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ESTUDO DE CASO Discente: Cíntia Costa da Silva (EN). Outubro 13, 2015 Estágio em Nutrição Clínica

Estudo de Caso

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Page 1: Estudo de Caso

ESTUDO DE

CASODiscente:

Cíntia Costa da Silva (EN).

Outubro 13, 2015

Estágio em Nutrição Clínica

Page 2: Estudo de Caso

FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIASCURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃOPRECEPTORAS: Karina Dias

Karina HohenfeldRenilda Sá O presente trabalho constitui-se

requisito para conclusão do Estágio em Nutrição Clínica e tem como objetivo propor conduta nutricional adequada para paciente vítima de Acidente Ofídico, atendido na enfermaria 1B, do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), visando a melhora do seu estado nutricional.

Salvador – BA, 2015.2

Page 3: Estudo de Caso

Identificação do Paciente:

Nome: J. J. S.; Idade: 16 anos; Sexo: masculino; Cor: moreno; Data de admissão na enfermaria:

Unidade/Leito: 1B – 105.2 (16/09 24/09)

1A – 112.2 (25/09)

Page 4: Estudo de Caso

Dados Pessoais:

Escolaridade: cursando o 7º ano do ensino fundamental; Profissão: estudante; Estado Civil: solteiro.

Nacionalidade: Brasileiro; Naturalidade/Procedência: Zona Rural de Valença – BA (9Km);

Page 5: Estudo de Caso

História Social/ Familiar:

Renda familiar de 1 ½ salários mínimos; Nega etilismo; Nega tabagismo e/ou uso de drogas ilícitas; Nega pratica de exercícios físicos regulares/ monitorados; Nega história patológica familiar.

Moradia: reside em casa própria com mais 4 pessoas (pais e irmãos), residência possui saneamento básico, água encanada e eletricidade;

Page 6: Estudo de Caso

História Patológica Pregressa: NDN.

Queixa Principal: Acidente ofídico em MID, apresentando dor local intensa.

Diagnóstico Clínico: Acidente ofídico, PO (15/09) – 48h*, Fasciotomia + Desbridamento + Trepanação de Fíbula MID.

Page 7: Estudo de Caso

Estudo de Caso

História da Moléstia Atual:Problemas Data

P1Acidente ofídico em MID(Hosp. Local/ Valença - BA Soro Antibotrópico Pentavalente – 8 ampolas)*

09/09(Qua)

P2 Transferido para HGRS Síndrome compartimental em MID

13/09(Dom)

P3 Cir. de Fasciotomia em PD descompresiva 14/09P4 PO/ Desbridamento de tecido necrótico 15/09

P5 PO / Desbridamento de tecidos desvitalizados (Und. 1B)* 16/09

P6 PO/ Desbridamento de tecidos desvitalizados com trepanação óssea 21/09

P7 PO/ Desbridamento cirúrgico 24/09

P8 PO/ Desbridamento + trepanação óssea + sutura de ferida (Und. 1A)* 30/09

Page 8: Estudo de Caso

Medicamentos em uso/ Interação droga-nutriente

Estudo de Caso

Page 9: Estudo de Caso

Estudo de Caso

Medicamentos Classificação Interação x Nutrientes

Tazocin Antibiótico Pode provocar resultado falso-positivo de glicose na urina.

Dipirona Analgésico e Antitérmico –

Tylex Analgésico –

Plasil Antiemético

Pode levar o paciente a uma hipoglicemia, devido a estase gástrica, a insulina começa a agir antes que os alimentos tenham saído do estômago.

Tramal Analgésico Náusea, vômito, boca seca, tontura e sonolência.

Dimorf Analgésico Sistêmico

Constipação, náusea, boca seca, diminuição do apetite, dificuldade de urinar.

Page 10: Estudo de Caso

Estudo de Caso

Medicamentos Classificação Interação

Omeprazol Antiácido e Antiulceroso absorção de ferro e vitamina B12

Clexane Anticoagulante e Antitrombótico absorção digestiva de vitamina K

Sulfato Ferroso

300mg/ VO –3x/ dia

Antianêmico

absorção de tiroxina (T4) e cobre;Cálcio sua absorção no organismo e vitamina C

Pirose, dor epigástrica, náusea, desconforto gástrico, gosto

metálico, vômito, cólica, constipação e diarreia.

