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TRAUMA ABDOMINAL
DOCENTE: DR. JAURY ENGERS Julho 2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
Internato Interinstitucional UFTMódulo Cirurgia
Introdução
• Número expressivo de mortes evitáveis;
• Abdome Choque hemorrágico;
• Lesão visceral abdominal Hemoperitônio Oligossintomático.Importante:
Avaliação rigorosa
TRAUMA ABDOMINAL
Abdomen Superior
Fígado
Baço
Estômago
Cólon Transverso
Diafragma
Abdomen Inferior
Intestino delgado
Cólon ascendente
e descendent
e
Espaço RetroperitonealAorta
Veia Cava
Inferior Pâncre
as RinsUretere
s Duoden
o
ABDOME
SX
REGIÕES ANATÔMICAS
Classificação
• Há solução de continuidade na parede abdominal.
Aberto
• Hà integridade da pele, sendo que os efeitos do agente agressor são transmitidos às vísceras e órgãos internosFechado(Contuso)
TRAUMA ABDOMINAL:
Classificação
• Penetrante: A penetração limita-se à parede do abdômen sem provocar lesões internas.
• Perfurante: Quando há envolvimento visceral (víscera oca ou maciça))Aberto
• Direto (Ex: impacto Direto)
• Indireto (Contusão)(Ex: aceleração/ desaceleração)
Fechado
TRAUMA ABDOMINAL:
História e mecanismo do trauma
INFORMAÇÕES VALIOSAS:
História colhida da vítima ou socorristas;Biomecânica do trauma;Tempo decorrido;Estado inicial da vítima;Diagnósticos realizados;Resposta à infusão de fluidos no início;
TRAUMA ABDOMINAL:
História e mecanismo do trauma
Deformidade externa Cinto segurança Mortes
Tipo da colisão Vítimas ejetadas
Colisões automobilísticas
INFORMAÇÕES SÃO FUNDAMENTAIS PARA SE ANTECIPAR O PADRÃO DE LESÕES
Colisões motociclísticasHistória e mecanismo do
trauma
Nas colisões motociclísticas são importantes as informações sobre o uso e tipo de capacete pela vítima, a superfície onde ocorreu o trauma e outros eventos relacionados ao trauma, como a ejeção e atropelamento
subseqüente
Queda
AlturaSuperfície Anteparos Parte do corpo
História e mecanismo do trauma
INFORMAÇÕES SÃO FUNDAMENTAIS PARA SE ANTECIPAR O PADRÃO DE LESÕES
Ferimentos penetrantes
Arma branca ou de fogo
Sexo agresso
r
Número de
lesões
Locais do
corpo
Entrada e saída
História e mecanismo do trauma
INFORMAÇÕES SÃO FUNDAMENTAIS PARA SE ANTECIPAR O PADRÃO DE LESÕES
Sinais/sintomas
Dor abdominal(Devido)
Trauma direto;Irritação peritonial (difusa);
Presença de sangue e conteúdo das visceras ocas. Rigidez abdominal “Abdome em tábua”
Peritonite: Espasmos Musculares Involuntários, descompressão dolorosa
TRAUMA ABDOMINAL:
TRAUMA ABDOMINAL:Sinais/sintomas
Quadro clínico mais frequente: choque hemorrágico!
Deve-se excluir: Outras causas de c. hemorrágico (tórax, retroperitônio,
bacia, ossos longos) Choque não hemorrágico.
• Palidez• Sudorese Fria
• Pulso rápido ou Ø• Cianose de extremidades
• Hipotensão postural
Exame Físico
Importante, mas não confiável;• Achado positivo x
achado negativo
Os sinais podem não ser aparentes:• 40% dos pacientes com
hemoperitônio sem manifestações clínicas!
Pode ser subestimado(Não Confiável)• nível de consciência
alterado (álcool, drogas, TCE); lesão cervical; fratura costal ou pélvica.
TRAUMA ABDOMINAL:
Exame Físico
O paciente deve ser completamente inspecionado.
Face anterior e posterior do abdome, nádegas e região perineal
Escoriações, contusões, hematomas localizados e ferimentos abertos.
TRAUMA ABDOMINAL:
A ruptura traumática do diafragma é resultante de impacto, com distorção da parede torácica e aumento da pressão intra-abdominal.
