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FACULDADE ADVENTISTA PARANAENSE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA Enfº Eliézer Farias de Mello [email protected] 2009

QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

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Page 1: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

FACULDADE ADVENTISTA PARANAENSE

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

EM QUIMIOTERAPIA

ANTINEOPLÁSICA

Enfº Eliézer Farias de [email protected]

2009

Page 2: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

1. ONCOGÊNESE

2. QUIMIOTERAPIA

3. TOXICIDADES

4. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

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1- ONCOGÊNESE

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CICLO CELULAR

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Conceitos• Câncer:

– Doença da célula em que os mecanismos normais de controle do crescimento e proliferação são prejudiciais, o que resulta em alterações morfológicas distintas da célula e em aberrações nos padrões teciduais.

– Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.

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Conceitos

– Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas.

– Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.

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DIFERENÇAS ENTRE TUMORES MALIGNOS E BENIGNOS

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Conceitos

• Neoplasia (neo= novo + plasia = tecido)

– É o termo que designa alterações celulares que acarretam um crescimento exagerado destas células, ou seja, proliferação celular anormal, sem controle e autônoma, na qual reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em consequência de mudanças nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celulares. A neoplasia pode ser maligna ou benigna.

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Conceitos

• Metástase– É o crescimento secundário do câncer primário em

outro órgão.• Disseminação através de vasos linfáticos e sanguíneos• Responsável pela maioria das mortes

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Conceitos

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2- QUIMIOTERAPIA

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2- QUIMIOTERAPIA

•É o Uso de Substâncias antineoplásicas para promover a destruição das células tumorais, interferindo com a função e reprodução celulares.

•Ela engloba o uso de vários agentes quimioterápicos e hormônios.

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2- QUIMIOTERAPIA

• A quimioterapia consiste na administração de drogas químicas, quer seja via oral, venosa, intrarterial, cavitária , intramuscular que atuam interferindo diretamente no ciclo celular, bloqueando uma sequência metabólica e com isto impedindo a divisão ou amadurecimento celular levando a célula consequentemente a morte.

• As drogas quimioterápicas atuam por interferência direta no metabolismo celular, quer seja na duplicação do DNA, na síntese de RNA, na síntese protêica e nas fases S, G1, G2 e M do ciclo celular, com consequente parada daquela via metabólica e evidentemente a morte da célula.

• Já na fase G 0 do ciclo celular as drogas tem praticamente nenhuma ação.

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2- QUIMIOTERAPIA

• Ciclo-inespecíficos (CCNS)- Aqueles que atuam nas células que estão ou não no ciclo proliferativo, como, por exemplo, a mostarda nitrogenada;

• Ciclo-específicos (CCS)- Os quimioterápicos que atuam somente nas células que se encontram em proliferação, como é o caso da ciclofosfamida;

• Fase-específicos (CCFS)- Aqueles que atuam em determinadas fases do ciclo celular, como, por exemplo, o metotrexato (fase S), o etoposídeo (fase G2) e a vincristina (fase M).

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2- QUIMIOTERAPIA

TIPOS E FINALIDADES DA QUIMIOTERAPIA

• CURATIVA - quando é usada com o objetivo de se conseguir o controle completo do tumor, como nos casos de doença de Hodgkin, leucemias agudas, carcinomas de testículo, coriocarcinoma gestacional e outros tumores.

• ADJUVANTE - quando se segue à cirurgia curativa, tendo o

objetivo de esterilizar células residuais locais ou circulantes, diminuindo a incidência de metástases à distância. Exemplo: quimioterapia adjuvante aplicada em caso de câncer de mama operado em estádio II.

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2- QUIMIOTERAPIA

TIPOS E FINALIDADES DA QUIMIOTERAPIA

• NEOADJUVANTE OU PRÉVIA - quando indicada para se obter a redução parcial do tumor, visando a permitir uma complementação terapêutica com a cirurgia e/ou radioterapia. Exemplo: quimioterapia pré-operatória aplicada em caso de sarcomas de partes moles e ósseos.

• PALIATIVA - não tem finalidade curativa. Usada com a finalidade de melhorar a qualidade da sobrevida do paciente. É o caso da quimioterapia indicada para carcinoma indiferenciado de células pequenas do pulmão.

