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Aula 01 Estatuto e Ética do Advogado p/ XX Exame de Ordem - OAB Professor: Daniel Mesquita

AULA DE 01 ÉTICA ESTRATRÉGIA XX

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  • Aula 01

    Estatuto e tica do Advogado p/ XX Exame de Ordem - OAB

    Professor: Daniel Mesquita

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    AULA 01: Atividade de advocacia e Dos

    Direitos do Advogado

    SUMRIO

    1. INTRODUO AULA 01 2

    2. DA ATIVIDADE DE ADVOCACIA 2

    3. DOS DIREITOS DO ADVOGADO 14

    3.1 DA DEFESA JUDICIAL DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS 33

    4. RESUMO DA AULA 48

    5. QUESTES 50

    6. REFERNCIAS 73

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    1. Introduo aula 01

    Nessa nossa Aula 01 apresentaremos o estudo da atividade de

    advocacia e dos direitos do advogado.

    Sem mais delongas, vamos luta! Rumo aprovao!

    2. Da atividade de advocacia

    O Estatuto da Advocacia e da Ordem do Brasil foi institudo pela Lei

    8.906/1994. Com o advento da Constituio Federal, fez-se necessrio

    a regulamentao da atividade de advocacia para que fossem atendidas

    as exigncias estabelecidas pela Constituio de 1988.

    Importante que voc tenha em mente, desde j, o texto

    constitucional que determinou a regulamentao da profisso de

    advogado:

    A partir do texto constitucional, que afirma que o advogado

    indispensvel administrao da justia, veio o art. 2 da Lei 8.906/94:

    Art. 133. O advogado indispensvel administrao da justia, sendo inviolvel por seus atos e manifestaes no exerccio da profisso, nos limites da lei.

    Art. 2 O advogado indispensvel administrao da justia. 1 No seu ministrio privado, o advogado presta servio pblico e exerce funo social. 2 No processo judicial, o advogado contribui, na postulao de deciso favorvel ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem mnus pblico. 3 No exerccio da profisso, o advogado inviolvel por seus atos e manifestaes, nos limites desta lei.

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    Perceba que alm de informar que o advogado indispensvel

    administrao da justia, o dispositivo informa que o advogado presta

    servio pblico e exerce funo social, que seus atos constituem

    munus pblico e que o advogado, no exerccio da profisso

    inviolvel por seus atos e manifestaes, nos limites da lei.

    No ignore essas caractersticas do exerccio da profisso de

    advogado, elas caem em quase todos os Exames de Ordem!

    Mas o que vm a ser, efetivamente, as atividades privativas de

    advocacia?

    O Estatuto define quais so essas atividades, so elas:

    1. As atividades de consultoria, assessoria e direo jurdicas.

    2. A postulao a rgo do Poder Judicirio e aos juizados

    especiais;

    No se esquea dessas duas palavras-chave que bem resumem em

    que consiste a atividade privativa do advogado:

    Mas toda e qualquer postulao privativa de advogado?

    No, meus caros, muito cuidado.

    Quando de sua edio, o art. 1 do estatuto dizia assim I - a

    postulao a qualquer rgo do Poder Judicirio e aos juizados

    especiais;.Com o julgamento da ADIN 1.127-8, a expresso qualquer

    foi considerada inconstitucional, tendo em vista que em algumas

    situaes no necessrio a presena do advogado para a postulao.

    ATENO: As situaes em que no necessrio o advogado

    postular so:

    a) Juizados especiais cveis at 20 salrios mnimos.

    b) Impetrao de habeas corpus

    c) Art. 791 CLT- Justia do Trabalho. Aqui existe o jus

    postulandi, que a capacidade da parte por si s, independente de

    CONSULTORIA + POSTULAO

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    advogado, ingressar com a ao na justia do trabalho. S abrindo um

    parntese,o TST j sumulou que o jus postulandi limita-se s Varas do

    Trabalho e TRT, no alcanando a ao rescisria, a ao cautelar, o

    mandado de segurana e os recursos de competncia do Tribunal

    Superior do Trabalho.

    Os estagirios de advocacia, inscritos na OAB, tambm podem

    praticar as atividades privativas da advocacia juntamente com o

    advogado e sob a responsabilidade deste. Veremos adiante que os

    estagirios podem praticar alguns atos sem a presena do advogado.

    Ainda no ponto em que define as atividades privativas da

    advocacia, o Estatuto informa que os atos e contratos constitutivos de

    pessoas jurdicas, sob pena de nulidade, s podem ser admitidos a

    registro, nos rgos competentes, quando visados por advogados.

    Tais atos e contratos devem resultar da efetiva constatao, pelo

    profissional que os examinar, de que os respectivos instrumentos

    preenchem as exigncias legais pertinentes.

    Ateno! Nesses atos de registro de contratos constitutivos de

    pessoas jurdicas, est impedido de exercer a advocacia os advogados

    que prestem servios a rgos ou entidades da Administrao Pblica

    direta ou indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta

    Comercial, ou a quaisquer reparties administrativas competentes para

    o mencionado registro. (RGOAB- Art. 2, nico).

    O ltimo dispositivo que a lei traz sobre o conceito de atividade

    privativa de advogado a determinao de que essa atividade no pode

    ser divulgada em conjunto com outra atividade. Por exemplo, um

    escritrio de contabilidade no pode fazer uma propaganda divulgando

    que tambm presta servio de advocacia e vice-versa.

    E quem pode exercer a atividade de advocacia no territrio

    brasileiro?

    A simples graduao no curso de Direito no traz a qualificao de

    advogado, o exerccio da atividade de advocacia no territrio brasileiro

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    e a denominao de advogado so privativos dos inscritos na Ordem

    dos Advogados do Brasil (OAB).

    Tambm exercem advocacia, sujeitando-se ao regime da Lei

    8.906/94 alm do seu regime prprio, os integrantes:

    d) Da Advocacia-Geral da Unio,

    e) Da Procuradoria da Fazenda Nacional,

    f) Da Defensoria Pblica e das Procuradorias e Consultorias Jurdicas

    dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios e

    g) Das respectivas entidades de administrao indireta e

    fundacional.

    Obs.: Tais integrantes da advocacia pblica so elegveis e podem

    integrar qualquer rgo da OAB, conforme art. 9 nico- RGOAB.

    O Regimento Geral, em seu artigo 7, estabeleceu que a funo de

    diretoria e gerncia jurdicas em qualquer empresa pblica, privada

    ou paraestatal, inclusive em instituies financeiras, privativa de

    advogado, no podendo ser exercida por quem no se encontre

    inscrito regularmente na OAB.

    E se algum no inscrito praticar esses atos, professor?

    Os atos privativos de advogados praticados por pessoa no

    inscrita na OAB so declarados sem prejuzo de

    sanes civis, penais e administrativas, assim como os atos, praticado

    por advogado que se encontra impedido (suspenso, licenciado ou que

    passar a exercer atividade incompatvel com a advocacia).

    Dessa forma, os atos privativos de advocacia, por profissionais e

    sociedades no inscritos na OAB, constitui

    O Regulamento Geral do Estatuto e da OAB probe, ainda, o

    advogado de prestar servios de assessoria e consultoria jurdicas para

    terceiros, em sociedades que no possam ser registradas na OAB (art.

    4, nico). Isso quer dizer que o advogado empregado no pode

    NULOS

    EXERCCIO ILEGAL DA PROFISSO

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    utilizar de uma empresa que no possa ser registrada junto a OAB

    como seu escritrio particular.

    Para terminar esse assunto, leia o artigo 5 da Lei 8.906/94:

    Perceba que esse dispositivo regulamenta o uso da procurao.

    Para postular em juzo ou fora dele o advogado deve juntar o

    instrumento de mandato (= a procurao). Somente se o ato for

    urgente que o advogado pode peticionar sem procurao. Contudo, o

    instrumento de mandato deve ser juntado em 15 dias.

    CUIDADO: A renncia ao mandato no se opera imediatamente. O

    advogado que renunciar deve notificar o cliente da renncia e s vai se

    eximir da obrigao de representar o mandante aps dez dias contados

    da notificao.

    Por fim, voc no pode encerrar o estudo desse tpico sem ter em

    mente a distino entre atividade privativa da advocacia e efetivo

    exerccio da atividade de advocacia.

    A atividade privativa da advocacia, como vimos, a

    consultoria, assessoria e direo jurdica, bem como a postulao

    a rgo do Poder Judicirio e aos juizados.