Folato5mg/ VO –

1x/ diaAntianêmico vitamina B12 (longo prazo)

Page 11: Estudo de Caso

Estudo de Caso

AVALIAÇÃO NUTRICIONALANTROPOMÉTRICA

Page 12: Estudo de Caso

INDICADORESANTROPOMÉTRICO

S21/09/15

(1B) INTERPRETAÇÃO 25/09/15(1A)

Peso (R)

Estatura (R)

Peso (E)/ Idade 50 KgAdequado para idade

Escore Z >-2 e <-1 / P>3 e <15

50 Kg

Estatura (E)/ Idade 1,70 mAdequada para idade

Escore Z >-1 e <+1 / P>15 e <85

1,70 m

IMC/ Idade 17,30Kg/m²Eutrofia

Escore Z >-2 e <-1 / P>3 e <15

17,30Kg/m²

CB 23 cm P15 - Risco de depleção

CMB 21,12 cm P5 - Risco de depleção

PCT 6 mm P15 - Risco de depleção

PCSE 6 mm P15 - Risco de depleção

PCT + PCSE 12 mm P10 - Risco de depleção

% GC PCT + PCSE 9,97 % Abaixo da média -Tecido Muscular e Adiposo

AMB 25,51 cm P10 - Risco de depleção

CC

Envergadura 85 cm

AJ 48,5 cm

*** NRS

Page 13: Estudo de Caso

EXAME FÍSICOEstudo de Caso

Região Anatômica Achado ClínicoCapacidade Física Acamado + móvelCabelo Sem alteraçõesFace Um pouco pálidaOlhos Mucosas hipocrômicas (++/IV) / AnictéricoLábios Sem alteraçõesDentes Dentição completa / Mastigação normalLíngua Papilas gustativas tróficasPescoço Sem alteraçõesPele Turgor e elasticidade preservadosAbdômen PlanoUnhas Sem alteraçõesMMSS/ MMII NDN/ Lesão em MID com odor fétido*Extremidades Bem perfundidasTecido Subcutâneo e Muscular

Sem edema, ascite e UPP / Visível depleção de Tecido Adiposo e Muscular

Page 14: Estudo de Caso

Estudo de Caso

EXAMES BIOQUÍMICOS

Page 15: Estudo de Caso

EXAMESResultad

os16/09/15

Resultados

18/09/15

Resultados

23/09/15

Resultados

01/10/15VALORES DE REFERÊNCIA

Hemácias 2,72 3,17 2,93 2,86 4,3 – 6,0 x 10₆/mm³(<) indicam anemia

Hemoglobina 7,2 8,4 8,0 7,7 13,5 – 18,0 g/dL

(<) indicativo de anemia

Hematócrito 21,9 25,2 24,4 23,7 41 – 54 %(<) indicativo de anemia

VCM 80,5 79,5 83,3 82,9 80 – 100 fL(<) hemácias microcíticas

HCM 26,5 26,5 27,3 26,9 27 – 32 pg(<) hipocromia

CHCM 32,9 33,3 32,8 32,532 – 36 g/dL

Avalia concentração de hemoglobina dentro das

hemácias

RDW-CV 13,7 15,0 15,6 14,111,5 – 14,5 %

(>) hemácias de tamanhos diferentes circulando/

carência de ferro

Leucócitos Totais 23.340 22.880 21.690 12.880 3.600 – 11.000 mm³

(>) indicativo de infecção

Neutrófilos Segmentad

os 18.369 18.304 17.092 9.827

1.800 – 7.000 mm³(>) indicativo de infecção

bacteriana

Page 16: Estudo de Caso

EXAMESResultad

os16/09/15

Resultados

18/09/15

Resultados

23/09/15

Resultados

01/10/15VALORES DEREFERÊNCIA

Linfócitos 3.198 2.677 2.603 1.507800 – 4.500 mm³(<) linfopenia - déficit

imunológico / (>) linfocitose - processo infeccioso (vírus)

Monócitos 817 686 1.432 1.159300 – 900 mm³

(>) indicativo de processos infecciosos virais / bacterianos

Contagem de

Plaquetas343 mil 564 mil 834 mil 833 mil

150 – 450 mil/mm³(>) respondem pelo processo

de coagulação

Ureia 40 19,3 22,6 32,5 17 – 43 mg/dLAvalia função Renal

Creatinina 0,6 0,7 0,7 0,60,7 – 1,3 mg/dLAvalia função Renal

(>) quantidade de massa muscular e o grau de nutrição

Sódio 131 134 131 130

137 – 145 mmol/L(<) 125 Hiponatremia

* Pacientes hospitalizados que recebem por via endovenosa

grandes quantidades de líquidos, o sódio se dilui

Potássio 3,9 4,8 5,1 4,6 3,5 – 5,1 mmol/L

CK (NAC) 1.859 958 < 171 U/L

(>) quando há lesão de músculos esqueléticos ou

cardíaco

Page 17: Estudo de Caso

Bolsa de Sangue:Estudo de Caso

Paciente hemotransfundido, devido à perda de sangue pela lesão.

