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Bens
Imóveis: não podem ser removidos se m alteração de sua substância
- Divisão
I - Natureza: solo
II - Acessão natural: árvores e frutos
III - Destinação do proprietário ou possuidor: casa de madeira
IV - Acessão física ou justaposição
V - Determinação legal
Os bens imóveis só são adquiridos pelo registro de título, pela acessão, usucapião e
direito hereditário.
Acessão: forma de aquisição de propriedade imóvel que resulta de processo de
incorporação de determinado bem ao solo (1248, CC).
- Formas de acessão:
I- Aluvião: aumento lento, gradual e imperceptível de terras ao longo das margens de
correntes ou pelo desvio das águas (1250).
II - Avulsão: deslocamento, por força natural, súbita e com violência de uma porção de
terra que se desloca de um imóvel e se junta a outro, à frente ou de lado. (GUIMARÃES,
Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, 17).
III - Abandono de álveo: o leito exposto passa a pertencer aos proprietários ribeirinhos,
na proporção de terras, até a linha mediana daquele.
IV - Formação de ilhas: proporção de terras em rios particulares (rios não navegáveis).
Usucapião: modo originário de aquisição da propriedade, não dependente da vontade do
titular anterior, pela posse mansa e pacífica de alguém com ânimo de dono, por tempo
determinado, sem interrupção e sem oposição. (GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário
técnico jurídico, 1999, 537).
Direito hereditário: o mesmo que direito das sucessões. (GUIMARÃES, Deocleciano.
Dicionário técnico jurídico, 1999, 267).
Direito das sucessões: normas que regulam a transmissão do patrimônio do “de cujus”
às pessoas às quais deva ser atribuído. (GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico
jurídico, 1999, 264).
Os bens imóveis não podem ser alienados, hipotecados, ou gravados em ônus real pela
pessoa casada, sem a anuência do cônjuge, exceto no regime de separação absoluta de
bens.
Alienação: consiste na transferência de coisa ou direito, real ou pessoal, a outra pessoa.
(GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, 61).
Hipoteca: direito real que o devedor constitui, sobre bem imóvel seu, a favor de credor,
como garantia exclusiva do pagamento de dívida, empréstimo ou do cumprimento duma
obrigação. (GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, 344).
Ônus real: obrigação imposta por lei que recai sobre a coisa, alheia, móvel ou imóvel.
(GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, 424).
Móveis: aqueles que se deterioração na substância ou na forma podem ser
transportados de um lugar para o outro, por força própria ou alheia.
- Divisão
I - Natureza
a) Semoventes: movem-se por força própria. Animais.
b) Propriamente ditos: admitem remoção por força alheia, sem dano. Moedas.
II - Determinação legal: podem ser cedidos independentemente de outorga uxória
(1647). Alienação de carro.
Outorga uxória: autorização que a mulher dá ao marido para que este possa praticar
certos atos da vida civil que, sem ela, não poderia fazê-lo. (GUIMARÃES, Deocleciano.
Dicionário técnico jurídico, 1999, 426).
III - Antecipação: vontade humana em função de finalidade econômica. Plantação.
Os bens móveis são adquiridos pela tradição, usucapião, ocupação, achado de tesouro,
especificação, confusão, comistão e adjunção.
Ocupação: ato de se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquirir a propriedade,
não sendo essa ocupação defendida por lei. Caça e pesca.
Achado de tesouro: depósito antigo de moedas ou coisas preciosas, enterrado ou oculto,
cujo dono não se tenha memória.
Especificação: modo derivado de aquisição da propriedade de espécie nova, pela
transformação de matéria-prima ou de coisa móvel, que não possa tornar à forma
primitiva (1269) (GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, p.
301). Pintura em tela.
Confusão: íntima união de substâncias líquidas. (GUIMARÃES, Deocleciano.
Dicionário técnico jurídico, 1999, p. 200).
Comistão: mistura de coisas sólidas ou secas, sem que sua natureza corpórea seja
afetada. (GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, p. 181).
