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Versão 1.0 Departamento de Fisioterapia Anatomia I Sebenta de Miologia João Vasconcelos Martins Alcoitão Outubro 2011

Sebenta de miologia jvm 2011

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Versão 1.0

Departamento de Fisioterapia

Anatomia I

Sebenta de Miologia

João Vasconcelos Martins

Alcoitão

Outubro 2011

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Músculos

Trapézio

Origem – 1/3 interno do lábio inferior da linha nucal superior.

- no ligamento nucal posterior

- nos processos espinhosos da 7ª vértebra cervical e das 10 ou 11

primeiras

dorsais.

Inserção – no 1/3 externo da margem posterior e da face superior da

clavícula.

- na margem posterior do acromio.

- no lábio superior da margem posterior da espinha da omoplata.

Acção – adução e rotação superior da omoplata.

- quando o ponto fixo está na omoplata, faz flexão lateral e rotação

da coluna

cervical para o mesmo lado.

Podemos distinguir 3 porções neste músculo, trapézio superior, médio e

inferior.

As 3 porções em conjunto farão as acções acima descritas, mas podem

trabalhar

Isoladas. Assim o trapézio superior pode também fazer elevação da

omoplata e o médio só pode fazer adução.

Palpação:

Trapézio superior – na região compreendida entre o occipital, a coluna

cervical e o acrómio.

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Trapézio médio – entre as primeiras vértebras dorsais e a raiz da espinha

da escápula.

Trapézio inferior – na superfície triangular correspondendo às vértebras

dorsais médias e inferiores e à raiz da espinha da escápula

Romboide

Origem: - parte inferior do ligamento nucal

- processo espinhoso da 7ª vértebra cervical

- processos espinhosos das 4 ou 5 primeiras dorsais

Inserção – margem medial da escápula abaixo da espinha

Acção – adução e rotação inferior da escápula

Palpação – profundamente ao longo da margem medial da escápula

Serrátil

Origem – na face lateral das 9 ou 10 primeiras costelas

Inserção – em toda a margem medial da escápula

Acção – abdução e rotação superior da escápula

- tendo o seu ponto fixo na escápula é um músculo inspirador

Elevador da escápula

Origem – no ângulo superior da escápula

Inserção – processo transverso do atlas

- tubérculos posteriores dos processos transversos do áxis e

Da 3ª e 4ª vértebras cervicais

Acção – elevador da escápula

- rotação inferior da escápula

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Supra- espinhal (Supra- espinhoso)

Origem – 2/3 internos da fossa supra espinhal

Inserção – faceta superior do tubérculo maior da cabeça do úmero

Acção – abdução do ombro

- mantém a cabeça do úmero contra a cavidade glenoide

- para alguns autores é rotador externo do ombro

Palpação – entre o bordo externo do acromion e a cabeça do úmero

Infra -espinhal (Infra- espinhoso)

Origem – 2/3 internos da fossa infra espinhal

Inserção – faceta média do tuberosidade maior da cabeça do úmero

Acção – rotação externa do ombro

- ajuda a manter a cabeça do úmero na cavidade glenoide

Palpação – abaixo da espinha da escápula

Redondo menor (Pequeno redondo)

Origem – parte superior da faceta triangular situada na face posterior

da escápula, junto à margem lateral

Inserção – faceta inferior da tuberosidade maior da cabeça do úmero

Acção – rotação externa do ombro

- mantém a cabeça do úmero contra a cavidade glenoide

Inervação – Nervo axilar (C4,5) (nervo circunflexo)

Palpação – junto à margem lateral da escápula

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Redondo maior (Grande redondo)

Origem – parte inferior da faceta triangular da face posterior da escápula

junto à margem lateral

- face posterior do ângulo inferior da escápula

Inserção – lábio posterior da goteira bicipital

Acção – extensão, adução e rotação interna do ombro

Palpação – no bordo posterior da axila

Subescapular (Infra- escapular)

Origem – em toda a face anterior da escápula

Inserção – na tuberosidade menor da cabeça do úmero

Acção – rotação interna do ombro

- assiste na adução quando o braço está acima da horizontal

- ajuda a manter a cabeça do úmero na cavidade glenoide

Latíssimo do dorso (Grande dorsal)

Origem – Processos espinhosos das 6 ou 7 últimas vértebras dorsais e das

5 lombares.

- crista sagrada

- 1/3 posterior do lábio externo da crista ilíaca

- face externa das 3 últimas costelas

Inserção – interstício do sulco intertubercular

Acção – extensão, hiperextensão, adução e rotação interna do ombro

do grande dorsal)

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Palpação – no bordo posterior da axila

Obs. – o grande dorsal trabalhando com origem e inserção invertidas, ele

o corpo como por exemplo quando se está suspenso numa barra.

Peitoral maior (Grande peitoral)

Origem – 2/3 internos da margem anterior da clavícula

- face anterior do esterno

- cartilagens das 5 ou 7 primeiras costelas

- aponevrose abdominal

Inserção – lábio anterior do sulco intertubercular

Acção – a poção clavicular e esternal no conjunto fazem adução,rotação

interna e adução horizontal do ombro.

Partindo de uma posição de hiper-extensão, as duas porções

Fazem flexão do ombro, mas quando o braço já se encontra

Um pouco em flexão só a porção clavicular continua a fazer

flexão.

Quando o braço está acima de 90º de flexão o grande peitoral

Faz extensão contra resistência.

Palpação – porção clavicular - abaixo dos 2/3 internos da clavícula

- porção esternal – no bordo anterior da axila

Peitoral menor (Pequeno peitoral)

Origem – margem superior e face lateral da 3ª, 4ª e 5ª costelas

Inserção – margem medial do processo coracoide juntamente com

o córaco-braquial

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Acção – rotação inferior, abdução e inclinação posterior da escápula

- tendo o ponto fixo no processo coracoide, eleva as costelas

Sub clávio

Origem – 1ª costela e 1ª cartilagem costal

Inserção – sulco do sub clávio na face inferior da clavicula

Acção – baixa a clavícula. Se aclavícula estiver fixada em elevação

pode assistir na inspiração forçada

Deltoide

Origem – 1/3 interno do bordo anterior da clavícula

- bordo externo do acrómio

- lábio inferior da margem posterior da espinha da escápula

Inserção – na tuberosidade para o deltóide no úmero

Acção – considerando o conjunto das suas fibras é abdutor do ombro

Podemos considerar neste músculo 3 porções, uma anterior ou

clavicular, uma média ou acromial e outra posterior ou escapular.

Cada uma destas porções trabalhando isoladamente tem as

seguintes acções no ombro:

- porção anterior – flexão, rotação interna e adução horizontal

- porção média – abdução

- porcção posterior – extensão, rotação externa e abdução

horizontal

Palpação

- porção anterior – entre a extremidade externa da clavícula e

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a parte superior do úmero

- poção média – abaixo do acromion

- porção posterior – entre a espinha da escápula e a parte superior

do úmero

Músculos do braço

Córaco- braquial

Origem – vértice do processo coracoide por um tendão comum com a

Porção curta do bicípite

Inserção – face medial do úmero um pouco acima da parte média

Acção – assiste na flexão. Adução e rotação interna do ombro

Palpação – difícil de palpar. Pode palpar-se na parte anterior da porção

superior do braço

Bicípete

Origem – Curta porção – vértice da apófise coracoide por um tendão

comum com o córaco -braquial

- Longa porção – na parte superior da cavidade glenoidal do

úmero.

