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SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III Prof.: Kyra Vianna Alochio Alunas: Betânia Caroline dos Santos Diniz, Gisele Gomes dos Santos e Raquel Júnia Ferreira

Neurologia – caso clínico

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Page 1: Neurologia – caso clínico

SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III Prof.: Kyra Vianna Alochio

Alunas: Betânia Caroline dos Santos Diniz, Gisele Gomes dos Santos e Raquel Júnia Ferreira

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BCSD, paciente feminina, 39 anos, brasileira, sem acompanhante, casada, dois filhos, moradora da cidade de Macaé- RJ. Relata ter sofrido um trauma na cabeça, na instituição onde estuda.

Dados do cliente

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Cliente nega etilismo, hipertensa, visão turva e perda de visão periférica, crise de labirintite, dor de cabeça intensa e enjoo. Esses sinais e sintomas desencadearam depois de um trauma na cabeça. Foi internada na cidade de Itaocara-RJ, para fazer exames de imagens (TC de Crânio e Ressonância Magnética de Crânio), no qual constatou interferência no exames e foi encaminhada às pressas para o Hospital São José do Avai em Itaperuna – RJ, onde ficou internada por seis dias com medicação. Foi realizado uma Angiotomografia Craniana, onde constatou um encurtamento da artéria cerebral anterior esquerda. Teve alta hospitalar com medicação prescrita de uso contínuo. Faz Angiotomografia Craniana anualmente para o acompanhamento da anomalia.

História clínica

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EXAMES COMPLEMENTARES

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EXAMES COMPLEMENTARES

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Faz uso continuo de losartana potássica 50mg. Quando ficou internada por seis (6) dias fez uso de medição em IV de tramadol. Dipirona, plamet e vertix em VO. Teve alta hospitalar com medicação prescrita de uso contínuo vertix e cefalium

Medicações

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BULA DE REMÉDIO: LOSARTANO GRUPO FARMACOLÓGICOAnti-hipertensivo; antagonista dos receptores da angiotensina II.

GENÉRICOS E APRESENTAÇÕESLosartana potássica (cpr ou cps de 50 mg); Losartana + hidroclorotiazida (cpr revestidos de 100 + 25 mg; 50 + 12,5 mg).

EFEITOS ADVERSOSHiperpotassemia, hipotensão, tontura, congestão nasal. Raramente, podem ocorrer tosse e angioedema.

MECANISMO DE AÇÃO . A losartana é um composto sintético potente, ativo por via oral. De acordo com bioensaios de ligação e farmacologia, a losartana liga-se seletivamente ao receptor AT1. In vitro e in vivo, tanto a losartana como seu metabólito ácido carboxílico farmacologicamente ativo (E-3174) bloqueiam todas as ações fisiologicamente relevantes da angiotensina II, independentemente da fonte ou da via de síntese. Diferentemente de alguns antagonistas peptídicos da angiotensina II, a losartana não apresenta efeitos agonistas. A losartana liga-se seletivamente ao receptor AT1 e não se liga ou bloqueia outros receptores de hormônios ou canais iônicos importantes na regulação cardiovascular. Além disso, a losartana não inibe a ECA (cininase II), a enzima que degrada a bradicinina. Consequentemente, os efeitos não relacionados diretamente ao bloqueio do receptor AT1, como a potencialização dos efeitos mediados pela bradicinina ou o desenvolvimento de edema (losartana: 1,7%; placebo: 1,9%), não estão associados à losartana.

BULA DE REMÉDIO: TRAMADOLGRUPO FARMACOLÓGICOAnalgésico opioide; possui mecanismo de ação mais complexo que os opioides clássicos, modulando as vias monoaminérgicas.

USODor de intensidade moderada a severa, aguda ou crônica.

COMENTÁRIOMenor potencial de causar dependência em relação aos outros opioides.Usar com cautela em pacientes com história ou em risco de convulsão.Os idosos e insuficientes respiratórios são mais suscetíveis aos efeitos adversos.Segurança e eficácia não estabelecidas em crianças.

