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SUMÁRIO RESUMO ..................................................................................................................................... 02 I INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 03 1.1 Objeto de Estudo .................................................................................................................... 03 1.2 Conceito ................................................................................................................................. 03 1.3 Justificativa ............................................................................................................................. 03 1.4 Objetivo geral ......................................................................................................................... 03 1.5 Objetivos específicos .............................................................................................................. 04 II REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................... 04 III METODOLOGIA.................................................................................................................... 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 12 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 12 GLOSSÁRIO ................................................................................................................................ 14

Viviane (4)

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SUMÁRIO

RESUMO ..................................................................................................................................... 02

I INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 03

1.1 Objeto de Estudo .................................................................................................................... 03

1.2 Conceito ................................................................................................................................. 03

1.3 Justificativa ............................................................................................................................. 03

1.4 Objetivo geral ......................................................................................................................... 03

1.5 Objetivos específicos .............................................................................................................. 04

II REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................... 04

III METODOLOGIA .................................................................................................................... 12

CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 12

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 12

GLOSSÁRIO ................................................................................................................................ 14

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RESUMO

As úlceras por pressão são definidas como lesões de pele ou partes moles originadas

basicamente de isquemia tecidual prolongada. São causadas por fatores intrínsecos e

extrínsecos ao paciente, e dependendo da profundidade da lesão, podem levar a complicações

como a osteomielite e a septicemia podendo levar o paciente a óbito. Sua incidência e

prevalência são altas, mobilizando paciente, familiares e instituições de saúde. Os principais

fatores para o seu desenvolvimento são a pressão e a fricção, sendo sua prevenção mais eficaz

e economicamente viável que seu tratamento.O objetivo deste estudo foi enfocar a

importância dos cuidados da equipe de enfermagem diante de um paciente com ulceras de

pressão, saber identificar os fatores de risco para desenvolvimento das ulceras de pressão em

pacientes hospitalizados, as condições profilática e terapêutica que pode ser adotada pela

equipe de enfermagem. A metodologia consistiu em uma revisão bibliográfica, com pesquisa

em bibliotecas virtuais e nos bancos de dados LILACS e MEDLINE.O profissional de

enfermagem é um dos principais cuidadores do paciente acamado com úlcera por pressão, já

que este profissional está presente ao lado do paciente durante grande parte do tempo de

hospitalização. Porém, sabe-se que a atuação deve ser multiprofissional, pois a predisposição

para o desenvolvimento das úlceras por pressão é multifatorial. O presente trabalho busca

reunir informações sobre o desenvolvimento e prevenção das úlceras por pressão, oferecendo

subsídios para uma melhor assistência aos pacientes.

Palavras-chave: Úlcera por pressão; prevenção;cuidados de enfermagem.

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I – INTRODUÇÃO

1.1 Objeto de Estudo

A importância da equipe de enfermagem nos cuidados com o paciente com úlcera

por pressão (UP).

1.2 Conceito

A UP é definida pelo National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) como áreas

localizadas de tecido necrótico que tendem a se desenvolver quando um tecido é comprimido

entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período de tempo prolongado

(NETTO & BRITO, 2001).

Smeltzer e Bare (2004) definem UP como lesões de pele ou partes moles,

superficiais ou profundas de etiologia isquêmica, originadas pelo colapso local da

microcirculação e do sistema linfático, secundário a um aumento da pressão externa,

usualmente presente sobre uma proeminência óssea.

A denominação úlcera por pressão foi recomendada como a mais adequada, por

Bereck (1975), por ser a pressão o fator etiológico mais importante na formação dessas lesões.

No entanto, os termos ‘escara’, ‘úlcera de decúbito’ e ‘ferida de pressão’ também são

utilizados como sinônimos para o termo Úlcera por Pressão (UP).

1.3 Justificativa

Este tema foi escolhido com o intuito de mostrar ao profissional de enfermagem que

ele é um dos principais responsáveis pelo cuidado direto e pelo gerenciamento da assistência

ao paciente com ulceras de pressão.

1.4 Objetivo Geral

Identificar os fatores de risco para desenvolvimento de úlcera por pressão em

pacientes hospitalizados.

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1.5 Objetivos Específicos

Quais são os principais fatores de risco para o surgimento da UP;

Reconhecer quais são as condições profiláticas e terapêuticas que pode ser adotada

pela equipe de enfermagem.