    O efetivo exerccio da atividade de advocacia, por sua vez,

    segundo o Regulamento Geral do Estatuto e da OAB a participao

    anual mnima em cinco atos privativos em causas ou questes

    Art. 5 O advogado postula, em juzo ou fora dele, fazendo prova do mandato. 1 O advogado, afirmando urgncia, pode atuar sem procurao, obrigando-se a apresent-la no prazo de quinze dias, prorrogvel por igual perodo. 2 A procurao para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juzo ou instncia, salvo os que exijam poderes especiais. 3 O advogado que renunciar ao mandato continuar, durante os dez dias seguintes notificao da renncia, a representar o mandante, salvo se for substitudo antes do trmino desse prazo.

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    distintas. O nico do artigo 5 do Regulamento descreve as formas de

    comprovao do efetivo exerccio de advocacia:

    a) certido expedida por cartrios ou secretarias judiciais;

    b) cpia autenticada de atos privativos;

    c) certido expedida pelo rgo pblico no qual o advogado

    exera funo privativa do seu ofcio, indicando os atos

    praticados.

    Vamos comear a treinar? Com essas poucas linhas estudadas voc

    j seria capaz de acertar algumas questes do Exame de Ordem.

    1. (FGV - 2012 - OAB IX Exame de Ordem Unificado)Laura,

    advogada na rea empresarial, aps concluir o mestrado em renomada

    instituio de ensino superior, convidada para integrar a equipe de

    assessoria jurdica da empresa K S/A . No dia da entrevista final,

    inquirida pelo Gerente Jurdico da empresa, bacharel em Direito, sem

    inscrio na Ordem dos Advogados do Brasil, apesar de o mesmo ter

    logrado xito no Exame de Ordem. Observado tal relato, consoante as

    normas do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB,

    assinale a afirmativa correta.

    A) O bacharel em Direito pode exercer as funes de Gerncia

    Jurdica mesmo que no tenha os requisitos para ingresso na Ordem

    dos Advogados.

    B) A funo de Gerente Jurdico privativa de advogados com

    regular inscrio nos quadros da Ordem dos Advogados.

    C) O bacharel em Direito, caso preencha os requisitos legais,

    inclusive aprovao em Exame de Ordem, pode exercer funes de

    Gerente Jurdico antes da inscrio na Ordem dos Advogados.

    Questes da OAB

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    D) A funo de Gerente Jurdico, como de confiana da empresa,

    pode ser exercida por quem no tem formao na rea.

    Nesta questo no temos o que discutir o Regimento Geral, foi bem

    claro em seu artigo 7, ao estabelecer que a funo de diretoria e

    gerncia jurdicas em qualquer empresa pblica, privada ou

    paraestatal, inclusive em instituies financeiras, privativa de

    advogado, no podendo ser exercida por quem no se encontre

    inscrito regularmente na OAB.

    Gabarito: Letra b.

    2. (FGV - 2012 - OAB VIII Exame de Ordem Unificado)

    Paulo, bacharel em Direito, exerceu relevantes cargos no Poder

    Executivo das trs esferas de Governo, adquirindo profundo

    conhecimento sobre as atividades internas da Administrao Pblica.

    Aps aposentar-se, sem requerer inscrio nos quadros da OAB,

    estabelece servio de consultoria jurdica, tendo angariado vrios

    clientes desde o perodo da inaugurao da sua atividade.

    De acordo com o narrado e observadas as normas estatutrias,

    assinale a afirmativa correta.

    A) Dentre as atividades privativas do advogado incluem-se a

    postulao judicial e a assessoria jurdica, mas no a consultoria.

    B) O bacharel em Direito aposentado no tem vedado qualquer

    prtica de atividade jurdica, mesmo no inscrito nos quadros da OAB.

    C) O advogado atua na atividade judicial pugnando pela defesa dos

    interesses dos seus clientes e na consultoria jurdica

    D) As atividades privativas do advogado incluem a assessoria

    jurdica, a direo jurdica e a atuao nos Juizados Especiais.

    O Estatuto nos fala:

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    Observe que a consultoria est entre as atividades privativas de

    advocacia. Letra a errada.

    O exerccio da atividade de advocacia no territrio brasileiro e a

    denominao de advogado so privativos dos inscritos na Ordem dos

    Advogados do Brasil (OAB). Letra b errada.

    Os Juizados Especiais admitem a postulao em juzo sem

    advogado, se a demanda for de valor abaixo de 20 salrios mnimos

    (art. 9 da Lei n 9.099/95), por isso a letra d est errada.

    O gabarito a letra c.

    3. (OAB UNIFICADO NACIONAL / 2015 / XVI Bernardo

    bacharel em Direito, mas no est inscrito nos quadros da Ordem dos

    Advogados do Brasil, apesar de aprovado no Exame de Ordem. No

    obstante, tem atuao na rea de advocacia, realizando consultorias e

    assessorias jurdicas.

    A partir da hiptese apresentada, nos termos do Regulamento Geral da

    Ordem dos Advogados do Brasil, assinale a afirmativa correta.

    A) Tal conduta permitida, por ter o bacharel logrado aprovao no

    Exame de Ordem.

    B) Tal conduta proibida, por ser equiparada captao de clientela.

    C) Tal conduta permitida mediante autorizao do Presidente da

    Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.

    D) Tal conduta proibida, tendo em vista a ausncia de inscrio na

    Ordem dos Advogados do Brasil.

    Art. 1 So atividades privativas de advocacia: I - a postulao a qualquer rgo do Poder Judicirio e aos juizados especiais; (Vide ADIN 1.127-8) II - as atividades de consultoria, assessoria e direo jurdicas.

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    A realizao de Consultorias e Assessorias Jurdicas so atividades

    exclusivas de advogados. Neste caso, Bernardo somente bacharel e

    est praticando o exerccio irregular da profisso.

    Veja como o EAOAB trata o assunto em seu art. 1 inc. II - So

    atividades privativas de advocacia: II - as atividades de consultoria,

    assessoria e direo jurdicas. e art. 3 - O exerccio da atividade de

    advocacia no territrio brasileiro e a denominao de advogado so

    privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

    Gabarito Letra D.

    4. (FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado)Caio,

    prspero comerciante, contrata, para prestao de servios profissionais

    de advocacia, Mvio, que se apresenta como advogado. O cliente

    outorga a devida procurao com poderes gerais para o foro. Usando o

    referido instrumento, ocorre a propositura de ao judicial em face de

    Trcio. Na contestao, o advogado do ru alega vcio na

    representao, uma vez que Mvio no possui registro na OAB,

    consoante certido que apresenta nos autos judiciais. Diante de tal

    circunstncia, correto afirmar que

    a) os atos praticados pelo suposto advogado no ofendem qualquer

    dispositivo legal.

    b) verificada a ausncia de inscrio profissional, dever ser

    outorgado prazo para sua regularizao.

    c) os atos praticados por Mvio so nulos, pois foram praticados

    por pessoa no inscrita na OAB.

    d) a declarao de nulidade dos atos processuais esgota o rol de

    atos sancionatrios.

    Pessoal, eu fui bem claro quando disse que os atos privativos de

    advogados praticados por pessoa no inscrita na OAB so NULOS sem

    prejuzo de sanes civis, penais e administrativas.

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    Gabarito: Letra c.

    5. (FGV OAB XI Exame- 2013) Cludio, advogado com

    vasta experincia profissional, contratado pela sociedade LK Ltda.

    para gerenciar a carteira de devedores duvidosos, propondo acordos e,

    em ltimo caso, as devidas aes judiciais. Aps um ano de sucesso na

    empreitada, Cludio postula aumento nos seus honorrios, o que vem a

    ser recusado pelos representantes legais da sociedade. Insatisfeito com

    o desenrolar dos fatos, Cludio comunica que ir renunciar aos

    mandatos que lhe foram conferidos, notificando pessoalmente os

    representantes legais da sociedade que apuseram o seu ciente no ato

    de comunicao. Dez dias aps, a sociedade contratou novos

    advogados, que assumiram os processos em curso.

    Observado tal relato, baseado nas normas do Regulamento Geral

    do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

    A) A comunicao da renncia do mandato no pode ser pessoal,

    para evitar conflitos com o cliente.

    B) A renncia ao mandato deve ser comunicada ao cliente,

    preferencialmente mediante carta com aviso de recepo.

    C) O advogado deve comunicar a renncia ao mandato diretamente

    ao Juzo da causa, que dever intimar a parte.

    D) O advogado no tem o dever de comunicar parte a renncia

    ao mandato judicial ou extrajudicial.

    Conforme artigo 6 do Regulamento Geral:

    Gabarito: Letra b.

    6. (FGV OAB XI Exame- 2013)Christiana, advogada recm-

    formada, est em dvida quanto ao seu futuro profissional, porque,

    Art. 6 O advogado deve notificar o cliente da renncia ao mandato (art. 5, 3, do Estatuto), preferencialmente mediante carta com aviso de recepo, comunicando, aps, o Juzo.