Inserção – Tuberosidade do rádio.

Do lado interno do tendão terminal sai uma expansão

aponevrótica que se vai fundir com a aponevrose antibraquial.

Acção – No ombro ajuda na flexão e adução.

No cotovelo faz flexão.

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È supinador se o antebraço estiver em pronação

Palpação – O ventre muscular palpa-se nos 2/3 inferiores da região

aterior do antebraço.

O tendão palpa-se na parte média da região anterior do

cotovelo.

Braquial (Braquial anterior)

Origem – lábio inferior da tuberosidade para o deltoide.

- metade inferior da face antero lateral e antero medial do úmero

Inserção – parte interna da base do processo coronoide do cúbito.

Acção – flexão do cotovelo

Tricípete

Origem :

Porção longa – tubérculo infra-glenoidal

Porção lateral – face posterior do úmero acima da goteira do N. radial

Porção medial – face posterior do úmero abaixo da goteira do N. radial

Inserção – comum às 3 porções na face posterior e margens do olecrano

Acção – no cotovelo – extensão

- no ombro assiste na extensão e adução

Palpação – na região posterior do braço

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Músculos do antebraço

Pronador redondo (Redondo pronador)

Origem – face anterior do epicondilo medial

- bordo interno do processo coronoide

Inserção - parte média da face lateral do rádio

Acção – pronação do antebraço

- assiste na flexão do cotovelo desde que o antebraço esteja em

pronação ou esteja imobilizado em supinação pelos músculos

supinadores

Palpação – não se palpa

Flexor radial do carpo ( grande palmar )

Origem – face anterior do epicondilo medial

Inserção – face anterior da base do 2º metacarpal

Acção – flexão do punho com desvio radial

Palpação – na região anterior do punho para fora do tendão do

palmar longo

Palmar longo ( pequeno palmar )

Origem – face anterior do epicondilo medial

Inserção – no retináculo dos flexores e na aponevrose palmar

Acção – flexão do punho e acessoriamente é tensor da aponevrose palmar

Palpação – na parte média da região anterior do punho

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Flexor ulnar do carpo (Flexor cubital do carpo) ( cubital anterior )

Origem – epicondilo medial (porção umeral)

- margem medial do olecraneo e 2/3 superiores da margem

posterior da ulna (porção ulnar)

Inserção – face anterior do pisiforme

Acção – flexão do punho com desvio cubital

Palpação – na parte anterior da margem medial do antebraço

- o tendão palpa-se no punho um pouco acima do pisiforme

Flexor superficial dos dedos (Flexor comum superficial dos dedos)

Origem – epicondilo medial

- margem medial do processo coronoide (para dentro e para

baixo do braquial anterior)

- margem anterior do rádio abaixo da tuberosidade

Inserção – o músculo termina por 4 tendões que se dirigem para os 4

últimos dedos. Cada um destes tendões vai inserir-se por duas

linguetas na face medial e lateral da base da 2ª falange do

dedo respectivo.

Acção – flexão da falange média sobre a proximal

- assiste na flexão da falange proximal sobre o metacarpal e na

flexão do punho

Palpação – Ao longo dos tendões, na palma da mão

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Flexor profundo dos dedos (Flexor comum profundo dos dedos)

Origem – 3/4 superiores da face anterior e medial do cúbito

- membrana interóssea

Inserção – Termina por 4 tendões que vão para os 4 últimos dedos para

se inserirem cada um deles na face anterior da base da 3ª

falange do dedo respectivo

Acção – flexão da falange distal sobre a medial

- assiste na flexão das outras duas falanges e na flexão do punho

Palpação – não se palpa

Flexor longo do polegar (Longo flexor do polegar)

Origem – 1/3 médio da face anterior do rádio

- parte adjacente do ligamento interósseo

Inserção – face anterior da base da falange distal do polegar

Acção – flexão da falange distal sobre a falange proximal do polegar

- assiste na flexão do polegar sobre o 1º metacarpal

Palpação – não se palpa

Quadrado pronador

Origem – ¼ inferior da margem anterior da ulna

Inserção – ¼ inferior da margem anterior e da face anterior do rádio

Acção – pronação do antebraço

Palpação – não se palpa

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Extensor dos dedos (Extensor comum dos dedos)

Origem – face posterior do epicondilo lateral

- face profunda da aponevrose antibraquial

Inserção – Ao nível do punho o músculo divide-se em 4 tendões que vão

para os 4 últimos dedos. Cada um destes tendões divide-se ao

nível da articulação metacarpo- falangica em 3 linguetas, uma

média e duas laterais. A média vai para a face dorsal da base da

2ª falange e as laterais , unem-se e vão para a face dorsal da

3ª falange

Acção – extensão dos dedos

- assiste na extensão do punho

Palpação – O ventre muscular palpa-se na face dorsal do antebraço. Os

tendões palpam-se na face dorsal da mão

Extensor cubital do carpo (cubital posterior)

Origem – epicondilo lateral e margem posterior do cúbito

Inserção – face posterior da extremidade superior do 5º metacarpal

Acção – extensão do punho com desvio cubital

- assiste na flexão do cotovelo contra resistência quando o

antebraço está em pronação

Palpação – o ventre muscular palpa-se na parte posterior da margem

Interna do antebraço

- o tendão palpa-se na face posterior do punho na direcção

do 5º metacarpal

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Extensor do indicador (Extensor próprio do indicador)

Origem – face posterior do cúbito abaixo do extensor longo do polegar

- ligamento interósseo

Inserção – junta-se ao tendão do extensor comum que vai para o 2º dedo

ao nível da articulação metacarpo- falangica

Acção – extensão da falange proximal do 2º dedo

- assiste na extensão do punho

Palpação – não se palpa

Braquioradial ( longo supinador)

Origem – parte inferior da margem lateral do úmero acima do epicondilo

Inserção – base do processo estiloide do rádio

Acção – no cotovelo faz flexão

- é pronador até à posição média se o antebraço estiver em

supinação e supinador até à posição média se estiver em

pronação

Palpação – na região antero externa da parte superior do antebraço

Extensor radial longo do carpo (Longo extensor radial do carpo) ( 1º

radial externo )

Origem – na margem lateral do úmero abaixo do braquioradial

- no epicondilo lateral

Inserção – face dorsal da base do 2º metacarpal

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Acção – no cotovelo assiste na flexão contra resistência quando o braço

está am pronação

- no punho faz extensão com desvio radial

Palpação – o ventre muscular palpa-se no 1/3 superior da face posterior

do antebraço quando este está em pronação.

- o tendão palpa-se no fundo da tabaqueira anatómica na

direcção do 2º metacarpal

Extensor radial curto do carpo (Curto extensor radial do carpo) ( 2º

radial externo )

Origem – epicondilo lateral

Inserção – face posterior da base do 3º metacarpal

Acção – idêntica ao longo extensor radial do carpo

Palpação – o tendão palpa-se na face posterior do punho na direcção do

3º metacarpal.

