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Graduandas em Nutrição 6º semestre: FITOTERAPIA

Fitoterapia

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Page 1: Fitoterapia

Graduandas em Nutrição – 6º semestre:

FITOTERAPIA

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INTRODUÇÃO

Esse modelo deve buscar a sustentabilidade econômica e ecológica, respeitando princípios éticos e compromissos internacionais assumidos e promovendo a

geração de riquezas com inclusão social.

O Brasil, com seu amplo patrimônio genético e sua diversidade cultural, têm em mãos a oportunidade para estabelecer um modelo de desenvolvimento próprio e

soberano no Sistema Único de Saúde (SUS) com o uso de plantas medicinais e fitoterápicos.

A fitoterapia constitui uma forma de terapia medicinal que vem crescendo notadamente neste começo do século XXI.

Page 4: Fitoterapia

Apresentar os principais fitoterápicos utilizados tradicionalmente nas

mais variadas desordens orgânicas.

Analisar os mecanismos, posologia, indicações e

contraindicações do uso de fitoterapia nas mais variadas

desordens orgânicas.

OBJETIVOS

Analisar, refletir e formar sólido conhecimento a

respeito da utilização de plantas medicinais e

fitoterápicos em diferentes desordens orgânicas.

Page 5: Fitoterapia

Fitoterápicos benéficos na prevenção de cáries e periodontite.

NOME POPULAR/ BOTÂNICO

FAMÍLIA/ PARTE UTILIZADA

EFEITOS

Cranberry – Vaccinium oxycoccus ou Vaccinium macrocarpon

Ericaceae – Frutos Efeito benéfico na inibição de

patógenos orais após contato com a mucosa oral.

Cacau – Teobroma cacao

Malvaceae – Semente

Solução de enxágue oral à base de cacau em pó trouxe efeitos positivos na prevenção das cáries, reduzindo a

formação de biofilme e a produção de ácido pelo S. mutans e S. sanguinis.

A fitoterapia e os seus fitomedicamentos apresentam um amplo espectro de indicações para as doenças gastroenterológicas e vem se firmando como uma

estratégia terapêutica de prevenção.

TGI x FITOTERAPIA

Page 6: Fitoterapia

NOME POPULAR/BOTÂNICO FAMÍLIA/ PARTE

UTILIZADA EFEITOS

Café – Coffea arabica

Rubiaceae – Semente

Os compostos fenólicos presentes em Solução aquosa fervida e não fervida de café,

apresentam efeito anticariogênico.

Chá verde – Camelia sinensis

Theaceae – Folhas

Possui efeito bactericida em bactérias orais, previne a aderência de bactérias na

superfície dos dentes e provoca inibição da produção de glucanas.

Erva doce – Foeniculum vulgare ou

Pimpinella anisum Umbelliferae – Folhas

Apresentam atividade antimicrobiana exercendo efeitos

antibacterianos sobre Staphylococus aureus, Bacillus

cereus, Pseudomonas aeruginosa e Proteus vulgaris.

Page 7: Fitoterapia

Plantas medicinais utilizadas no tratamento da obstipação por efeito estimulante do peristaltismo intestinal.

A constipação do intestino é um sintoma frequente que afeta entre 2% a 27% da população de países ocidentais, dependendo do grupo

estudado sendo mais frequente em mulheres e idosos. (COFRE et al., 2008)

NOME POPULAR/BOTÂNICO

FAMÍLIA/ PARTE UTILIZADA

EFEITOS

Aloe vera – Aloe barbadensi

Liliaceae – Seiva das folhas Efeito laxativo.

Sene – Cassia angustifólia

Fabaceae - Folhas Apresenta efeito estimulante do

peristaltismo intestinal.

OBSTIPAÇÃO x FITOTERAPIA

Page 8: Fitoterapia

Os taninos têm ação de precipitação de proteína e, portanto, quando aplicados a

membranas das mucosas, fazem as proteínas serem depositadas na superfície

epitelial revestindo o lúmen do intestino como uma película protetora que

normaliza a hiperperistaltia (SAAD et al., 2009).

Diarreia é caracterizada pela evacuação de fezes líquidas ou semilíquidas mais de três vezes ao dia. Para o tratamento das

diarreias recomenda-se a administração de fitoterápicos contendo boa quantidade de taninos.

(PALOMBO, 2006)

CHÁ VERDE CHÁ PRETO

DIARREIA x FITOTERAPIA

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Patologia multifatorial considerada um dos maiores problemas de saúde pública, além de ser uma das DCNTs que mais cresce epidemiologicamente

no mundo, o que caracteriza um fator predisponente à da longevidade (em média, 13 anos) e da mortalidade.