Abdome escavado
Sinal de lesão em diafragma
Investigar Sinais indicativos de lesão abdominal (EXEMPLO):
Lesões penetrant
es = +
Evidentes!!
Saída de vísceras
abdominais• Arma Branca
(+causa)
Evisceração:
Em outras casos, essas lesões estão em locais menos visíveis, como no dorso, nas nádegas ou a transição do tórax com o abdômen
Exame Físico
Presença ou ausência de RHA.
Sangue ou conteúdo gastrintestinal íleo paralítico.
Percussão Timpânico em QSD (dilatação gástrica) ou Maciez (hemoperitoneo) Rigidez involuntária da musculatura abdominal (irritação peritoneal)
TRAUMA ABDOMINAL:
Exame Físico
Toque Retal• Sangue na luz• Fragmentos ósseos• Crepitação da parede posterior
(retropneumoperitôneo)• Atonia esfincteriana (lesão
medular).Toque Vaginal• Sangue • Espículas ósseas• Violência sexual
TRAUMA ABDOMINAL:
Exame Físico
Períneo e pênis• Uretrorragia• Hematoma
escrotal• Lesão uretral
TRAUMA ABDOMINAL:
Medidas auxiliares
Sonda nasogástrica Sonda vesical
TRAUMA ABDOMINAL:
Instabilidade Hemodinâmica
e sinais óbvios de
trauma abdominal
Exploração cirúrgica imediata
Paciente consciente e
sem achados suspeitos de
trauma abdominal
Observação clínica
Não precisam
ser investigad
os
RNC, sinais positivos no
exame físico ou mecanista de
trauma suspeitosInvestigaç
ão diagnóstic
a(2
situações Clinicas)
Prox. Slide:
DIAGNÓSTICO
SE :
Investigação diagnóstica
Instabilidade após
agressiva reposição de fluidos
Lavado peritoneal Diagnóstico
USG de abdome
DIAGNOSTICO: TRAUMA CONTUSO
Situação clínica 1 :
Investigação diagnóstica
Estabilidade após reposição de fluidos
Tomografia computadorizada
Estadiamento Anatômico
DIAGNOSTICO: TRAUMA CONTUSO
Situação clínica 2 :
Diagnóstico
Trauma Penetran
te
TRAUMA ABDOMINAL:
Os pacientes com instabilidade hemodinâmica e sinais óbvios de trauma abdominal, tais como a evisceração com exposição de alças intestinais ou epíplon e a peritonite generalizada devem ser submetidos à exploração cirúrgica imediata!
Arma branca – parede anterior
Exploração local do
ferimento(Digital)
Laparoscopia
Laparotomia exploradora
(difícil reconhecer o trajeto e a
violação peritoneal )
Redução do número de laparotomias negativas
DIAGNOSTICO: TRAUMA PENETRANTE
EXPLORAÇÃO DIGITAL DE FERIMENTO POR ARMA BRANCA NA PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR
Arma branca – parede anterior
TRAUMA PENETRANTE
Arma branca – flanco ou dorso
TC contrastado
(TRIPLO)
Acompanhamento
Laparotomia exploradora
Achado positivo (CD = LE):Evidência de violação peritoneal
Lesões de estruturas retroperitoneaisCólon, vasos calibrosos e trato urinário
DIAGNOSTICO: TRAUMA PENETRANTE
Arma de fogo
Exame físicoTC
LPDLaparoscopia
Tratamento não
operatório(↑Selecionad
os)
Laparotomia exploradora
Imediata
Redução do número de laparotomias negativas
DIAGNOSTICO: TRAUMA PENETRANTE
Transição toracoabdominal
A transição toracoabdominal (TTA) tem como limite superior uma linha que passa anterior-mente, na altura dos mamilos, e se continua posteriormente por sobre a ponta das escápulas (parte mais inferior da escápula). Como limite inferior, temos as margens costais inferiores
TRAUMA ABDOMINAL
Transição toracoabdominal
Estrutura + Acometida (T. Penetrantes) = Diafragma
Causa: Hérnias traumáticas do diafragmaAnalisar Lesão: Dependência do
Trajeto e Ciclo RespiratórioDiagnostico Pacientes ESTAVEIS:
Exame físico seriado; Radiografia seriada do tórax;
Toracoscopia; LAPAROSCOPIA; TC
Pacientes Instável: Laparotomia
DIAGNOSTICO
Trauma Transição toracoabdominal
Trauma Abdomina
l(ARSENAL
)
Radiografia Simples
Radiografia Contrastada
Exames Laboratoriais
TCUSG
LPD
Laparoscopia
Exames ComplementaresTRAUMA
ABDOMINAL:
Exame de Sangue
Exame de Urina
• Ht/Hb• Leucometria• Amilase• Drogas• Gravidez
• Micro-hematúria
Exames LaboratoriaisTRAUMA
ABDOMINAL:
- radiografia simples de abdome é de pouca contribuição diagnóstica no trauma abdominal
- Somente em algumas ocasiões é Util:
EXAMES COMPLEMENTARESRadiografias Simples
Presença de pneumoperitônio em radiografia simples de tórax com
cúpulas. (trauma contuso de abdome)
A radiografia simples do abdome, em posição ortostática e supina, pode identificar a presença de ar retroperitoneal (retropneumoperitônio), geralmente, pela melhor definição dos rins ou da sombra do músculo psoas
EXAMES COMPLEMENTARESRadiografias Simples
Outra utilidade da radiografia simples de abdome é para detectar a presença de corpos estranhos radiopacos
Presença de clips metálicos indicando os orifícios de entrada e saída do projétil de arma de fogo em radiografia simples de pelve para definir a trajetória
EXAMES COMPLEMENTARESRadiografias Simples
EXAMES COMPLEMENTARESRadiografias contrastadasUretrocistografia injetora (lesão uretral )
Cistografia (Lesão de bexiga)A urografia excretora(Trauma Renal)
Ultrassonografia FAST
• Objetivo: Hemoperitôneo• Indicações:
• 1) Vítimas de contusão abdominal, para as quais o exame físico não é confiável devido a rebaixamento do nível de consciência.
• 2) Circunstâncias em que o abdome pode ser uma das possíveis fontes de hemorragia (pacientes politraumatizados com contusão abdominal e fraturas pélvicas).
• 3) Hipotensão ou choque no politrauma sem causa aparente.
• Locais: Pelve / Fossa esplenorrenal Saco pericárdio / Fossa hepatorrenal
EXAMES COMPLEMENTARES
ULTRASSONOGRAFIA ABDOMINAL (FAST)
41
ULTRASSONOGRAFIA ABDOMINAL (FAST)
EXAMES COMPLEMENTARES
• Detecção de hemorragia; • Rápido e simples;
• Pequenas Lesões x Significantes• Localização e extensão;• Retroperitônio;• PAF;
Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD)
Vantagens
Desvantagens
Indicação:
Impossibilidade de seguimento clínicoInterpretação duvidosa
EXAMES COMPLEMENTARES
Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD)
EXAMES COMPLEMENTARES
Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD)
LPD +> 10 ml de sangue;
> 100.000 hemácias/campo ou 500 leucócitos;
Restos alimentares, bile e material fecal;
EXAMES COMPLEMENTARES
TC abdominal
• Trauma fechado ;• Estável;• Exame físico
normal ou não confiável;
• Trauma duodenal e pancreático.Indicaç
ão
• Laparotomia;• Instável;• Agitação;• Alergia ao
contraste.Contra-Indicação
EXAMES COMPLEMENTARES
TC abdominal
• Estabilidade ;• Especificidade;• Não invasivo;• Tratamento não-
cirúrgico de órgãos sólidos.
Vantagem
• Alto custo;• Lesão de víscera
oca.
Desvantagem
EXAMES COMPLEMENTARES
Izabela Augusta Medeiros 47www.radiologyassistant.nl
POSSÍVEIS ACHADOS DA LESÃO ABDOMINAL (TC)
EXAMES COMPLEMENTARES
EXAMES COMPLEMENTARES
Laparoscopia Diagnóstica • Limitado, dispendioso e invasivo;
(mudança de panorama)• Mais valor no trauma
penetrante;• Melhor exame para lesões
diafragmáticas (TORACOABDOMINAL).