Adjunção: trata-se de mistura, confusão de coisas da mesma espécie pertencentes a
pessoas diversas, ajuntadas sem o consentimento delas, mas que continuam a pertencer-
lhes, ser for possível separá-las sem que se deteriorem. Não sendo possível fazer-se a
separação, ou resultando esta excessivamente dispendiosa, o todo subsiste indiviso,
cabendo quinhão proporcional ao valor da coisa com que cada um dos donos entrou
para o agregado. (GUIMARÃES, Deocleciano. Dicionário técnico jurídico, 1999, p. 44).
Regras – misturas
As coisas vão pertencer aos respectivos donos se puderem ser separados sem
danificação (1272).
Se a separação for impossível ou muito onerosa surgirá um condomínio forçado entre os
donos das coisas (1272, § 1º).
Se uma das coisas puder se considerada principal (diamante em relação ao anel), o dono
desta será dono do todo e indenizará os demais (1272, § 2º).
Corpóreos: objeto do direito que tem existência real.
Incorpóreos: não tem existência tangível e são relativos aos direitos que as pessoas
físicas ou jurídicas têm sobre as coisas, sobre os produtos de seu intelecto ou contra
outras pessoas, apresentando valor econômico. Direitos autorais.
Fungíveis: comparam-se duas coisas equivalentes, considerando dessas formas os
bens homogêneos, substituíveis entre si. Dinheiro.
O devedor libera-se de sua obrigação, entregando uma coisa em substituição a outra ao
credor, desde que do mesmo gênero, qualidade e quantidade, observando-se que não
poderá dar a coisa pior nem será obrigada a prestar melhor (244, 2ª parte).
Infungíveis: os que, pela sua qualidade individual, têm um valor especial, não podendo
ser substituídos sem que isso acarrete uma alteração de seu conteúdo. Quadro de autor
famoso.
Se a dívida é de coisa certa e específica, o devedor não se libera da obrigação enquanto
não entregar o bem certo.
Fungibilidade (obrigação de fazer)
Consiste na prática dum fato ou dum serviço pelo devedor.
Será fungível se a prestação puder ser realizada por outra pessoa que não seja o devedor,
por consistir num ato que não requer técnica ou especialização.
Será infungível quando a obrigação requer uma atuação personalíssima do devedor, que
devido a sua qualidade pessoal ou habilidade técnica é insubstituível (247).
Divisíveis: aqueles que podem fracionar sem alteração na sua substância,
diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso que se destinam (87). Saca de
café.
Indivisíveis
- Divisão:
I - Natureza: não podem ser fracionados sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam. Automóvel.
II - Determinação legal: servidões (1386), hipotecas.
Servidão: é a facilidade ou o proveito de um prédio (serviente) presta a outro
(dominante). O direito de trânsito por propriedade de outrem.
III - Vontade das partes: partes envolvidas estipulam em contrato que o bem apesar de
divisível, tornar-se indivisível.
A indivisibilidade é convencional e o acordo tornará a coisa indivisível por prazo não
superior a cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior (1320, § 1º). Se a indivisão for
estabelecida pelo doador ou testador, não poderá exceder de cinco anos (1320, § 2º).
Consumíveis
Divisão:
I - De fato: natural ou materialmente consumíveis;
II - De direito: juridicamente consumíveis.
Inconsumíveis: podem ser usados continuadamente, possibilitando que se retirem
todas as suas utilidades sem atingir sua integralidade.
Coisas inconsumíveis podem se tornar consumíveis se destinadas à alienação. Roupa à
venda em loja.
A consumibilidade não decorre da natureza do bem, mas de sua destinação econômico-
jurídica, sendo que a vontade humana pode influenciar a consumbilidade, pois pode
tornar inconsumível coisa consumível. Frutas emprestadas a uma exposição.
Singulares: bens que, embora reunidos, se considerem independentemente dos
demais. São singulares, portanto, quando considerados na sua individualidade (89).
Árvore.
Coletivos: constituídos por várias coisas singulares considerados em conjunto
formando um todo único, que passa a ter individualidade própria. Floresta.
- Divisão:
I - Universalidade de fato: pluralidade de bens singulares que pertence a mesma pessoa
(90). Doação.
II - Universalidade de direito: complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas
de valor econômico (91). Herança.
Reciprocamente considerados
- Divisão:
I - Principal: que tem existência própria, que existe por si só (92, 1ª parte). Solo.