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    embora possua habilidade para a advocacia privada, teme a natural

    instabilidade da profisso. Por fora dessas circunstncias, pretende

    obter um emprego ou cargo pblico que lhe permita o exerccio

    concomitante da profisso que abraou. Por fora disso, necessita,

    diante dos requisitos usualmente exigidos, comprovar sua efetiva

    atividade na advocacia.

    Diante desse contexto, de acordo com as normas do Regulamento

    Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

    A) O efetivo exerccio da advocacia comprova-se pela atuao em

    um processo por ano, desde que o advogado subscreva uma pea

    privativa de advogado.

    B) O efetivo exerccio da advocacia exige a atuao anual mnima

    em cinco causas distintas, que devem ser comprovadas por cpia

    autenticada de atos privativos.

    C) A atividade efetiva da advocacia, como representante judicial ou

    extrajudicial, cinge-se a dois atos por ano.

    D) O advogado deve comprovar, anualmente, a atuao em atos

    privativos, mediante declarao do Juiz onde atue, de trs atos

    judiciais.

    Gabarito: Letra b.

    Art. 5 Considera-se efetivo exerccio da atividade de advocacia a participao anual mnima em cinco atos privativos previstos no artigo 1 do Estatuto, em causas ou questes distintas. Pargrafo nico. A comprovao do efetivo exerccio faz-se mediante: a) certido expedida por cartrios ou secretarias judiciais; b) cpia autenticada de atos privativos; c) certido expedida pelo rgo pblico no qual o advogado exera funo privativa do seu ofcio, indicando os atos praticados.

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    7. (FGV OAB X Exame- 2013)O advogado Mrio pertence

    aos quadros da sociedade de economia mista controlada pelo Estado W,

    na qual chefia o Departamento Jurdico. No existe bice para a

    prestao de servios de advocacia privada, o que ocorre no escritrio

    que possui no centro da capital do Estado, em horrio diverso do

    expediente na empresa. Um dos seus clientes realiza contrato para que

    Mrio aponha o seu visto em ato constitutivo de pessoa jurdica, em

    Junta Comercial cuja sede est localizada na capital do Estado W.

    Observado tal relato, consoante as normas do Regulamento Geral

    do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

    A) As circunstncias indicam que no existe bice para a aposio

    do visto nos referidos atos.

    B) O fato de chefiar Departamento Jurdico de empresa, seja de

    que natureza for, constitui elemento impeditivo da aposio do visto.

    C) O exerccio da advocacia no local da sede da Junta Comercial

    impeditivo para a aposio do visto.

    D) A atuao em sociedade de economia mista estadual impede a

    aposio do visto contratado.

    Veremos os impedimentos dos advogados, mas o regulamento ao

    tratar da Atividade da Advocacia em Geral, traz um rol de impedidos de

    exercer a atividade da advocacia no art. 2 pargrafo nico:

    Gabarito: Letra d.

    Pargrafo nico. Esto impedidos de exercer o ato de advocacia referido neste artigo os advogados que prestem servios a rgos ou entidades da Administrao Pblica direta ou indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer reparties administrativas competentes para o mencionado registro.

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    3. Dos Direitos do Advogado

    Caro aluno, voc deve ligar o ALERTA MXIMO neste ponto da

    aula. Com certeza voc ter duas ou trs questes dos direitos do

    advogado em sua prova. Leia com ateno os quadrinhos verdes e os

    comentrios e no perca nenhum detalhe!

    O Estatuto da OAB deixa claro que NO h hierarquia nem

    subordinao entre advogados, magistrados e membros do Ministrio

    Pblico, devendo todos tratar-se com considerao e respeito recprocos

    (art. 6).

    Alm disso, as autoridades, os servidores pblicos e os

    serventurios da justia devem dispensar ao advogado, no exerccio da

    profisso, tratamento compatvel com a dignidade da advocacia e

    condies adequadas a seu desempenho.

    Vejamos quais so os direitos do advogado, de acordo com o art.

    7 do Estatuto:

    Isso quer dizer que independente do local onde inscrito, o

    advogado tem total liberdade de exercer sua profisso.

    Logo mais estudaremos a inscrio do advogado, mas s para que

    voc j tome conhecimento, o art. 10, 2, nos fala que se o advogado

    exercer habitualmente a profisso, em outro territrio, considerando-se

    habitualidade a interveno judicial que exceder de cinco causas por

    ano, dever promover a inscrio suplementar nos Conselhos

    Seccionais dos devidos territrios.

    Por exemplo, se voc abre seu escritrio em So Paulo e se

    inscreve na OAB-SP, voc poder ter aes em Minas Gerais. Contudo,

    se voc tiver mais de cinco causas por ano em Minas, voc ter que

    I - exercer, com liberdade, a profisso em todo o territrio nacional;

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    promover a sua inscrio suplementar em Minas. Assim, voc ter

    inscrio em SP e em MG.

    Vamos ao segundo direito do advogado.

    Neste inciso teremos uma exceo, presentes indcios de

    autoria e materialidade da prtica de crime por parte de

    advogado, a autoridade judiciria competente poder decretar a

    quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II, em deciso

    motivada, expedindo mandado de busca e apreenso, especfico e

    pormenorizado, a ser cumprido na presena de representante da

    OAB, sendo, em qualquer hiptese, vedada a utilizao dos

    documentos, das mdias e dos objetos pertencentes a clientes do

    advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho

    que contenham informaes sobre clientes (art. 7, 6, do

    Estatuto da Advocacia).

    E agora vem a exceo da exceo! Caso o cliente esteja

    formalmente sendo investigado como partcipe ou co-autor pela prtica

    do mesmo crime que deu causa quebra da inviolabilidade, de que

    acabamos de tratar, a busca poder ser estendida sobre informaes do

    cliente.

    Independente de procurao o advogado poder se comunicar

    com o seu cliente preso, detido ou recolhido!

    II a inviolabilidade de seu escritrio ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondncia escrita, eletrnica, telefnica e telemtica, desde que relativas ao exerccio da advocacia;

    III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procurao, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicveis;

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    Aqui voc deve perceber uma distino bsica. Leia com ateno o

    quadro para saber quando a OAB s comunicada e quando ela deve

    estar presente no ato da priso:

    A OAB dever enviar um representante em tempo hbil, caso

    contrrio, a priso em flagrante poder ser efetuada e o ato no ser

    nulo.

    Acompanhe, com ATENO, o seguinte direito do advogado:

    VEJA BEM!!!! A prerrogativa s vale para antes do trnsito em

    julgado da sentena criminal!

    Professor, e o que vem a ser sala de Estado Maior?

    FORA DO EXERCCIO

    DA ADVOCACIA

    NO EXERCCIO DA ADVOCACIA

    A OAB ser

    comunicada do fato.

    1) S cabe prender se o crime for

    inafianvel.

    2) A OAB tem que est presente na lavratura

    do auto de priso sob pena de nulidade, se a

    OAB for comunicada e no encaminhar nenhum

    representante d-se continuidade ao ato.

    IV - ter a presena de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exerccio da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicao expressa seccional da OAB;

    V - no ser recolhido preso, antes de sentena transitada em julgado, seno em sala de Estado Maior, com instalaes e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em priso domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8)

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    A sala de Estado Maior foi bem definida pelo Supremo Tribunal

    Federal no julgamento da Reclamao 4535, noticiado no informativo

    STF n 468. Leia com ateno o resumo do julgado:

    Como se v, a sala de Estado Maior uma sala usada para o

    exerccio das funes do grupo de oficiais que assessoram o

    Comandante de uma organizao militar. Desse modo, essa sala, ao

    contrrio de uma cela, no possui grades.

    8. (OAB UNIFICADO NACIONAL / 2014 / XIII - Abel, por

    fora de suas atividades como advogado, comparece audincia

    designada para ocorrer s 13 horas. Aguarda algum tempo, mas no

    recebe qualquer notcia do incio dos trabalhos forenses. Nesse caso,

    consoante o Estatuto da Advocacia, protocolizando comunicao em

    juzo, pode retirar-se do recinto passados

    A) vinte minutos do horrio designado.

    Por Estado-Maior se entende o grupo de oficiais que assessoram o Comandante de uma organizao militar (Exrcito, Marinha, Aeronutica, Corpo de Bombeiros e Polcia Militar); assim sendo, sala de Estado-Maior o compartimento de qualquer unidade militar que, ainda que potencialmente, possa por eles ser utilizado para exercer suas funes. 2. A distino que se deve fazer que, enquanto uma cela tem como finalidade tpica o aprisionamento de algum e, por isso, de regra contm grades -, uma sala apenas ocasionalmente destinada para esse fim. 3. De outro lado, deve o local oferecer instalaes e comodidades condignas, ou seja, condies adequadas de higiene e segurana.