• Diagnóstica e/ou terapêutica
EXAMES COMPLEMENTARES
Tratamento
Cirúrgico Não Operatório
Tratamento não operatório
Observação clínica (Monitorização)
12h não deve receber analgésico nem antibióticos e estar em jejum
Repetir exame físico (mesmo Observador)
Dosagens hematimétricas seriadas
ATENTO à hipotensão arterial, taquicardia, febre ou dor à palpação abdominal
TRATAMENTO
NoTraum
a contus
o
Tomografia computadorizada(lesões do fígado, baço e rins ..)
+ Exame Físico(decisão de
indicação cirúrgica)
Tratamento não operatório
TRATAMENTO
NoTrauma
penetrante
(SELETIVO)
Assintomáticos:Exploração local, LPD e TC
No Subgrupo:Sem penetração na cavidade abdominal
Tratamento não operatório
TRATAMENTO
Tratamento cirúrgico
Exploração cirúrgica• Irritação peritoneal;• Instabilidade
hemodinâmica;• Sangramento retal;
Os pacientes com instrumentos empalados
no abdome devem ser submetidos à laparotomia
exploradora para a retirada do mesmo sob
visão direta
TRATAMENTO
Tratamento cirúrgicoTRATAMENTO
Laparotomia exploratória• Instabilidade hemodinâmica;• LPD positivo c/ hipotensão;• Irritação peritoneal;• Empalamento no abdome;• Sangramento no estômago e reto;• Hipotensão recorrente;• Pneumoperitôneo;• Lesão diafragmática;• Evidência radiológica;
Indicação
TRATAMENTO
CONTROLE DE DANO (Damage control)
Hiportemia (T<34)
Acidose Metabólica
pH<7.3
CoagulopatiaT.P >16’’ PTT
>55
Tríade Mortal
Laparotomia abreviada Tratamento clinico em UTI Reoperacao planejada24-48h
Tratamento cirúrgico
LESÕES ORGÂNICAS ESPECÍFICAS
Izabela Augusta Medeiros 60
1.Trauma Penetrante do Estomago2.Lesões hepáticas3.Lesões esplênicas4.Lesão do Duodeno5.Lesão pancreática6.Ruptura ou perfuração do intestino delgado7.Laceração do Mesentério8.Lesão do Colón9.Traumatismo de bexiga e uretra10.Trauma Renal e de Vias urinairas11.Fraturas pélvicas...
LEMBRANDO...
Trauma Aberto:(ATLS)
Lesões por arma de fogo
1. Intestino Delgado 50%2. Cólon 40%3. Fígado 25%
Lesões por arma branca
1. Fígado 40%2. Intestino Delgado 30%3. Diafragma 20%
Trauma Fechado(ATLS)
1. Baço 40-50%
2. Fígado 35-45%
3. Intestino Delgado 5-15%
Órgão comumente mais lesado nos traumas abdominais fechados;
• Fraturas de arcos costais à esquerda;• Dor subescapular à esquerda ( SINAL DE KEHR);
Quando suspeitar?
• Principal produção de IgM importante na opsonização de bactérias capsuladas;
• Complicações devido lesão Principalmente nos pediátricos sepse fulminante pós-esplenectomia. Agentes etiológicos: S. pneumoniae, H. influenzae.
Funções do Baço:
• 1. Estabilidade hemodinâmica• 2. Exame abdominal negativo p/ irritação
peritoneal;• Ausência de indicações de laparo ou lesões que
necessitem de intervenção cirúrgica;• Ausência de condições clinicas que aumentem o
risco de sangramentos;• Lesões esplênicas graus I-III.
Indicações de conduta
conservadora:
TRAUMA ESPLÊNICO
Conduta conservadora
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES ESPLÊNICAS
CONDUTAS ...• Internação na UTI por 48-72h;• Repouso absoluto;• Cateter nasogástrico posicionado;• Acompanhamento: Ht seriado +
avaliação clínica + exame abdominal• OBS: Se Queda do Ht ou alteração
Nova TC• SE Estabilidade do quadro unidade
intermediária iniciar deambulação + dieta.
Doentes não
candidatos à
cirurgia:• Estabilidade hemodinâmica + sinais de
peritonite;• Instabilidade hemodinâmica com LPD ou
FAST +;• Presença de coagulopatia.• Lesões esplênicas graus IV e V.
• = Rafia simples ou Esplenectomia ou parcial/total
Quando indicar a laparo??