II - Acessório: cuja existência depende do principal (92, 2ª parte). Árvore.
a) Produtos: são as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a
quantidade por que não se reproduzem automaticamente (95). Pedra duma
pedreira;
b) Rendimentos: frutos civis, ou prestações periódicas, em dinheiro, decorrentes
da concessão do uso e gozo dum bem que uma pessoa concede a outra.
Aluguel;
c) Benfeitorias: obras ou despesas que se fazem em bem imóvel ou móvel para
consertá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo (96).
Espécies de benfeitorias:
Voluptuárias: deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual da
coisa, ainda que a tornem mais agradável, ou seja, de elevado valor. Troca de
piso comum por mármore num edifício. (96 , § 1º);
Úteis: aumentam ou facilitam o uso da coisa. Aumento da área dum
estacionamento. (96, § 2º);
Necessários: que tem por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Reparos de um automóvel. (96, § 3º).
Exemplo: principal: contrato de locação; acessório: fiança e a clausula penal.
A natureza do acessório é a mesma do principal. Se o solo é imóvel, a árvore também é
imóvel;
O acessório acompanha o principal em seu destino. Extinto o principal, extingue-se o
acessório;
O proprietário do principal e proprietário do acessório. Acessão (formação de ilhas) e o
artigo 1209 (a posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis
que nele estiverem).
Pertenças: coisas destinadas a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem que
destas sejam partes integrantes (93). Trator para a fazenda e máquinas duma fábrica.
Partes integrantes: acessórios que, unidos ao principal, formam com ele um todo, sendo
desprovidos de existência material própria, embora mantenham sua identidade.
Lâmpada dum lustre.
BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO AO TITULAR DO DOMÍNIO
Públicos: do domínio nacional pertencentes a União, Estados, DF, Município, e às
outras pessoas jurídicas de direito público interno (98). Autarquias, agências
reguladoras, fundações públicas, associações públicas.
- Divisão:
I - De uso comum do povo: embora pertencentes a pessoas jurídicas do direito público
interno, podem ser utilizados, sem restrição, gratuito ou onerosamente, sem necessidade
de autorização. Estradas;
II - Uso especial: utilizados pelo próprio poder público, constituindo-se por imóveis
aplicados ao serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou
municipal. Prédio do Tribunal de Justiça;
III - Dominicais: constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. São todos aqueles que
não têm destinação pública definida, que podem ser utilizados pelo Estado para fazer
renda. Prédios públicos desativados.
Os bens públicos são inalienáveis, imprescritíveis e impenhoráveis.
QUANTO À POSSIBILIDADE DE COMERCIALIZAÇÃO
- Divisão:
Alienáveis: são os que se encontram livres de qualquer restrição para a sua
transferência.
Inalienáveis os que estão fora do comércio. Bens públicos
Frutos: rendimentos dos bens; atividades, vantagens e proveitos que periódica e
sucessivamente, nascem e renascem da coisa, sem modificar nem reduzir sua própria
substância (95).
I - Características: periodicidade, inalterabilidade da substância, separabilidade
periódica da coisa principal.
II - Quanto a sua origem
a) Naturais: quando se desenvolvem e se renovam periodicamente pela própria
força orgânica da coisa. Fruto duma árvore;
b) Industriais: ocorrem devido o engenho humano. Bens manufaturados;
c) Civis: trata-se de rendimentos oriundos da utilização de coisa frutífera por
outrem que não o proprietário. Aluguel.
III - Quanto a seu estado
a) Pendentes: quando ligados à coisa que o produziu;
b) Percebidos: se já separados;
c) Estantes: frutos separados, armazenados ou acondicionados para venda;
d) Percipiendos: frutos que deviam ser, mas não foram colhidos ou percebidos;
e) Consumidos: não existem mais, pois foram usados.
O que são bens imóveis?
Aqueles que não podem ser removidos se m alteração de sua substância.
Como são divididos os bens imóveis?
Por natureza (exemplo: solo), acessão natural (ex. árvores e frutos), destinação
do proprietário ou possuidor (ex. casa de madeira), acessão física ou justaposição, e
determinação legal.
Quais são as formas de adquirir os bens imóveis?
Somente pelo registro de título, pela acessão, por usucapião e direito hereditário.