16/09/2015 27/09/2015 10 bolsas de sangue.

Page 18: Estudo de Caso

Estudo de Caso

Page 19: Estudo de Caso

Estudo de Caso

HÁBITOS ALIMENTARESCASA

Walter C. Willet

Ingestão hídrica 2L/dia

Não consome com frequência osóleos vegetais

Não ingere bebidas alcoólicas

Não tem hábito de consumir

cereais integrais, prefere

carboidratos simples

Ingesta frequente dos vegetais

Consome frutas com frequência e várias

vezes ao dia

Ingestão adequada de carnes brancas o ovos

Ingestão moderada de leguminosas, legumes e

oleaginosas

Consome com frequência leite e derivados

Consome com frequência alimentos industrializados

(biscoito recheado, salgadinhos, doces,

refrigerante); batata (purê)Consome com

frequência manteigae carne vermelha

Page 20: Estudo de Caso

Estudo de Caso

Suplemento Hiperproteico

9h e 15h (17/09)9h, 15h e 21h (23/09)

15h, 18h e 21h ***

•Café com leite + Pão com manteiga (2**) + FrutaDesjeju

m

•Suplemento Hiperproteico + Maçã

Colação

•Salada Cozida + Peixe + Arroz + Feijão + Gelatina + Suco

Almoço

•Suplemento Hiperproteico + Biscoitos

Lanche

•Sopa + Café com leite + Pão com queijo + Pastel + Fruta

Jantar

•Suplemento Hiperproteico + Biscoitos

Ceia

Apetite preservadoVolume e

Fracionamento adequadosIngestão hídrica 9 copos/dia***

Aceitação de toda dieta ofertada

Aceitação da Dieta Hospitalar

24/09/2015

Page 21: Estudo de Caso

Diagnóstico NutricionalEstudo de Caso

Paciente eutrófico, com risco nutricional.

Page 22: Estudo de Caso

Estudo de Caso

DOS PROBLEMAS DIAGNOSTICADOS

FISIOPATOLOGIA

Page 23: Estudo de Caso

OFIDISMO

Revista de Medicina - Brasil, 2001.

Representam sério problema

de Saúde Pública nos Países

Tropicais

(MUNDO) 3.000 espécies de

serpentes 10-14% são

peçonhentas

OMS calcula 1,2mi – 1,6mi acidentes por serpentes/ano com 30mil – 40mil

mortes

(BRASIL) dados do MS 19mil – 22mil acidentes

ofídicos/ano

Existem aprox. 250 espécies sendo

que 70 são peçonhentas

Peçonhentas (4 gêneros) Bothrops,

Crotalus, Lachesis, Micrurus

Nordeste tem índice de acidentes

(7acidentes/100mil habitantes)

Faixa etária varia entre 15-49 anos / sexo masculino

Identificar o animal causador

do acidente é imprescindível

Page 24: Estudo de Caso

OFIDISMO

Revista de Medicina - Brasil, 2001.

A peçonha possui atividades

fisiopatológicas com lesões locais e destruição tecidual

Ativa a coagulação podendo induzir

incoagulabilidade sanguínea por consumo de fibrinogênio

Promove liberação de substâncias hipotensoras

Provoca lesões na membrana basal dos capilares por ação hemorrágica

Dor local;Sangramentos no local da picada;

Edema de caráter precoce e

progressivo;Lesões bolhosas;

Necrose de tecidos moles com

formação de abscessos;

Síndrome Compartimental perda funcional ou

anatômica do membro

acometido;

Epistaxes; Vômitos e

Hematêmese;Sudorese.

BOTHROPSJARARACUÇU DO PAPO AMARELO

Fasciotomia (PD); Desbridamento; Trepanação Óssea (Fíbula); Sutura da lesão; Enxerto de pele.

Page 25: Estudo de Caso

OFIDISMO

Revista de Medicina - Brasil, 2001.