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PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DA

QUIMIOTERAPIA • FEC (Fluorouracil, Epirubicina e Ciclofosfamida) um dos protocolos

utilizados no tratamento do câncer de mama.• ABVD (Doxorrubicina, Bleomicina, Vinblastina, Dacarbazina) um

dos protocolos utilizados no tratamento da doença de Hodgkin;• MINE (Ifosfamida, Mitoxantrona e Etoposide) um dos protocolos

utilizados para o tratamento de linfomas;• CAM (Ciclofosfamida, Actiomicina e Metotrexate) um dos

protocolos utilizado no tratamento da doença trofoblástica gestacional;

• CHOP (Ciclofosfmida, Doxurrubicina, Vincristina e Predinisona) um dos protocolos utilizado no tratamento da leucemia linfocítica crônica;

• VCMP (Vincristina, Melfalano, Ciclofosfamida e Predinisona) um dos protocolos utilizado no tratamento de mielomas;

• ECF (Epirrubicina, Cisplatina e 5-Fluorouracil) um dos protocolos utilizados no tratamento de câncer de esôfago.

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ACÃO DO QUIMIOTERÁPICO DE ACORDO COM O CICLO CELULAR

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QUIMIOTERÁPICOS VESICANTES

- Dacarbazina - Dactinomicina- Daunorrubicina- Doxorrubicina- Epirrubicina- Idarrubicina- Mecloretamina- Mitomicina- Vimblatina- Vincristina- Vinorelbine

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QUIMIOTERÁPICOS IRRITANTES

- Carmustina

- Dacarbazina

- Daunorrubicina

- Docetaxel

- Doxorrubicina

- Epirrubicina

- Etoposide

- Gencitabina

- Idarrubicina

- Etoposide

- Gencitabina

- Idarrubicina

- Mecloretamina

- Oxaliplatina

- Paclitaxel

- Streptozocin

- Teniposide

- Thiotepa

- Vinorelbine

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3- TOXICIDADES

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3- TOXICIDADES

Precoces(0 a 3 dias)

Imediatos(de 7 a 21 dias)

Tardios(meses)

Ultra-Tardios(meses ou anos)

• Náuseas• Vômitos• Mal estar• Adinamia• Artralgias• Agitação• Exantemas• Flebites

• Mielossupressão: granulocitopenia, plaquetopenia, anemia• Mucosites• Cistite hemorrágica devida à ciclofosfamida• Imunossupressão• Potencialização dos efeitos das radiações devida à actinomicina D, à adriamicina e ao 5-fluoruracil

• Miocardiopatia devida aos antracícliclos e outros• Hiperpigmentação e esclerodermia causadas pela bleomicina• Alopecia• Pneumonite devida à bleomicina• Imunossupressão• Neurotoxidade causada pela vincristina, pela vimblastina e pela cisplatina• Nefrotoxidade devida à cisplatina

• Infertilidade• Carcinogênese• Mutagênese• Distúrbio do crescimento em crianças• Seqüelas no sistema nervoso central• Fibrose/cirrose hepática devida ao metotrexato

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MIELOSSUPRESSÃO

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MIELOSSUPRESSÃO

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LEUCOPENIA

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TROMBOCITOPENIA (PLAQUETOPENIA)

FIGURA 1 FIGURA 2

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ANEMIA

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NÁUSEAS E VÔMITOS

Page 35: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

MUCOSITE

Page 36: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ANOREXIA

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DIARRÉIA

Page 38: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

CONSTIPAÇÃO

Page 39: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

CARDIOTOXICIDADE

Page 40: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

HAPATOTOXICIDADE

Page 41: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

NEUROTOCICIDADE

Page 42: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

TOXICIDADE DERMATOLÓGICA

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TOXICIDADES PULMONARRES

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TOCICIDADES RENAIS E VESICAIS

Page 45: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ALOPÉCIA

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4- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

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LEUCOPENIA• DIAGNÓSTICO

– Risco de infecção: relacionada à imunossupressão• INTERVENÇÃO

– avaliar sinais de infecção;

– avaliar sinais vitais e iniciar curva térmica;

– avaliar hemograma;

– evitar procedimentos invasivos, mas, se necessário for, atentar para técnica asséptica;

– trocar curativos, soluções endovenosas e os equipos de acordo com a freqüência e a técnica correta;

– utilizar técnica meticulosa de lavagem das mão antes dos cuidados;

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

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– orientar higiene corporal; – introduzir uso de cremes hidratantes; – orientar o afastamento de aglomerações; – esclarecer sobre evitar banhos em rios, mar e piscinas públicas; – encaminhar ao Serviço de Nutrição e Dietética; – encorajar o paciente a tossir e respirar profundamente e com

regularidade, encaminhar ao fisioterapeuta se necessário. – Em casos de hipertermia relacionada à leucopenia, a intervenção de

enfermagem deverá ser a seguinte:• colher amostras de sangue e urina para cultura; • iniciar/manter curva térmica; • avaliar sinais vitais; • avaliar hemograma; • iniciar antibioticoterapia e tratamento antipirético prescrito; • se persistir temperatura, aplicar compressas frias ou encaminhar

o paciente ao banho frio.

