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BRONQUIOLÍTE VIRAL AGUDA (BVA) ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA CACHOEIRA-BA 13/09/2016

Bronquiolíte viral viral aguda

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Page 1: Bronquiolíte viral viral aguda

BRONQUIOLÍTE VIRAL AGUDA (BVA)

ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA

CACHOEIRA-BA 13/09/2016

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DISCENTES DO CURSO DE FISOTERAPIA:

1. ERISTON SANTOS BARRETO2. FERNANDO RODRIGO DANTAS DIAS3. LARISSA MENDES CARVALHO4. LUCI CUPERTINO5. LUCIANA 6. LUIZ FELIPE CRISPIM MATOS7. SAULO VINICIUS MATOS CHAVES

DOCENTE:

1. SABRINE CORTIANA RODRIGUES LIMA

CACHOEIRA-BA 13/09/2016

BRONQUIOLÍTE VIRAL AGUDA (BVA)ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA

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Tem como característica uma inflamação aguda dos bronquíolos, induzida mais comumente pelo Vírus sincicial respiratório (VSR) e está associada com sinais e sintomas decorrentes da obstrução das vias aéreas.

Observa-se que uma porcentagem significativa dos pacientes com história de BVA evoluem com sintomas respiratórios recorrentes nos anos após a infecção, principalmente aqueles que necessitaram de internação. Diante disso, alguns autores sugerem que a BVA pode levar a hiper-reatividade brônquica, que mais tarde se manifesta como sibilância recorrente nos 5 primeiros anos de vida.

Bronquiolo inflamado

Muco

Bronquiolo normal

ETIOLOGIA

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ETIOLOGIAÉ a doença mais comum do trato respiratório inferior em crianças.Causada pelo vírus sincicial respiratório ou parainfluenza

Tem maior incidência em estações chuvosas e frias.

Acomete cerca de 15% das crianças até 2 anos de vida.

É uma enfermidade diretamente relacionada com aumento da morbidade e mortalidade em crianças de alto risco.

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Fonte: Bueno, Piva, Garcia, Lago, Einloft, 2009; Luisi, 2008.

LeveModerada

Grave

Atendimento ambulatorialNecessidade de hospitalização

Insuficiência respiratória com necessidade de ventilação assistida

Tabela 1- Classificação da BVA

Vírus sincicial respiratórioParainfluenza

InfluenzaCoronavírus

Metapneumovírus humano

Tabela 2- Agentes etiológicos da BVARinovírus

Fonte: Ochoa e Gonzalez, 2010

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EPIDEMIOLOGIAVSR em 70% dos casos

95% das crianças de 0 á 2 anos já foram infectadas pelo VSR

40% das crianças infectadas até 12 meses desenvolvem bronquíolite clínica

Causa mais comum de admissão hospitalar nos primeiros 6 meses de vida

Sazonalidade: Outono e inverno geralmente nos meses entre abril e setembro.

Junior SJB, et al. Infecções agudas por VRSH em crianças hospitalizadas. J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):219-224 Fitzgerald DA. Viral bronchiolitis. Journal of Paediatrics and Child Health 2011; 47: 160-166. Mação P, Dias A, Azevedo L, Jorge A, Rodrigues C. Bronquiolite Aguda Estudo Prospectivo. Acta Med Port 2011; 24(S2): 407-412.

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FISIOPATOLOGIA

REPLICAÇÃO VIRAL

Produção de mediadores

inflamatórios pelas células

epiteliais

Inflamação aguda

Edema e necrose das células epiteliais, aumento da produção de muco, reatividade da musculatura lisa.

Ausência da imunidade ativa, pequeno calibre das VAD.

Sinais e sintomas da bronquiolite

Músculo lisoBronquíol

o terminal

LúmenAlvéolos

Edema de mucosa e acumulo de muco

Ar preso nos alvéolos

Broncoespasmo

Fonte: Knight KL. Clinical assessment and management of a child with bronchiolitis. Nursing Children And Young People. 2012; 24 (8): 29-34.

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Resistência das VA

Retenção de 02 e CO2

Alteração V/Q IRA

Partindo do pressuposto então temos:

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Coriza Tosse

Febre Irritabilidade

Vômitos

De 24 á 48 Horas• Taquipnéia• Sibilância• BAN• Tiragens Costais• Hiperinsuflação• Desidratação• Crepitações

Menos de 24 Horas

• Em menores de 6 semanas também pode ocorrer apneia. Há cianose dependendo do grau de hipoxemia e da taxa de hemoglobina. Outros achados incluem conjuntivite leve, faringite e otite média.

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• Na ausência de complicação a doença geralmente não passa de 1 semana

• A radiografia de tórax pode mostrar imagens não exclusivas de bronquíolite como: atelectasia, hiperinsuflação, opacidade ao redor do hilo pulmonar e espessamento peribrônquico.

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DIAGNÓSTICO• A sazonalidade juntamente com a tosse e chiado são pontos chaves

para diferenciar lactentes com BVA de outras patologias respiratórias.

• A BVA não exige teste diagnostico,como exames laboratoriais ou radiológicos mas estes podem ser úteis.