II – REFERENCIAL TEÓRICO

Potter e Perry (2004) relatam que úlceras de pressão são complicações em pacientes

com curto ou longo tempo de internação na unidade hospitalar com maior incidência em

clientes submetidos procedimentos cirúrgicos, pois a imobilidade e o surgimento da umidade

pelo uso de drenos, secreção de feridas e transpiração, são fatores de risco para o surgimento

da UP atingindo o índice de 17% até o quinto dia de pós-operatório em clínica cirúrgica.

O paciente hospitalizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) a incidência de UP e

maior entre todas as outras unidades, pois segundo Campedelly & Gaidzinski (1987, 33% dos

doentes internados na UTI desenvolvem úlcera por pressão, em outros setores do hospital

onde o paciente permanece por período inferior a 48 horas como na emergência, centro

obstétrico e cirúrgico a incidência de UP é considerada baixa.

As úlceras por pressão são provocadas por fatores extrínsecos e intrínsecos ao

paciente.

Como fatores extrínsecos que atuam na formação das UP podem citar: pressão,

cisalhamento, fricção e umidade, tornando-se necessário à investigação da influência de

outros fatores além desses, para melhor compreensão do problema (HUDAK & GALLO,

1997).

A pressão é o fator mais importante no desenvolvimento das úlceras. Quando o

tecido mole do corpo e comprimido entre uma saliência óssea e uma superfície dura

provocando uma pressão maior que a do interior dos capilares, ocorre isquemia localizada, a

resposta normal do organismo a esse tipo de pressão é mudar a posição do corpo de forma que

a pressão seja distribuída. Quando a pressão é aliviada surge uma região avermelhada sobre a

saliência óssea, que é uma hiperemia reativa consequente de um aumento temporário do

fornecimento de sangue para a região, que remove detritos e traz oxigênio e nutrientes, sendo

uma resposta fisiológica do organismo.

Se a pressão não for aliviada persistir por um longo período de tempo haverá necrose

tecidual. Pois a pressão prolongada provoca alterações dos tecidos moles e resulta na

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destruição do tecido próximo ao osso. Cria-se uma úlcera em forma de cone, com parte mais

larga do cone próximo ao osso e a mais estreita na superfície do corpo, portanto, a úlcera

visível não revela a extensão real da lesão do tecido (BRYANT, 2001).

A força de cisalhamento pode deformar e destruir tecidos e consequentemente, lesar

os vasos sanguíneos. O cisalhamento pode ocorre se o paciente escorregar da cama, quando a

cabeceira elevada em um ângulo acima de 30 graus, o tronco e os tecidos mais próximos se

movimentam, mas a pele da região sacral e do cóccix permanece imóvel. Cadeiras que não

mantenham uma boa postura também podem intensificar a ação da força de cisalhamento que

sempre ocorre simultaneamente com força de fricção no caso do paciente mal posicionado

desliza sobre o leito. A umidade é um fator que contribui para o agravamento da fricção, já

que a pele fica macerada e propensa à ruptura tecidual frente ao atrito. Outros fatores que

também contribuem para exposição do paciente à umidade são as secreções dos drenos,

drenagens de feridas e restos alimentares (POTTER & PERRY, 2004).

Dentre os fatores intrínsecos ao surgimento da UP, o estado nutricional do paciente e

reflexo do seu padrão alimentar habitual, principalmente na deficiência de proteínas,

vitaminas e sais minerais que comprometem a qualidade e integridade dos componentes dos

tecidos moles, particularmente do colágeno. A vitamina C tem um papel muito importante na

formação e manutenção do colágeno, uma estrutura presente dos vasos sanguíneos de tecidos

fibrosos duros, como osso e cartilagens, o déficit de vitamina C é um fator que dificulta a

cicatrização das feridas, assim como a ingestão reduzida de vitamina A e E, que participa da

revitalização, síntese de colágeno e adesão celular, Vale ressaltar que a deficiência de ferro

por anemia pode levar ao desenvolvimento de úlceras por pressão como também a úlcera por

pressão podem ser um fator de risco para o desenvolvimento da anemia. Já que a anemia

ocasiona a diminuição do oxigênio levado pelas hemoglobinas, levando a lesão tissular que

quando provocada leva ao extravasamento sanguíneo (IRON, 2005).