- o ventre muscular é difícil de distinguir do longo extensor

radial e palpa-se logo abaixo deste.

Extensor do dedo mínimo (Extensor próprio do 5º dedo)

Origem – face posterior do epicondilo lateral

Inserção – junta-se ao tendão do extensor comum que vai para o 5º dedo

Acção – extensão da falange proximal do 5º dedo

- assiste na extensão do punho

Palpação – não se palpa

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Extensor longo do polegar (Longo extensor do polegar)

Origem – 1/3 médio da face posterior da ulna e do ligamento interósseo

Inserção – face posterior da base da 2ª falange do polegar

Acção – extensão das duas falanges do polegar

- assiste na extensão do punho e na flexão radial

- pode assistir na adução e extensão do 1º metacarpal

Palpação – na face dorsal do 1º metacarpal

Extensor curto do polegar (Curto extensor do polegar)

Origem – face posterior do cúbito, rádio e ligamento interósseo abaixo do

abdutor longo

Inserção – fade dorsal da base da 1ª falange do polegar

Acção – extensão da 1ª falange do polegar

- assiste na extensão e abdução do 1º metacarpal e na flexão radial

do punho

Palpação – se a 1ª falange está em extensão contra resistência o tendão

nota-se bem entre a base do 1º metacarpal e o processo

estiloide do rádio

Abdutor longo do polegar (Longo abdutor do polegar)

Origem – na parte média da face posterior da ulna, rádio e ligamento

Interósseo

Inserção – face dorsal da base do 1º metacarpal

Acção – extensão e abdução do 1º metacarpal

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- flexão radial do punho e assiste na flexão do punho

Palpação – junto da base do 1º metacarpal anteriormente ao tendão do

extensor curto do polegar

Músculos intrínsecos da mão

- abdutor curto do polegar

Região palmar externa - flexor curto do polegar

ou eminência tenar - adutor do polegar

- oponente do polegar

- interósseos palmares

Região palmar média - interósseos dorsais

- lombricoides

- abdutor do 5º dedo

Região palmar interna - flexor curto do 5º dedo curto flexor do 5º

ou eminência hipotenar - oponente do 5º dedo

- palmar curto (palmar cutâneo)

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Abdutor curto do polegar (Curto abdutor do polegar)

Origem – face anterior do retináculo dos flexores

- tubérculo do escafoide

Inserção – tubérculo lateral da primeira falange do polegar

Acção – abdução do 1º metacarpal

- assiste na flexão da 1ª falange do polegar

Palpação – na região tenar, para dentro do oponente

Flexor curto do polegar (Curto flexor do polegar)

Origem – feixe superficial – retináculo dos flexores

- trapézio

- feixe profundo – trapezóide

- capitado

Inserção – lado radial da base da falange proximal do polegar

- sesamoideu externo

Acção – flexão da 1ª falange do polegar

- assiste na abdução do 1º metacarpal

( No que respeita ao 1º metacarpal, tem uma acção semelhante ao

abdutor curto do polegar mas afastando menos o polegar da

palma da mão. Pela acção deste músculo o polegar só estará

em posição de tocar nas falanginhas e não nas falangetas.)

Palpação – difícil de distinguir do abdutor curto do polegar para dentro

do qual se encontra

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Adutor do polegar

Origem – feixe oblíquo – trapézio e grande osso

- face anterior da base do 2º e 3º metacarpais

- feixe transverso – margem anterior do 3º metacarpal

Inserção – lado cubital da base da 1ª falange do polegar

Acção – adução, flexão e hiper-flexão do 1º metacarpo

- flexão da 1ª falange do polegar

Palpação – no lado interno da articulação metacarpo -falangica do

polegar ( fazendo força com o polegar contra o indicador)

Oponente do polegar

Origem – retináculo dos flexores

- face anterior do trapézio

Inserção – lado radial da face antero-externa do 1º metacarpal

Acção – oponencia do polegar ( combinação de abdução, hiper flexão

e rotação interna do 1º metacarpo

Palpação – no margem radial da eminência tenar, mesmo junto ao

metacarpo. ( pode palpar-se bem fazendo força com

o polegar contra o dedo médio

Interósseos palmares

Origem – 1º - face cubital do 2º metacarpal

- 2º -face radial do 4º metacarpal

- 3º - face radial do 5º metacarpal

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Inserção – 1º - lado cubital da base da falange proximal do 2º dedo

- 2º - lado radial da base da falange proximaldo 4º dedo

- 3º - lado radial da base da falange proximal do 5º dedo

Cada um destes tendões de inserção envia uma expansão ao tendão

do extensor comum dos dedos que vai para o dedo correspondente.

Segundo alguns autores é essa a inserção principal.

Acção – adução e flexão das articulações metacarpo falangicas do 2º 4º

e 5º dedos

Palpação – não se palpam

Uma maneira fácil de memorizar as origens e inserções destes músculos

É a seguinte: os músculos têm origem no 2º 4º e 5º metacarpos nas faces

que olham o eixo da mão, e a sua inserção é na base da falange

proximaldo 2º, 3º e 4º dedos do lado que olha o eixo da mão.

Interósseos dorsais

Origem – nos lados adjacentes dos metacarpais em cada espaço

interósseo

Inserção – 1º - lado radial da base da falange proximal do 2º dedo

- 2º - lado radial da base da falange proximal do 3º dedo

- 3º - lado cubital da base da falange proximal do 3º dedo

- 4º - lado cubital da base da falange proximal do 4º dedo

Cada um destes tendões envia uma expansão ao tendão do

extensor do dedo correspondente.

Acção – abdução do 2º e 4º dedos

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- desvio radial e cubital do 3º dedo

- flexão da 1ª falange e extensão das outras duas no 2º, 3º e 4º

dedos

Palpação – não se palpam

Lombricoides

Origem – 1º e 2º - no lado radial dos tendões do flexor profundo

dos dedos

- 3º e 4º - cada um destes têm origem nos dois tendões do flexor

comum profundo entre os quais estão situados

Inserção – lado radial dos tendões do extensor comum dos dedos

Acção – flexão da falange proximal e extensão das outras duas nos 4

últimos dedos

Palpação – não se palpam

Abdutor do 5º dedo

Origem – pisiforme

- tendão do flexor cubital do carpo

Inserção – lado cubital da falange proximal do 5º dedo

- aponevrose do extensor próprio do 5º dedo

Acção – abdução do 5º dedo

- assiste na flexão da falange proximal do 5º dedo e na extensão

das outras duas

Palpação – no bordo cubital da mão

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Flexor curto do 5º dedo (Curto flexor do 5º dedo)

Origem – hámulo do hamato

Inserção – lado cubital da base da falange proximal do 5º dedo

Palpação – difícil de distinguir do adutor do 5º dedo

Oponente do 5º dedo

Origem – retináculo dos flexores

Inserção – margem cubital do 5º metacarpal

Acção – combinação de flexão e adução do 5º metacarpal

Palmar curto (Palmar cutâneo)

É um músculo rudimentar. É constituído por alguns feixes sub-cutâneos

que vão da poção lateral da aponevrose palmar à face profunda da pele

Membro inferior

Ilio-psoas (Psoas ilíaco)

Este músculo é constituído por duas porções, o psoas maior e o ilíaco, com

origens diferentes mas com uma inserção comum.