    Questo da OAB

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    B) trinta minutos do horrio designado.

    C) quarenta minutos do horrio designado.

    D) cinquenta minutos do horrio designado.

    O art. 7 inc. XX EAOAB estabelece que: retirar-se do recinto onde

    se encontre aguardando prego para ato judicial, aps trinta minutos

    do horrio designado e ao qual ainda no tenha comparecido a

    autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicao protocolizada

    em juzo.

    Gabarito Letra B.

    9. OAB UNIFICADO NACIONAL / 2013 / XII - O advogado

    Joo foi contratado por Jos para atuar em determinada ao

    indenizatria. Ao ter vista dos autos em cartrio, percebeu que Jos j

    estava representado por outro advogado na causa. Mesmo assim,

    considerando que j havia celebrado contrato com Jos, mas sem

    contatar o advogado que se encontrava at ento constitudo,

    apresentou petio requerendo juntada da procurao pela qual Jos

    lhe outorgara poderes para atuar na causa, bem como a retirada dos

    autos em carga, para que pudesse examin-los com profundidade em

    seu escritrio. Com base no caso apresentado, assinale a afirmativa

    correta.

    A) O advogado Joo no cometeu infrao disciplinar, pois apenas

    requereu a juntada de procurao e realizou carga dos autos do

    processo, sem apresentar petio com contedo relevante para o

    deslinde da controvrsia.

    B) O advogado Joo cometeu infrao disciplinar, no por ter requerido

    a juntada de procurao nos autos, mas sim por ter realizado carga dos

    autos do processo em que j havia advogado constitudo.

    C) O advogado Joo no cometeu infrao disciplinar, pois, ao requerer

    a juntada da procurao nos autos, j havia celebrado contrato com

    Jos.

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    D) O advogado Joo cometeu infrao disciplinar prevista no Cdigo de

    tica e Disciplina da OAB, pois no pode aceitar procurao de quem j

    tenha patrono constitudo, sem prvio conhecimento do mesmo.

    O art. 14 do Cdigo de tica e Disciplina da OAB, dispe que:

    Art. 14. O advogado no deve aceitar procurao de quem j tenha

    patrono

    constitudo, sem prvio conhecimento deste, salvo por motivo

    plenamente justificvel ou para adoo de medidas judiciais urgentes e

    inadiveis..

    Gabarito Letra D.

    10. OAB UNIFICADO NACIONAL / 2014 / XIV O advogado

    Antnio de Souza encontra-se preso cautelarmente, em cela comum,

    por fora de decreto de priso preventiva proferido no mbito de ao

    penal a que responde por suposta prtica de reiteradas fraudes contra a

    Previdncia. O advogado de Antnio requereu ao magistrado que

    decretou a priso a transferncia de seu cliente para sala de estado-

    maior. Como no havia sala de estado-maior disponvel na localidade, o

    magistrado determinou que Antnio deveria permanecer em priso

    domiciliar at que houvesse sala de estado-maior disponvel. Sobre a

    deciso do magistrado, assinale a opo correta.

    A) O magistrado decidiu corretamente, pois, de acordo com o

    EAOAB, direito do advogado no ser recolhido preso, antes de

    sentena transitada em julgado, seno em sala de Estado-maior e, na

    sua falta, em priso domiciliar.

    B) O magistrado no decidiu corretamente, pois o advogado, assim

    como qualquer outro cidado que tenha concludo curso superior, tem

    direito a ser recolhido preso em priso especial, mas no em sala de

    estado-maior, que apenas garantida a magistrados e membros do

    Ministrio Pblico.

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    C) O magistrado decidiu corretamente, devendo o advogado

    permanecer em priso domiciliar, mesmo havendo sala de Estado

    Maior, aps eventual trnsito em julgado de sua condenao.

    D) O magistrado no decidiu corretamente, pois o advogado

    apenas tem direito a no ser recolhido preso, antes de sentena

    transitada em julgado, em sala de estado-maior e, na sua falta, em

    priso domiciliar, quando o crime que lhe esteja sendo imputado

    decorra do exerccio regular da profisso de advogado.

    A sala de Estado Maior foi bem definida pelo Supremo Tribunal

    Federal no julgamento da Reclamao 4535, noticiado no informativo

    STF n 468. Leia com ateno o resumo do julgado:

    Como se v, a sala de Estado Maior uma sala usada para o

    exerccio das funes do grupo de oficiais que assessoram o

    Comandante de uma organizao militar. Desse modo, essa sala, ao

    contrrio de uma cela, no possui grades.

    Gabarito Letra A.

    11. OAB UNIFICADO NACIONAL / 2014 / XIV s 15h15, o

    advogado Armando aguardava, no corredor do frum, o incio de uma

    audincia criminal designada para as 14h30. A primeira audincia do

    dia havia sido iniciada no horrio correto, s 13h30, e a audincia da

    Por Estado-Maior se entende o grupo de oficiais que assessoram o Comandante de uma organizao militar (Exrcito, Marinha, Aeronutica, Corpo de Bombeiros e Polcia Militar); assim sendo, sala de Estado-Maior o compartimento de qualquer unidade militar que, ainda que potencialmente, possa por eles ser utilizado para exercer suas funes. 2. A distino que se deve fazer que, enquanto uma cela tem como finalidade tpica o aprisionamento de algum e, por isso, de regra contm grades -, uma sala apenas ocasionalmente destinada para esse fim. 3. De outro lado, deve o local oferecer instalaes e comodidades condignas, ou seja, condies adequadas de higiene e segurana.

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    qual Armando participaria era a segunda da pauta daquela data.

    Armando avisado por um serventurio de que a primeira audincia

    havia sido interrompida por uma hora para que o acusado, que no se

    sentira bem, recebesse atendimento mdico, e que, por tal motivo,

    todas as demais audincias do dia seriam iniciadas com atraso. Mesmo

    assim, Armando informa ao serventurio que no iria aguardar mais,

    afirmando que, de acordo com o EAOAB, tem direito, aps trinta

    minutos do horrio designado, a se retirar do recinto onde se encontre

    aguardando prego para ato judicial. A partir do caso apresentado,

    assinale a opo correta.

    A) Armando poderia se retirar do recinto, pois o advogado tem o

    direito de no aguardar por mais de trinta minutos para a realizao de

    ato judicial.

    B) Armando no poderia se retirar do recinto, pois a autoridade

    que presidiria o ato judicial do qual Armando participaria estava

    presente.

    C) Armando no poderia se retirar do recinto, pois a prerrogativa

    por ele invocada no vlida para audincias criminais.

    D) Armando poderia se retirar do recinto, pois no deu causa ao

    atraso da audincia.

    Letra (A) Alternativa errada, pois Armando no poderia se retirar

    do recinto, uma vez que a autoridade do ato judicial estava presente.

    Letra (B) Alternativa correta, uma vez que se a autoridade que

    presidiria o ato estava presente, dever do advogado aguardar at que

    se inicie sua audincia. Art.7 inc. XX EAOAB.

    Letra (C) Alternativa errada. Independente se a audincia for

    criminal ou civil, deve aguardar at que o magistrado inicie a audincia,

    conforme estabelece o art. 7 inc. XX EAOAB.

    Letra (D) Alternativa errada. Mesmo que no tenha dado causa ao

    atraso dever do advogado aguardar at que magistrado inicie a

    audincia. Ele poderia ir embora, caso o magistrado no estivesse no

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    local da audincia, aps 30 minutos, conforme estabelece o 7 inc. XX

    EAOAB.

    Gabarito Letra B.

    12. OAB UNIFICADO NACIONAL / 2015 / XVI Isabella,

    advogada atuante na rea pblica, procurada por cliente que deseja

    contrat-la e que informa a existncia de processo j terminado, no

    qual foram debatidos fatos que poderiam interessar nova causa. Antes

    de realizar o contrato de prestao de servios, dirige requer vista dos

    autos findos, no anexando instrumento de mandato. Nesse caso,

    consoante o Estatuto da Advocacia, a advogada pode

    A) ter vista dos autos somente no balco do cartrio.

    B) ter vista dos autos no local onde se arquivam os autos.

    C) retirar os autos de cartrio por dez dias.

    D) retirar os autos, se anexar instrumento de mandato.

    Letra (A) Alternativa errada, uma vez que a advogada pode retirar

    os autos de cartrio por 10 dias.

