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UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ – UNIVÁS ÚLCERA VENOSA LETICIA DE CÁSSIA LOPES DA SILVA ENFERMAGEM – 5°ANO

Ulcera Venosa e IPTB

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UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ – UNIVÁS

ÚLCERA VENOSA

LETICIA DE CÁSSIA LOPES DA SILVAENFERMAGEM – 5°ANO

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INTRODUÇÃOAs ulceras estão relacionadas a várias doenças, taiscomo:

Diabetes Doenças Vascular Periférica Insuficiência Venosa (IV)

A IV é caracterizada por um conjunto de alteraçõesfísicas como o edema, a hiperpigmentação, o eczema, a lipodermatosclerose, que ocorrem na pele e nosubcutâneo, principalmente nos membros inferioresdecorrentes da hipertensão venosa de longa duração e/ouobstrução venosa e que culminam com formação deúlceras.

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ANATOMIA E FISIOLOGIA VENOSA Nos membros inferiores encontram-se três

sistemas de veias, distintos anatômica e funcionalmente, sendo esses: o superficial, o profundo e o perfurante. As veias desses três sistemas possuem inúmeras válvulas, as quais orientam o fluxo de sangue, em uma única direção, das veias do sistema superficial para o sistema profundo, e impedem o refluxo do mesmo durante o relaxamento da musculatura das pernas.

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ANATOMIA E FISIOLOGIA VENOSA

O fluxo venoso também é auxiliado pela musculatura

da panturrilha, que funciona como uma verdadeira

bomba periférica, ajudando as válvulas a superar a

força da gravidade, impulsionar o sangue para o

coração e diminuir pressão no interior das veias.

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FISIOPATOLOGIAA ulcera venosa é decorrente da insuficiência dasválvulas das veias da perna e da associação de refluxode sangue para as veias superficiais cujo fator etiológicopode ser congênito, primário ou secundário. A falha nomecanismo fisiológico do fluxo venoso desencadeia ahipertensão venosa. Uma das causas da Hipertensão Venosaé a pressão hidrostática, relacionado à pressão da coluna desangue do átrio direito. Em situações normais, o fluxo venoso corre, do sistema venoso superficial para o profundo, atravésde veias comunicantes com válvulas competentes, queImpedem o retorno de sangue para as veias superficiais. Aincompetência das válvulas do sistema venosoprofundo e comunicante e o refluxo resultante causamhipertensão venosa.

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Ulcera Venos

a

Insuficiência Valvular

Deficiência da bomba

muscular da panturrilha

Hipertensão Venosa

Edema

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PATOGÊNESE DA ULCERAÇÃO Algumas teorias tem sido propostas para

explicar a patogênese da Ulcera Venosa, embora o mecanismo exato ainda seja desconhecido, há um consenso entre os autores de que a hipertensão venosa é o fator mais frequente para ulceração das extremidades inferiores. As paredes dos vasos são danificadas acarretando um aumento da permeabilidade capilar, com liberação de macromoléculas do seu interior para a pele provocando alterações cutâneas .

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QUADRO DIFERENCIAL DE ULCERAS VENOSAS E ARTERIAIS

Indicador Venosa ArterialLocalização Terço Inferior da

perna/maléolo medial

Dedos dos pés, calcâneo/lateral da perna

Evolução Lenta RápidaProfundidade, leito

e margensSuperficial com leito vermelho vivo, margens irregulares

Profunda, pálida, margens definidas

Tamanho Grande PequenaExsudato Moderado a

excessivoPouca quantidade

Edema Presente Ausente, ou presente por estase

Dor Pouca ou moderada ExtremaPulso Presente Diminuído ou

ausente Fonte: Blanes, 2004

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AVALIAÇÃO História Antes de iniciar a avaliação da úlcera, é necessário

fazer a investigação geral para conhecer a historia de saúde e de vida dos clientes.

Avaliação FísicaA avaliação física deve estar focada no estado

vascular, com atenção para os sinais clínicos específicos de insuficiência venosa, tais como edema, eczema, hiperpigmentação, espessamento do tornozelo, lipodermatoesclerose, dor e nas características da ulcera.Localização, profundidade, bordas, leito, exsudato, mensuração e dor

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EXAMES PARA DIAGNÓSTICO Embora a história e o exame clínico, na maioriadas vezes possam ser suficientes para o diagnóstico,alguns exames podem ser realizados paracomplementar o diagnostico. Podem ser invasivos ounão invasivos. A flebografia é considerado ummétodo invasivo de diagnostico e reservado para assituações atípicas. Dentre os métodos não invasivoso duplex scan é utilizado para avaliar a funçãovalvular e o refluxo venoso.