Psoas maior (Grande psoas )

Origem – face lateral dos corpos e discos intervertebrais das vértebras

lombares formando arcadas

- face anterior e margem inferior da 12ª costela e apófises

costiformes das vértebras lombares

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Inserção – face posterior do trocanter menor por intermédio de um

tendão comum com o ilíaco

Acção – flexão e rotação externa da anca

- assiste na adução da anca

Palpação – na virilha para dentro do costureiro , profundamente

Obs. – O rebordo da pélvis sobre o qual passa o psoas serve para

aumentar o seu ângulo de tracção. Este músculo é o único flexor

da anca capaz de produzir suficiente tensão para uma flexão

além dos 90º

Ilíaco

Origem – 2/3 superiores da fossa ilíaca

- lábio interno da crista ilíaca

- espinha ilíaca antero superior

- base do sacro

Inserção – pequeno trocanter ( tendão comum com o psoas)

Acção e palpação – ver grande psoas

Pequeno psoas

Origem – 12ª dorsal, 1ª lombar e disco entre elas

Inserção – eminência ílio pectinea

Psoas menor (Pequeno psoas)

Origem – 12ª dorsal e 1ª lombar e disco entre elas

Inserção – eminência ílio púbica

Pectíneo

Origem – linha pectínea, desde o tubérculo púbico à eminência ílio-púbica

Inserção – crista pectínea (ramo de trifurcação médio da linha áspera que

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Vai para o trocanter maior)

Acção – flexão, adução e rotação externa da anca

Palpação – em frente do púbis lateralmente ao médio adutor

Sartório (Costureiro)

Origem – espinha ilíaca antero superior

- parte mais elevada da incisura inominada

Inserção – parte interna da extremidade superior da tíbia abaixo e adiante

do condilo medial da tíbia ( concorre com o recto interno e

com o semi tendinoso para formar a pata de ganso)

Acção – na anca – flexão adução e rotação externa

- no joelho – flexão

- com o joelho flectido a 90º faz ligeira rotação interna da tíbia

Palpação – Logo abaixo e para dentro da espinha ilíaca antero superior

Para fora do psoas ilíaco

Tensor da fáscia lata

Origem – lábio lateral da crista ilíaca perto da espinha ilíaca antero-su_

perior

- parte lateral da espinha ilíaca antero-superior e incisura

inominada

- aponevrose glútea

Inserção – ao nível do 1/3 médio da face externa da coxa insere-se na

aponevrose femural e por um espessamento desta, chamada

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tracto ílio-tibial ou banda de Messiat, insere-se na parte ante_

rior da tuberosidade lateral da tíbia

Acção – tensor da aponevrose femural

- flexão, abdução e rotação externa da anca

Palpação – imediatamente para fora da espinha ilíaca antero-superior

Obs. – devido à sua conexão com a tíbia através da banda ílio-tibial,

ajuda na extensão do joelho e contribui para estabilizar o joelho

na posição de pé

Quadricípete

Este músculo é constituído por 4 porções denominadas:

- recto femoral

- vasto medial

- vasto lateral

- vasto intermédio

Estas 4 porções têm origens diferentes mas a sua inserção faz-se por um

tendão comum.

Recto femoral (Recto anterior)

Origem – espinha ilíaca antero inferior (por um tendão chamado directo)

- parte mais elevada do debrum cotiloideu (por um tendão cha_

mado reflexo e que adere à cápsula da articulação coxo femural

Vasto medial (Vasto interno)

Origem – lábio interno da linha áspera

- linha rugosa que une a linha áspera ao colo do fémur

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Vasto lateral (Vasto externo)

Origem - linha rugosa que une o grande trocanter à linha áspera

- lábio lateral da linha áspera

Vasto intermédio (Crural)

Origem – ¾ superiores da face anterior e lateral do fémur

- lábio lateral da linha áspera

Inserção - comum às 4 porções.

As 4 porções unem-se num forte tendão que se vai inserir:

- base, margens e face anterior da rótula

- tuberosidade da tíbia pelo tendão rotuliano

- lateralmente o tendão do quadricípete envia expansões que se vão

fundir para dentro com o ligamento lateral interno do joelho e para fora

com o tendão do tensor da fascia lata e com a aponevrose femural,

(retinacula interna e externa)

Acção

No joelho todas as porções fazem extensão

Na anca apenas o recto anterior actua fazendo flexão

Glúteo máximo (Grande glúteo)

Origem – 1/5 posterior do lábio lateral da crista ilíaca

- linha glútea posterior do ilíaco e superfície óssea situada atrás

- crista sagrada mediana e crista sagrada lateral

- ligamento sacro - tuberal

Inserção – crista do glúteo maior ( linha rugosa que vai da linha áspera

do fémur ao trocanter maior)

Page 27: Sebenta de miologia jvm 2011

26

- lábio lateral da linha áspera

Acção – extensão e rotação externa da anca

- as fibras inferiores auxiliam na adução e as superiores na abdução

Obs. – É um poderoso extensor da anca, com grande importância na

posição bípede, na marcha, na corrida, ao levantar da posição de sentado

etc. Tendo o ponto fixo no fémur faz inclinação posterior da bacia com

Influencia portanto na postura.

Glúteo médio (Médio glúteo)

Origem – ¾ anteriores do lábio lateral da crista ilíaca

- espinha ilíaca antero- superior

- face glútea entre as duas linhas curvas

Inserção – face lateral do grande trocanter

Acção – abdutor da anca

- as fibras anteriores fazem rotação medial e as posteriores fazem

rotação lateral.

Trabalhando com origem e inserção invertidas mantém a bacia nivelada.

Na marcha, na fase de apoio unilateral, é ele que evita que a bacia descaia

para o lado oposto.

Palpação – entre a crista ilíaca e o trocanter maior

Glúteo mínimo (Pequeno glúteo)

Origem – parte mais anterior da crista ilíaca

- face glútea adiante da linha curva anterior

Inserção – face lateral do trocanter maior

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Acção – abdução e rotação medial da anca

Palpação – não se pode palpar

Isquio- tibias ou hamstrings

Chama-se assim ao conjunto de 3 músculos que têm origem no isquion

mas com inserções diferentes.

São eles o semi -tendinoso o semi -membranoso e o bicípite femoral.

Semi tendinoso

Origem – Face posterior da tuberosidade isquiática junto com o bicípete

femoral

Inserção – lado interno da extremidade superior da tíbia

( forma com os tendões do recto interno e do costureiro uma

extrutura aponevrótica chamada pata de ganso )

Acção – Na anca – extensão e rotação interna

- No joelho – flexão

- com o joelho flectido faz rotação medial da tíbia

Palpação – no lado interno da região posterior da coxa logo acima da

articulação do joelho.

Semimembranoso

Origem – face posterior da tuberosidade isquiática por fora do bicípite e

do semitendinoso

Inserção – o tendão de inserção ao nível da articulação do joelho divide-se

Page 29: Sebenta de miologia jvm 2011

28

em 3 expansões que são:

Tendão directo – para a parte posterior do condilo medial da tíbia

Tendão recorrente – para o espaço intercondiliano do fémur

Tendão reflexo – para a parte antero lateral do condilo medial da tíbia

Acção – Na anca – extensão e rotação medial

- No joelho – flexão

- rotação medial da tíbia com o joelho flectido a 90°

Palpação – no lado medial da coxa logo acima da articulação do joelho

Bicípite femoral

Tem duas porções, a longa e a curta porção, com origens diferentes mas

com inserção comum.