• O diagnostico é realizado de acordo com os seguintes sintomas:• Tosse• Febre• Coriza• Aumento do esforço respiratório• Dispneia

Vide tabela 3

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Sinais e sintomas

Achados Radiológicos

Ausculta

TosseFebreCorizaAumento do esforço respiratórioDispneia

RiniteTaquipnéiaCrepitações e uso de musculatura acessória, desconforto respiratório(gemência, BAN, tiragem intercostal, retração subcostalBroncoespasmoAumento da produção de secreção

Hiperinsuflação pulmonar, atelectasias, infiltrado peribrônquico

Tabela 3- Características da BVA

Achados Clínicos

Sibilos expiratórios e estertores, crepitantes inspiratórios

Fonte: Sudbrack, Ponzi, Massuco, Coral, Stein, Pitrez, 2007; Pattemore, Asher, Harrison, Mitchell, Rea, Stewart, 1990; Meats-Dennis, 2005; Zorc, Hall, 2010; Lozano, 2007; Luisi, 2008; Carvalho, Johnston, Fonseca, 2007.

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TRATAMENTO

•O tratamento de escolha é sintomático e inclui:

OxigenoterapiaRepouso e hidrataçãoAgentes broncodilatadoresCorticosteroides e antibióticosFisioterapia Respiratória

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Sinais Vitais Ausculta

Expansibilidade Oximetria de pulso

Exames radiológicos

AVALIAÇÃO

Esses dados são relevantes para que o profissional da fisioterapia possa planejar seu atendimento.

faz-se necessária uma avaliação criteriosa do bebê e bom senso para se definir o melhor momento de intervir nesse doente. Com base na avaliação realizada, o profissional deverá escolher a técnica mais adequada para cada situação clínica.

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TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

•Alguns estudos sugerem que seja uma indicação duvidosa

•A TFR é indicada quando há obstrução das VAS, traqueia e brônquios.

•Ela promove:

Higiene brônquicaDesobstrução brônquicaDesinsuflação pulmonarPrevine AtelectasiasMelhora o recrutamento alveolar

O objetivo primário do tratamento fisioterapêutico na BVA é a redução ou eliminação das consequências mecânicas da obstrução da via aérea por secreção e, possivelmente, também a remoção de detritos infecciosos e substâncias tóxicas mediadoras da inflamação.

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CONCLUSÃO•Ainda que não existam evidências que demonstrem os benefícios da fisioterapia respiratória nos pacientes com BVA, as técnicas de higiene brônquica e expansão pulmonar têm sido solicitadas como indicação para o tratamento dessa doença em serviços de saúde de várias partes do mundo.

•O que é consensual entre os pares de profissionais da área é que as TFR podem ser componentes valiosos como coadjuvantes ao tratamento da BVA, mas somente se utilizadas quando houver indicação adequada. Bons resultados exigem o conhecimento da fisiologia normal e alterada, a avaliação e seleção cuidadosa do paciente, uma definição clara dos objetivos terapêuticos, aplicação rigorosa e adequada dos recursos e técnicas fisioterapêuticas e seguimento contínuo do paciente.

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REFERÊNCIAS1. Vidaurreta SM, Marcone DN, Ellis A, Ekstrom J, Cukier D, Videla C, Carballal G, Echavarría M. Acute viral respiratory infection in children under 5 years: Epidemiological study in two centers in Buenos Aires, Argentina. Arch Argent Pediatr 2011; 109(4):296-304. 2. Wainwright C. Acute viral bronchiolitis in children - a very common condition with few therapeutic options. Paediatr Respir Rev. 2010; 11(1):39-45. 3. Zorc JJ, Hall CB. Bronchiolitis: recent evidence on diagnosis and management. Pediatrics. 2010; 125(2):342-9. 4. Lozano JM, Bronchiolitis. Clinical Evidence 2007; 10:308-322. 5. Bueno FU, Piva JP, Garcia PCRG, Lago PM, Einloft PR. Evolução e característica de lactentes com bronquiolite viral aguda submetidos a ventilação mecânica em uma unidade de terapia intensiva pediátrica brasileira. Rev Bras Ter Intensiva. 2009; 21(2):174-182. 6. Salomão Junior JB, Gardinassi LG, Simas PV, Bittar CO, Souza FP, Rahal P, Zanetta DM Human respiratory syncytial virus in children hospitalized for acute lower respiratory infection J Pediatr (Rio J). 2011; 87(3):219-224. 7. Luisi F. O papel da fisioterapia respiratória na bronquiolite viral aguda. Scientia Medica 2008; 18(1):39-44. 8. Carvalho WB, Johnston C, Fonseca MC. Bronquiolite aguda, uma revisão atualizada Rev. Assoc. Med. Bras.2007; 53(2):387. 9. Sudbrack S, Ponzi D, Massuco L, Coral C, Stein RT, Pitrez PMC. Prevalência de vírus respiratórios em lactentes com bronquiolite aguda e sibilância recorrente em uma emergência pediátrica no sul do Brasil. Scientia Medica. 2007; 17(3):124-129. 10. Lanza FC, Cadrobbi C, Gazzotti MR, Faria R, Luque A, Solé D. Fisioterapia respiratória em lactentes com bronquiolite: realizar ou não? O Mundo da Saúde São Paulo. 2008; 32(2):183-188.