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TRATAMENTO Segundo Borges (2005), é essencial a adoção detécnicas e produtos adequados para a limpeza dalesão, bem como a utilização de coberturas nãoaderentes, capazes de propiciar o meio úmido e deabsorver o exsudato, criando um ambiente propício àcicatrização. Limpeza:Visa remover tecidos desvitalizados, corposestranhos, excesso de exsudato e restos decoberturas. Deve ser realizada cautelosamente,respeitando a viabilidade do tecido de granulação epreservar o potencial de cicatrização.

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DesbridamentoÉ a remoção de tecidos mortos, particulados ou corposestranhos. Garantindo, a diminuição da colonizaçãode microorganismos no leito da ferida.  Pode ser:

Autolítico: é a autodestruição da necrose pelos leucócitos e enzimas digestivas do próprio organismo.

Enzimático/químico: remoção do tecido necrótico utilizando produtos enzimáticos.

Mecânico: retirada do tecido necrótico pela força física, que pode ser por meio de fricção, uso de gaze úmida ou seca, ou instrumental cortante.

Conservador: remoção do tecido lesado sem comprometer otecido viável.

Cirúrgico: remoção maciça de tecido.

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COBERTURASÉ todo material, substância ou produto que seaplica sobre a ferida, formando uma barreira

físicacom capacidade de cobrir e proteger o leito da

lesão. Podem ser classificadas em:

Passivas: Apenas cobrem e protegem a ferida. Interativas: Mantém o meio úmido,

facilitando a cicatrização. Bioativas: Fornecem elementos necessários

para a cicatrização.

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RECOMENDAÇÕES PARA TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE ULCERAS VENOSAS1- Obter história criteriosa, para estabelecer o

diagnostico de doença venosa e para excluir outros diagnósticos. Avaliar a dor e identificar os fatores locais e sistêmicos que impedem a reparação tecidual.

2- Determinar as causas baseada na etiologia: incompetência valvar, obstrução e falência da bomba muscular.

3- Realizar o IPTB em todos os pacientes para excluir doença arterial.

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4- Implementar bandagem de alta compressão para manejo do edema se o IPTB for > 0,8.

5- Usar meias compressivas para tratar e prevenir o edema na pernas.

6- Implementar compressão pneumática intermitente e/ou elevação das pernas auxiliam no manejo do edema quando estiver com ulcera.

7- Avaliar a presença de infecção e tratar se for indicado.

8- Prática de atividade física e alimentação saudável

9- Hidratação da pele.

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IPTB(ÍNDICE DE PRESSÃO TORNOZELO -

BRAÇO)

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O índice tornozelo – braço é a determinação, por meio deUS Doppler portátil, da pressão sistólica do tornozelo e dobraço. A relação, ou seja a pressão do tornozelo divididapela pressão do braço oferece o índice de pressão derepouso.

Em uma pessoa normal, essa razão é 1.

Em pessoas com história de calcificação arterial pode ser > 1.

Em pessoas com grau de esquemia pode estar entre 0,8 e 0,95.

Em pessoas que referem dor em repouso (isquemia) este índice pode ser inferior a 0,5.

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Esse dado pode subsidiar o enfermeiro na avaliação dopotencial de cicatrização da ferida, pois índice Dopplerentre 0,8 e 0,95 apresenta retardo no processo

cicatricial.

Tudo isso é resultado da diminuição do fluxo e da pressão

de perfusão sanguínea do membro afetado.

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Índice de Pressão de Repouso (RPI)=

Normal

Diminuição de aporte arterial

Claudicação intermitente Isquemia Grave

Arteriografia – Índice de Doppler

Pressão Sistólica da Perna _________________

Pressão Sistólica do Braço

> 1

0,8-0,95

0,5-0,75

<0,5

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Técnica

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REFERENCIAS

Feridas : fundamentos e atualizações em enfermagemSilva, Roberto Carlos Lyra da (Org.);Figueiredo, Nébia Maria Almeida de (Org.);Meireles. Isabella Barbosa (Org.). Feridas : fundamentos e atualizações em enfermagem. 2.ed.rev.ampl. São Caetano do Sul: Yendis, 2007. 508p., il.

Feridas : como tratarBorges, Eline Lima;Saár, Sandra Regina da Costa;Lima, Vera Lúcia de Araújo Nogueira et al. Feridas : como tratar. Belo Horizonte: COOPMED, 2001. 142p., il.

Abordagem multiprofissional do tratamento de feridasJorge, Sílvia Angélica;Dantas, Sônia Regina Pérez Evangelista. Abordagem multiprofissional do tratamento de feridas. São Paulo: Atheneu, 2005. 378p., il.

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Obrigada!