MECANISMO DE AÇÃOO cloridrato de tramadol é um agonista (substância que se liga a uma porção celular - chamado receptor - simulando a ação de outra) que age nos receptores opioides do sistema nervoso, com efeito analgésico, utilizada para aliviar a dor. O início de ação ocorre cerca de 1 hora após sua administração.Propriedades Farmacodinâmicas: O mecanismo de ação do cloridrato de Tramadol não é completamente conhecido, mas sabe-se que ele pode ligar-se aos receptores opioides μ e também inibir a recaptação da norepinefrina e serotonina. Atua da mesma forma que as endorfinas e as encefalinas, ativando com suas moléculas, receptores ao nível de células nervosas, o que leva a diminuição da dor. Produz menos efeitos adversos em relação aos sistemas circulatório e respiratório e tem pequeno potencial de abuso quando comparado a outros analgésicos narcóticos.

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Bula de Remédio: Metamizol (Dipirona)GRUPO FARMACOLÓGICOAnalgésico e antipirético.

USO - Alívio da dor e da febre.

CONTRAINDICAÇÃODeficiência de G6PD, porfiria, discrasias sanguíneas, gestação e lactação.

MODO DE ADMINISTRAÇÃOVO. A formulação parenteral pode ser administrada via IM, EV ou SC.

MECANISMO DE AÇÃOTem uma ação bloqueadora da hiperalgesia exercida pela ligação a um receptor periférico, combinado com ação espinal da dipirona e com poucos efeitos antiedematosos e/ou antiiflmatórios, alguns bancos de dados insistem em continuar afirmando que a ação da dipirona atua unicamente por inibição de cicloxigenase, inibindo a síntese de prostaglandinas No volume 116, de setembro de 2000 do banco de dados Drugdex (Micromedex) aparece a citação feita no parágrafo anteiror, ignorando os trabalhos realizados entre 1996 e 1999 por Aleksander Zampronio, Berenice B. Lorenzetti e Sérgio H. Ferreira, que apontam para a ação periférica da dipirona sobre um receptor sináptico com estimulação epinhal via ativação da arginina/cGMP em neurônios sensoriais primários.A ação antitérmica da dipirona pode ser explicada pelo antagonismo direto de cininas pirogênicas em receptores do centro termo-regulador, localizado no tálamo.

Bula De Remédio: Bromoprida (Plamet)GRUPO FARMACOLÓGICOProcinético e Antiemético

INDICAÇÕESEste medicamento está indicado para o alívio dos distúrbios da motilidade gastrintestinal, situações de refluxo gastroesofágico, náuseas, vômitos e para facilitar procedimentos radiológicos do trato gastrintestinal. 

CONTRA-INDICAÇÕES - na presença de hemorragia, obstrução mecânica ou perfuração gastrintestinal; - em pacientes epiléticos ou que estejam recebendo outras drogas que possam causar reações extrapiramidais, uma vez que a frequência e intensidade destas reações podem ser aumentadas; - em pacientes com feocromocitoma, pois pode desencadear crise hipertensiva, devido à provável liberação de catecolaminas do tumor.

MECANISMO DE AÇÃOA bromoprida é um procinético gastrintestinal que também atua como antiemático, bloqueando o centro de vômito. Plamet inaugura uma nova era da terapêutica digestiva, por ser regulador fisiológico específico para o sistema digestivo, dotado de duplo mecanismo de ação: central e periférico. Promove o aumento da pressão do esfíneter esofagiano inferior, impedindo ou dificultando o refluxo gástrico.Plamet estimula a peristalse gástrica a partir do centro, promovendo ativamente o esvaziamento do estômago. Fecha o piloro após a fase de esvaziamento gástrico, impedindo o refluxo biliar, facilitando o esvaziamento da vesícula.

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BULA DE REMÉDIO: FLUNARIZINA (VERTIX®)

GRUPO FARMACOLÓGICOAntivertiginoso;.

USODistúrbios labirínticos sintomáticos (síndrome de Ménière, vertigem, náuseas, nistagmo). Profilaxia da enxaqueca.