    Letra (B) Alternativa errada, uma vez que a advogada pode retirar

    os autos de cartrio por 10 dias.

    Letra (C) Alternativa correta, pois est em conformidade com o art.

    7 inc. XVI dispe que: retirar autos de processos findos, mesmo sem

    procurao, pelo prazo de dez dias.

    Letra (D) Alternativa correta, uma vez que poder retirar os autos,

    independente se anexar instrumento de mandato ou no.

    Gabarito Letra C.

    13. OAB UNIFICADO NACIONAL / 2015 / XVII A advogada

    Maria foi presa em flagrante por furto cometido no interior de uma loja

    de departamentos. Na Delegacia, teve a assistncia de advogado por

    ela constitudo. O auto de priso foi lavrado sem a presena de

    representante da Ordem dos Advogados do Brasil, fato que levou o

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    advogado de Maria a arguir sua nulidade. Sobre a hiptese, assinale a

    afirmativa correta.

    A) O auto de priso em flagrante no nulo, pois s obrigatria a

    presena de representante da OAB quando a priso decorre de motivo

    ligado ao exerccio da advocacia.

    B) O auto de priso em flagrante no nulo, pois a presena de

    representante da OAB facultativa em qualquer caso, podendo sempre

    ser suprida pela presena de advogado indicado pelo preso.

    C) O auto de priso em flagrante nulo, pois advogados no

    podem ser presos por crimes afianveis.

    D) O auto de priso em flagrante nulo, pois a presena de

    representante da OAB em caso de priso em flagrante de advogado

    sempre obrigatria.

    O EAOAB em seu art. 7 3 dispe que: So direitos do

    advogado: 3 O advogado somente poder ser preso em flagrante,

    por motivo de exerccio da profisso, em caso de crime

    inafianvel, observado o disposto no inciso IV deste artigo.

    Gabarito Letra A.

    14. OAB UNIFICADO NACIONAL / 2015 / XVII - Gisella

    advogada recm-aprovada no Exame de Ordem e herda diversas causas

    de um colega de classe que resolveu trilhar outros caminhos, deixando

    numerosos processos para acompanhamento nos Juzos de primeiro

    grau. Ao acompanhar uma sesso de julgamento na Cmara Cvel do

    Tribunal W, tem necessidade de apresentar, antes de iniciar o

    julgamento, alegaes escritas aos integrantes do rgo julgador, que

    somente foram completadas no dia da sesso. Aguardando o incio dos

    trabalhos, assim que os julgadores se apresentaram para o julgamento,

    a jovem advogada dirigiu-se a eles no sentido de entregar as alegaes

    escritas, sendo admoestada quanto sua presena no interior da sala

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    de julgamento, na parte reservada aos magistrados. Nos termos do

    Estatuto da Advocacia, o ingresso dos advogados nas salas de sesses

    A) est restrito ao espao da platia.

    B) depende de autorizao do Presidente da Cmara.

    C) livre inclusive na parte reservada aos magistrados.

    D) depende de concordncia dos julgadores.

    O EAOAB estabelece em seu art. 7 VI ingressar livremente: a) nas

    salas de sesses dos tribunais, mesmo alm dos cancelos que separam a parte

    reservada aos magistrados.

    Gabarito Letra C.

    15. OAB UNIFICADO NACIONAL / 2015 / XVI - O advogado

    Antnio participava do julgamento de recurso de apelao por ele

    interposto. Ao proferir seu voto, o Relator acusou o advogado Antnio

    de ter atuado de forma antitica e de ter tentado induzir os julgadores a

    erro. Em seguida, com o objetivo de se defender das acusaes que lhe

    haviam sido dirigidas, Antnio solicitou usar da palavra, pela ordem, por

    mais cinco minutos, pleito que veio a ser indeferido pelo Presidente do

    rgo julgador. A respeito do direito de Antnio usar a palavra

    novamente, assinale a afirmativa correta.

    A) No permitido o uso da palavra por advogado em julgamentos

    de recursos de apelao.

    B) direito do advogado usar da palavra, pela ordem, mediante

    interveno sumria, para replicar acusao ou censura que lhe forem

    feitas.

    C) direito do advogado intervir, a qualquer tempo e por qualquer

    motivo, durante o julgamento de processos em que esteja constitudo.

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    D) O uso da palavra, pela ordem, mediante interveno sumria,

    somente permitido para o esclarecimento de questes fticas.

    Conforme dispe o art. 7 inc. X direito do advogado: X - usar

    da palavra, pela ordem, em qualquer juzo ou tribunal, mediante

    interveno sumria, para esclarecer equvoco ou dvida surgida em

    relao a fatos, documentos ou afirmaes que influam no julgamento,

    bem como para replicar acusao ou censura que lhe forem feitas.

    Gabarito Letra B.

    16. OAB UNIFICADO NACIONAL / 2015 / XVI - Joo

    advogado da sociedade empresria X Ltda., atuando em diversas

    causas do interesse da companhia controle da sociedade foi alienado

    para estrangeira, que resolveu contratar novos profissionais em vrias

    reas, inclusive a jurdica. Por fora dessa circunstncia, rompeu-se a

    avena entre o advogado e o seu cliente. Assim, Joo renunciou ao

    mandato em todos os processos, comunicando formalmente o ato

    cliente houve novo contrato com renomado escritrio de advocacia,

    que, em todos os processos, apresentou o instrumento mandato antes

    do trmino do prazo legal retirada do advogado anterior. Na renncia

    focalizada no enunciado, conso Advocacia, deve o advogado

    A) afastar-se imediatamente aps a substituio por outro

    advogado.

    B) funcionar como parecerista no processo pela continuidade da

    representao.

    C) atuar em conjunto com o advogado sucessor por quinze dias.

    D) aguardar dez dias para verificar a atuao dos seus sucessores.

    Letra (A) Alternativa correta. Aps a substituio por outro

    advogado, deve, aquele que fora constitudo, afastar-se imediatamente.

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    Letra (B) Alternativa errada. No poder atuar no processo nem

    como advogado nem como parecerista.

    Letra (C) Alternativa errada. Deve o advogado afastar-se

    imediatamente.

    Letra (D) Alternativa errada. Deve o advogado afastar-se

    imediatamente.

    Gabarito Letra A.

    17. (FGV OAB XI Exame- 2013) Walter advogado com

    atuao no Estado W e foi surpreendido pela acusao de participar de

    evento criminoso, tendo sido decretada sua priso cautelar, por ordem

    judicial.

    Com relao ao caso relatado, nos termos do Estatuto da

    Advocacia, assinale a afirmativa correta.

    A) O advogado deve ser apresentado ao Presidente da Seccional da

    OAB ou ao seu representante.

    B) O advogado ficar preso em sala de Estado-Maior ou

    equivalente at o final do processo.

    C) O advogado ficar restrito sua residncia, em priso

    domiciliar, at reunio da seccional da OAB.

    D) O advogado sofrer punio disciplinar pelo fato de estar

    respondendo a processo criminal.

    Conforme o Estatuto da OAB:

    Veja que a lei no faz referncia a crime vinculado a atividade.

    Trate-se de um direito do advogado.

    Gabarito: Letra c.

    V - no ser recolhido preso, antes de sentena transitada em julgado, seno em sala de Estado Maior, com instalaes e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em priso domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8)

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    Vamos dar continuidade para compreender onde e como o

    advogado pode adentrar? Leia com ateno o dispositivo:

    Meu amigo, no passe voando por esse dispositivo. Ele contm

    detalhes importantes.

    Perceba que o advogado pode ingressar livremente nas sesses

    dos tribunais mesmo alm dos cancelos, ou seja, ele pode adentrar na

    parte reservada aos magistrados!

    Veja, ainda, que o advogado pode entrar nas secretarias de

    delegacias e prises mesmo fora do horrio do expediente.

    Outro direito importante que voc deve levar para a sua prova:

    Grave bem isso: O advogado poder dirigir-se DIRETAMENTEao

    magistrado. E mais:NO PRECISA AGENDAR.

    ATENO: Mesmo que no haja previso no regimento interno do

    tribunal ou na lei processual, o advogado pode usar a palavra, pela

    VI - ingressar livremente: a) nas salas de sesses dos tribunais, mesmo alm dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependncias de audincias, secretarias, cartrios, ofcios de justia, servios notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prises, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presena de seus titulares; c) em qualquer edifcio ou recinto em que funcione repartio judicial ou outro servio pblico onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informao til ao exerccio da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; d) em qualquer assemblia ou reunio de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais; VII - permanecer sentado ou em p e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licena;

    VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horrio previamente marcado ou outra condio, observando-se a ordem de chegada;

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    ordem, para esclarecer dvida relacionada a fatos, documentos ou

    afirmaes que influam no julgamento.