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TROBOCITOPENIA• DIAGNÓSTICO

– Potencial para lesão, hemorragia relacionada com a trombocitopenia

• INTERVENÇÃO– avaliar o paciente em busca de sinais e sintomas de

sangramentos leves e graves. – proceder a transfusão de Concentrado de Plaquetas quando

prescrita; – monitorizar hemograma; – evitar procedimentos invasivos; – proporcionar um ambiente seguro; – orientar quanto aos sinais e sintomas de sangramento e

quanto à necessidade de reportá-los à equipe de saúde;

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

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– orientar quanto ao perigo de utilizar objetos cortantes; – orientar quanto à higiene oral; – mostrar a importância de um hábito intestinal regular; – orientar a pacientes do sexo feminino que a menstruação

poderá vir mais profusa durante o período de plaquetopenia;

– orientar quanto ao risco do uso de aspirinas; – pacientes em uso de corticosteróide oral devem ser

orientados para ingeri-lo com leite ou antiácido.

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ANEMIA• DIAGNÓSTICO

– Intolerância à atividade, relacionada com a fadiga e a fraqueza generalizada

• INTERVENÇÃO– avaliar o paciente em busca de sinais e sintomas de anemia;

– avaliar hemograma;

– proceder transfusão de Concentrado de Hemácias;

– encaminhar ao Serviço de Nutrição e Dietética;

– administrar suplementos férricos e/ou eritropoitina quando prescritos;

– incentivar períodos freqüentes de sono e repouso;

– providenciar cobertas e roupas adicionais;

– administrar oxigênio se necessário.

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMNÁUSEAS E VÔMITOS

• DIAGNÓSTICO DE ENFERMNAGEM– Alteração da nutrição: menor do que as necessidades

orgânicas.• INTERVENÇÃO

– Avaliar as possíveis variações de peso;– Avaliar a história dietética;– Monitorar os valores laboratoriais;– Administrar medicação antiemética;– Avaliar quantidade, cor, consistência e frequência dos vômitos;– Verificar frequência de náuseas;– Avaliar a eficácia do entiemético;– Promover um ambiente de conforto;– Orientar a higiene oral.

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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

• Orientar o paciente sobre as práticas pessoais que diminuem as náuseas e vômitos:– Não ficar em jejum;

– Evitar alimentos quentes gordurosos e condimentados;

– Comer em quantidades menores e com intervalos mais frequentes;

– Técnicas de relaxamento por meio de respiração, visualização de imagens e sons agradáveis (música, televisão, jogos, brincadeiras, conversas informais);

– Uso adequados dos antieméticos prescritos.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMMUCOSITE

• DIAGNÓSTICO– Mucosa oral prejudicada, estomatite, lesões

ulcerativas, xerostomia, alteração do paladar.• INTERVENÇÃO

– Avaliar o estado das mucosas;

– Orientar higiene oral adequada;

– Orientar a comer alimentos brandos na dieta;

– Orientar sobre a aplicação de anestésico local;

– Orientar o uso de bochechos;

– Orientar a escovação dentária;

– Manter os lábios lubrificados.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMCONSTIPAÇÃO

• DIAGNÓSTICO– Constipação, diminuição da mobilidade e da atividade

física, erros alimentares, uso de analgésicos e alterações psicológicas.

• INTERVENÇÃO– Atentar para a eliminação intestinal;– Orientar dobre a ingesta de alimentos ricos em fibras;– Orientar sobre a importância de ingesta hídrica;– Orientar sobre os benefícios da atividade física;– Orientar sobre os riscos da automedicação;– Orientar sobre a necessidade de reservar um momento do dia

para a evacuação;– Encaminhar ao médico se necessário.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMANOREXIA

• DIAGNÓSTICO

– Nutrição alterada: ingestão menor do que as necessidade corporais, alteração do paladar