Origens:

Longa porção – parte postero-lateral da tuberosidade isquiática por um

tendão comum com o semitendinoso

Curta porção – parte inferior do lábio externo da linha áspera

Inseção comum – cabeça da fíbula

- condilo lateral da tíbia

Acção – Na anca – extensão e rotação lateral

- No joelho – flexão

- rotação lateral da tíbia com o joelho flectido a 90°

Palpação – no parte lateral da região posterior da coxa logo acima da

articulação do joelho

Page 30: Sebenta de miologia jvm 2011

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Grácil (Recto interno)

Origem – lados da sínfise púbica

Inserção – anteriormente ao condilo medial da tíbia ( concorre para

formar a pata de ganso)

Acção – Na anca – adução

- assiste na flexão até 20° mas para além dos 20° torna-se

extensor

Palpação – na superfície medial da coxa

Adutor magno (Grande adutor)

Origem – ramo isquio-púbico

- face lateral da tuberosidade isquiática

Inserção – lábio interno da linha de trifurcação externa da linha áspera

- todo o interstício da linha áspera

- tubérculo do grande adutor

Acção – adução e rotação lateral da anca

Para alguns autores é flexor da anca até 50° a partir dos quais passa

a ser extensor.

Duchene diz que o feixe inferior é rotador interno mas apenas

quando a anca está em flexão. Um exemplo disto é a acção feita por um

cavaleiro quando aperta os flancos do cavalo sem o tocar com as esporas.

Palpação – na superfície medial da coxa

Adutor longo (Médio adutor)

Origem – entre a espinha do púbis e a sínfise púbica

Inserção – parte media do lábio medial da linha áspera

Page 31: Sebenta de miologia jvm 2011

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Acção – adução e rotação lateral da anca

- assiste na flexão da anca

Pode ser considerado flexor até 70° tornando-se extensor a partir daí

Palpação – na região interna da coxa perto da sua origem

Adutor curto (Pequeno adutor)

Origem – face anterior do corpo do púbis

Inserção – lábio lateral do ramo de trifurcação médio da linha áspera

- parte superior do interstício da linha áspera

Acção – adução e rotação lateral da anca

- assiste na flexão até 50° tornando-se depois extensor

Palpação – não se pode palpar

Rotadores profundos

Estão profundamente situados na região glútea e são:

Piramidal

Quadrado femoral (Quadrado crural)

Gémeo superior

Gémeo inferior

Obturador interno

Obturador externo

Origem – O piramidal tem origem na superfície anterior do sacro, os

Outros na superfície interna e externa do ilíaco na região do

forame obturado.

Page 32: Sebenta de miologia jvm 2011

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Inserção – parte posterior do fémur na região do grande trocanter.

Acção – Rotação externa da anca.

Palpação – Não podem ser palpados por serem profundos, mas podemos

actuar sobre o piramidal pressionando numa zona que fica na parte média

duma linha entre a parte média do bordo lateral do sacro e o trocanter

maior

Tibial anterior

Origem – condilo lateral da tíbia no tubérculo de Gerdy

- 2/3 superiores da face lateral da tíbia

- parte medial do ligamento interósseo

Inserção – face medial do 1º cuneiforme

- parte inferior da base do 1º metatarsal

Acção – flexão dorsal do tornozelo

- inversão e adução do pé ( supinação )

Palpação – Na face anterior da articulação tíbio társica

Extensor longo dos dedos (Extensor comum dos dedos)

Origem – condilo lateral da tíbia

- 2/3 superiores da face medial da fíbula

- parte lateral da membrana interóssea

Inserção – o seu tendão passa por baixo do retináculo dos extensores

e divide-se em 4 tendões que vão para os 4 últimos dedos

do seguinte modo: ao chegar ao nível das articulações

Page 33: Sebenta de miologia jvm 2011

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metatarso falangicas correspondentes, divide-se em 3

linguetas, indo a média para a face dorsal da base da da

2ª falange e as duas laterais fundem-se e vão para a face

dorsal da base da 3ª falange

Acção – extensão dos dedos

- flexão dorsal do tornozelo

- assiste na pronação do pé

Palpação – no dorso do tornozelo entre o maléolo lateral e o tendão

do longo extensor longo do halux

Extensor longo do halux (Extensor próprio do dedo grande)

Origem – 1/3 médio da face medial da fíbula

- parte próxima da membrana interóssea

Inserção – lado dorsal da base da falange distal do halux

Acção – extensão do halux

- assiste na flexão dorsal do tornozelo

- adução do pé

Palpação – no tornozelo entre o tibial anterior e o extensor longo

dos dedos

Fibular terceiro (Peroneal anterior)

Origem – no 1/3 inferior da face medial da fíbula

Inserção – face dorsal da base do 5º metatarso

Acção – flexão dorsal do tornozelo

- pronação do pé

Palpação – na superfície dorsal do pé junto à base do 5º metatarso

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Tricípete sural

É constituído por 3 ventres musculares: o gastrocnémio com 2 ventres e o

solhar:

Gastrocnémios

São dois ventres musculares que se reúnem tendo uma inserção comum.

Estes dois ventres são designados por porção medial e porção lateral.

Origem da poção medial – face postero superior do condilo medial

acima do contorno articular.

Origem da porção lateral – face posterior do condilo lateral acima

do contorno articular.

Inserção comum – na metade inferior da face posterior do calcaneo por

um forte tendão chamado “tendão de Aquiles”.

Acção – no joelho faz 5° de flexão plantar

no tornozelo faz flexão plantar

Palpação – a massa muscular palpa-se na região posterior da perna e o

Tendão, acima do calcanhar.

Obs. – É o mais superficial dos músculos da região posterior da perna.

A porção muscular continua-se com o tendão ao nível da parte

média da perna. É este tendão que unindo-se ao tendão do

músculo solhar vai formar o tendão de Aquiles. Pode-se pois

considerar os dois gémeos e o solhar como um músculo tricípete.

Este músculo é muito importante na marcha pois a ele se deve

a elevação do corpo na fase de propulsão.

Page 35: Sebenta de miologia jvm 2011

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Solhar

Origem – face postero medial da cabeça da fíbula

- 1/3 superior da face posterior da fíbula

- na linha do músculo solhar

Inserção – juntamente com os gémeos pelo tendão de Aquiles na metade

Inferior da face posterior do calcaneo.

Acção – flexão plantar.

Plantar (Plantar delgado)

Origem – no condilo lateral do fémur

Inserção – termina no lado interno do tendão de Aquiles ou no calcaneo

Acção – é um fraco auxiliar dos gémeos

Tibial posterior

Origem – lábio inferior da linha do músculo solhar da tíbia

- 2/3 superiores da face posterior da tíbia

- 2/3 superiores da face medial da fíbula

- 2/3 superiores da membrana interóssea

Inserção – tubérculo do escafoide

- o tendão terminal emite expansões que vão para:

- 1º,2º e 3º cuneiformes

- 2º,3º e 4º metatarsos

- cuboide e sustentaculum tali

Acção – flexão plantar do tornozelo e supinação do pé

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Palpação – imediatamente acima e atrás do maléolo interno ou

abaixo deste.