BOTHROPS - JARARACUÇU DO PAPO AMARELO

Page 26: Estudo de Caso
Page 27: Estudo de Caso
Page 28: Estudo de Caso

Estudo de Caso

Evolução Clínica do Paciente

(24/09/2015): Paciente evolui clinicamente estável, LOTE e verbalizando; eupneico; ciclo vígilia-sono preservado; com quadros esporádicos de febre no período noturno (38,5ºC); normotenso (PA: 120x80mmHg); HGT (6h): 87mg/dL. RIN, nega náuseas, vômitos ou outras intercorrências referentes ao TGI nas últimas 24h. RUN. A cada 48h paciente fica em dieta Zero para realização de Desbridamento em MID no Centro Cirúrgico. Refere apetite preservado e aceitação total da terapia nutricional e dieta ofertada.

Page 29: Estudo de Caso

Estudo de Caso

Recuperar um bom estado nutricional; Manter um crescimento e desenvolvimento adequados para

idade; Prevenir deficiências nutricionais e depleção da massa muscular; Auxiliar na melhora do processo de cicatrização da lesão

apresentada; Ofertar nutrientes que ajudem na resposta imune contra

infecções.

Objetivos da Conduta Nutricional

Page 30: Estudo de Caso

Estudo de Caso

PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA

Page 31: Estudo de Caso

Estudo de Caso

Valor Energético Total (VET): DRI’s (EER/2001)

Sexo, Idade, Categoria do nível de Atividade Física, Peso, Altura, acréscimo 25Kcal/dia para energia de depósito.

VET = 1.993,2 Kcal/dia 40 Kcal/Kg

EER = 88,5 – (61,9 x 16) + 1,0 x [(26,7 x 50) + (903 x 1,7)] + 25EER = 88,5 – 990,4 + 1,0 x [1335 + 1535,1] + 25EER = 88,5 – 990,4 + 2870,1 + 25

Dieta HIPERCALÓRICA

HOSPITAL

Page 32: Estudo de Caso

Estudo de Caso

Distribuição de Macronutrientes / PRESCRITO HOSPITAL

% Kcal g/dia g/kg/diaPROTEÍNA 20,56 410 102,5 2,05

CARBOIDRATO 53,44 1065,16 266,29 5,32

LIPÍDIO 26 518,23 57,58 1,15TOTAL 100%

VET = 1.993,2 Kcal/diaDistribuição de Macronutrientes / ALCANÇADO

% Kcal g/dia g/kg/diaPROTEÍNA 19,02 702 175,57 3,51

CARBOIDRATO 58,87 2173,31 543,37 10,86

LIPÍDIO 22,10 815,87 90,66 1,81TOTAL 99,99%

VET = 3.691,72 Kcal/dia

Page 33: Estudo de Caso

Estudo de Caso

PRESCRIÇÃO DE MACRONUTRIENTES

PROTEÍNA

Dieta Hiperproteica, contendo 2,05g/kg/dia de proteínas; visando um aporte necessário para

auxiliar na cicatrização da lesão apresentada, atuando na reconstrução dos novos tecidos, além

de evitar o catabolismo visceral e muscular, e ajudar no sistema imune através do aminoácido

Arginina (Suplemento*).

CARBOIDRATO

Dieta Normoglicídica, contendo 53,44% de carboidratos; dando preferência para os CHO Complexos. Esse macronutriente é a principal

fonte energética para o desempenho das atividades do organismo e é imprescindível na

adolescência.

LIPÍDIODieta Normolipídica, contendo 26% de

lipídeos. Serão priorizadas as gorduras de origem vegetal, mono e poli-insaturadas e os ácidos

graxos essenciais, tentando restringir o consumo de gorduras saturadas e trans.DRI’s, 2002 - PTN: 0,85g/kg/dia / CHO: 45-65% / LIP: 25-

35%

Page 34: Estudo de Caso

V I T A M I N A S

A 900mc

g

Cofator na síntese do colágeno,

aumento da regeneração

tecidual auxiliando a síntese de

glicoproteínas e na

resposta imunológica.

Complex

o B 1,2mg ; 1,3mg; 1,3mg; 2,4ug

Ajuda na produção de

energia necessária para

os músculos (B1); Cofator

no metabolismo de colágeno

(B2); Coenzima na ativação da

síntese proteica, ajuda

a formar hemácias e anticorpos

(B6); Coenzima na síntese de

proteínas (B12).

C 75mg

Ajuda na síntese de colágeno,

na melhora da ação dos leucócitos, acelera a

regeneração tecidual.

D 5mcg

Participa da

regulação de

diversas proteínas

estruturais, incluindo

o colágeno.