    O mesmo vale para replicar acusaes ou censuras contra ele.

    Tambm pode o advogado reclamar verbalmente (e por escrito)

    contra inobservncia de preceito de lei, regulamento ou regimento.

    Assim como o advogado pode permanecer sentado ou em p, ele

    pode falar sentado ou em p em juzo, rgo administrativo de

    deliberao coletiva ou tribunal.

    Caro aluno, SANGUE NOS OLHOS para esses dispositivos:

    O inciso XIII traduz um direito muito utilizado pelos advogados e,

    por isso, de suma importncia para a sua prova: o direito de

    examinar, tirar cpia e tomar apontamentos de autos de processos

    mesmo sem procurao. A procurao s necessria para esses

    atos quanto o processo estiver sujeito a sigilo.

    Com relao aos autos de inqurito e de priso em flagrante, o

    advogado sem procurao tem o direito de examin-los copiar peas e

    tomar apontamentos.

    Os processos j findos podem ser retirados por qualquer advogado,

    mesmo sem procurao, pelo prazo de 10 dias.

    Nos processos que tramitam em segredo de justia ou nos

    processos que contenham documentos originais de difcil restaurao,

    XIII - examinar, em qualquer rgo dos Poderes Judicirio e Legislativo, ou da Administrao Pblica em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procurao, quando no estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obteno de cpias, podendo tomar apontamentos; XIV - examinar em qualquer repartio policial, mesmo sem procurao, autos de flagrante e de inqurito, findos ou em andamento, ainda que conclusos autoridade, podendo copiar peas e tomar apontamentos; XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartrio ou na repartio competente, ou retir-los pelos prazos legais; XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procurao, pelo prazo de dez dias;

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    os direitos de obter vista ou de retirar os autos s so assegurados aos

    advogados com procurao nos autos.

    Se um advogado obteve vista dos autos, sem procurao, e deixou

    de devolv-lo no prazo legal, ele no poder obter nova vista at o

    encerramento do processo.

    Obs.: Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar

    procurao para o exerccio dos direitos, veja que o inciso XIV fala

    mesmo sem procurao, mas sendo sigiloso tem que ter procurao!

    A inobservncia aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o

    fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que

    houve a retirada de peas j includas no caderno investigativo

    implicar responsabilizao criminal e funcional por abuso de autoridade

    do responsvel que impedir o acesso do advogado com o intuito de

    prejudicar o exerccio da defesa, sem prejuzo do direito subjetivo do

    advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente, conforme

    12 do art. 7.

    18. (FGV OAB X Exame- 2013) O advogado Francisco

    conhecido por sua rara habilidade no setor de contratos empresariais,

    experto nas chamadas clusulas venenosas que dificultam a quebra

    imotivada de avenas. No exerccio regular da sua profisso de

    advogado, apresenta-se, munido dos devidos poderes, em assembleia

    de sociedade annima, cujo controlador seu cliente. O presidente da

    assembleia no acolhe a sua presena, aduzindo falta de autorizao

    legal.

    Nos termos do Estatuto da Advocacia, direito do advogado

    Questo da OAB

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    A) ingressar em assembleia, representando seu cliente, mesmo

    no munido de mandato.

    B) representar seu cliente com procurao outorgada com poderes

    gerais.

    C) atuar em assembleia a que seu cliente possa comparecer,

    munido de poderes especiais.

    D) atuar excepcionalmente com autorizao do presidente da

    assembleia, que supre o mandato.

    Dentre os direitos do advogado est o de:

    Gabarito: Letra c.

    19. (FGV OAB XI Exame- 2013)rsula, advogada com larga

    experincia profissional, necessita atualizar o seu arquivo de causas.

    Assim, requer o desarquivamento de determinados autos processuais

    de processo findo de um cliente, que tramitou sob sigilo, mas de poca

    anterior sua atuao. Ao dirigir-se ao cartrio judicial, surpreendida

    pela exigncia de procurao com poderes especiais para retirar os

    autos.

    Nos termos do Estatuto da Advocacia, direito do advogado retirar

    autos de processos findos

    A) com procurao, inseridos poderes gerais, pelo prazo de cinco

    dias.

    B) com procurao, com poderes especiais, pelo prazo de quinze

    dias.

    C) sem procurao, com autorizao do escrivo do cartrio, pelo

    prazo de dez dias.

    D) sem procurao, pelo prazo de dez dias.

    VI - ingressar livremente: d) em qualquer assemblia ou reunio de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;

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    Por mais que a FGV coloque comandos longos, ao cobrar os direitos

    do advogado, tem cobrado a literalidade. Observe:

    Gabarito: Letra d.

    Mais alguns direitos para voc guardar:

    Desse rol, voc no pode se esquecer do inciso XIX.

    O advogado pode recusar-se a depor como testemunha em

    processo no qual j atuou como advogado ou sobre fato relacionado a

    cliente que ou j foi seu, ainda que esse cliente o autorize a depor.

    E mais: valendo-se, meramente, do argumento de que pode vir a

    funcionar como advogado do processo, o advogado pode recusar-se a

    depor como testemunha!

    Veja o prximo inciso:

    Chamo a sua ateno para um detalhe, o advogado s poder se

    retirar se a autoridade competente no tiver comparecido, o que no

    o caso da audincia que estiver atrasada. E ainda, o advogado far

    uma comunicao devendo protocoliz-la.

    XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando prego para ato judicial, aps trinta minutos do horrio designado e ao qual ainda no tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicao protocolizada em juzo.

    XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exerccio da profisso ou em razo dela; XVIII - usar os smbolos privativos da profisso de advogado; XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;

    XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procurao, pelo prazo de dez dias;

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    ATENO TOTAL para mais esse direito: O estatuto afirma que o

    advogado tem imunidade profissional, no constituindo injria

    (ofender a honra com xingamentos, por exemplo) ou difamao

    (imputar fato ofensivo a reputao de outrem), punveis qualquer

    manifestao de sua parte, no exerccio de sua atividade, em juzo ou

    fora dele, sem prejuzo das sanes disciplinares perante a OAB, pelos

    excessos que cometer.

    E a calnia (imputar a outrem falsamente a prtica de crime) e o

    desacato (ofender a honra de funcionrio pblico), professor, o

    advogado imune a esses crimes?

    O Estatuto nunca afirmou ser o advogado imune ao crime de

    calnia no exerccio de sua profisso.

    Com relao ao desacato, o Estatuto continha a previso da

    imunidade. Contudo, no julgamento da ADIN 1.127-8, o STF considerou

    essa imunidade inconstitucional e hoje o advogado responde sim pelo

    crime de desacato no exerccio de sua profisso.

    De acordo com essa nova norma, o advogado ter acesso a toda a

    parte da investigao, assim qualquer investigao feita direito do

    advogado acompanh-la.

    XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apurao de infraes, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatrio ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatrios e probatrios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apurao: (Includo pela Lei n 13.245, de 2016)

    a) apresentar razes e quesitos;

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    3.1 Da defesa judicial dos direitos e das prerrogativas

    Ao tomar cincia de fato que possa causar, ou que j causou,

    violao de direitos ou prerrogativas da profisso, o Presidente do

    Conselho Federal, do Conselho Seccional ou da Subseo, ir tomar as

    providncias judiciais e extrajudiciais cabveis para prevenir ou

    restaurar o imprio do Estatuto, em sua plenitude, inclusive mediante

    representao administrativa.

    O representante da OAB dar assistncia para o advogado nos

    inquritos policiais ou nas aes penais em que figurar como indiciado,

    acusado ou ofendido, sempre que o fato a ele imputado decorrer do

    exerccio da profisso ou a este vincular-se.

    DICA A atuao do defensor do advogado no ser prejudicada!

    Alm disso caber ao Presidente do Conselho ou da Subseo

    representar contra o responsvel por abuso de autoridade, quando

    configurada hiptese de atentado garantia legal de exerccio

    profissional, prevista na Lei n 4.898, de 09 de dezembro de 1965.

    Veja os ltimos direitos que sero abordados nesta aula:

    E o que vem a ser desagravo pblico? Ofendido o exerccio da

    profisso ou em razo dela, ser adotada essa medida que ser

    efetivada pelo Conselho Seccional em favor do advogado. a resposta a

    4 O Poder Judicirio e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fruns, tribunais, delegacias de polcia e presdios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados OAB. (Vide ADIN 1.127-8)

    5 No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exerccio da profisso ou de cargo ou funo de rgo da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo pblico do ofendido, sem prejuzo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.