Robbins (2006) relata que medida em que as pessoas vão envelhecendo, a pele fica

mais fina e menos elástica devido ao colágeno da derme diminui em quantidade e qualidade, o

colágeno atua como amortecedor que ajuda a impedir a interrupção da microcirculação ocorre

diminuição da massa corporal, o que leva a exposição das proeminências ósseas e reduzindo a

capacidade dos tecidos em resistir à pressão, também aumenta de condições de morbidade e

do tempo do processo de cicatrização, o que contribui significativamente para o aumento do

trauma tissular; propiciando o desenvolvimento de úlceras por pressão em pacientes idosos

(FILHO & NETTO, 2006).

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Alguns processos patológicos para NETTINA (2004) são tidos como fatores de risco

para o surgimento da UP que no caso da hipotensão arterial sistêmica, onde a diminuição da

pressão arterial diastólica (menor ou igual a 60 mmHg) reduz a tolerância da pele a pressões

externas, favorecendo o risco de isquemia tecidual, a diminuição do fluxo sanguíneo aos

órgãos vitais, promovendo o fechamento dos capilares.

A incontinência urinária é outro agravo que contribui para maceração da pele e,

consequentemente, aumenta o risco de fricção, a lavagem constante removem óleos naturais

do corpo, ressecando a pele. Entre os fatores associados à incontinência está o uso de

diuréticos ou sedativos. Sendo que a imobilidade do paciente no leito em situações de coma

patológico ou induzido potencializa ainda mais o desenvolvimento da UP.

A condição de tabagista é outro fator que expõe o paciente ao risco de úlceras de

pressão, já que os efeitos da nicotina no organismo interferem no fluxo sanguíneo devido seu

efeito vasoconstritor, favorecendo a diminuição do aporte de oxigênio e nutrientes para os

tecidos e o aumento da adesão de plaquetas (SMELTZER& BARE, 2004).

Para explicar a associação de doenças crônicas e degenerativas como o diabetes e a

UP, Maklebust e Magnan(2004) afirmam que o aumento dos níveis de glicose provoca uma

interferência no transporte celular de acido ascórbico no interior das células. Relatam ainda

que o diabetes possa facilitar a formação de úlcera por pressão por provocar alterações no

fluxo sanguíneo periférico e diminuir a percepção sensorial em algumas regiões do corpo,

devido à neuropatia. O câncer é também um fator de risco, o qual ocorre afecção de vários

sistemas, principalmente o imunológico, deixando o organismo, mais susceptível a infecções.

Quando associado a alterações neurológicas, pode ocorrer diminuição da percepção sensorial,

levando o individuo à formação de UP e consequente, a manifestações infecciosas, locais e

sistêmicas.

Filho e Netto (2006) construíram um modelo conceitual, onde afirmam que os

determinantes críticos das UP são a intensidade e duração da pressão sobre a região do corpo

e a capacidade de pele e tecidos subjacentes para tolerá-los. No esquema conceituam os

fatores de risco determinantes para o desenvolvimento de UP.

A intensidade da pressão em determinada área do corpo quando exagerado, faz com

que pressão dos capilares aumente, causando o que chamada "oclusão capilar" acarretando na

diminuição do suprimento sanguíneo, de nutrientes e de oxigênio dos tecidos. Persistindo a

pressão, ocorre à isquemia que pode envolver a pele, tecido subcutâneo, a quantidade de

pressão externa necessária para causar o colapso capilar deve exceder a pressão do capilar

(FREITAS, 2006).

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A duração da pressão é um fator de significância, pois quanto maior o tempo de

exposição à pressão, maior será o dano aos tecidos, à relação tempo/duração da pressão é

muito importante na determinação das úlceras dos tecidos, pois baixas pressões aplicadas em

determinadas áreas de tecido por um longo período de tempo é mais significante na formação

de úlceras por pressão que em altas pressões aplicadas por curto período de tempo (GRAVE

& HIRNE, 2003).

Smeltzer e Bare (2004) definem o déficit tolerância tissulares como sendo um fator

que descreve a condição ou integridade da pele, estruturas de suporte que influenciam a

capacidade da pele para redistribuição e aplicar pressão, a tolerância tissular pode ser alterada

por fatores extrínsecos e intrínsecos ao paciente. Os fatores extrínsecos referem-se à nutrição,

idade e pressão arteriolar. Fatores intrínsecos hipotéticos que são: edema, estresse, tabagismo

e temperatura da pele.