Flexr longo dos dedos (Longo flexor comum dos dedos)

Origem – lábio inferior da linha do músculo solhar da tíbia

- 2/3 médios da face posterior da tíbia

Inserção – face plantar da falange distal dos 4 últimos dedos

Acção – flexão dos 4 últimos dedos

- assiste na flexão plantar do pé

- assiste na supinação do pé

Palpação – não se palpa

Obs. – O seu tendão corre na face posterior do maléolo interno

numa goteira onde corre também o tibial posterior. De

seguida passa na goteira calcaneana interna.

Flexor longo do halux (Longo flexor do dedo grande)

Origem – 2/3 inferiores da face posterior da fíbula

Inserção – face plantar da base da falange distal do halux

Acção – flexão do halux

- assiste na flexão plantar do pé

- assiste na supinação do pé

Palpação – não se palpa

Obs. – Corre numa goteira da face posterior do astrágalo e em seguida

Passa na goteira calcaneana interna sob o flexor comum.

Page 37: Sebenta de miologia jvm 2011

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Poplíteo (Popliteu )

Origem – no condilo lateral do fémur

Inserção – na linha do músculo solhar da tíbia e na porção da tíbia acima

dessa linha

Acção – rotação medial da tíbia

- assiste na flexão do joelho

Músculos do pé

Consideramos no pé 4 regiões: dorsal, plantar interna, plantar média e

plantar externa.

Região dorsal - é constituída por um só músculo o pedioso ou extenor

curto dos dedos

Extensor curto dos dedos (Pedioso)

Origem – parte anterior da face superior do calcaneo

Inserção – divide-se em divide-se em 4 tendões indo o primeiro para a

base da falange proximal do halux enquanto que os outros 3

se juntam aos tendões do extensor comum.

Palpação – na parte posterior da face superior do pé

Região plantar medial – é constituída pelos músculos: adutor do halux,

Flexor curto do halux e abdutor do halux

Adutor do halux (Adutor do dedo grande)

Origem – processo medial da tuberosidade do calcaneo

- na face profunda da aponevrose plantar

Page 38: Sebenta de miologia jvm 2011

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Inserção – na margem medial da base da 1ª falange do halux

Acção – flexor e adutor do halux

Flexor curto do halux (Curto flexor do dedo grande)

Origem – na face inferior do cuboide

Inserção – divide-se em 2 feixes, um medial que se une ao tendão do

adutor e outro lateral que se une ao abdutor

Acção – flexor do halux

Palpação -

Abdutor do halux (Abdutor do dedo grande)

Origem – origina-se por dois feixes, um oblíquo que vem da face inferior

do cuboide e da extremidade posterior do 3º e 4º metatarsais

e outro transverso que se prende aos tecidos fibrosos das

articulações metatarso falangicas dos 3 últimos dedos

Inserção – o feixe oblíquo termina no sesamoideu externo e o transverso

no tendão do extensor próprio do dedo grande

Acção – flexão e abdução do halux

Palpação –

Região plantar média – é constituída pelo flexor curto dos dedos,

quadrado plantar ou flexor acessório, lombricoides e interósseos.

Page 39: Sebenta de miologia jvm 2011

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Flexor curto dos dedos (Curto flexor plantar)

Origem – proceso medial da tuberosidade do calcaneo

- face inferior do calcaneo

Inserção – face inferior da extremidade posterior da falange média dos

4 últimos dedos

Acção – flexão dos 4 últimos dedos

Palpação –

Quadrado plantar ou flexor acessório (Acessório do flexor comum ou

carne quadrada de Silvio )

Origem – nos processos medial e lateral do calcaneo por 2 feixes

Inserção – une-se ao tendão do flexor longo dos dedos

Acção – auxiliar do flexor comum

Palpação –

Lombricoides do pé

Origem – nos tendões do flexor comum dos dedos

Inserção – nos tendões do extensor longo dos dedos

Acção – flexão da falange proximal e extensão das outras duas

Palpação –

Interósseos

Como na mão existem 3 interósseos plantares e 4 dorsais.

Page 40: Sebenta de miologia jvm 2011

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Interósseos plantares

Origem e inserção

– o 1º vai da face interna do 3º metatarsal para o 3º dedo

- o 2º vai da face interna do 4º metatarsal para o 4º dedo

- o 3º vai da face interna do 5º metatarsal para o 5º dedo

Interósseos dorsais

Origem e inserção

- o 1º vai da face lateral do 1º metatarsal e da medial do 2º para

o 2º dedo

- o 2º vai da face medial do 3º metatarsal e da lateral do 2º para

o 2º dedo

- o 3º vai da face medial do 4º metatarsal e da lateral do 3º para

o 3º dedo

- o 4º vai da face lateral do 4º metatarsal e da medial do 5º para

o 4º dedo

Acção – flexão da falange proximal e extensão das outras duas

Músculos do abdomen

Recto do abdómen (Grande recto do abdómen)

Origem – corpo do púbis

Inserção – nos bordos inferiores das 5ª,6ª e 7ª cartilagens costais

e no apêndice xifoideu

Acção – baixa as costelas e flecte o tronco sobre a bacia

- comprime as vísceras abdominais

Page 41: Sebenta de miologia jvm 2011

40

Palpação – entre a origem e a inserção

Piramidal do abdomen

Origem – entre a espinha e a sínfise do púbis

Inserção – na linha branca

Oblíquo externo do abdomen (Grande oblíquo do abdómen)

Origem – no bordo inferior e na face externa das 8 últimas costelas por

digitações que se entrecruzam com as do grande dentado

Inserção – pela chamada aponevrose do grande oblíquo fixa-se:

- no lábio externo da crista ilíaca

- na espinha ilíaca antero superior

- no bordo anterior do ilíaco

- no púbis

- na linha alba ( as suas fibras passam todas adiante do grande

recto e entrecruzam-se com as do lado oposto para formar a

linha alba)

( esta aponevrose de inserção forma desde a espinha ilíaca

antero superior e o púbis uma banda muito tensa a que se

dá o nome de ligamento inguinal).

Acção – faz flexão do tronco sobre a bacia e rotação do tronco para o

lado oposto

- se tiver o ponto fixo no tronco faz rotação da bacia para o

mesmo lado

Page 42: Sebenta de miologia jvm 2011

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- baixa as costelas (expirador)

Oblíquo interno do abdómen (Pequeno oblíquo do abdómen)

Origem – no ¼ lateral do ligamento inguinal

- na espinha ilíaca antero superior

- no interstício da crista ilíaca

- na aponevrose posterior do pequeno oblíquo que se funde

com aponevrose toraco-lombar

Inserção – 3 últimas cartilagens costais

- linha pectinea do púbis

- bordo superior do púbis

- linha branca (esta inserção faz-se pela aponevrose anterior

do pequeno oblíquo que ao chegar ao bordo externo do

grande recto se divide nos ¾ superiores em 2 folhetos que

o envolvem continuando-se com as do lado oposto, enquanto

no ¼ inferior passa só à frente do grande recto até à linha

alba)

Acção – flexão do tronco sobre a bacia

- rotação do tronco para o mesmo lado

- comprime as vísceras abdominais

Transverso do abdómen

Origem – face interna das 6 últimas cartilagens costais

- lábio medial da crista ilíaca

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- apófises transversas da coluna lombar (pela sua aponevrose

posterior)

Inserção – pela sua aponevrose anterior vai para a linha alba.