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    uma ofensa ou injria na qual o advogado foi vtima no exerccio ou

    em razo da sua profisso. O desagravo pblico, atualmente, visto

    como de interesse social, tendo em vista a independncia necessria

    para o exerccio da advocacia. O RGOAB, em seu art. 18, garante ao

    inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razo do

    exerccio profissional ou de cargo ou funo da OAB, o direito ao

    desagravo pblico promovido pelo Conselho competente, de ofcio, a

    seu pedido ou de qualquer pessoa.

    20. OAB UNIFICADO NACIONAL / 2013 / XII Sobre o

    desagravo pblico, assinale a afirmativa correta.

    A) O advogado poder ser desagravado quando ofendido no exerccio

    da profisso ou em razo dela, desde que faa o requerimento em

    petio dirigida ao Presidente do Conselho Seccional no prazo de seis

    meses, contados a partir da data da realizao da ofensa.

    B) O desagravo pblico depende de concordncia do advogado

    ofendido.

    C) O advogado no pode dispensar o desagravo pblico quando o

    Conselho Seccional decidir promov-lo.

    D) O advogado tem direito a ser desagravado, mesmo que a ofensa por

    ele sofrida no guarde relao com o exerccio da profisso ou de cargo

    ou funo na OAB.

    O desagravo pblico ocorre quando o ofendido no exerccio da

    profisso ou em razo dela, ser adotada essa medida que ser

    efetivada pelo Conselho Seccional em favor do advogado. a resposta a

    uma ofensa ou injria na qual o advogado foi vtima no exerccio ou em

    razo da sua profisso. O desagravo pblico, atualmente, visto como

    de interesse social, tendo em vista a independncia necessria para o

    exerccio da advocacia. O RGOAB, em seu art. 18, garante ao inscrito

    Questo da OAB

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    na OAB, quando ofendido comprovadamente em razo do exerccio

    profissional ou de cargo ou funo da OAB, o direito ao desagravo

    pblico promovido pelo Conselho competente, de ofcio, a seu pedido ou

    de qualquer pessoa.

    Gabarito Letra C.

    21. (FGV OAB X Exame- 2013) Joo, advogado

    regularmente inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil,

    veio a ser indiciado por fora de investigao proposta em face de um

    dos seus inmeros clientes, no tendo o causdico participado de

    qualquer ato ilcito, mas apenas como advogado. Veio a saber que seu

    nome fora includo por fora de exerccio considerado exacerbado de

    sua atividade advocatcia. Contratou advogado para a sua defesa no

    inqurito criminal e postulou assistncia Ordem dos Advogados do

    Brasil por entender feridas suas prerrogativas profissionais.

    Observado tal relato, consoante as normas do Regulamento Geral

    do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

    A) Ao contratar advogado para a defesa da sua pretenso, no

    mais cabe Ordem dos Advogados interferir no processo para

    salvaguardar eventuais prerrogativas feridas.

    B) A atuao da Ordem dos Advogados na defesa das prerrogativas

    profissionais implicar a assistncia de representante da instituio,

    mesmo com defensor constitudo.

    C) A assistncia da Ordem dos Advogados est restrita a processos

    judiciais ou administrativos, mas no a inquritos.

    D) A postulao de assistncia deve ser examinada pelo Conselho

    Federal da Ordem dos Advogados que pode autorizar ou no essa

    atividade.

    O regimento dispe:

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    Gabarito: Letra b.

    22. (FGV - 2012 OAB) Semprnia, advogada h longos anos,

    contratada para representar os interesses de Esculpio, que est

    preso disposio da Justia criminal. Ao procurar contatar seu cliente,

    verifica que ele est em penitenciria, considerado incomunicvel, por

    determinao de normas regulamentares do sistema. Apesar disso,

    requer o acesso ao seu cliente, que foi indeferido. Consoante as normas

    legais e estatutrias, correto afirmar que

    a) a atuao do advogado deve estar submetida aos regulamentos

    penitencirios, para a sua prpria segurana.

    b) os estabelecimentos penitencirios civis devem organizar as

    visitas dos advogados por ordem de chegada.

    c) o advogado, quando for contatar o seu cliente em priso, deve

    ser acompanhado por representante da OAB.

    d) ilegal vedar a presena do advogado no contato com seu

    cliente, ainda que considerado incomunicvel.

    Pessoal, o artigo 7, III, do Estatuto,assim nos fala:

    Logo, proibir o advogado de ter contato com o seu cliente ilegal!

    Ainda que seja considerado incomunicvel.

    III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procurao, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicveis;

    Art. 16. Sem prejuzo da atuao de seu defensor, contar o advogado com a assistncia de representante da OAB nos inquritos policiais ou nas aes penais em que figurar como indiciado, acusado ou ofendido, sempre que o fato a ele imputado decorrer do exerccio da profisso ou a este vincular-se

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    Gabarito: Letra d.

    23. (FGV - 2012 - OAB) Mvio, advogado de longa data,

    pretendendo despachar uma petio em processo judicial em curso

    perante a Comarca Y, surpreendido com aviso afixado na porta do

    cartrio de que o magistrado somente receberia para despacho peties

    que reputasse urgentes, devendo o advogado dirigir-se ao assessor

    principal do juiz para uma prvia triagem quanto ao assunto em debate.

    luz das normas estatutrias, correto afirmar que

    a) a organizao do servio cartorrio da competncia do juiz,

    que pode estabelecer padres de atendimento aos advogados.

    b) a triagem realizada por assessor do juiz permite melhor

    eficincia no desempenho da atividade judicial e no colide com as

    normas estatutrias.

    c) o advogado tem direito de dirigir-se diretamente ao magistrado

    no seu gabinete para despachar peties sem prvio agendamento.

    d) a durao razovel do processo princpio que permite a

    triagem dos atos dos advogados e o exerccio dos seus direitos

    estatutrios.

    Pessoal, eu avisei que era importante:

    ATENO: O advogado poder dirigir-se DIRETAMENTE ao

    magistrado e mais NO PRECISA AGENDAR.

    Gabarito: Letra c.

    24. (FGV - 2010 - OAB)O magistrado Mvio, de larga

    experincia forense, buscando organizar o servio do seu cartrio, edita

    Portaria disciplinando o horrio de atendimento das partes e dos

    advogados no coincidente com o horrio forense. Os processos passam

    VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horrio previamente marcado ou outra condio, observando-se a ordem de chegada;

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    a ser distribudos, por numerao, com a responsabilizao individual

    de determinados servidores. Estabeleceu-se que os autos de final 0 a 3

    teriam atendimento ao pblico, a includos advogados, das 11h s 13h,

    e da sucessivamente. Com tal organizao, obteve o cumprimento de

    todas as metas estabelecidas pela Corregedoria do Tribunal. luz da

    legislao estatutria, assinale a alternativa correta quanto a essa

    atitude.

    a) O ato normativo do magistrado colide frontalmente com o direito

    dos advogados de serem atendidos a qualquer momento pelo

    Magistrado e servidores pblicos.

    b) A Administrao dos rgos do Poder Judicirio autnoma,

    podendo ocorrer ato do magistrado impondo restries ao advogado.

    c) O princpio da eficincia sobrepe-se aos interesses das partes e

    dos advogados, seguindo moderna tendncia da Administrao Pblica.

    d) As metas de produo determinadas pelos rgos de controle do

    Poder Judicirio justificam a restrio dos direitos dos advogados de

    acesso aos autos e aos agentes pblicos.

    Voc j sabe que o advogado poder dirigir-se DIRETAMENTE ao

    magistrado e mais NO PRECISA AGENDAR.O ato do magistrado

    confronta o direito do advogado!!!

    Gabarito: Letra a.

    25. (FGV - 2011 -OAB)Na Secretaria Municipal de Fazenda,

    tramita procedimento administrativo relacionado imposio do IPTU

    em determinada rea urbana. O proprietrio do imvel contrata o

    advogado Juliano para solucionar a questo. Portando mandato

    extrajudicial, o advogado dirige-se ao local e, em face dos seus

    conhecimentos pessoais, obtm o ingresso no recinto da secretaria e

    recebe as informaes pertinentes, apresentando, por petio, os

    esclarecimentos necessrios. Em um dos dias em que atuava

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    profissionalmente, viu-se interpelado por um dos chefes de seo, que

    questionou sua permanncia no local, proibida por atos regulamentares.

    Diante disso, correto afirmar que

    a) as caractersticas especiais dos rgos fazendrios limitam os

    direitos dos advogados.

    b) o ingresso em quaisquer recintos de reparties pblicas, no

    exerccio da profisso, direito dos advogados.

    c) a questo em tela est vinculada proteo do sigilo

    profissional.

    d) o advogado no pode ter acesso a procedimentos

    administrativos, salvo com autorizao da autoridade competente.