O que é acessão?
Forma de aquisição de propriedade imóvel que resulta de processo de
incorporação de determinado bem ao solo (Art. 1248, Código Civil).
Quais são as formas de acessão?
Aluvião, avulsão, abandono de álveo e formação de ilhas.
O que é aluvião?
Aumento lento, gradual e imperceptível de terras ao longo das margens de
correntes ou pelo desvio das águas (Art. 1250).
O que é avulsão?
Deslocamento, por força natural, súbita e com violência de uma porção de terra
que se desloca de um imóvel e se junta a outro, à frente ou de lado.
Quando ocorre o abandono de álveo?
Quando o leito exposto passa a pertencer aos proprietários ribeirinhos, na
proporção de terras, até a linha mediana daquele.
O que é formação de ilhas?
Proporção de terras em rios particulares (rios não navegáveis).
O que é usucapião?
Modo originário de aquisição da propriedade, não dependente da vontade do
titular anterior, pela posse mansa e pacífica de alguém com ânimo de dono, por tempo
determinado, sem interrupção e sem oposição.
O que é direito hereditário?
É o mesmo que direito das sucessões.
Direito das sucessões: normas que regulam a transmissão do patrimônio do “de
cujus” às pessoas às quais deva ser atribuído.
O que não pode acontecer com os bens imóveis?
Os bens imóveis não podem ser alienados, hipotecados, ou gravados em ônus
real pela pessoa casada, sem a anuência do cônjuge, exceto no regime de separação
absoluta de bens.
O que é alienação?
Consiste na transferência de coisa ou direito, real ou pessoal, a outra pessoa.
O que é hipoteca?
Direito real que o devedor constitui, sobre bem imóvel seu, a favor de credor,
como garantia exclusiva do pagamento de dívida, empréstimo ou do cumprimento duma
obrigação.
O que é ônus real?
Obrigação imposta por lei que recai sobre a coisa, alheia, móvel ou imóvel.
O que são bens móveis?
Aqueles que se deterioração na substância ou na forma podem ser transportados
de um lugar para o outro, por força própria ou alheia.
O que são bens móveis?
Aqueles que se deterioração na substância ou na forma podem ser transportados
de um lugar para o outro, por força própria ou alheia.
Como são divididos os bens móveis?
Por natureza (semoventes e propriamente ditos), determinação legal, e
antecipação.
O que são semoventes?
Aqueles que se movem por força própria. Exemplo: animais.
O que são propriamente ditos?
Aqueles que admitem remoção por força alheia, sem dano. Exemplo: moedas.
O que são bens móveis por determinação legal?
Aqueles que podem ser cedidos independentemente de outorga uxória (1647).
Ex.: alienação de carro.
O que é outorga uxória?
Autorização que a mulher dá ao marido para que este possa praticar certos atos
da vida civil que, sem ela, não poderia fazê-lo.
O que são bens móveis por antecipação?
Aqueles que existem por vontade humana em função de finalidade econômica.
Ex.: plantação.
Como são adquiridos os bens móveis?
Pela tradição, usucapião, ocupação, achado de tesouro, especificação, confusão,
comistão e adjunção.
O que é ocupação?
Ato de se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquirir a propriedade,
não sendo essa ocupação defendida por lei. Ex.: caça e pesca.
O que é achado de tesouro?
Depósito antigo de moedas ou coisas preciosas, enterrado ou oculto, cujo dono
não se tenha memória.
O que é especificação?
Modo derivado de aquisição da propriedade de espécie nova, pela transformação
de matéria-prima ou de coisa móvel, que não possa tornar à forma primitiva (1269). Ex.:
pintura em tela.
O que é confusão?
Íntima união de substâncias líquidas.
O que é comistão?
Mistura de coisas sólidas ou secas, sem que sua natureza corpórea seja afetada.
O que é adjunção?
Trata-se de mistura, confusão de coisas da mesma espécie pertencentes a pessoas
diversas, ajuntadas sem o consentimento delas, mas que continuam a pertencer-lhes, ser
for possível separá-las sem que se deteriorem. Não sendo possível fazer-se a separação,
ou resultando esta excessivamente dispendiosa, o todo subsiste indiviso, cabendo
quinhão proporcional ao valor da coisa com que cada um dos donos entrou para o
agregado.