CONTRAINDICAÇÃODepressão, doença de Parkinson e distúrbios extrapiramidais.

EFEITOS ADVERSOSCansaço, sonolência, náusea, vômito, boca seca, ganho de peso, sintomas extrapiramidais, galactorreia.

COMENTÁRIOApresenta atividade anti-histamínica e bloqueadora dos canais de cálcio.

MECANISMO DE AÇÃOTem uma ação bloqueadora seletiva dos canais de cálcio; possui discreta propriedade anti-histaminérgica.

BULA DE REMÉDIO: DIIDROERGOTAMINA CEFALIUM® (associado com 450 mg de paracetamol, 75 mg de cafeína e 10 mg de metoclopramida)

GRUPO FARMACOLÓGICO - Antimigranoso; alcaloide do ergot; agonistas parciais não seletivos dos receptores serotoninérgicos.

CONTRAINDICAÇÃOEnxaqueca hemiplégica ou do tipo basilar, hipertensão arterial sistêmica não controlada, doença arterial coronariana, história de IAM, isquemia silenciosa, angina de Prinzmetal, doença cerebrovascular, doença vascular periférica, sepse, insuficiência hepática ou renal graves, gestação (categoria de risco X) e lactação.

COMENTÁRIO• Evitar o uso de triptanos (agonistas serotonérgicos) dentro de 24 h do uso da diidroergotamina. Evitar o uso nos primeiros 14 dias após a descontinuação dos IMAOs.• Ao menor sinal de formigamento das extremidades ou outro sinal de isquemia, interromper imediatamente.• Atentar para os efeitos adversos e contraindicações dos agentes associados na formulação de cada representante comercial.• Pacientes que usam diidroergotamina por longos períodos podem apresentar síndrome de abstinência e cefaleia de rebote quando a droga é descontinuada.

INDICAÇÃOCefalium alivia as dores de cabeça (cefaléias), incluindo a enxaqueca, que são acompanhadas com frequência de náuseas e vômitos.

AÇÃO ESPERADA DE CEFALIUMCefalium apresenta em sua fórmula uma substância (di-hidroergotamina), que age no sistema nervoso central e é específica para o alívio da dor de cabeça gerada pela enxaqueca. Apresenta também um analgésico (paracetamol), uma substância (cloridrato de metoclopramida) que melhora as náuseas e vômitos associados às crises de enxaqueca e a cafeína que aumenta a efetividade dos analgésicos.

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Os traumatismos cranioencefálicos (TCE), também conhecido como lesão intracraniana, ocorre quando uma força externa causa um ferimento traumático no cérebro. TCE pode ser classificado com base na severidade, mecanismo (ferimento fechado ou que penetra o crânio), ou outras características (como, por exemplo, ocorrência em um local específico ou em uma área ampla).

O principal mecanismo do TCE pode ser classificado como lesão cerebral focal, resultando em contusão, laceração e hemorragia intracraniana por trauma local direto; lesão cerebral difusa, causando lesão axonal difusa e aumento do tamanho do cérebro (edema) pelo mecanismo de aceleração/desaceleração. O resultado da lesão cerebral é definido por dois mecanismos ou estágios diferentes. (a) lesão primária (ocorrida no momento do trauma); (b) lesão secundária (sendo o processo patológico iniciado no momento do trauma com manifestações clinicas tardias.)

Patologia

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NANDA Risco de função cardiovascular prejudicada relacionada a hipertensão; Risco de disfunção neurovascular periférica relacionada traumatismo; Risco de queda relacionado a perda da visão periférica.

NIC Solicitar uma avaliação médica para prescrição de medicamento para regular a hipertensão; Investigar e avaliar o estado neurovascular no mínimo a cada hora, nas primeiras 24 horas; Solicitar uma avaliação do oftalmologista e monitorar os sinais e sintomas de desequilíbrio.

NOC Pressão arterial normalizado; Melhoria no estado emocional, o nível de conforto e as estratégias de enfrentamento da vítima de

trauma; O indivíduo deverá relatar mudanças na sensação e movimento periféricos.

Diagnóstico de Enfermagem