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PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO Alunos: Isadora Souza Ribeiro e João Hercos Neto Preceptora: Márcia Lopes Urquiza Disciplina: PIESF Etapa: 1 Ano: 2014 Curso de Medicina da Universidade de Franca

Processo de territorialização

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PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO

Alunos: Isadora Souza Ribeiro e João Hercos Neto

Preceptora: Márcia Lopes Urquiza

Disciplina: PIESF Etapa: 1 Ano: 2014

Curso de Medicina da Universidade de Franca

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SOBRE O TERMO

Território = do latim territorium, que deriva de terra.

Dupla conotação: simbólica e material. Terra-territorium: identificação, apropriação,

pertencimento. Terreo-territor: terror, aterrorizar, dominação.

Em qualquer acepção, território tem relação com poder: poder no sentido simbólico de apropriação e poder no sentido material de dominação.

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CONCEITUAÇÃO

De acordo com a Geografia → espaço localizável e definido, onde a ação do homem transforma o meio natural. Os critério geopolíticos o definem.

De acordo com a Sociologia → produto social percebido e sentido, carregado de subjetividades, desejos, conflitos resultado histórico da prática humana sobre um dado espaço geográfico em função de necessidades construídas construídas coletivamente.

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TERRITORIALIZAÇÃO

É o reconhecimento e o esquadrinhamento do território segundo a lógica das relações entre condições  de vida,  ambiente e acesso às ações e serviços de saúde.

Estratégia dos indivíduos ou grupo social para influenciar ou controlar pessoas, recursos, fenômenos e relações, delimitando e efetivando o controle sobre uma área.

Resulta das relações políticas, econômicas e culturais, estando intimamente ligado com o contexto

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TERRITORIALIZAÇÃO

Para habitar um território é necessário explorá-lo, torná-lo seu, ser sensível às suas questões, ser capaz de movimentar-se por ele com alegria e descoberta, detectando as alterações de paisagem e colocando em relação fluxos diversos - não só cognitivos, não só técnicos, não só racionais - mas políticos, comunicativos, afetivos e interativos no sentido concreto, detectável na realidade. (CECCIM, 2005)

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DIAGNÓSTICO LOCAL

Perfil demográfico Gênero Migração Tipos de família Domicílios

Perfil epidemiológico Morbidade (incidência, prevalência, fatores de

risco, internações e incapacidade) Mortalidade (faixas estárias acometidas, causas,

letalidade)

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Perfil socioeconômico Moradia Hábitos Costumes Estilo de vida Atividades econômicas Renda Escolaridade Crenças religiosas Meios de comunicação Transporte Lazer Participação social

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DIAGNÓSTICO LOCAL

Perfil ambiental Saneamento básico Micro áreas de risco (água contaminada, esgoto

a céu aberto foco de vetores, lixão, poluição do ar, radioatividade, agrotóxico, radiação eletromagnética)

Demandas/necessidades sentidas pela população Dados coletados através do cadastramento

familiar Discutido com a comunidade e suas lideranças

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RECONHECIMENTO E DEFINIÇÃO

Aspectos físicos e geográficos Quais e como são os limites geográficos (barreiras

geográficas, ligação com outros bairros ou regiões do mesmo bairro e como é o acesso)

Característica geral da área (tipo de bairro e aspecto)

Coleta de lixo (como é, destino e necessidades) Arborização, pavimentação (presença, tipo e

preservação) e transporte público (funcionamento e disponibilidade)

Rede telefônica e elétrica (presença e preservação) Esgoto tratado e suprimento público de água

(presença, destino e falta) Elementos poluidores (presença e tipo)

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RECONHECIMENTO E DEFINIÇÃO Hortas, feiras livres, comércio, serviços, táxi (pontos e

tipos) e serviço de correio. Religião (quais, atuação e mais frequentadas) Animais errantes (quais e perigo que oferecem) Acesso (ao centro, a hospitais e a centros de saúde) Equipamentos sociais Tipos de construção (predominância) Terrenos baldios, praças públicas e áreas de lazer

(presença, preservação, lixo acumulado, quem frequenta) Vias para pedestres (segurança e preservação) Pontos de: tráfico de drogas, prostituição, desmonte

de carros, imóveis desocupados/abandonados/para alugar ou vender

Creches e escolas (presença, quantidade, tipo e atendimento)

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RECONHECIMENTO E DEFINIÇÃO Aspectos populacionais e de organização social

Associação de moradores e comissão local de saúde (atuação e reuniões), outras associações e ONGs

Grupos comunitários Características das pessoas da micro área (quantidade,

idade, sexo, faixa etária, escolaridade, evasão escolar, trabalho infantil [tipo], ocupação dominante, desempregos, egressos do sistema penitenciário)

Tipo de estrutura familiar (nuclear – casal sozinha ou casal + filhos; monoparental – só a mãe ou só o pai + filhos; ampliada – agregados, parentes ou não; unipessoal – pessoa sozinha; outros)

Característica das residências (quantidade de pessoas por residência, número de pessoas por cômodo, outros cômodos sendo “transformados” em quartos, presença de 1 quarto 1 cozinha e 1 banheiro)

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Segurança das ruas e presença/ausência das pessoas

Acidentes de trânsito (local e frequência) Utilização dos recursos do território, dos Núcleos

de Saúde da Família e de serviços privados de saúde

Solidariedade entre famílias Relação entre as pessoas

Padrão de renda familiar Renda per capita dos moradores

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Miseráveis 0,5 salário mínimo per capita

Indigentes 0,5 a 1 salário mínimo per capita

Pobres 1 a 2 salário(s) mínimo(s) per capita

Acima da linha da pobreza

2 ou mais salários mínimos per capita

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POR QUE FAZER O DIAGNÓSTICO LOCAL?

Propor ações para solucionar os problemas identificados

Definir prioridades e recursos a ser empregados

Ou seja: fazer o PLANEJAMENTO ASCENDENTE

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“Localizar significa mostrar o lugar. Quer dizer, além disto, reparar no lugar. Ambas as coisas, mostrar o lugar e reparar no lugar, são os passos preparatórios de uma localização. Mas é muita ousadia que nos conformemos com os passos preparatórios. A localização termina, como corresponde a todo método intelectual, na interrogação que pergunta pela situação do lugar.”

(Heidegger,1998)

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REFERÊNCIAS

Caccia-Bava, MCGG, Teixeira RA, Pereira MJB . A arena política da territorialidade. 2007.

Gadelha CAG, Machado CV, Lima LD, Baptista TWF. Saúde e territorialização na perspectiva do desenvolvimento. Ciênc. saúde coletiva [internet]. 2011 jun [citado 07 abr 2014];16(6). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232011000600038&script=sci_arttext

Gondim GM, Monken M. Territorialização em Saúde. Rio de Janeiro: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fundação Oswaldo Cruz. P. 1-6

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