Quais são as regras de misturas?
As coisas vão pertencer aos respectivos donos se puderem ser separados sem
danificação (1272);
Se a separação for impossível ou muito onerosa surgirá um condomínio forçado
entre os donos das coisas (1272, § 1º);
Se uma das coisas puder se considerada principal (diamante em relação ao anel),
o dono desta será dono do todo e indenizará os demais (1272, § 2º).
O que são bens corpóreos?
Objetos do direito que tem existência real.
O que são bens incorpóreos?
Aqueles que não têm existência tangível e são relativos aos direitos que as
pessoas físicas ou jurídicas têm sobre as coisas, sobre os produtos de seu intelecto ou
contra outras pessoas, apresentando valor econômico. Ex.: direitos autorais.
Quando ocorrem os bens fungíveis?
Quando se compara duas coisas equivalentes, considerando dessas formas os
bens homogêneos, substituíveis entre si. Ex.: dinheiro.
Quando o devedor se libera da obrigação no que tange aos bens fungíveis?
Entregando uma coisa em substituição a outra ao credor, desde que do mesmo
gênero, qualidade e quantidade, observando-se que não poderá dar a coisa pior nem será
obrigada a prestar melhor (244, 2ª parte).
O que são bens infungíveis?
Os que, pela sua qualidade individual, têm um valor especial, não podendo ser
substituídos sem que isso acarrete uma alteração de seu conteúdo. Ex.: quadro de autor
famoso.
Quando o devedor não se libera da obrigação no que tange a bens infungíveis?
Enquanto não entregar o bem certo, se a dívida é de coisa certa e específica.
O que é fungibilidade?
Consiste na prática dum fato ou dum serviço pelo devedor.
Quando a obrigação será fungível?
Será fungível se a prestação puder ser realizada por outra pessoa que não seja o
devedor, por consistir num ato que não requer técnica ou especialização.
Quando a obrigação será infungível?
Será infungível quando a obrigação requer uma atuação personalíssima do
devedor, que devido a sua qualidade pessoal ou habilidade técnica é insubstituível (247).
O que são bens divisíveis?
Aqueles que podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor ou prejuízo do uso que se destinam (87). Ex.: saca de café.
Como são divididos juridicamente os bens indivisíveis?
Pela natureza - não podem ser fracionados sem alteração na sua substância,
diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam, tal como o
automóvel -, pela determinação legal, tais como servidões (1386) e hipotecas, e pela
vontade das partes, onde as partes envolvidas estipulam em contrato que o bem apesar
de divisível, tornar-se indivisível.
O que é servidão?
É a facilidade ou o proveito de um prédio (serviente) presta a outro (dominante).
Ex.: o direito de trânsito por propriedade de outrem.
Quais são as regras dos bens indivisíveis no que tange às vontade das partes?
A indivisibilidade é convencional e o acordo tornará a coisa indivisível por
prazo não superior a cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior (1320, § 1º). Se a
indivisão for estabelecida pelo doador ou testador, não poderá exceder de cinco anos
(1320, § 2º).
Como são divididos os bens consumíveis?
Divididos por serem de fato - natural ou materialmente consumíveis, por serem
de direito - juridicamente consumíveis.
O que são bens inconsumíveis?
Aqueles que podem ser usados continuadamente, possibilitando que se retirem
todas as suas utilidades sem atingir sua integralidade.
Quando as coisas inconsumíveis podem se tornar consumíveis?
Se destinadas à alienação. Ex.: roupa à venda em loja.
Do que decorre a consumibilidade?
De sua destinação econômico-jurídica, sendo que a vontade humana pode
influenciar a consumbilidade, pois pode tornar inconsumível coisa consumível. Ex.:
frutas emprestadas a uma exposição.
O que são bens singulares?
Aqueles que, embora reunidos, se considerem independentemente dos demais.
São singulares, portanto, quando considerados na sua individualidade (89). Ex.: árvore.
O que são bens coletivos?
Constituídos por várias coisas singulares considerados em conjunto formando
um todo único, que passa a ter individualidade própria. Ex:. floresta.
Como são divididos os bens coletivos?