E 15mg

Tem propriedades antioxidantes

, reforça o sistema

imunológico.

K 75ug

Ajuda na síntese de fatores de

coagulação, pré requisito

para a cicatrização das lesões.

Bottoni et al, 2011.

Page 35: Estudo de Caso

M I N E R A I S

Bottoni et al, 2011.

•A ação do colágeno depende deste nutriente; auxilia na regulação da função muscular.CÁLCIO

1300 mg/dia

•Participa da síntese de colágeno e elimina radicais livres.COBRE890 ug/dia

•Participa da síntese do colágeno; é essencial no transporte de oxigênio pela hemoglobina ao leito das feridas.FERRO

11 mg/dia

•Fundamental para o crescimento, manutenção e reparação dos tecidos.FÓSFORO

1250 mg/dia•Participa da síntese proteica e de colágeno.MAGNÉSIO

410 mg/dia

•Participa da síntese de colágeno.MANGANÊS2,2 mg/dia

•Antioxidante, e participa da manutenção da função dos tecidos orgânicos e afecções musculares.SELÊNIO

55 ug/dia

•Fundamental na resposta imunológica e processos de cicatrização de feridas por meio da replicação celular.ZINCO

11 mg/dia

Page 36: Estudo de Caso

Estudo de Caso

CARACTERÍSTICAS DA DIETA

Via de Administração

• Dieta por Via Oral.

Fraciona

mento /

Volume

• 6 Refeições diárias.

• Volume Normal,

contribuindo para que continue aceitando todas as refeições

oferecidas.

Consistência

• Normal, respeitando a aceitação

do paciente.

Cara

cterísticas

• Fibras: 38g/dia (DRI’s, 2002).

• Líquidos: 3,3L/dia (DRI’s,

2002).

• Condimentos: Dieta

normossódica e priorizando

temperos de ervas aromáticas.

• Temperatura: Adequada as preparações.

Page 37: Estudo de Caso

CARDÁPIO CALCULADO

Estudo de Caso

HOSPITAL

Page 38: Estudo de Caso

Refeição

Horário

Preparações Alimentos KcalMedida

Caseira

Quantidade

Desjejum7h

Café com Leite

Café Infusão 8,80 Mililitro 150Leite Longa Vida

Integral 60,40 Mililitro 100

Açúcar 59,90 Gramas 15

Pão com Manteiga Pão de Leite 305,90 Gramas 100Manteiga com Sal 117,40 Gramas 20

Fruta Mamão 64,50 Gramas 150

Colação

9h

Suplemento Hiperproteico Cubitan 255,00 Mililitro 200

Fruta Maçã 97,80 Gramas 150

Almoço

12h

Salada Cozida

Cenoura Cozida 14,40 Gramas 30Batata Cozida 38,70 Gramas 30

Beterraba Cozida 10,50 Gramas 30Couve Cozida 3,40 Gramas 10

Filé Grelhado Filé de Frango 263,80 Gramas 150Arroz Cozido Arroz Branco 243,60 Gramas 200Feijão Cozido Feijão Carioca 136,30 Gramas 200Suco 250mL Polpa de Acerola 24,50 Gramas 80Sobremesa Gelatina de Frutas 311,70 Gramas 80

Page 39: Estudo de Caso

Refeição

Horário

Preparações Alimentos KcalMedida

Caseira

Quantidade

Lanche

15h

Suplemento Hiperproteico Cubitan 255,00 Mililitro 200

Biscoito Maisena 228,20 Gramas 50*

Jantar18h

Sopa de Legumes250 mL

Batata Cozida 51,60 Gramas 40Cenoura Cozida 19,20 Gramas 40Chuchu Cozido 10,90 Gramas 40

Café com Leite

Café Infusão 8,80 Mililitro 150Leite Longa Vida

Integral 60,40 Mililitro 100

Açúcar 59,90 Gramas 15

Pão com Manteiga e Queijo

Pão de Leite 153,00 Gramas 50Manteiga com Sal 58,70 Gramas 10Queijo Mussarela 97,60 Gramas 30

Patissaria Pastel de Carne 147,30 Gramas 50*Fruta Melancia 41,60 Gramas 150

Ceia21h

Suplemento Hiperproteico Cubitan 255,00 Mililitro 200

Biscoito Maisena 228,20 Gramas 50*

Page 40: Estudo de Caso
Page 41: Estudo de Caso

Estudo de Caso

Valor Energético Total (VET): DRI’s (EER/2001)

Sexo, Idade, Categoria do nível de Atividade Física, Peso, Altura, acréscimo 25Kcal/dia para energia de depósito.