(esta aponevrose nos ¾ superiores do grande recto passa

atrás dele e no ¼ inferior passa adiante)

- púbis e linha pectínea do púbis

Acção – comprime as vísceras abdominais

Músculos do torax

Diafragma

Este músculo separa a cavidade torácica da cavidade abdominal . É

constituído por duas porções: uma central, o centro tendinoso e uma

periférica muscular.

A parte tendinosa tem a forma de um trevo de 3 folíolos. A parte muscular

insere-se na parede do tórax da seguinte maneira:

Parte esternal – fibras que vão do folíolo anterior ao apêndice xifoide

Parte costal – fibras que vão dos folíolos laterais à face interna das 6

últimas costelas

Parte lombar – fibras que vão da parte posterior do centro tendinoso

à coluna vertebral, ao músculo ileo-psoas no ligamento

arqueado medial, e ao músculo quadrado lombar no

ligamento arqueado lateral

Na coluna vertebral os feixes posteriores formam os

pilares prncipais do diafragma: o direito insere-se nos

corpos da 1ª, 2ª e 3ª vértebras lombares e nos discos

Page 44: Sebenta de miologia jvm 2011

43

que as separam. O pilar esquerdo insere-se nos corpos

da 1ª e 2ª vértebras lombares e nos discos que as

separam. Os pilares entrecruzam-se dando origem a

dois orifícios, o hiato aórtico e o hiato esofágico.

Lateralmente a estes pilares encontram-se 2 pilares

acessórios.

Acção – é um músculo inspirador aumentando os 3 diametros do tórax

Intercostais internos

Ocupam os espaços intercostais

Origem – na margem inferior duma costela

Inserção – na margem superior da costela subjacente

Intercostais externos

Origem – lábio interno do sulco da costela suprajacente

Inserção – na margem superior da costela subjacente

Acção – os músculos intercostais não são considerados como músculos

da inspiração ou da expiração. Alguns autores dizem que eles

se contraem para se opor à pressão atmosférica

Levantadores das costelas

São pequenos músculos que vão do ápice dos processos transversos da

7ª cervical e das 11 primeiras torácicas para a face externa da costela

subjacente entre o ângulo e o tubérculo

Acção – elevam as costelas

Subcostais

Pequenos músculos que vão da face interna duma costela à face interna

Page 45: Sebenta de miologia jvm 2011

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da costela subjacente ao nível do ângulo da costela

Músculo transverso do tórax

Está na face posterior do esterno e processo xifoide e insere-se na face

posterior da 3ª, 4ª, 5ª e 6ª cartilagens costais

Acção – é abaixador das cartilagens costais

Músculos do pescoço

Consideramos 3 regiões: região lateral, região pré vertebral e região do

osso hioide.

Região lateral

Platisma (Cutâneo do pescoço)

Origem – tecido celular sub cutâneo da região supra clavicular

Inserção – bordo inferior do maxilar

Acção – leva para baixo a pele da cara e o lábio inferior (músculo das

paixões tristes)

Esterno cleido mastoideu

Formado por 2 feixes, o esternal e o clavicular.

Origem – face anterior do manúbrio

- ¼ interno do bordo posterior da clavícula

Inserção – face externa do processo mastoide

- linha nucal superior do occipital

Acção – bilateralmente é flexor da cabeça sobre a coluna

- unilateralmente faz inclinação para o mesmo lado e rotação

para o lado oposto

Page 46: Sebenta de miologia jvm 2011

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Escaleno anterior

Origem – tubérculos anteriores da 3ª, 4ª, 5ª e 6ª vértebras cervicais

Inserção – no tubérculo de Lisfranc da 1ª costela

Acção – eleva as costelas

- se tiver o ponto fixo na costela faz flexão da coluna cervical

ou inclinação lateral contraindo-se unilateralmente

Escaleno médio

Origem – tubérculos anteriores das 7 cervicais

Inserção – nas duas primeiras costelas

Acção – idêntica ao escaleno anterior

Escaleno posterior

Origem – tubérculos posteriores da 4ª, 5ª e 6ª cervicais

Inserção – na 2ª costela

Acção – idêntica ao escaleno anterior e médio

Recto lateral da cabeça

Origem – processo transverso do atlas

Inserção – processo jugular do occipital

Acção – flexão lateral da coluna

Região pré vertebral

Longo da cabeça (Grande recto anterior da cabeça)

Origem – tubérculos anteriores 3ª, 4ª, 5ª e 6ª vértebras cervicais

Page 47: Sebenta de miologia jvm 2011

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Inserção – face inferior da parte basilar do occipital

Acção – flexão da cabeça sobre a coluna contraindo-se bilateralnente

- rotação para o mesmo lado contraindo-se unilateralmente

Recto anterior da cabeça (Pequeno recto anterior da cabeça)

Origem – face anterior das massas laterais do atlas

Inserção – parte basilar do occipital

Acção – flexão da cabeça sobre a coluna

Longo do pescoço

Vai do atlas à 3ª vértebra dorsal. Consideram-se 3porções.

Porção oblíqua descendente que vai do tubérculo anterior do atlas

às apófises transversas da 3ª, 4ª, 5ª e 6ª vértebras cervicais.

Porção oblíqua ascendente que vai do corpo da 2ª e 3ª dorsais aos

tubérculos anteriores da 4ª e 5ª dorsais.

Porção longitudinal que se prende no corpo das 3 primeiras vértebras

dorsais, das 3 últimas cervicais, nos processos transversos da 4ª, 5ª e 6ª

vértebras cervicais e nos corpos da 2ª, 3ª e 4ª cervicais

Acção – flexão da coluna cervical

Músculos hioideus

Consideram-se 2 grupos, os supra hioideus e os infra hioideus

Supra hioideus

Digástrico

Origem – na incisura mastoide

Page 48: Sebenta de miologia jvm 2011

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Inserção – fossa digástrica da mandíbula

(este músculo forma no meio um tendão que atravessa o músculo

estilo hioideu reflectindo-se aí para cima)