Universalidade de fato - pluralidade de bens singulares que pertence a mesma
pessoa (90). Ex.: doação;
Universalidade de direito: complexo de relações jurídicas, de uma pessoa,
dotadas de valor econômico (91). Ex.: herança.
Como são divididos os bens reciprocamente considerados?
Principal: que tem existência própria, que existe por si só (92, 1ª parte). Ex.: solo;
Acessório: cuja existência depende do principal (92, 2ª parte). Ex.: árvore.
Como são divididos os bens acessórios?
d) Produtos: são as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a
quantidade por que não se reproduzem automaticamente (95). Pedra duma
pedreira;
e) Rendimentos: frutos civis, ou prestações periódicas, em dinheiro, decorrentes
da concessão do uso e gozo dum bem que uma pessoa concede a outra.
Aluguel;
f) Benfeitorias: obras ou despesas que se fazem em bem imóvel ou móvel para
consertá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo (96).
Quais são as espécies de benfeitorias?
Voluptuárias: deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual da coisa,
ainda que a tornem mais agradável, ou seja, de elevado valor. Troca de piso
comum por mármore num edifício. (96 , § 1º);
Úteis: aumentam ou facilitam o uso da coisa. Aumento da área dum
estacionamento. (96, § 2º);
Necessários: que tem por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Reparos de um automóvel. (96, § 3º).
Quais são as regras tangentes aos bens reciprocamente considerados?
A natureza do acessório é a mesma do principal. Se o solo é imóvel, a árvore
também é imóvel;
O acessório acompanha o principal em seu destino. Extinto o principal,
extingue-se o acessório;
O proprietário do principal e proprietário do acessório. Acessão (formação de
ilhas) e o artigo 1209 (a posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas
móveis que nele estiverem).
O que são pertenças?
Coisas destinadas a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem que
destas sejam partes integrantes (93). Ex.: trator para a fazenda e máquinas duma fábrica.
O que são partes integrantes?
Acessórios que, unidos ao principal, formam com ele um todo, sendo
desprovidos de existência material própria, embora mantenham sua identidade. Ex.:
lâmpada dum lustre.
O que são bens públicos?
Bens do domínio nacional pertencentes à União, Estados, DF, Município, e às
outras pessoas jurídicas de direito público interno (98). Exs.: autarquias, agências
reguladoras, fundações públicas, associações públicas.
Como são divididos os bens públicos?
De uso comum do povo: embora pertencentes a pessoas jurídicas do direito
público interno, podem ser utilizados, sem restrição, gratuito ou onerosamente, sem
necessidade de autorização. Ex. estradas;
Uso especial: utilizados pelo próprio poder público, constituindo-se por imóveis
aplicados ao serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou
municipal. Ex. prédio do Tribunal de Justiça;
Dominicais: constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,
como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. São todos aqueles
que não têm destinação pública definida, que podem ser utilizados pelo Estado para
fazer renda. Prédios públicos desativados.
O que são bens alienáveis?
São os que se encontram livres de qualquer restrição para a sua transferência.
O que são bens inalienáveis?
São os que estão fora do comércio. Ex.: bens públicos
O que são frutos?
Rendimentos dos bens; atividades, vantagens e proveitos que periódica e
sucessivamente, nascem e renascem da coisa, sem modificar nem reduzir sua própria
substância (95).
Quais são as características dos frutos?
Periodicidade, inalterabilidade da substância, separabilidade periódica da coisa
principal.
Como são divididos os frutos quanto à origem?
d) Naturais: quando se desenvolvem e se renovam periodicamente pela própria
força orgânica da coisa. Ex.: fruto duma árvore;
e) Industriais: ocorrem devido o engenho humano. Ex.: bens manufaturados;
f) Civis: tratam-se de rendimentos oriundos da utilização de coisa frutífera por
outrem que não o proprietário. Ex.: Aluguel.
Como são divididos os frutos quanto a seu estado?
f) Pendentes: quando ligados à coisa que o produziu;
g) Percebidos: se já separados;
h) Estantes: frutos separados, armazenados ou acondicionados para venda;
i) Percipiendos: frutos que deviam ser, mas não foram colhidos ou percebidos;
j) Consumidos: não existem mais, pois foram usados.