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TUMORES INTRAOCULARES Residente: Diego R. Lucena H. Mascato (R1) Preceptores: Dr. José Clóvis Barreto Dr. Thiago Russo UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA SERVIÇO DE OFTALMOLOGIA

Tomores intraoculares

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Page 1: Tomores intraoculares

TUMORES INTRAOCULARESResidente: Diego R. Lucena H. Mascato (R1)Preceptores: Dr. José Clóvis Barreto Dr. Thiago Russo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONASHOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICASERVIÇO DE OFTALMOLOGIA

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TUMORES DA RETINA NEURAL1. RETINOBLASTOMA 2. ASTROCITOMA

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RETINOBLASTOMA• Neoplasia intraocular maligna primária mais comum da

infância;

• Corresponde 3% de todas as neoplasias infantis;

• Tendência para invadir o cérebro através do nervo óptico;

• As crianças não tratadas morrem dentro de 2-4 anos;

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RETINOBLASTOMA

Patologia:1. Histologia:• Tumor composto de pequenas células basofílicas com grandes

núcleos hipercromáticos e citoplasma escasso.• Muitos retinoblastomas são indiferenciados;

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RETINOBLASTOMA

Patologia2. Padrões de disseminação tumorala. O padrão de crescimentob. Invasão do nervo ópticoc. Infiltração difusad. Disseminação metastática

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RETINOBLASTOMA

Genética

1. Retinoblastoma hereditário (40%);• Gene predisponente ao retinoblastoma (RB1) está localizado

no locus 13q14.2. Retinoblastoma não hereditário (60%).

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RETINOBLASTOMA

Apresentação• Leucocoria• Estrabismo• Glaucoma secundário• Retinoblastoma difuso que invade segmento anterior;• Inflamação da órbita• Invasão da órbita com proptose e invasão óssea;

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RETINOBLASTOMA

Sinais

• Um tumor intrarretiniano é uma lesão brancacenta, homogênea e abaulada.

• Um tumor endofítico projeta-se para o vítreo como uma “massa semeada”.

• Um tumor exofítico forma massas brancas multilobulares sub-retinianas.

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RETINOBLASTOMA

Investigação1. O teste do reflexo vermelho;2. O exame sob anestesia;3. A US (tamanho e calcificações);4. RM (nervo óptico e extensão extraocular)5. Avaliação sistêmica (exames físicos e RM de órbita e do

crânio)

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RETINOBLASTOMA

Tratamento• Tumores pequenos ( 3mm de D x 2 mm de E)

a. Fotocoagulaçãob. Crioterapiac. Quimioterapia

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RETINOBLASTOMA

Tratamento• Tumores de tamanho médio ( 12mm de L x 6mm de E)

a. Braquiterapia com iodo-125 ou rutênio-106b. Quimioterapia primária com carboplatina, etoposídeo e

vincristina (CEV) ,EV, em 3-6 ciclos.c. Radioterapia por feixe externo, não fazer em retinoblastoma

hereditário.

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RETINOBLASTOMA

Tratamento• Tumores grandes

a. Quimioterapia para reduzir o tumorb. Enucleação se rubeose, hemorragia do vítreo ou invasão do

nervo óptico.

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RETINOBLASTOMA

Tratamento• Tratamento da extensão extraocular

a. Quimioterapia adjuvante com CEV após a enucleação, se disseminação coroideana maciça ou retrolaminar.

b. Radioterapia por feixes externos quando há extensão tumoral no coto do nervo óptico obtido na enucleação.

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RETINOBLASTOMA

Acompanhamento• Depois da Rx ou Qx, o tumor regride e forma uma massa

calcificada, semelhante a “queijo cottage”.• Novos tumores podem se desenvolver em pacientes com

retinoblastoma hereditário;• Se o retinoblastoma tiver sido tratado de modo conservador,

deve ser realizado exame com anestesia a cada 2 a 8 semanas. • A RM da órbita é indicada em casos de alto risco por cerca de

18 meses.

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RETINOBLASTOMA

Diagnóstico diferencial1. A vascularização fetal anterior persistente2. A vascularização fetal posterior persistente3. A doença de Coats4. Retinopatia da prematuridade

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ASTROCITOMA• É um hamartoma raro que geralmente não ameaça a visão

nem requer tratamento;• Maioria é endofítica;• São observados com maior frequência nos pacientes com

esclerose tuberosa e retinite ;• 50% destes paciente apresentam astrocitomas no fundo de

olho;

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TUMORES VASCULARES RETINIANOS

1. HEMANGIOMA CAPILAR2. HEMANGIOMA CAVERNOSO3. HEMANGIOMA RECEMOSO4. TUMOR VASOPROLIFERATIVO

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HEMANGIOMA CAPILAR• É um tumor raro que ameaça a visão e que pode ocorrer

isoladamente;

• Está associado a Doença de von Hippel-Lindau (60%);

• O fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) é importante no desenvolvimento de lesões da retina.