Acção – o ventre anterior se estiver fixo no hioide baixa o maxilar,

se estiver fixo no maxilar eleva o hioide; o ventre posterior

puxa o hioide para trás

Estilo hioideu

Origem – processo estiloide

Inserção – face anterior do hioide

Acção – eleva o hioide

Milo hioideu

Origem – linha oblíqua da mandíbula

Inserção – no hioide

- na linha mediana entrecruza-se com o do lado oposto

Acção – eleva o hioide e a língua

Génio hioideu

Origem – espinha geniana inferior

Inserção – face anterior do hioide

Acção – fixo no hioide leva o maxilar inferior para baixo, fixo no

maxilar eleva o hioide

Page 49: Sebenta de miologia jvm 2011

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Infra hioideus

Esterno cleido hioideu

Origem – extremidade medial da clavícula e no esterno

Inserção – margem inferior do hioide

Acção – baixa o hioide

Omo hioideu

Origem – margem superior da escápula para dentro da incisura da

escápula

Inserção – margem inferior do corpo do hioide

Acção – baixa o hioide

Esterno tiroideu

Origem – face posterior do manúbrio do esterno e da 1ª cartilagem costal

Inserção – face anterior da cartilagem tiroideia da laringe

Acção – baixa a faringe e o hioide

Tiro hioideu

Origem – face anterior da cartilagem tiroideia

Inserção – margem inferior do hioide

Acção – baixa o hioide

Page 50: Sebenta de miologia jvm 2011

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Músculos da nuca

Esplénio da cabeça e do pescoço

Origem – 1/3 inferior do ligamento nucal

- processos espinhosas da 7ª cervical das 5 primeiras dorsais

Inserção – linha nucal superior do occipital e face lateral da processo

mastoideu (esplénio da cabeça)

- processos transversos do atlas e áxis (esplénio do pescoço)

- vértice das apófises transversas do atlas e do áxis (esplénio

do pescoço)

Acção – extensão da cabeça

- unilateralmente faz inclinação lateral e rotação para o mesmo

lado

Longuíssimo do pescoço (Grande complexo)

Origem – apófises transversas das 5 primeiras dorsais

Inserção -processos transversos das 5 últimas cervicais

Acção – extensão da cabeça

Longuíssimo da cabeça (Pequeno complexo )

Origem – apófises transversas da 4ª,5ª, 6ª e 7ª cervicais

Inserção – margem posterior do processo mastoide

Acção – extensão da cabeça

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Semi-espinhal da cabeça (Transversário do pescoço)

Origem – apófises transversas das 5 primeiras dorsais

Inserção – apófises transversa das 5 últimas cervicais

Acção – extensão da coluna cervical

Recto posterior maior da cabeça (Grande recto posterior da cabeça)

Origem – processo espinhoso do áxis

Inserção – abaixo da linha nucal inferior

Acção – extensão da cabeça

- unilateralmente faz inclinação lateral e rotação para o

mesmo lado

Recto posterior menor da cabeça (Pequeno recto posterior da cabeça)

Origem – tubérculos posteriores do atlas

Inserção – linha nucal inferior do occipital

Acção – extensão da cabeça

Oblíquo inferior da cabeça (Grande oblíquo da cabeça)

Origem – processo espinhoso do áxis

Inserção – processo transverso do atlas

Acção – rotação da cabeça para o mesmo lado

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Oblíquo superior da cabeça (Pequeno oblíquo da cabeça )

Origem – processo transverso do atlas

Inserção – linha nucal inferior

Acção – extensor da cabeça

Músculos do dorso

Consideram-se neste capítulo:

- Músculos dorsais superficiais

- Músculos dos canais vertebrais

Músculos dorsais superficiais

Alguns músculos desta região (trapézio, rombóide, levantador da escápula

e latíssimo do dorso), devido à sua importância na função do membro

superior foram descritos juntamente com os músculos do membro

superior.

Serrátil posterior e superior

Origem – processos espinhosos da 7ª cervical e 3 primeiras torácicas

Inserção – face externa das 4 primeiras costelas

Acção – eleva as costelas

Serrátil posterior e inferior

Origem – processos espinhosos das duas últimas torácicas e das 3

primeiras lombares

Inserção – face externa das 4 últimas costelas

Acção – baixa as costelas

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Músculos dos canais vertebrais (Músculos das goteiras vertebrais)

Podemos agrupa-los em 2 grupos:

- Músculos sacro costais com inserções no sacro e nas costelas

- Músculos vertebro –vertebrais com todas as inserções nas vértebras

Os sacro costais são a massa comum aos músculos dos canais vertebrais,

o ílio-costal e o longuíssimo do dorso.

Os vértebro-vertebrais são o transverso espinhal, os espinhais e os

Intertransversários.

Massa comum – insere-se:

- nos processos espinhosos das vértebras lombares

- na crista sagrada mediana

- ligamento sacro-tuberal

- tuberosidade ilíaca

Esta massa comum vai originar dois músculos: o ílio-costal que é mais

lateral e o longuíssimo do tórax, mais mediano

Ílio - costal – vai-se estender desde a face posterior do sacro até ao

processo transverso da 3ª cervical.

Depois da sua origem na massa comum emite 17 fascículos

sendo 5 para o processo transverso das 5 últimas cervicais

e 12 para o ângulo das 12 costelas.

Longuíssimo do tórax (Longo dorsal)- Parte da massa comum e chega

até à 1ª vértebra dorsal ocupando a região lombar e a

região torácica. Dá origem a 17 grupos de feixes vértebro-

costais :

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-feixes mediais ou espinhosos para os processos espinhosos

-feixes médios ou transversos para os processos transversos

das vértebras torácicas

- feixes laterais ou costais para a face externa das costelas

entre o ângulo e o tubérculo da costela

Transversário espinhal

Este músculo vai do sacro ao áxis e é constituído por 3 porções:

o semi-espinhal, o multífido e o rotador.

Para compreender este músculo vamos imaginar um conjunto de 5

vértebras.

Temos um feixe que vai do ápice do processo transverso e vai para

o ápice do proceso espinhoso da 4ª vértebra acima. É o feixe longo

espinhal.

Outro feixe vai do ápice do processo transverso para a base do processo

espinhoso da 3ª vértebra acima. É o feixe curto espinhal.

Outro feixe vai do ápice do processo transverso para a lâmina da 2ª

vértebra acima. É o feixe laminar longo.

Um 4º feixe vai do ápice do processo transverso para a lâmina da

vértebra logo acima. É o feixe laminar curto.

O músculo semi-espinhal é constituído pelo conjunto dos feixes

espinhais longos.

O multífido é constituído pelo conjunto dos feixes espinhais curtos.

O músculo rotador é constituído pelo conjunto dos feixes laminares

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longos e curtos.

Músculos espinhais

Consideram-se 3 tipos:

Espinhal do tórax – vai das duas últimas vértebras torácicas para os

processos espinhosos da 3ª à 9ª vértebras torácicas

Espinhal do pescoço – vai dos processos espinhosos da 4ª à 7ª vértebras

cervicais para os processos espinhosos da 2ª e 3ª

vértebras cervicais

Espinhal da cabeça – vai dos processos espinhosos das últimas cervicais

e primeiras torácicas para o espaço entre as linhas

nucais do occipital

Músculos intertransversários

Encontram-se entre os processos transversos das vértebras.São dois para

cada espaço sendo pouco desenvolvidos na região torácica e mais

desenvolvidos na região lombar.

Músculos interespinhosos

Encontram-se entre os processos espinhosos das vértebras e são dois para

cada espaço

Acção dos músculos dos canais vertebrais – fazem extensão da coluna

trabalhando bilateralmente e inclinação lateral trabalhando

unilateralmente

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Quadrado dos lombos

( Nos livros de anatomia é considerado um músculo da região abdominal

posterior)

Origem – lábio medial da crista ilíaca

Inserção – margem inferior da 12ª costela

- processos transversos das 4 primeiras lombares

Acção – extensor do tronco

- unilateralmente é flexor lateral