• INTERVENÇÃO– Orientar sobre a importância de ingesta alimentar;– Orientar o fracionamento da dieta;– Estimular a ingesta de alimentos ricos em proteínas e

calorias;– Orientar a evitar a ingesta de líquidos durante as refeições;– Estimular a prática de exercícios físicos;– Encaminhar para a orientação nutricional;– Casos extremos: uso de suplementos nutricionais,

alimentação por sonda, nutrição parenteral.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDIARRÉIA

• DIAGNÓSTICO– Diarréia relacionada a QT antineoplásica

• INTERVENÇÃO– Atentar para eliminação intestinal;– Orientar a inclusão de alimentos constipantes;– Orientar sobre a hidratação, principalmente com

líquidos ricos em potássio e sódio;– Orientar lavagem externa após cada evacuação para

diminuir o risco de infecção;– Orientar sobre a utilização de antidiarreicos.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Fadiga/intolerância à atividade, relacionada à anorexia e à diarréia.

• INTERVENÇÃO

– Incentivar períodos mais prolongados e freqüentes de sono e repouso;

– Atentar para os níveis de eletrólitos;– Encaminhar ao Serviço de Nutrição e

Dietética para estruturação de uma dieta adequada;

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Risco de desequilíbrio de volume de líquidos relacionado à diarréia e vômitos.

• INTERVENÇÃO

– Iniciar balanço hídrico;– Atentar para os níveis de eletrólitos;– Incentivar ingesta hídrica;– Encaminhar ao Serviço de Nutrição e Dietética

para estruturação de uma dieta adequada;– Pesar diariamente o paciente;

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM• DIAGNÓSTICO

– Integridade tissular prejudicada/ Risco de infecção relacionados ao dano às mucosas (Mucosites)

• INTERVENÇÃO– Orientar quanto à importância de uma boa higiene oral;– Incentivar bochechos e gargarejos com soluções prescritas e/ou

preconizadas pela instituição.– Encaminhar o paciente para o Serviço Odontológico; – Avaliar diariamente a mucosa oral e as regiões perianal e perineal;– Orientar quanto à importância de uma boa higiene perianal e

perineal;– Avaliar sinais vitais e iniciar curva térmica;– Colher amostras de fezes e sangue se surgirem sinais de infecção.– Aplicar gelo em mucosa oral em caso de sangramento.

Page 61: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM• DIAGNÓSTICO

– Déficit no autocuidado para higiene oral/ Dor aguda relacionada à mucosite.

• INTERVENÇÃO– Orientar quanto à importância de uma boa higiene oral;– Administrar soluções anestésicas conforme prescrição;– Orientar o paciente a realizar as refeições após a aplicação

da substância anestésica em mucosa oral e orofaringe;– Manter lábios lubrificados;– Fornecer gelo ou orientar o paciente para levar picolés ou

sorvetes para serem ingeridos durante o tratamento quimioterápico (crioterapia);

– Encaminhar ao Serviço de Nutrição e Dietética para estruturação de uma dieta adequada;

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM• DIAGNÓSTICO

– Náusea relacionada à toxicidade gastrintestinal.

• INTERVENÇÃO– Administrar medicação antiemética de acordo com o

protocolo adotado;

– Encaminhar ao Serviço de Nutrição e Dietética para estruturação de uma dieta adequada;

– Proporcionar um ambiente tranqüilo e livre de ruídos e odores;

– Em caso de êmese, registrar quantidade e características das eliminações gástricas;

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO– Nutrição desequilibrada: menos que as necessidades

corporais relacionada à mucosite, náuseas, anorexia e

constipação. • INTERVENÇÃO

– Encaminhar ao Serviço de Nutrição e Dietética para estruturação de uma dieta adequada;

– Observar e registrar aceitação da dieta;Administrar antiemético conforme prescrição;

– Orientar o paciente a realizar as refeições após a aplicação de substâncias anestésicas em mucosa oral e orofaringe;

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Risco de constipação relacionada ao uso de alguns quimioterápicos.

• INTERVENÇÃO

– Incentivar ingesta hídrica;– Estimular deambulação e exercícios físicos se

tolerados;– Administrar laxativos conforme prescrição;– Encaminhar ao Serviço de Nutrição e Dietética

para estruturação de uma dieta adequada;

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM• DIAGNÓSTICO

– Diarréia relacionada a uso de alguns quimioterápicos.