Esplenectomizados devem ser submetidos à imunização (H,M,P) após 14° PO
ASPECTOS GERAISÉ o segundo órgão
mais acometido nos traumas abdominais
fechados.O fígado é
subdividido em segmentos, tendo
como base as ramificações da
tríade portal ramo da v. porta, ramo da
artéria hepática e ducto biliar.
• Segmentos de Couinaud.
Principal vaso que chega no fígado
v. porta.
Classificação do trauma hepático
As lesões dos graus I, II e III são consideradas simples, correspondendo a 80% do total; nestes casos, a mortalidade é diretamente relacionada ao traumatismo associado de outros órgãos e não ao trauma hepático propriamente dito. Embora menos freqüentes, as lesões complexas (graus IV, V e VI) respondem por metade dos óbitosNa escala do Trauma Hepático da AAST, o acometimento das veias hepáticas e da veia cava inferior (de localização retro-hepática) representam as formas mais graves de lesão do órgão, encerrando naturalmente um pior prognóstico
CONDUTAS...
Quando deverá ser tratamento Conservador??
Quando deverá ser tratamento
cirúrgico
1. estabilidade hemodinâmica;
2. Nível de consciência preservados;
3. ausência de indicações claras de
laparotomia peritonite;
4. lesões hepáticas graus I-III;
Aqueles que não se
enquadram no descrito acima;
TRATAMENTO CIRÚRGICO.
O CIRURGIÃO PODE ABORDAR AS LACERAÇÕES HEPÁTICAS UTILIZANDO VÁRIAS TÉCNICAS, DEPENDENDO DA LOCALIZAÇÃO E
GRAVIDADE DA LACERAÇÃO:1. SUTURA, 2. APLICAÇÃO DE CLIPES CIRÚRGICOS SOBRE OS VASOS SANGRANTES, 3. DISPOSITIVOS QUE COAGULAM O SANGUE EMPREGANDO FEIXES DE
ARGÔNIO, 4. USO DE COLÁGENO MICROFIBRILAR, 5. TAMPONAMENTO COM COMPRESSAS, 6. LIGADURA VASCULAR,7. CIRURGIA PARA CONTROLE DE DANO E RESSECÇÃO.8. ATUALMENTE, DESBRIDAMENTO DO PARÊNQUIMA, LOBECTOMIA E
LIGADURA DEFINITIVA DA ARTÉRIA HEPÁTICA SÃO PROCEDIMENTOS RARAMENTE EMPREGADOS.
Manobra de Pringle: com o uso de pinça vascular o cirurgião clampeia
a veia porta,artéria hepática e colédoco no nível
do ligamento hepatoduodenal.
Lacerações Manobra de Pringle (clampeamento da
a. hepática, v. porta + colédoco);
OBS: sangramentos oriundo da V.
HEPÁTICA e V. CAVA INFERIOR (Segmento retro-hepático) NÃO
PARAM DE SANGRAR.•Então o que fazer?????
Shunt atriocaval. Neste procedimento, o cirurgião comunica o segmento infra-hepatico da veia cava inferior diretamente com o atrio direito, desviando sangue do segmento retro-hepatico da veia cava inferior.
Cerca de 75% dos casos são devido trauma penetrantes;
- Colisões automobilísticas SEM uso de cinto de segurança respondem pela maioria dos traumas fechados.- Acidentes com bicicletas em que há trauma abdominal pelo guidão
Quando suspeitar??• Sinais e sintomas de retropneumoperitôneo;• Dor lombar e em flancos irradiação para escroto e crepitação ao toque
retal.• Contusão: Aumento dos níveis de amilase (em 50%)
Sinais radiológicos• Discreta escoliose;• Apagamento da sombra do psoas;• Ausencia de ar no bulbo duodenal• Ar no retroperitôneo delineando os rins ( contraste com a cápsula renal)• Imagem em mola em espiral ou moeda empilhada hematoma duodenal.
TRAUMA DE DUODENO
Imagem em “mola em espiral” na seriografia de um paciente pediátrico
Ar no retroperitôneo delineando os rins ( contraste com a cápsula renal)
CLASSIFICAÇÃO
CONDUTAS...
• rafia simples e reforço do omento;Lesões simples graus I-II com menos de 6h
de evolução: • Necessitam de descompressão duodenal
realizada por sonda nasogástrica transpilórica, jejunostomia ou duodenostomia.