ODESIDADE x FITOTERAPIA

DM x FITOTERAPIA Diabetes Mellitus é a mais frequente doença do metabolismo dos açúcares.

Uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de ela exercer adequadamente seus efeitos, resultando em resistência insulínica. Caracteriza-se pela presença de hiperglicemia

crônica, frequentemente, acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial.

Sociedade Brasileira de Diabetes.

Page 10: Fitoterapia

FITOTERAPIA EM OBESIDADE E DIABETES

NOME POPULAR/

BOTÂNICO EFEITOS

Açafrão –

Curcuma longa

Produz redução não apenas da glicemia, mas também do colesterol, triglicerídeos e

fosfolipídios do sangue. Demonstra melhora de forma significativa nas lesões renais

associadas a diabetes e a cicatrização de feridas na pele.

Gengibre –

Zingiber officinale

Ação antidiabética, hipolipidêmica e impacto positivo na reversão da proteinúria diabética. O

suco de gengibre (fresco) produziu o aumento dos níveis de insulina e o decréscimo dos níveis

de glicose rápida plasmática. O gengibre também possui efeito efetivo contra o

desenvolvimento da catarata em diabéticos.

Pata de vaca –

Bauhinia forficata

Hipoglicemiante em pacientes com diabetes tipo II. Outras propriedades: diurética e anti-

inflamatória. A redução na glicemia foi observada tanto em indivíduos normoglicêmicos como

hiperglicêmicos.

Cajueiro –

Anacardium

occidentale

O extrato desta planta administrado por via oral exibiu ação hipoglicemiante nos 15 a 20

minutos apos a ingestão, observando efeito máximo, após 60 a 90 minutos. Se especula que

este composto estimule as células beta do pâncreas.

Page 11: Fitoterapia

FITOTERAPIA EM OBESIDADE E DIABETES

NOME POPULAR/

BOTÂNICO EFEITOS

Chá verde –

Cammelia sinensis

Pode melhorar a sensibilidade à insulina e o perfil lipídico. Eficiente relação antidiabética. Atua

na termogênese, diminuindo a gordura abdominal.

Carqueja –

Baccharis trimera

Significante redução na glicemia e perda de peso. Administrada a pessoas normoglicêmicas,

provoca um decréscimo nos níveis de glicose no sangue.

Estévia –

Stevia rebaudiana

Poder adoçante, aproximadamente 250 vezes maior que a sacarose. Provoca um decréscimo

na glicemia e nos níveis de glicogênio hepático. As curvas de tolerância a sobrecarga de

glicose pós-prandial resultaram ser melhores nos pacientes diabéticos obesos que tinham

sido tratados previamente com 130-140mg de extrato de Estévia.

Alho –

Allium sativum Demonstrou diminuir os níveis iniciais de glicemia elevada.

Hibiscus –

Hibiscus sabdariffa

Possui atividade diurética e favorece a digestão lenta e difícil. Alem disso, devido

a presença de ácidos orgânicos possui ação levemente laxante. Estudos mostram que o

Hibiscus inibiu significativamente a acumulação de partículas de gordura.

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• Visco-branco (Viscum album L.) É um arbusto de forma esférica pertencente à família das Loranthaceae cresce como parasita sobre árvores de folhas caducas e coníferas. Seus caules se ramificam de forma dicotômica, como frequentemente é encontrado em plantas inferiores (por exemplo, algas). Apresenta propriedades hipotensoras, depressoras cardíacas e sedativas.

• Oliveira (Olea europaea) É uma das principais plantas dos países mediterrâneos. Como droga vegetal, utilizam-se as folhas, Oleae folium. Segundo Weiss, estas são recomendadas como fitoterápico hipotensor.

HAS x FITOTERAPIA

Page 13: Fitoterapia

• Desordens do metabolismo das lipoproteínas em conjunto com dietas ricas em

gordura, obesidade e sedentarismo têm resultado em crescente incidência e

prevalência de doença aterosclerótica em adultos moradores de países

desenvolvidos ou em desenvolvimento, em especial a doença coronariana

aterosclerótica. O papel da fitoterapia nas dislipidemias é justificada pela ação

antioxidante, evitando a oxidação de lipoproteínas, e ações coleréticas e

colagogas.

