Rio de Janeiro e de So Paulo.
Recebimento do Certificado relativo ao reconhecimento de Gesto Nvel
1, conferido pelo Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto no
mbito do Programa da Qualidade no Servio Pblico (PQSP). Participao
ativa nas discusses sobre melhorias na Previdncia Social. Campanha
para desacumular manifestaes pendentes dos anos de 2002, 2003 e
2004, com reduo de 80% dos estoques. 19
19. Desenvolvimento do SOU Sistema de Ouvidoria em plataforma
Web que ir aprimorar e sistematizar as rotinas internas e externas,
de forma a imprimir maior celeridade e confiabilidade no trato das
informaes utilizadas e processadas, quando do recebimento das
manifestaes de satisfao e insatisfao formuladas pelo cidado usurio
em relao aos servios oferecidos pela Previdncia Social. Aproximao
com os rgos de Proteo e Defesa do Consumidor nos temas que envolvam
relao de consumo, por exemplo, emprstimo consignado e as relaes
entre os beneficirios e instituies financeiras. Assuntos com maior
nmero de manifestaes registradas na Ouvidoria-Geral da Previdncia
Social Atraso na anlise do processo concessrio. Atraso no pagamento
de valores devidos pela Previdncia Social Pagamento Alternativo de
Benefcio (PAB). Pedido administrativo de reviso. Pedido de recurso
administrativo de benefcio.20
20. AS SDIO MORAL E SEXUAL 2 ASSDIO SEXUALA Conveno de no 111
da Organizao Internacional do Trabalho OIT, ratificada em 1968
peloBrasil, define discriminao como toda distino, excluso ou
preferncia, que tenha por efeito anularou alterar a igualdade de
oportunidades ou de tratamento em matria de emprego ou profisso.Com
as transformaes ocorridas nas ltimas dcadas no mundo do trabalho, a
prtica do assdiomoral vem se intensificando, visto que as
organizaes procuram exigir, cada vez mais, maiorprodutividade por
parte de seus servidores, incluindo os funcionrios terceirizados,
sem levar emconta a degradao do ambiente de trabalho e da
integridade moral e profissional dos trabalhadores.Diversos
estudiosos sobre a temtica concluem que a humilhao constitui um
risco "invisvel", pormconcreto nas relaes de trabalho e que
compromete, sobretudo, a sade dos servidores. muitofreqente nas
organizaes, funcionrios adoecidos serem responsabilizados pela
queda deproduo, por acidentes, por falta de qualificao
profissional, e conseqentemente h demisso,desemprego.2 Texto
elaborado por Eunice Lea de Moraes Sociloga. Mestra. Gerente de
Projetos da rea do Trabalho da Secretaria Especial de Polticas
Moraes. para as Mulheres da Presidncia da Repblica e Liza Uema
Sociloga. Mestra. Consultora na rea de Gnero e Raa no Trabalho.
Uema. 21
21. O medo manipulado a fim de aumentar a produo dos
servidores, reforar a relao de autoritarismo x submisso, a
disciplina, a vergonha. estabelecido o que comumente chamado de
pacto do silncio. Esse processo traz danos irreversveis sade dos
servidores, que passam a conviver com depresso, palpitaes,
tremores, distrbios do sono, hipertenso, distrbios digestivos,
dores generalizadas, alterao da libido e pensamentos ou tentativas
de suicdios que configuram um cotidiano sofrido e que fere a
integridade humana. O assdio moral no trabalho caracteriza-se pela
exposio do servidor a situaes humilhantes e constrangedoras,
repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no
exerccio de suas funes, sendo mais comuns em relaes hierrquicas
autoritrias e assimtricas, em que predominam condutas negativas,
relaes desumanas e anti-ticas de longa durao, de um ou mais chefes
dirigidas a um ou mais subordinados, desestabilizando a relao da
vtima com o ambiente de trabalho e a organizao, forando-a a
desistir do emprego3. Este fenmeno efetivamente corrobora para a
discriminao no trabalho, a manuteno da degradao das relaes de
trabalho e a excluso social. A prtica do assdio moral pode se
manifestar por meio de diversas formas: gestos, condutas abusivas e
constrangedoras, humilhaes repetidas, inferiorizao, amedrontamento,
menosprezo ou desprezo, 3 Barreto, M. Uma Jornada de Humilhaes.
2000 PUC/SP22
22. isolamento, ironias, difamaes, ridicularizao, piadas
jocosas relacionadas ao sexo, indiferena presena do outro, estigma,
situaes vexatrias, ameaas de demisso, prtica de ignorar a presenado
servidor, deboche daquele que apresenta dificuldades, sugesto de
que o servidor pea demisso,atribuio de tarefas sem sentido ou que
jamais sero utilizadas ou mesmo iro para o lixo, atribuiode tarefas
atravs de terceiros ou atribuio de nenhuma tarefa, controle do
tempo de idas ao banheiro,tornar pblico algo ntimo do subordinado,
no explicar a causa da perseguio, entre outras prticas.O assdio
sexual outra forma de discriminao, tendo base material fundada na
relao de poder,decorre por intimidao, abuso de autoridade (pressupe
o elemento hierrquico). crime tpico.Segundo Barreto (OIT, 1997), o
assdio sexual normalmente integra elementos distintos:
umcomportamento de carter sexual e no desejado, em que a vtima
percebe como algo que seconverteu em condio de trabalho, criando um
ambiente hostil de intimidao e humilhante. Podeadotar as formas de
contatos fsicos, insinuaes sexuais, comentrios e piadas de contedo
sexual,exibio de material pornogrfico ou comentrios sem propsitos e
indesejados relacionados suapessoa.Geralmente o assediador est em
situao hierrquica superior que utiliza o seu poder para intimidarou
prometer vantagens funcionais.A ausncia de instrumento legal que
contemple a questo do assdio moral no mbito federalrepresenta
grande dificuldade para tratar a prtica do assdio nos termos de sua
definio,caracterizao e principalmente aplicao de sanes e formas de
preveno. 23
23. BIBLIOGRAFIA Orientaes para Implantao de Unidade de
Ouvidoria 2006, 3a edio, Ouvidoria-Geral da Unio24
24. Ouvidoria daPrevidnciaParticipao Cidad Central de
Atendimento 135 PREVNet e Ouvidoria-Geral www.previdencia.gov.br
PREVCartas Caixa Postal 09714 CEP: 70 040.976 Braslia/DF