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REABILITAÇÃO CARDÍACA E TERAPIA OCUPACIONAL
Bruno CanutoTerapeuta Ocupacional
Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Profº Luiz Tavares
Programa de Especialização em Cardiologia Modalidade Residência
Agosto2015
OBJETIVOS
•Definir Reabilitação Cardíaca (RC)
•Apresentar o papel da terapia ocupacional na RC
•Entender o papel da terapia ocupacional em cada fase
INTRODUÇÃO
• “Reabilitação cardíaca é o somatório das atividades necessárias para garantir aos pacientes portadores de cardiopatia as melhores condições física, mental e social, de forma que eles consigam, pelo seu próprio esforço, reconquistar uma posição normal na comunidade e levar uma vida ativa e produtiva.”
Diretriz Bras. de Reab. Cardíaca, 2005
MULTIPROFISSIONALIDADE
TERAPEUTA OCUPACIONAL NA REBILITAÇÃO CARDÍACA
•O papel do terapeuta ocupacional na RC é orientado para ajudar o paciente a funcionar de forma efetiva e independente no seu ambiente de trabalho, familiar, social e atividades de lazer. Quando isso não é possível ou apropriado, o TO deve assistir o paciente a viver mais produtiva possível dentro das limitações impostas pela sua condição de saúde.
Best Practice Guidelines for Cardiac Rehabilitation and Secondary Prevention. 1999
TERAPIA OCUPACIONAL E REABILITAÇÃO CARDÍACA•Avaliar a capacidade do paciente em
executar atividades normais, simplificar tarefas e guiar o paciente para retornar as atividades do cotidiano, prescrever equipamentos adaptados, educar o paciente quanto à tolerância a mudança de vida e ao retorno no trabalho, e administração do stress (Trombly, 2005).
•Determina a viabilidade e a capacidade do paciente para retomar ao trabalho a um nível razoável de demanda física ou outra demanda profissional.
•Técnicas de conservação de energia
•Adaptação psicossocial de sua nova situação.
Fases
FASE I: Reabilitação cardíaca do internado•Entrevista o paciente a respeito do seu
estilo de vida e avaliando a resposta cardiovascular a exercícios. Durante esses, são anotadas medidas físicas de batimentos cardíacos, PA, respostas ao ECG e sintomas (para estabelecer sua tolerância aos exercícios/AVD).
Plano de alta: programas no lar
•Cada paciente recebe um programa individualizado domiciliar antes da alta.
•Componentes gerais: orientações sobre atividades e exercícios; simplificação e ritmo do trabalho; sexualidade; sinais e sint. de intolerância ao
exercício/atv. discussão sobre os fatores de riscos.
PROGRAMAS NO LAR
•Programa para IM no lar
•Programa no lar para Cirurgia Cardíaca Aberta
•Programa Doméstico de ICC
•Programa doméstico para Angioplastia
FASE II: Reabilitação do paciente com alta•Nesta etapa, o paciente necessita
vigilância e atendimento de forma individualizada, já que está na fase de convalescença e, com frequência, sem nenhum contato prévio com as atividades físicas formais. A prescrição de exercício deve incluir o tipo, intensidade, duração e frequência.
• O objetivo dos exercícios e realização das atividades é, no geral, igual ou maior que 5 MET. No entanto, a função cardíaca, interesses vocacionais e de lazer prévios devem ser considerados ao determinar o objetivo de exercícios do paciente.
• Re-orientação quanto a realização das AVD.• Reabilitação profissional – simulação de
trabalho, orientação vocacional
FASE III: RC realizada na comunidade•Compreende a denominada reabilitação
em fase crônica, a partir do 3º mês pós evento, que objetiva alcançar e manter os efeitos fisiológicos da RCV e com graus variáveis de supervisão. Geralmente realizada em centros comunitários, academia da cidade, ginásio de esportes.
FASE IV – Não supervisionada
•Apresenta condições para a integração dos pacientes em grupos de reabilitação não supervisionados.
VALORES METABÓLICOS PARA VÁRIAS ATIVIDADESAtividades no lar Ativ. Lazer e
vocacionalExercício e esporte
1 – 2,5 METVarrer o chão Uso de computador Caminhada lentaColocar a mesa Costurar com
máquinaCavalgar
Vestir/despir-se Dirigir2,6 – 4 METLimpeza geral da casa
Eletric. E encanamento
Yoga/Alogamento
Cuidar de criança Em pé enchendo caixas
Caminhar vel. Mod.
4 – 6 METMover móveis Carregar peso Ginástica moderadaPintura da casa Carpintaria Aeróbica de baixo
impac.6 – 10 METLevar compra escada aci.
Lavoura Basquete
Carregar peso 23-43kg
Carregar móveis Natação
CONCLUSÃO
• O terapeuta ocupacional é o profissional capacitado para promover independência e autonomia a esses pacientes, utilizando conceitos de conservação de energia e simplificação do trabalho, bem como confecção de adaptações favorecendo um melhor desempenho na execução das atividades cotidianas, além de trabalhar também os aspectos físicos, mental e social, promovendo assim uma melhor qualidade de vida.
REFERENCIAS
• Diretriz de Reabilitação Cardíaca. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 84, n. 5, p. 431-440, May 2005 .
• Goble AJ & Worcester MUC. Best Practice Guidelines for Cardiac Rehabilitation and Secondary Prevention. 1999.
• SABARI, J. S.. In: TROMBLY, C. A.; RADOMSKI, M. V. Terapia Ocupacional para Disfunções Físicas. 5.ed. São Paulo: Santos Editora, 2005.