A obstrução de capilares, ocasionada por aplicação de pressões externas, desencadeia

a isquemia tissular. Se a pressão é removida em um curto período de tempo, o fluxo

sanguíneo é reativado no local, pode-se observar a formação de hiperemia que é chamada de

"hiperemia reativa". Se a pressão não for aliviada, a oclusão capilar e isquemia tissular levam

os tecidos à privação de oxigênio e os restos metabólicos são acumulados. Os capilares

lesados tornam-se mais permeáveis, fazendo com que os líquidos sejam transferidos para o

espaço intersticial causando edema que depois de instalado, dificulta a perfusão sanguínea

consequentemente, acentua o quadro de hipóxia, e a inflamação tissular exacerbada

consolidando o início da úlcera por pressão, podendo ser classificada no estágio I de

desenvolvimento da UP (NETTINA, 2004).

Quanto à avaliação dos estágios da UP, os pacientes devem ser avaliados de acordo

com as características do ferimento local e separados em grupos de tratamento conservador ou

cirúrgico. A classificação proposta por Shea dividiu todos os tipos de lesão em cinco grupos,

e quatro deles referentes a úlceras e o último às fistulas, ou seja, úlceras por pressão fechadas,

que se comunica com a superfície através de um trajeto fistuloso (MAKLEBUST &

MAGNAN, 2004). A gravidade da UP é dividida em quatro estágios.

No Estágio I, a UP é clinicamente, uma área mal definida de tecido endurecido

associado a calor e eritema sobre uma proeminência óssea; a lesão atinge apenas a epiderme e

aparentado um discreto abrasão, o diagnóstico precoce nesta fase é muito importante, pois a

lesão é totalmente reversível com cuidados de natureza clinica (POTTER & PERRY, 2004).

Se o mecanismo que deu origem à úlcera de grau I persistir a lesão, até então

epidérmica, tenderá a se tornar mais profunda, atingindo a derme até o limite da camada

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subcutânea de gordura, as margens da lesão tornam-se mais espessas e elevadas, envolvidas

por pigmentação sanguinolenta formando uma área de endurecida por fibrose (SMELTZER&

BARE, 2004). É o denominado Estágio II.

O Estágio III caracteriza-se pelodiagnóstico tardio ou a inobservância das medidas

adequadas no controle terapêutico das úlceras graus I e II leva a uma lesão mais importante,

que atinge camadas mais profundas. A úlcera por pressão grau III e a perda da pele na sua

espessura total, envolvendo danos ou uma necrose do tecido subcutâneo que pode se

aprofundar, atingindo tecido celular subcutâneo e por esta característica, pode tornar-se

infectada é limitada pela fáscia muscular. A úlcera se apresenta clinicamente como uma

cratera profunda (BERGSTROM et al., 1999).

A propriedade do Estágio IV é a perda da pele na sua total espessura com extensa

destruição e profundidade, ocorrendo necrose dos tecidos ou danos aos músculos, ossos ou

estruturas de suporte como tendões ou cápsulas das juntas, potencializando o estado de

imobilidade do paciente (GRAVE & HIRNE, 2003).

Depreende-se que a prevenção é claramente o modo mais fácil, mais barato e mais

bem sucedido de terapia. Os elementos essenciais de um programa efetivo de prevenção

incluem uma abordagem e tratamento por uma equipe integrada, enfatizando bons cuidados

médicos e de enfermagem, treinamento apropriado e orientação dos pacientes, incentivo da

colaboração do paciente a estas recomendações,com prescrição medicamentosa adequada com

dispositivo de alívio à pressão local (NETTO & BRITO, 2001).

As orientações para o tratamento da úlcera por pressão são muito diversas, vários

produtos são utilizados no sentido de se obter uma cicatrização mais rápida e eficiente, sendo

importante citar que as causas que contribuíram para o aparecimento das úlceras por pressão

sejam eliminadas, para que se tenha êxito no tratamento. Alguns tipos de curativos podem ser

implantados no tratamento da UP, principalmente os de Alginado de cálcio, Carvão ativado e

Hidrocolóide por apresentarem bons resultados junto à terapêutica. O procedimento cirúrgico

é outra forma de tratamento, através do enxerto cutâneo, indicado em úlceras profundas de

estágio quatro (ROGENSKI, 2002).