Lesões graus I-II > 6h:
• Reparo primário do duodeno exclusão pilórica, gastroenteroanasomose e drenagem (cirurgia de Voughan);
Lesões grau III:
• Acometimento da maior parte da segunda porção do duodeno, da ampola de Vater e do colédoco distal;
• Reparo difícil, com colocação de um tubo em T; • coledocoenterostomia após reparo das lesoes
duodenais e ducto biliar comum.
Lesões grau IV:
• Duodenopancreatectomia.Lesões grau V:
• CONSERVADOR dieta zero + cateter nasogástrico + suporte parenteral
• Resolução 10-15 dias.HEMATOMA DUODENAL:
Cirurgia de exclusao pilorica (Vaughan). Neste procedimento, o cirurgiao realiza o reparo da lesão em duodeno. Para que o alimento nao entre em contato com o reparo, o piloro e “fechado”, ou seja, e feita a cerclagem do piloro (B). Por ultimo, o transito do alimento se faz atraves de uma gastrojejunostomia
ASPECTOS GERAIS
• LOCALIZAÇÃO RETROPERITOENAL;• RARAMENTE ACOMETIDO;• DIVIDIDO EM PORÇÃO PROXIMAL:
• CABEÇA E PROCESSO UNCINADO À DIREITA DA MESENTÉRICA SUPERIOR ÍNTIMA RELAÇÃO COM O COLÉDOCO E DUODENO.
• CORPO E CAUDA (EM PROXIMIDADE COM BAÇO E VASOS ESPLÊNICOS.)
• PRINCIPAIS CAUSAS AA E FAF.
• EXAME DIAGNÓSTICO (GOLD STANDARD)• TC HELICOIDAL COM CONTRASTE
TRAUMA DE PÂNCREAS
CLASSIFICAÇÃO
TRATAMENTO
• CONSERVADORA• OBS: em lesões grau II com laceração do
parênquima debridamento + hemostasia local + drenagem.
Lesões graus I-II sem
laceração:• Com envolvimento do ducto pancreático
abordagem mais agressiva.• Lesões do corpo e cauda pancreatectomia
distal com esplenectomia.
Lesões grau III:
• Lesões IV hemostasia do parênquima pancreático + drenagem ampla.
Lesões grau IV:
• Em casos de hemorragia de difícil controle, lesões graves de duodeno e pâncreas associadas e destruição maciça da cabeça do pâncreas Ressecção da cabeça do pâncreas + duodeno + coledoco distal Cirurgia de Whipple ( duodenopancreatectomia)
Lesões grau V:
ASPECTOS GERAIS
Mais frequentes
nos traumas penetrantes;
Importante lembrar reto pode ser lesado
por espículas ósseas
(fratura de pelve);
Risco aumentado de infecções
ideal de intervenção
2h do trauma.
Segmento mais acometido:
1.transverso 2.cólon direito e ceco
3.cólon esquerdo 4.sigmóide
5. reto.
Trauma de Cólon e Reto
CONDUTAS...
• 1- Reparo primário sutura da lesão;• 2- Ressecção do segmento envolvido com
anastomose primária;• 3- Anastomose primária tardia;• 4- Colostomia com reconstrução do
trânsito em uma segunda operação.
Quando acomete o
cólon e reto proximal
• 1- Comprometimento de menos de 50% da circunferência da alça;
• 2- Paciente deve se encontrar estável hemodinamicamente;
• 3- Diagnóstico precoce nas primeiras 4-6h;• 4- Ausência de lesão vascular colônica;• 5- Necessidade de menos de 6 unidades de
concentrado de hemácias durante a reanimação.
Para realizar o reparo primário todos os critérios abaixo
devem ser preenchidos
:
Reto intraperitoneal:
Segue os mesmos parâmetros para lesões
no cólon;
Colostomia proximal de proteção;
Reto extraperitoneal:
Reparo primário
Debridamento
Drenagem pré-sacra dreno de Penrose;
Colostomia proximal de proteção deve ser obrigatoriamente
realizada.