DISLIPIDEMIA x FITOTERAPIA

Boldo do Chile –

Peumus boldus

Alcachofra – Cynara scolymus

Curcuma zedoaria - Zedoária

Berinjela – Solanum

melongena

Uva – Vitis vinífera

Guaraná – Paullinia cupana

Cranberry – Vaccinium

macrocarpon

Page 14: Fitoterapia

• Atualmente as doenças cardiovasculares representam uma das

causas mais frequente de morte no mundo industrializado.

Espinheiro-branco (Crataegus laevigata - Crataegus monogyna)

Aumenta o fluxo sanguíneo coronariano e a irrigação do miocárdio.

Crataegus pertence à família das rosáceas e é um dos

fitoterápicos mais pesquisados pela comunidade científica e sua

eficácia, sob o ponto de vista farmacológico, é comprovada por

diversos estudos científicos.

ICC x FITOTERAPIA

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• A degeneração das artérias, a arteriosclerose, manifesta-se

perifericamente na doença arterial obstrutiva periférica.

Ginkgo (Ginkgo biloba)

Os principais constituintes do Ginkgo biloba são: flavonoides, procianidinas,

diterpenoides, ginkgolídeos e bilobalida.

Melhora a capacidade de fluidez do sangue .

DAOP x FITOTERAPIA

Page 16: Fitoterapia

• Além das doenças cardíacas degenerativas, as doenças vasculares

cerebrais e periféricas constituem outro grande grupo de doenças do

mundo moderno.

Alho (Allium sativum)

O uso do alho é justificado pela literatura científica atual que o relaciona com efeitos anti-hipertensivos, antiaterogênicos, antitrombóticos, antimicrobianos,

fibrinolítico, prevenção de câncer e redutor de lipídeos (barners, livro).

AVC x FITOTERAPIA

Page 17: Fitoterapia

DRC x FITOTERAPIA • Os fitoterápicos utilizados em doenças do parênquima renal e nefrites, apresentam

diversos efeitos, tais como: espasmolíticos, anti-inflamatórios e antissépticos das

vias urinárias, além de diuréticos. Porém, os fitoterápicos podem ser utilizados na

profilaxia de recidiva de litíase urinária, é eficaz e influencia de modo positivo nos

diferentes sintomas relacionados à micção.

Uva-ursi (Arctostaphylos uvae ursi):

Diurético, antisséptico urinário e adstringente.

Usada tradicionalmente em casos de cistite,

uretrite, disúria, litúria e, especificamente,

cistite catarral com disúria e urina com alto

teor de acidez.

Harpagophytum procumbens

(Garra-do-diabo):

anti-inflamatório e analgésico, amplamente

utilizado no combate da gota, reduz o ácido

úrico.

Banisteria argyrophilla (Cipó-prata):

anti-inflamatório, diurético, indicado no

combate das afecções renais e do ácido úrico.

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• Definida como uma lesão de pele causada pela interrupção sanguínea em uma

determinada área, que se desenvolve devido a uma pressão aumentada por um

período prolongado. A ocorrência de UP associou-se à idade mais elevada,

maior tempo de internação e gravidade do paciente.

UPP x FITOTERAPIA

A babosa fornece um vasto leque de materiais para a construção e

manutenção de uma pele saudável. A pele renova-se a cada 21 a 28 dias.

Mantém a elasticidade da pele e os níveis saudáveis de colágeno. A Aloe

vera estimula os fibroblastos a reproduzirem-se mais rapidamente,

produzindo-se assim maior quantidade de fibras, e ajuda a capacidade

regeneradora da pele. Como a babosa contém alta quantidade de cálcio e

potássio, ela provoca a formação de uma rede de fibras que retém os

eritrócitos do sangue, ajudando assim a coagulação e a cicatrização necessária.

Aloe Vera (Babosa) Também conhecida como

maria-milagrosa, baleeira, maria-preta, salicina,

pimenteira e catinga-de-barão, atua contra tipo de

inflamação. Por possuir efeitos cicatrizante é usada

na forma de pomada, extrato ou folhas maceradas

para curar ferimentos. Em algumas regiões do Brasil, as

folhas da erva-baleeira são cozidas e aplicadas sobre

feridas para acelerar a cicatrização.

Erva-baleeira (Cordia

verbenacea)

Page 19: Fitoterapia

HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA x FITOTERAPIA

• O crescimento/ alargamento da próstata aumenta dramaticamente com a idade (Homens > 50anos);

• Essa hiperplasia em alguns casos bloqueia a uretra, resultando em sintomas urinários;

• Dor abdominal – frequente; Diminuição da força da corrente urinária; Noctúria; Esvaziamento incompleto; Intermitência da corrente urinaria; Incontinência de urgência; Micção prolongada.