Iron (2005) demonstrou que com a terapia do meio úmido, as enzimas como as

colagenases e proteínas capacitam às células para que migrem através da ferida para as áreas

úmidas onde há fibrina. Como epitelização significa migração celular, o meio úmido favorece

as condições fisiológicas para a cicatrização, quando permitimos que uma ferida seque e

forme uma crosta, as células epiteliais necessitam penetrar mais profundamente na lesão para

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encontrar um plano de umidade que permita sua proliferação, sendo assim uma ferida seca

exigirá uma maior atividade metabólica e necessitará de mais tempo para a cura.

O tratamento tópico da lesão pela utilização de curativos, e preconizada pela limpeza

da ferida com solução salina a 0,9% (soro fisiológico) ou água destilada, cuja eficiência vai

depender da força hidráulica ou pressão do jato para que haja a possibilidade de diminuir a

quantidade de colônias de bactérias do leito da ferida (SMELTZER & BARE, 2004).

As substanciais mais indicadas para o curativo de lesão por pressão segundo Iron

(2005), e o Alginato de Cálcio derivado das algas marinhas marrons, estes curativos são

comercializados em embalagens individuais e estéreis e são especialmente indicados para

feridas cavitárias altamente exsudativas, devido ao seu elevado poder de absolvição, e

eficiente estimulo a granulação tecidual.

Para Fernandes (2000), o curativo com carvão ativado estéril e indicado

principalmente para lesões infectadas com odor fétido devido ao alto poder de absorção e

controle do crescimento de colônias de bactérias estimula a granulação.

Segundo Stotts (1999),é importante o curativo com Hidrocolóide pois esta substância

atua como barreira térmica e microbiana. Tem capacidade de absorver o exsudato, mantendoo

pH ácido e o ambiente úmido estimula a angiogênese e o debridamento autolítico, aliviando a

dor através da proteção das terminações nervosas e não aderência ao leito da ferida e auto

aderente, dispensando a utilização de curativos secundários.

Em situações de não cicatrização da lesão por presença de placas necróticas onde e

necessário à realização do debridamento cirúrgico, que até pode ser realizado no leito de

internação do paciente, desde que o sangramento seja pequeno. A área a ser debridada seja

externa ou se houver a possibilidade de um grande sangramento deve-se realizar o

procedimento no centro cirúrgico. Neste caso o paciente deve ser monitorizado, bem como

dispor de uma reserva de concentrado de hemácias para uma possível transfusão (IRON,

2005).

A distribuição da úlcera por pressão no corpo paciente vai depender do seu

posicionamentono leito e do tempo de imobilização. Nos pacientes acamados com ou sem

lesão medular as úlceras sacrais são as mais frequentes levando em media 48 horas para se

desenvolver trazendo desconforto extremo ao paciente pela dor e sua localização que aumenta

ainda mais a imobilidade no leito.

Os retalhos cutâneos da região glútea podem ser utilizados em lesões sagrais de

grande profundidade.

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A úlcera trocantérica que recebe esta intitulação por ser uma tuberosidade

apresentada no fêmur que segundo Filho&Netto (2006) caracteriza-se tipicamente por

apresentarem o mínimo de envolvimento da pele, mas um extensocomprometimento dos

tecidos profundos desta região (bolsa sinovial trocantérica subcutânea, trato iliotibial e

músculo glúteo máximo), é afetado devido à mobilidade natural do tocante. Desta forma, o

tratamento conservador e até mesmo o enxerto de pele é de pouca aplicabilidade nas úlceras

trocantéricas.

O termo isquiático e relativo ao osso ísquio que ajuda a compor a cintura pélvica,

sendo o prepusor para o desenvolvimento da úlcera isquiática que ocorre principalmente no

posicionamento do paciente no leito em um ângulo igual ou superior a 30°C e em cadeirantes.

O tratamento indicado e a utilização de curativos com Hidrogel ou Papaína protease

encontradana planta Papaia. O enxerto com os músculos posterior da coxa e glúteo mínimo

pode ser utilizado para fechamento da lesão. Outras regiões corpo podem apresentar UP

como: occipital, escapular, calcanhar e cotovelos (NETTO & BRITO, 2001).

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Fonte: Bryant, 2001.

