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MONITORIZAÇÃO DA OXIGENAÇÃO ARTERIAL
R1. CARLA MELO
fisioterapia
ATENÇÃO ESPECIALIZADA EM CARDIOVASCULAR
O oxigênio pode ser carreado para os tecidosdissolvido no plasma ou especialmente ligado ahemoglobina, por isso a monitorização daoxigenação pode ser feita por métodos que quemedem a tensão de oxigênio (PO2) ou a saturação dahemoglobina (SO2). (BRAZ,2001).
monitorização da oxigenação
Transporte de oxigênio (TO2): representa a quantidade deoxigênio transportado aos pulmões pela microcirculação.
TO2= CaO2 x DC
Valor normal: 1.000 ml/min ou 600 ml/min/m2
Transporte de oxigênio (TO2)
FATORES DETERMINANTES
CaO2
(hbx SaO2 x 1,34ml de o2) + (0,003 xPaO2)
Oferta de O2 aos tecidos (DO2)
Quant. De O2Transportado pela
Hb
Quant. De O2Dissolvido em
100ml de plasma
Q = FC X VSPRÉ – CARGA CONTRATILIDADEPÓS-CARGA
DO2 = CaO2 x Q1,36 = volume de oxigênio (ml) carreado por 1 g de Hb saturada
0,0031 = coeficiente de solubilidade de O2 no plasma (ml de oxigênio por 100 ml de plasma por mmHg de PaO2)
É a quantidade total de O2 necessários para todos os processos metabólicos e aeróbicos do corpo. Valor de referência: 200 a 280 ml/min ou 115 a 165 ml/min
Consumo de O2
VO2= DC X ( CaO2-CvO2)
(Hb x 1,36 x SVO2/100) + (0,0031 x PVO2)(hbx SaO2 x 1,34ml de o2) + (0,003 xPaO2) --
onde:SVO2 = saturação da Hb no sangue venoso (%)PVO2 = pressão parcial de O2 do sangue venoso (mmHg)
INFLUENCIA NA So2, um desequilíbrio nessa relação leva a hipoxemia
Ventilação alveolar (4 a 6 l/min) Fluxo sanguíneo para o pulmão é igual ao Q (5 L/min)
Relação de ventilação-perfusão(V/Q)
SHUNTNORMAL
ESPAÇO MORTO
Gasometria arterial
A medida da pressão parcial de oxigênio no sanguearterial, em conjunto com a do dióxido de carbono e ado pH, permanece como o método mais utilizado namonitorização da oxigenação e da ventilação.
A partir da gasometria arterial surgiram váriosíndices para avaliar as trocas gasosas pulmonares.
Monitorização invasiva da PO2
PO2 (TENSÃO DE OXIGÊNIO)
posição supina:
PaO2 ideal= 109 - (0,43 x idade)
posição sentada:
PaO2 ideal= 102 - (idade / 3)
FIO2 (FRAÇÃO INSPIRADA DE O2)
FIO2 ideal= (FIO2 conhecida x PaO2 ideal)/PaO2 conhecida
Monitorização do O2 pela Gaso
ESSAS FÓRMULASVÃO AUXILIARTANTO NAMONITORAÇÃOQUANTO NAMEDIDA A SERTOMADA
RELAÇÃO PaO2/FIO2
Um índice muito utilizado para pacientes em AVM
Vantagem de ser rápido e prático
Necessita apenas da PaO2 da gasometria arterial e da FIO2 utilizada.
Monitorização do O2 pela GasoÍndices de Oxigenação
INDICE DE OXIGÊNAÇÃO (PaO2/FIO2)
PaO²/FiO² >300 indica normalidade
Entre 200-300 é considerado SARA leve
Entre 200-100 é considerada SARA moderada
igual ou abaixo de 100 SARA grave
Gradiente alvéolo-arterial de oxigênio: G(A-a)O2 avalia a eficácia das trocas de oxigênio entre o alvéolo e o capilar
pulmonar. Valor normal: 10 a 15 mmHg respirando com FIO2 0,21 e 60 a 65 mmHg
com FIO2 = 1. O valor normal do G(A-a)O2 respirando em ar ambiente com FIO2 de
0,21 varia com a idade
Monitorização do O2 pela GasoÍndices de Oxigenação
G(A-a)O2=2,5+(0,21 x idade em anos)
Gradiente alvéolo-arterial de oxigênio: G(A-a)O2 É a diferença PAO2 ≠ PaO2
Monitorização do O2 pela GasoÍndices de Oxigenação
PAO2 = (PB - PH2O) X FIO2 - (PaCO2/R)
PAO2 = pressão alveolar de oxigênio (mmHg)PB = pressão barométrica local (mmHg)- 760 mmhg à nível do marPH2O = pressão de vapor de água alveolar a 37 ºC (43 mmHg)FIO2 = fração inspirada de oxigênio (cálculo com 0,21 ou 1)PaCO2 = pressão arterial do dióxido de carbono (mmHg)R = quociente respiratório (0,8);relação entre produção de CO2 e consumo de O2.