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HEMANGIOMA CAPILAR

Diagnóstico

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HEMANGIOMA CAPILAR• A AF mostra hiperfluorescência

inicial e vazamento tardio.

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HEMANGIOMA CAPILAR

Complicações• Formação de exsudatos na área ao redor do tumor e/ou

mácula;• Hemorragia e vazamento devido ao edema de mácula e DR.• Faixas fibróticas;• Hemorragia do vítreo, glaucoma secundário e phthsis bulbi.

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HEMANGIOMA CAPILAR

Tratamento:1. Observação para hemagiomas justapapilares assintomáticos;2. Fotocoagulação a laser para pequenas lesões;3. Crioterapia para lesões periféricas maiores ou para aquelas

com DR exsudativo;4. Braquiterapia5. Cirurgia vitreorretiniana;

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HEMANGIOMA CAVERNOSO• É um hamartoma vascular congênito raro e unilateral;• Geralmente é esporádico;• Pode ser está em combinação com lesões de pele e no SNS

(“facomarose neuro-oculocutânea”).

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HEMANGIOMA CAVERNOSO

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HEMANGIOMA CAVERNOSO

Complicações• Hemorragias e formação de membrana epirretiniana;

Tratamento• Vitrectomia se hemorragia vítrea.

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HEMAGIOMA RACEMOSO• Malformação congênita rara, esporádica, unilateral, que

envolve comunicação direta entre artérias e veias.

• Síndrome de Wyburn-Mason (mesencéfalo, região basofrontal e a fossa posterior);

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HEMAGIOMA RACEMOSO

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TUMOR VASOPROLIFERATIVO• É uma lesão gliovascular rara;

• Pode ser primária ou secundária ( uveíte intermediária, trauma ocular e retinite pigmentosa)

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TUMOR VASOPROLIFERATIVO

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TUMOR VASOPROLIFERATIVO

Complicações • Exsudação retiniana;• DR exsudativo;• Edema macular e fibrose;• Hemorragia;

Tratamento• Crioterapia ou braquiterapia para diminuição do tumor.

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LINFOMA• É um grupo de doenças caracterizada pela proliferação

neoplásica das células do sistema imune;

Classificação:

a. Doença de Hodgkin (Uveíte anterior, vitreíte e lesões de FO);b. Linfoma não Hodgkin (comprometimento da conjuntiva,

órbita e infiltração uveal.)c. Linfoma de células B do SNC (uveíte intermediária e

infiltrado sub-EPR.)

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LINFOMA

d. Linfoma intraocular primário (LIOP)

• Variante do linfoma não Hodgkin extranodal;

• As células do linfoma são linfócitos B grandes, pleomórficos com grandes núcleos multilobulares.

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LINFOMA• Apresentação ocorre entre a sexta e a sétima década com

moscas volantes, visão embaçada, olho vermelho ou fotofobia;

Sinais• Uveíte anterior leve com células, flare e precipitados ceráticos.• Grandes infiltrados sub-retinianos multifocais sólidos• Vasculite retiniana, oclusão vascular DR exsudativo e atrofia

óptica.

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LINFOMA

Investigação

• AF mostra bloqueio com característica granular, em decorrência da presença de depósito sub-EPR de células linfomatosas;

• US: pode mostrar detritos vítreos, DR, espessamento de nervo óptico;

• Imune-histoquímica• Triagem do SNC por RM

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LINFOMA

Tratamento• Radioterapia• Metotrexato intravítreo• Quimioterapia sistêmica• Agentes biológicos que envolvem anticorpos monoclonais

específicos anticélulas B (rituximab).

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TUMORES DO EPR

1. HIPERTROFIA CONGÊNITA TÍPICA DO EPR2. HIPERTROFIA CONGÊNITA ATÍPICA DO EPR3. HAMARTOMA COMBINADO DO EPR E DA RETINA

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HIPERTROFIA CONGÊNITA TÍPICA DO EPR• É uma lesão benigna comum

• Pode ser típica (isolada ou agrupada) ou atípica.

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HIPERTROFIA CONGÊNITA ATÍPICA DO EPR• Lesões múltiplas bilaterais, muito separadas;• Tem distribuição aleatória e podem ser pigmentadas ou

despigmentadas;

Associações sistêmicas• Polipose adenomatosa familiar (PAF)• Sd. De Gardner (PAF + osteomas de crânio +tumores de partes

moles cutâneos)

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HAMARTOMA COMBINADO DO EPR E DA RETINA• Malformação rara, unilateral, congênita e predominantemente

no sexo masculino.• Ocorre no final da infância ou início da fase adulta, com

estrabismo, visão turva e metamorfopsia.• Nenhum tratamento é inidicado.

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HAMARTOMA COMBINADO DO EPR E DA RETINA

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OBRIGADO!