    Caros alunos! direito do advogado ingressar livremente em

    qualquer edifcio ou recinto em que funcione repartio, quando ele

    estiver exercendo a sua profisso! Confira o art. 7:

    Gabarito: Letra b.

    26. (FGV - 2011 - OAB)A empresa Frios e Gelados S.A. promove

    ao de responsabilidade civil em face da empresa Calor e Chaud Ltda.

    No curso do processo, surge deciso judicial, atacada por recurso

    apresentado pelo representante judicial da empresa autora, o advogado

    Lcio. Tal recurso no tem previso legal de sustentao oral. Apesar

    disso, o advogado comparece sesso de julgamento e requer ao

    tribunal o tempo necessrio para a sustentao referida.

    Nos termos das normas estatutrias, correto afirmar que

    VI - ingressar livremente: c) em qualquer edifcio ou recinto em que funcione repartio judicial ou outro servio pblico onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informao til ao exerccio da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;

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    a) direito do advogado a sustentao oral em todos os recursos.

    b) o direito sustentao oral est vinculado sua previsibilidade

    recursal.

    c) a sustentao oral depender do relator do recurso.

    d) o direito sustentao oral ser por trinta minutos.

    Aqui eu quero que voc aprenda que o inciso IX do art.7 foi

    considerado inconstitucional. Ele falava que o advogado tinha o direito

    de sustentar oralmente as razes de qualquer recurso ou processo, nas

    sesses de julgamento, aps o voto do relator, em instncia judicial ou

    administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for

    concedido. Hoje no mais assim, as normas processuais tm que

    prever a sustentao oral.

    Que fique claro! O inciso IX do art. 7 inconstitucional:

    Gabarito: Letra b.

    27. (FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Manoel,

    empresrio, promove ao de separao judicial litigiosa em face de

    Maria, sua esposa, alegando graves violaes aos deveres do

    casamento, entre as quais abandono material e moral das duas filhas

    do casal. Anexa documento comprovando que sua esposa deixara as

    menores em casa para comparecer a festas em locais distantes, o que

    lhes causou riscos sade fsica e mental. Apesar de as normas sobre o

    tema determinarem o sigilo, o processo tramita como se fosse pblico.

    O advogado do autor comunica o fato ao juiz que preside o processo e

    ao escrivo que chefia o cartrio judicial. Baldados foram os seus

    esforos.

    IX - sustentar oralmente as razes de qualquer recurso ou processo, nas sesses de julgamento, aps o voto do relator, em instncia judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido; (Vide ADIN 1.127-8) (Vide ADIN 1.105-7)

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    Em relao ao caso acima, luz das normas estatutrias, correto

    afirmar que

    a) a publicidade do processo constitui mera irregularidade, infensa

    a medidas de qualquer naipe.

    b) o advogado atuou corretamente ao reclamar do

    descumprimento de lei.

    c) a reclamao deve ser escrita.

    d) no pode reclamar para outra autoridade, j tendo apresentado

    a primeira ao juiz da causa.

    A regra geral que os atos processuais sejam pblicos. A letra

    afala que a publicidade do processo constitui irregularidade, infensa a

    medidas de qualquer naipe. Por isso est errada.

    Entre os direitos do advogado est:

    Dessa forma o advogado teve a atitude correta em reclamar da

    inobservncia da lei. Letra b correta.

    De acordo o artigo 7, XI, a reclamao poder ser verbal ou

    escrita. Letra c errada.

    Vejam que a reclamao pode ser perante qualquer juzo, tribunal

    ou autoridade! Letra d errada.

    Gabarito: Letra b.

    28. (FGV - 2011 - OAB)A Administrao Pblica, por meio de

    determinado rgo, promove processo administrativo de natureza

    disciplinar em face do servidor pblico Francisco. O servidor contrata o

    advogado Scrates para defend-lo. Munido do instrumento de

    mandato, Scrates requer vista dos autos do processo administrativo e

    XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juzo, tribunal ou autoridade, contra a inobservncia de preceito de lei, regulamento ou regimento;

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    posteriores intimaes. O requerimento foi indeferido pela

    desnecessidade de advogado atuar no referido processo.

    Com base no relatado acima, luz das normas estatutrias,

    correto afirmar que

    a) o advogado no tem direito de atuar em processo

    administrativo.

    b) a atuao do advogado obrigatria nos processos

    administrativos.

    c) o direito de vista aplicvel ao processo administrativo.

    d) nos processos disciplinares, a regra a da presena do

    advogado.

    Para a prova da Ordem quanto mais voc souber dos demais ramos

    do direito melhor.

    Veja que, nessa questo, se voc souber Direito Administrativo j

    poderia eliminar todos ositens errados.

    A presena do advogado no processo administrativo facultativa,

    com exceo daqueles que obrigatria a representao do advogado,

    Art. 3, IV, da Lei 9.784/99. Dessa forma, o advogado tem direito de

    atuar no processo. Letra a, b e d erradas.

    Veja o inciso XV do art. 7:

    Gabarito: Letra c.

    29. (FGV - 2011 - OAB) Conceio promove ao possessria

    em face de vrios rus que ocuparam imvel sem construo, de sua

    propriedade, em rea urbana. Houve a designao de audincia de

    conciliao, com a presena dos rus e dos seus advogados. Na

    audincia, visando organizar o ato, o magistrado proibiu que os

    XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartrio ou na repartio competente, ou retir-los pelos prazos legais; 90568707508

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    advogados se mantivessem de p, bem como sassem do local durante

    a sua realizao.

    Com base no que dispe o Estatuto da Advocacia e as leis

    regentes, correto afirmar que

    a) o advogado deve permanecer sentado na sala de audincias at

    o final do ato.

    b) caso o advogado necessite retirar-se do local, deve postular

    licena autoridade.

    c) o advogado pode permanecer sentado ou de p nos recintos do

    Poder Judicirio.

    d) pode permanecer de p, caso autorizado pela autoridade

    competente.

    Para justificar essa questo, bastava lembrar do inciso VII, que fala

    ser direito do advogado:

    Gabarito: Letra c.

    30. (FGV - 2011 - OAB) Tcio advogado regularmente inscrito

    nos quadros da OAB e conhecido pela energia e vivacidade com que

    defende a pretenso dos seus clientes. Atuando em defesa de um dos

    seus clientes, exalta-se em audincia, mas mantm, apesar disso, a

    cortesia com o magistrado presidente do ato e com o advogado da

    parte contrria. Mesmo assim, sofreu representao perante o rgo

    disciplinar da OAB. Em relao a tais fatos, correto afirmar que

    a) a atuao de Tcio desborda os limites normais do exerccio da

    advocacia.

    b) inexistindo atividade injuriosa, os atos do advogado so imunes

    ao controle disciplinar.

    VII - permanecer sentado ou em p e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licena;

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    c) a defesa do cliente deve ser pautada pelo dirigente da audincia,

    o magistrado.

    d) no processo judicial, os atos do advogado constituem mnus

    privado.

    Como falado em aula, o estatuto ainda afirma que o advogado tem

    imunidade profissional, no constituindo injria, difamao punveis

    qualquer manifestao de sua parte, no exerccio de sua atividade, em

    juzo ou fora dele, sem prejuzo das sanes disciplinares perante a

    OAB, pelos excessos que cometer. Antes do julgamento da ADIN

    1.127-8, o desacato tambm se inseria na imunidade profissional, mas

    a expresso foi considerada inconstitucional.

    Dessa forma, como no houve atividade injuriosa, temos como

    correta a alternativa b.

    31. (FGV - 2011 - OAB) Hrcules, advogado recm-formado,

    procurado por familiares de uma pessoa que descobriu, por vias

    transversas, estar sendo investigada em processo sigiloso, mas no tem

    cincia do objeto da investigao. Sem portar instrumento de

    procurao, dirige-se ao rgo investigador competente para obter

    informaes, identificando-se como advogado do investigado. A

    autoridade competente, em deciso escrita, indefere o postulado, por

    estar ausente o instrumento do mandato e, ainda, ser a investigao

    sigilosa. Diante dessas circunstncias, luz da legislao aplicvel,

    correto afirmar que

    a) o acesso a processo sigiloso possvel aos advogados somente

    quando requeiram a prtica de ato.

    b) o acesso dos advogados dos interessados a processos sigilosos

    romperia com a proteo que eles mereceriam.

    c) o processo sigiloso acessvel a advogado portando instrumento

    de mandato.

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    d) mesmo sem urgncia, a atuao do advogado poderia ocorrer,

    sem mandato, em processo sigiloso.

    Conforme art.7, XIII:

    Gabarito: Letra