Gradiente alvéolo-arterial de oxigênio (AaO2)
G(A-a)O2 = PAO2 - PaO2
Monitorização do O2 pela GasoÍndices de Oxigenação
FORNECIDA PELA GASO
G(A-a)O2=[(PB - PH2O) FIO2 - (PaCO2/R)]- PaO2
Aumento no gradiente alvéolo-arterial de oxigênio é indicativo de alteração nas trocas gasosas
Desvantagens: procedimento invasivo, como a
colocação de cateter intra-arterial ou punção arterial,
há sempre o risco de infecção do paciente,
além da possibilidade de perdas sanguíneas, que são sempre problemáticas em crianças e em pacientes hemodinamicamente instáveis.
Gasometria arterial
A oximetria de pulso detecta a luztransmitida em dois comprimentosde onda correspondendo às Hboxigenada e reduzida.
O emissário da luz e seu detectorsão colocados frente a frente,separados pelo tecido (dedo oulóbulo da orelha) de 5-10mm deespessura.
O sinal é a diferença na absorbânciaentre a onda de pulso sistólicaperiférica e a diástole subsequente.
Oximetria de Pulso
baseia na lei de Lambert – Beer I = Io. exp- E x C x A
Onde: absorção luminosa (I) luz incidente (Io) exp = base logarítmica (2,71828) E= distância atingida por Io e que depende da espessura da
substância C= concentração da substância (hemoglobina) A= coeficiente de absorção da substância
Método oximétrico
Para se distinguir as duas formas de hemoglobina, isto é, oxihemoglobina (HbO2) e hemoglobina reduzida (Hb) é necessária a medida da absorção da luz em dois comprimentos de onda diferentes, ou seja, a vermelha (660 nm) e a infravermelha (940 nm)
OXIMETRIA
atenuação da luz pelo segmento do corpo é causada pelos seguintes componentes: tecido, pele, ossos, sangue venoso e sangue arterial
ABSORÇÃO
Impedância
Volemia
perfusão
Curva pletismográfica
a carboxihemoglobina (emetahemoglobina) absorve luz nomesmo comprimento de onda que adesoxihemoglobina, de modo que aconcentração da Hb oxigenada ésuperestimada na presença de COHb
Considerações a cerca da oximetria
• tendência da medida no dedo em subestimar e no lóbulo da orelha superestimar a saturação arterial verdadeira
método simples, não invasivo
calibração permanente e a rápida resposta às alterações da saturação de oxigênio
fácil de manusear,
reduzindo o número de amostras
sanguíneas, e também reduzindo custo. Ist
Vantagens da Oximetria
identifica a quantidade de oxihemoglobina edesoxihemoglobina no sangue venoso misto( temrelação com o consumo de O2 pelos tecidos).
Utiliza o principio da espectrofotometria
por reflexão.
há muita semelhança entre os espectros deabsorção e de reflexão da HbO2 e Hb
ambas refletindo similarmente a luz infravermelha ea HbO2 refletindo mais a luz vermelha do que a Hb
reflexão poder ser usada em pacientes com baixaperfusão tecidual e em hipotermia
Oximetria por reflexão
Informa quantitativa exata sobre a oxigenação e perfusão cutâneas.
valiosa na avaliação e diagnóstico vascular:
Isquemia crítica dos membros
Nível de amputação ótimo
Avaliação da cicatrização pós cirúrgica
Sobrevivência de tecido transplantado
Monitorização transcutânea do oxigênio
Em caso de problemas circulatórios,ocorre a vasoconstrição periféricacutânea antes de qualquermanifestação nos principais órgãos.
O método utiliza um sensorpolarográfico, o eletrodo de Clark,composto de um catódio de platina eum anódio de prata que, ao seraquecido e entrar em contato com asuperfície da pele, provoca aumentodo fluxo sangüíneo local e daliberação de oxigênio
Monitorização transcutânea do oxigênio
Quando os olhos estão com as pálpebrasfechadas, a córnea recebe nutrientessanguíneos através da conjuntiva palpebral
feita através de um eletrodo de Clarkminiaturizado, colocado junto a conjuntivapalpebral.
o eletrodo não necessita ser aquecido, alémde apresentar pequeno tempo de latência (60seg) para fornecer leituras adequadas.
reflete muito bem as alterações naoxigenação da artéria carótida.
Oximetria conjuntival
possibilidade da lesão tecidual pelo eletrodo,
além da necessidade de manutenção e frequente calibração do eletrodo
o método não tem alcançado grande aceitação
DESVANTAGENS
Há necessidade doacompanhamento do paciente paraaveriguar um possível desequilíbrioentre a oferta de oxigênio, atravésde uma boa monitorizaçãoatendendo as peculiaridades doquadro clínico do paciente.
Considerações finais
PALACIOS M, SYLVIA et al. Guía para realizar oximetría de pulso en la práctica clínica. Rev. chil. enferm. respir. [online]. 2010, vol.26, n.1, pp. 49-51. ISSN 0717-7348.
http://www2.ele.ufes.br/~projgrad/documentos/PG2006_1/cassianomaroquiotirelo.pdf
http://www.radiometer.pt/pt-pt/products/tc-monitoring/tc-monitoring-situations/diagnostics
http://www.unifesp.br/denf/NIEn/hemodinamica/pag/cateter.htm
Monitorização Da Oxigenação E Da Ventilação REV BRAS ANESTESIOL 1996; 46: 3: 223-240 ARTIGO ESPECIAIS José Reinaldo Cerqueira Braz, TSA1
bibliografia