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HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA x FITOTERAPIA Fitoterápicos, nutrientes e compostos bioativos comumente utilizados HBP

Saw Palmetto (Serenoa repens)

* Envolvidas na inflamação da

Próstata.

Inibidores das enzimas COX

Diversos

Batata selvagem Africana (Hypoxis hemerocallidea); Beta-sitosterol; Licopeno;

Semente de abóbora (Cucurbita pepo); Pygeum (Prunus africana); Trevo vermelho

(Trifolium pratense); Soja (Glycine max); Stinging Root (dioica do Urtica).

Antiproliferativos

Selênio Vitamina E

Zinco

Rye grass pollen (Secale cereale)

Anti-inflamatórios Nutrientes

Buchu (Agathosma betulina); Arando (Vaccinium macrocarpon); Fireweed

(Epilobium angustifolium); Óleo de linhaça (Linum usitatissimum); Alho (Allium

sativum); Cacto de pera espinhosa (Opuntia ficus-indica); Uva-Ursi (Arctostaphylos uva-

ursi)

Page 21: Fitoterapia

• O câncer pode ser causado por uma série de fatores, genéticos ou adquiridos. Existem

basicamente quatro tipos de câncer: carcinomas, sarcomas, linfomas e leucemia.

Carcinomas surgem na pele, nas membranas mucosas, nas glândulas e na maioria dos

órgãos; sarcomas surgem nos ossos, músculos e tecidos conectivos; linfomas são a forma

de câncer do sistema linfático; e leucemia é o câncer do sangue.

NEOPLASIAS x FITOTERAPIA

Avelós (Euphorbia tirucalli)

Unha-de-gato (Ficus pumila)

Alfafa (Medicago sativa)

A parte usada da planta é o látex, que quando puro irrita a pele e os olhos, mas dissolvido em água o látex é indicado

para tratamento de tumores cancerosos

e pré-cancerosos

Contém grande quantidade de

clorofila, betacaroteno, vitamina E e o aminoácido L-

canavanina, que é antibacteriano,

antiviral e antitumoral.

Quando administrada a pessoas com

câncer, repara danos do DNA,

além de melhorar o sistema

imunológico.

Page 22: Fitoterapia

GESTAÇÃO/ LACTAÇÃO x FITOTERAPIA

Segundo estudos, as razões pelas quais as mulheres utilizam os fitoterápicos incluem o desejo de ter controle pessoal sobre a sua saúde, a insatisfação com o tratamento convencional, bem como

preocupações com os efeitos colaterais dos medicamentos convencionais.

Embora seja verdade que muitas plantas tenham efeitos de tratamento e efeitos colaterais suaves, dados relativos à segurança

do seu uso durante a gravidez são muito limitados.

A grande maioria das plantas carece de estudos sérios que garantam a segurança de utilização, principalmente durante o 1º

trimestre. Sem essas provas, é difícil para os profissionais da saúde prescreverem de maneira segura. Portanto, não se recomenda

nenhum fitoterápico durante a gestação.

Page 23: Fitoterapia

PLANTAS MEDICINAIS INDICAÇÃO

Alfafa

Estimular lactação

Blessed thistle (Cardo abençoado)

Caraway (cominho)

Foeniculum vulgare (Erva-doce)

Fenugreek (fenacho)

Goat’s rue

Black cohosh

Induzir parto Blue cohosh

Castor oil (oleo de rícino)

Matricaria recutita L. (Camomila-alemã) Náuseas

Zingiber officinalis (Gengibre)

Motherwort Dores do parto

Vaccinium macrocarpon (Cranberry) Prevenção e tratamento de infecções do trato urinário

Rubus idaeus L (Raspberry leaf) Preparar colo do útero para o

parto e facilitar o parto

GESTAÇÃO/ LACTAÇÃO x FITOTERAPIA

Plantas medicinais comumente

recomendadas durante a gestação

e lactação e a condição

relacionada.

Fonte: Holst et.al, 2011; Mengue et al., 2001.

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• OLIVEIRA, J. L. et al. Fitoterapia nas Desordens Orgânicas. Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração; Brasilia-DF. 2012.

• ZEMDEGS, J. C. S. et al. Fitoterapia nos Ciclos da Vida. Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração; Brasilia-DF. 2012.

REFERÊNCIAS