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III - METODOLOGIA

A metodologia consistiu em revisão bibliográfica, pesquisa em bibliotecas virtuais,

nos bancos de dados LILACS e MEDLINE.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o fim deste artigo cientifico foi possível constatar os objetivos do estudo que

demonstraram a existência de dois grupos de risco para o desenvolvimento daUP: os fatores

intrínsecos e extrínsecos ao paciente, sendo o primeiro caracterizado pelo estado

fisiopatológico do organismo humano como incontinência urinária, imobilidade, tabagismo,

doenças crônico-degenerativas. Os fatores extrínsecos mais atuantes na lesão cutânea e a

pressão que ocorre pelo contato prolongado da pele com uma superfície dura.

A importância deste estudo reside na sua reprodutibilidade, na identificaçãodos

fatores risco para formação da lesão por pressão.A literatura ressalta a importância desse tipo

de instrumento para nortear as ações de enfermagem quanto ao uso racional das medidas

preventivas, redução do tempo de hospitalização e dos custos com o tratamento e,

principalmente, a diminuição do sofrimento e da dor do paciente.

REFERÊNCIAS

BRYANT, R.A; ROLSTAD, B.S. Utilização de sistemas de aproximação para

implementar na predição e prevenção a úlceras de pressão. V. 47, n. 9, 2001, p. 26-36.

CAMPEDELLY, M. C; GAIDZINSKI, R. R. Escara: problema na hospitalização. São Paulo:

Ártico, 1987.

FERNANDES,L.M. Úlcera de Pressão em pacientes críticos hospitalizados: uma revisão

interativa da literatura de Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem/USP, 2000.

FILHO, E.; NETTO, M. Geriatria. Fundamentos clínico e terapêutico. 2ª ed. São Paulo:

Atheneu 2006.

FREITAS, E. et al. Tratado de geriatria e gerontologia. 2ª ed.Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan,2006.

GRAVE, R; HIRNE, C. Fundamentos de enfermagem -saúde e funções humanas. 4°ed.

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Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

HUDAK, C.; GALLO, B. Cuidados intensivos de enfermagem. 5°ed.Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 1997.

IRON, G. Feridas novas. Abordagens e manejo clinico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2005.

MAKLEBUST, J.; MAGNAN, M.A. Fatores de risco associados a úlcera de pressão: uma

análise secundária.V. 6, n 25, P. 27-8, 31-4, 2004.

NETTO, M.; BRITO F. Urgência em geriatria. São Paulo: Atheneu, 2001.

NETTINA, S. Prática de enfermagem. 5°ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2004.

POTTER, P.; PERRY, A. Fundamentos de enfermagem. 5°ed. Rio de Janeiro: Guanabara

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ROBBINS, S.; KUMAR, V.; COTRAN, R. Patologia estrutural e funcional. 6°ed. Rio

deJaneiro: Guanabara Koogan.2006.

ROGENSKI, M.M.P. Prevenção e tratamento de úlceras de pressão em hospital

universitário.Dissertação (mestrado). Escola de Enfermagem da Universidade de São

Paulo.São Paulo, 2002. 109p.

SMELTZER, S.C.; BARE, B. Brunner e Suddarth: Tratado de enfermagem médico-

cirúrgica. 10º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

STOTTS, N.A. Risco de desenvolvimento de úlcera de pressão em pacientes acamados:

uma revisão de literatura.V. 12, n. 3, p. 127-36, 1999.

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GLOSSÁRIO

EXTRÍNSECO -que se origina fora da parte onde se encontra ou atua,que estáexterno.

FATOR ETIOLÓGICO– é o fator de determinação das causas e origens de um determinado

fenômeno.

INTRÍNSECO – inerente, que está dentro, que faz parte, ou seja, característica que lhe é

peculiar.

ISQUEMIA TECIDUAL-fluxo arterial insuficiente para manter as funções normais

teciduais, com consequente diminuição de nutrientes (glicose, oxigênio, proteínas, vitaminas,

enzimas, etc.) para os tecidos e o retardo na retirada dos metabólitos.

NECRÓTICO– refere-se a morte das células, tecidos, ou parte de um órgão por infecção ou

perturbação na irrigação sanguínea.

OSTEOMIELITE-infecção óssea que pode surgir a partir de fraturas expostas e pode levar à

morte de partes do osso por falta de irrigação sanguínea.

PROEMINÊNCIA-que se eleva acima, saliente, alto.

SEPTICEMIA- presença de bactérias no sangue.

SUBSÍDIO– auxílio, socorro, benefício.

UP- úlcera por pressão.

VIVIANNY MUNDIM