VET = 2.366,31 Kcal/dia 47 Kcal/Kg

Dieta HIPERCALÓRICA

CASA

EER = 88,5 – (61,9 x 16) + 1,13 x [(26,7 x 50) + (903 x 1,7)] + 25EER = 88,5 – 990,4 + 1,13 x [1335 + 1535,1] + 25EER = 88,5 – 990,4 + 3243,21 + 25

Page 42: Estudo de Caso

Estudo de Caso

Distribuição de Macronutrientes / PRESCRITO CASA

% Kcal g/dia g/kg/diaPROTEÍNA 10,14 240 60 1,2

CARBOIDRATO 59,86 1416,47 354,11 7,0

LIPÍDIO 30 709,89 78,87 1,5TOTAL 100%

VET = 2.366,31 Kcal/diaDistribuição de Macronutrientes / ALCANÇADO

% Kcal g/dia g/kg/diaPROTEÍNA 14,67 342,92 85,73 1,7

CARBOIDRATO 57,55 1344,8 336,20 6,7

LIPÍDIO 27,78 649,17 72,13 1,4TOTAL 100%

VET = 2.336,90 Kcal/dia

Page 43: Estudo de Caso

CARDÁPIO SUBSTITUTO

Estudo de Caso

CASA

Page 44: Estudo de Caso

Refeição

Horário

Preparações Alimentos Kcal Medida

CaseiraQuantidade

Desjejum7h

Vitamina

Leite Longa Vida Integral 90,60 Copo pequeno 1

Abacate 105,20 Colher (sopa) picado 4

Açúcar 59,90 Colher (sobremesa) 1

Pão com Queijo

Pão de Leite 153,00 Unidade 1Queijo Coalho 81,20 Fatia Média 1

Fruta Maçã 52,20 Unidade Pequena 1

Colação

10h

Fruta Tangerina 57,40 Unidade Média 1

Oleaginosa Castanha do Pará 68,30 Unidade 2

Almoço

12h

Salada Crua

Alface 2,80 Folha Pequena 3Tomate 10,90 Fatia Média 3Pepino 2,60 Fatia Pequena 5

Cenoura 13,90 Colher (sopa) ralada 2

Azeite de Oliva 72,00 Colher (sopa) rasa 1

Filé Cozido Filé de Peixe 123,10 Filé Médio 1

Arroz Cozido Arroz Parboilizado 276,00 Colher (arroz)

cheia 2

Feijão Cozido Feijão Carioca 62,50 Concha Média 1Fruta Abacaxi 72,00 Fatia Pequena 3

Page 45: Estudo de Caso

Refeição

Horário

Preparações Alimentos Kcal Medida

CaseiraQuantidade

Lanche

15hIogurte com

Granola

Iogurte de Morango 150,40 Unidade

Comercial 1

Granola Tradicional 71,50 Colher (sopa) 1

Jantar18h

Salada

Alface 2,80 Folha Pequena 3Tomate 10,90 Fatia Média 3

Espinafre Cozido 14,70 Colher (sopa) cheia 2

Azeite de Oliva 45,00 Colher (sobremesa) 1

Panqueca Panqueca de Carne Moída 129,40 Unidade

Média 1

Suco Polpa de Acerola 24,50 Unidade Comercial 1

Banana Cozida Banana da Terra 140,00 Unidade Grande 1

Ceia21h

Clara de Ovo Cozida com

Torradas

Clara de Ovo de Galinha 27,70 Unidade 2

Torradas de Pão de Sal 167,50 Unidade

Pequena 5

Azeite de Oliva 45,00 Colher (sobremesa) 1

Fruta Laranja 78,10 Unidade Pequena 1

Page 46: Estudo de Caso
Page 47: Estudo de Caso

Lista de Equivalentes/Porção

ENSP/FIOCRUZ, 2007.

Page 48: Estudo de Caso

Lista de Equivalentes/Porção

ENSP/FIOCRUZ, 2007.

Page 49: Estudo de Caso

Estudo de Caso

O paciente não possui nenhuma intolerância ou impossibilidade de se alimentar. Foi iniciada a dieta por via Oral, com consistência normal, sem restrições, cursando com apetite preservado e aceitação da alimentação proposta. Devido a gravidade da lesão MID apresentada, foi sugerida a Terapia Nutricional com suplementação por via Oral; iniciada a Terapia no dia 17/09, com dois horários (às 9h – 15h) de Suplemento Hiperproteico, acrescentando mais um horário (às 21h) no dia 23/09, estes que mudavam de acordo com os dias que o paciente precisava ser encaminhado para o centro cirúrgico (às 15h – 18h – 21h), até a data presente.