TRAUMA NO RETO
Associada a lesões pélvicas ou a “queda do cavaleiro”• hematoma perineal, sangue no meato
uretral e dor à palpação do períneosintomas:• uretrografia retrógradaDiagnóstico: • Cistostomia suprapúbica ->
UretroplastiaTratamento:Associada a feridas abdominais
• incialmente assintomático;• tardiamente há desenvolvimento de fístulas,
urinomas e abscessos intra-abdominaisSintomas:
• TC ou urografia excretora ou urografia retrógradaDiagnóstico:
• Debridamento, anastomose adequada sem tensão e colocação do cateter de duplo j (protege anastomose e diminui incidência de fístulas)
Tratamento:
TRAUMA URETRA / URETERAL
É mais frequente após traumatismo fechado associada à fratura da bacia (70%)
Dois tipos de ruptura:• extraperitoneal – resultado de perfuração de fragmentos
ósseos adjacentes;• intraperitoneal – traumatismo localizado no interior da
bexiga (bexiga cheia que sofreu impacto direto)Diagnóstico: • cistografia
Tratamento: • lesões extraperioteais: colocação de cateter vesical tipo
foley• lesões intraperitoneais: sutura por planos através de acesso
abdominal com colocação de cistostomia para derivação (no caso de lesões extensas)
TRAUMA DE BEXIGA
TRAUMA RENALAssociada à acidentes automobilísticos, quedas
contusões direta e fratura dos arcos costais inferiores• mais frequente é a hematúria - somada a história de
contusão na região do flanco abdominal ou lombar (comum equimoses).
• Pacientes com lesões mais graves evoluem para quadro de instabilidade hemodinâmica
Manifestação:
• TC (pacientes estáveis hemodinamicamente) com contraste, avaliação da função renal pela captação e excreção do contraste, sua ausência indica lesão da artéria renal;
• diagnóstico intraoperatório (pacientes instáveis hemodinamicamente)
Diagnóstico:
• lesões menores – hematomas subcapsulares e as lacerações ou contusões corticais que não atingem à via excretora;
• lesões maiores – danos à excretora (com extravasamento de urina), explosão renal, trombose vascular e avulsão do pedículo.
Classificação das lesões
renais• Lesões menores – repouso por 7 dias e
antibioticoterapia;• Lesões maiores - cirurgia
Tratamento:
Associadas à complicações imediatas e graves como hemorragia
São resultado de forças compressivas externas. Agem na pelve em 3 direções.FRATURAS ESTÁVEIS: anel pélvico alinhado e abertura da sínfise púbica < 2,5 cm;
FRATURAS INSTÁVEIS: anel pélvico deformado ou abertura da sínfise púbica > 2,5 cm;
Fratura determinada por forças anteroposteriores hemorragia
Fratura determinada por forças laterais ou verticais lesão visceralDiagnósticos: clínico – contusões ou equimoses em região pélvica; sinais clínicos de lesões de vísceras pélvicas; radiografia simples da pelve
FRATURAS PÉLVICAS
Classificacao de Young e Burgess para as fraturas da pelve.(Leva em consideracao o mecanismo de fratura, o grau de
deformidade do anel pelvico e as estruturas lesadas)
(LATERAL)
(AP)
(VERTICAL)
I – ESTÁVEL / II E III= INSTÁVEL
TC pacientes HE (definição do tipo de fratura)
• Fraturas tipo I (estáveis): repouso no leito SEM intervenção cirúrgica
• Fraturas II ou III (instáveis) : cirúrgico – uso de fixador externo anterior, associado ou não à fixação interna ( placas e barras)
Tratamento
TRAUMA VASCULAR ABDOMINAL
Refere-se a lesão de grandes vasos localizados no retroperitônio e nos mesentérios (vasos mesentéricos superior e inferior)Ocasionados por feridas abdominais principalmente aquelas por PAF (armas de fogo)
Localização do hematoma indica possível vaso lesado para assim determinar a conduta adequada a ser seguida
TRAUMA VASCULAR
ABDOMINAL
• Durante laparotomia exploradora;
• paciente estável TC (identifica hematoma e lesão visceral)
Identificação dos
hematomas ocasionados
por ferida abdominal:Para o tratamento cirúrgico de traumas
vasculares deve-se fazer ampla exposição dos vasos com controle proximal e distal
Manobras para expor os vasos retroperitoniais : Manobra de Mattox,
Manobra de Kocher e Manobra de Cattel-Braasch
FIM!!!!