• INTERVENÇÃO– Observar, avaliar e registrar as características, quantidade

e freqüência das eliminações intestinais;

– Encaminhar ao Serviço de Nutrição e Dietética para estruturação de uma dieta adequada;

– Iniciar balanço hídrico;

– Incentivar ingesta hídrica;

– Atentar para os níveis de eletrólitos;

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMX

• DIAGNÓSTICO

– Débito cardíaco diminuído

• INTERVENÇÃO– Observar sinais e sintomas de alterações cardíacas

durante e após a aplicação do quimioterápico;

– Administrar medicamentos conforme prescrição;

– Controlar sinais vitais;

– Controlar peso;

– Monitorizar balanço hídrico;

– Manter o paciente em posição Fowler;

Page 67: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Padrão respiratório ineficaz

• INTERVENÇÃO

– Administrar oxigênio;– Providenciar períodos de repouso freqüentes;

Page 68: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMX

• DIAGNÓSTICO

– Risco de desequilíbrio do volume de líquidos

• INTERVENÇÃO

– Controlar peso;– Monitorizar balanço hídrico;

Page 69: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Intolerância à atividade.

• INTERVENÇÃO

– Orientar sobre a necessidade de períodos maiores de repouso;

Page 70: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Perfusão tissular ineficaz

• INTERVENÇÃO

– Administrar oxigênio;– Manter o paciente em posição Fowler;– Observar coloração e temperatuda das

extremidades;– Aquecer extremidades;

Page 71: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Confusão aguda relacionado à elevação das escórias sanguíneas

• INTERVENÇÃO– Observar sinais e sintomas de hepatotoxicidade;

– Avaliar nível de consciência;

– Acompanhar os exames de função hepática;

– Instituir medidas de segurança;

– Instituir alimentação parenteral se o paciente apresentar

impossibilidade de alimentar-se.

Page 72: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Integridade da pele prejudicada relacionada à irritação tecidual pelas escórias

• INTERVENÇÃO

– Aplicar cremes lubrificantes;– Registrar qualquer alteração da pele.

Page 73: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Dor aguda relacionada à hepatomegalia

• INTERVENÇÃO– Pesar diariamente;– Avaliar circunferência abdominal;– Avaliar presença de edemas;– Avaliar sinais vitais;– Registrar débito urinário;– Restringir ingesta hídrica em caso de doença veno-oclusiva

hepática (DVOH);– Administrar medicamentos prescrito indicado para quadros de

DVOH;

Page 74: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Confusão aguda devido a anormalidades centrais

• INTERVENÇÃO

– Avaliar sinais e sintomas de neurotoxicidade;– Controlar níveis séricos de magnésio;– Adminstrar magnésio conforme prescrição;– Instituir medidas de segurança;

Page 75: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Hipertermia devido à irritação meníngea

• INTERVENÇÃO

– Manter cabeceira elevada;– Incentivar o repouso;– Verificar sinais vitais;– Administrar antipirético prescrito;

Page 76: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Risco de constipação relacionado às anorma-lidades periféricas e ao uso de opióides, anticonvulsivantes e antidepressivos

• INTERVENÇÃO

– Encaminhar ao Serviço de Nutrição e Dietética para estruturação de uma dieta adequada;

– Incentivar ingesta hídrica;– Estimular deambulação, se possível; – Administrar laxativos conforme prescrição;

Page 77: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Deambulação prejudicada/ risco de lesão/ risco de disfunção neurovascular periférica, relacionados à neuropatia periférica

• INTERVENÇÃO

– Encaminhar ao serviço de Fisioterapia;– Observar a integridade dos membros

superiores e inferiores;– Orientar a respeito dos cuidados de proteção

com os membros que apresentam neuropatia periférica;

Page 78: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Dor aguda

• INTERVENÇÃO

– Promover ambiente tranqüilo;– Administrar medicamento prescrito;

Page 79: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Eliminação urinária prejudicada

• INTERVENÇÃO

– Avaliar e registrar débito urinário;Realizar cateterismo vesical de alívio;

– Realizar cateterismo vesical de demora;

Page 80: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO

– Padrão de sono perturbado

• INTERVENÇÃO

– Promover ambiente tranqüilo;– Administrar medicação prescrita;

Page 81: QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• DIAGNÓSTICO– Déficit no auto-cuidado para alimentação, banho, higiene,

vestir-se, arrumar-se, relacionado às anormalidades centrais e periféricas

• INTERVENÇÃO– Auxiliar o paciente nas atividades de alimentação e

higiene;

– Se possível, solicitar a presença permanente de um acompanhante;

– Avaliar diariamente a capacidade do paciente de realizar tais tarefas;