EVOLUÇÃO DA DIETA

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Estudo de Caso

A Terapia Nutricional instituída juntamente com a dieta proposta demonstraram benefícios:

Atenuação de peso; Depleção muscular; Manutenção do Estado Nutricional; Auxílio da cicatrização da lesão com melhora importante

do quadro, quando comparado à primeira avaliação; Redução de sepse nos pós-operatórios (complicação bem

comum nestes casos).

Resultados Obtidos com a Conduta Nutricional

Adotada

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Estudo de Caso

Page 52: Estudo de Caso

Estudo de CasoAs estratégias para aconselhamento nutricional dos adolescentes são baseadas nos seguintes princípios:

1. Usar relação não crítica e bom senso;2. Recomendar pequenos aumentos e mudanças progressivas;3. Usar um contrato e sistema de incentivo agradável para o

adolescente;4. Usar termos simples e culturalmente aceitáveis;5. Discutir as escolhas dos alimentos, as quantidades e os métodos

de preparo;6. Orientar os aspectos positivos da dieta em vez dos nutritivos

somente; explicar que todos os alimentos podem ser usados com moderação;

7. Estar consciente dos aspectos psicológicos, culturais e socioeconômicos que influenciam a dieta e os padrões de exercícios e facilitar o apoio positivo;

8. Encorajar mudanças no estilo de vida de toda a família;9. Evitar conflitos familiares gerados durante as horas das

refeições, principalmente;10. Não menosprezar ou desvalorizar o(a) adolescente por sua

forma ou tamanho corporal.

NUTRICIONISTA

Page 53: Estudo de Caso

Estudo de CasoPACIENTEA Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica

adolescência como o período da vida que vai dos 10 aos 19 anos. Nessa fase, seu corpo passa por várias mudanças, portanto, é preciso alimentar-se bem, de

forma nutritiva e equilibrada garantindo bom desenvolvimento físico e mental.

Alimentar-se é um passo muito importante para você estar vivo, sadio e feliz!

A alimentação tem que ser gostosa e fazer parte da história da sua família.

Aproveite a hora das refeições!Reúna a família e torne este momento o mais agradável

possível. Isto tornará sua alimentação ainda mais saudável.A sua alimentação deve ser preparada e guardada em

lugar limpo, protegido de qualquer contaminação, para não causar doenças. Isso serve para a escola e para a comida

de casa, da lanchonete, etc.

Page 54: Estudo de Caso

Estudo de Caso1.Procure comer frutas, verduras e legumes variados todos os

dias, pois são ricos em vitaminas, minerais e fibras.2.É importante comer feijão uma vez por dia e, no mínimo, quatro vezes

por semana.3.Tente evitar os alimentos gordurosos e as frituras, como: carne

com gordura visível, salsicha, hambúrguer, mortadela, coxinha, salgadinhos, biscoitos recheados...

4.Evite "beliscar" entre as refeições. Não substitua as refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) por lanches. Quando comer sanduíches, não escolha aqueles com porção dobrada de carne, ovo ou queijo, aproveitando para caprichar mais na salada.

5.Procure fazer as refeições com calma, em ambiente tranquilo, longe de televisão, jogos eletrônicos...

6.É importante fazer três refeições principais e dois lanches por dia, sem pular nenhuma delas, procurando mastigar bem os alimentos.

7.Reduza o consumo de doces, bolos, biscoitos, principalmente os recheados e outros alimentos ricos em açúcar.

8.Diminua o consumo de sal. Cuidado com a batata frita de pacote e os biscoitos salgados.

9.Procure trocar o refrigerante por suco de fruta natural ou água. Bebendo de seis a oito copos de água por dia, você conseguirá garantir uma boa hidratação, mas evite tomá-los durante as refeições.

10.Mexa-se! Evite ficar parado. Caminhe pelo seu bairro, corra, dance, ande de bicicleta, faça esportes. Não passe muitas horas assistindo TV.

Page 55: Estudo de Caso

Estudo de CasoCÁLCULOSDE ADEQUAÇÃO DA

DIETA(RELAÇÃO Kcal/gN2)

• Kcal/gN2 = Aporte calórico não proteico por (g) Nitrogênio da dieta.

1 g de N2 6,25g x 175,57g Kcal/gN² = 2989,18 = 106,41Kcal : 1gN² x = 28,09g de N2 28,09

<180:1 – indica que na dieta tem maior quantidade de proteína em relação Kcal (CHO e LIP).

Page 56: Estudo de Caso

Estudo de CasoCÁLCULOSDE ADEQUAÇÃO DA

DIETA

(QCA)

QCA = 81,59 %LIP + 73,73 %PTN = 0,23 9,06 %LIP + 101,83 %PTN + 543,37 %CHO

• < 0,25 – Dieta anticetogênica, não promove formação de corpos cetônicos, mas indica que na dieta tem mais CHO em relação a PTN e LIP.

Page 57: Estudo de Caso

Estudo de CasoCÁLCULOSDE ADEQUAÇÃO DA

DIETA(NDPcal %)1. NPUCEREAIS 4,64

gLEGUMINOSAS 8,48

gOUTROS DE ORIGEM ANIMAL

44,49 g

LEITE E DERIVADOS

74,61 g

OVOS 0,0 g

2. NPUCEREAIS 4,64 x 0,5 =

2,32 LEGUMINOSAS 8,48 x 0,6 =

5,08OUTROS DE ORIGEM ANIMAL

44,49 x 0,7 = 31,14

LEITE E DERIVADOS

74,61 x 0,75 = 55,95

OVOS 0,0 gTOTAL = 94,49 gNDPcal % = (94,49 x 4) x 100 =

10,23 % 3691,72> 10% significa que a proteína está

sendo desperdiçada.

Page 58: Estudo de Caso

Estudo de CasoCÁLCULOSDE ADEQUAÇÃO DA

DIETAQualidade da Proteína

DietéticaProteína total da dieta ------------------- 100 %

Proteína de origem animal ------------- x

175,57 ------- 100%119,1 --------- x x = 67,83%

Recomendação > 30 – 35%(Vannucchi)

Alta oferta de proteína animal.

Page 59: Estudo de Caso

Estudo de CasoCÁLCULOSDE ADEQUAÇÃO DA

DIETARelação K+ / NA+

K+ / NA+ = 2700,54 =

1,01 2671,15

< 1,8 Indica que na dieta contém alto teor de Na (Sódio) em relação

ao K (Potássio).

Recomendação K+ / Na+ = 1,8

Cálculo do SAL

1g NaCl 400mg Na+ e 600mg Cl

2671,15mg - 2400mg Na+ 271,15mg Na+

1g NaCl ----- 400mg Na+ x ----- 271,15mg Na+ x = 677,87mg Na+

A paciente ainda poderá ingerir0,67g NaCl na Dieta.

Page 60: Estudo de Caso

Estudo de CasoCÁLCULOSDE ADEQUAÇÃO DA

DIETAQualidade do Ferro

DietéticoFerro total da dieta ------------------- 100 %Ferro de origem animal ------------- x 32,80 ------------ 100%19,57 ------------ x x = 59,66%

Dentro do valor ideal de recomendação( > 50% de Ferro Animal)

Relação Ca+ / P+

Ca+ / P+ = 1654,59 = 0,83 1986,16

Recomendação = 1:1 ou 2:1

Page 61: Estudo de Caso

Estudo de CasoCÁLCULOSDE ADEQUAÇÃO DA

DIETA(Água Metabólica)

CHO = 543,37 x 0,6 = 326,02 mLPTN = 175,57 x 0,42 = 73,73 mL

LIP = 90,66 x 1,07 = 97,0 mLTotal = 496,75 mL/Água

Alimentos sob a forma Líquida = 1480 mL

Água Metabólica + Líquido da Dieta = 1976,75 mL

Page 62: Estudo de Caso

Estudo de CasoCÁLCULOSDE ADEQUAÇÃO DA

DIETA

Volume

Quociente = g / KcalQuantidade de alimentos = 3170g

Quociente = 3170 g 3691,72 Kcal

Quociente = 0,85 g/Kcal

< 1 = Volume REDUZIDO

Densidade Calórica

D.C = Kcal / g

D.C = 3691,72 Kcal = 1,16 Kcal/g

3170 g

> 1 = D.C. AUMENTADADieta Hipercalórica

Page 63: Estudo de Caso

Referências BibliográficasEstudo de Caso

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Page 64: Estudo de Caso

Estudo de Caso

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Referências Bibliográficas

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