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Gerenciamento de Riscos em Scrum

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Gerenciamento de

Riscos em Scrum

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Amplamente divulgado através do PMBOK, o Gerenciamento de

Riscos propõe a identificação de riscos e planos de ação para mitigá-

los, eliminá-los, ou mesmo transferi-los. Tais riscos podem ser

facilmente categorizados como técnicos, de negócio e ambientais,

entre outros.

Porém, como o Gerenciamento de Riscos pode ser tratado no

Scrum? Realizar um Workshop interno para identificação dos riscos ?

Tratá-los na própria Sprint ? Deixar que a identificação inicial seja

realizada pelo próprio Product Owner ?

Enfim, muitas são as dúvidas referentes a este assunto e é neste

artigo que discutiremos as melhores formas e técnicas para sua

gestão através dos Métodos Ágeis.

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1. Introdução

O desenvolvimento de software é uma atividade complexa,

envolvendo inúmeros fatores que são imprevisíveis e de difícil controle,

como inovações tecnológicas e mudanças constantes nos requisitos

do cliente. Segundo Rocha e Belchior 2004:

Esta complexidade faz com que grande parte dos projetos de

desenvolvimento de software exceda o prazo e o orçamento

previstos, além de não atender às expectativas do cliente em

termos de funcionalidades e qualidade. Diante deste cenário, um

gerenciamento eficaz tem-se evidenciado como de fundamental

importância para o sucesso desses projetos.

Uma vez que a incerteza é inerente nestes ambientes, o

Gerenciamento de Riscos vem se tornando cada vez mais relevante

neste contexto. O objetivo principal da Gestão de Riscos é controlar

todo e qualquer impedimento que possa surgir durante os vários ciclos

de desenvolvimento, impedindo o progresso do projeto de acordo

com as previsões iniciais. Projetos tradicionais baseiam-se na área de

conhecimento Gestão de Riscos do PMBOK, onde as seguintes etapas

são identificadas:

Identificação dos Riscos;

Análise qualitativa dos riscos;

Análise quantitativa dos riscos;

Definir as respostas aos riscos;

Análise e monitoramento dos riscos.

Realizadas no início do planejamento e revisadas durante todo o

processo de desenvolvimento, tais riscos são documentados e

preferencialmente apresentados às Partes Interessadas do projeto,

para que juntos trabalhem não somente na minimização dos mesmos,

mas também na constante identificação de novos riscos.

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Porém, em Scrum não identificamos nenhum processo formal

para a Gestão de Riscos ou formas como os mesmos pode se

tratados.

2. Visão do Produto

Muito semelhante ao tão conhecido Termo de Abertura

existente em projetos que seguem os Modelos Tradicionais de

Gerenciamento de Projetos, a Visão do Produto é de extrema

importância para todo o Time Scrum, pois é através deste que todos

terão consciência se o projeto está no caminho certo ou se ajuste são

necessários.

Desta forma, logo na fase de criação da Visão do Produto uma

série de questionamentos relacionados aos possíveis riscos do projeto

podem ser realizados tendo como objetivo realizar uma análise inicial

dos possíveis impedimentos a serem enfrentados.

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3. Mapeamento dos Riscos

Todo o processo de Gerenciamento de Riscos em Scrum de um

modo geral pode ser observado através da imagem abaixo. A

mesma apresenta 3 momentos distintos onde deve ser feita a análise

de identificação e monitoramento dos riscos.

4. Identificação dos Riscos

1º Priorização do Backlog

Durante o processo de priorização do Backlog do

Produto, o Product Owner pode realizar um primeiro

levantamento dos principais riscos relacionados ao

projeto. Estes riscos serão identificados e armazenados

em uma Lista de Riscos utilizada posteriormente;

2º Reunião de Planejamento

Durante a reunião de Planejamento da Sprint, o Time de

Desenvolvimento, junto com o Scrum Master e o Product

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Owner realizam levantamentos de possíveis riscos

relacionados à execução das atividades do projeto por

parte do Time de Desenvolvimento, atualizando a Lista

de Riscos criada inicialmente pelo PO.

3º Reuniões Diárias

Com o avanço do projeto e das Sprints os riscos

identificados previamente podem, por algum motivo,

serem removidos da Lista de Riscos caso o mesmo não

seja mais considerado como um risco. Da mesma forma,

novos riscos podem ser identificados, sendo necessário

atualizar a Lista de Riscos.

Apesar de presente na imagem acima, alguns cuidados devem

ser observados no momento de criar a Lista de Riscos:

1. Não inclua perguntas;

2. Não inclua itens de ação;

3. Use sentenças completas;

4. Seja o mais específico possível;

5. Formule o risco e a área de impacto;

6. Pense na habilidade de qualificar o evento de risco.

5. Técnicas para Identificação dos Riscos

De acordo com o SBOK (2016), algumas técnicas para a

identificação dos riscos do projeto podem ser utilizadas, dentre elas:

1º revisar as Lições Aprendidas

Aprender com projetos similares e Sprints anteriores,

explorando as incertezas que afetaram esses projetos e

Sprints pode ser uma maneira útil para identificação de

riscos.

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2º Checklists de Riscos

Estes podem incluir os pontos-chave a serem

considerados ao identificar os riscos comuns encontrados

em projetos Scrum, ou até mesmo as categorias de riscos

que devem ser abordados pelo time.

3º Listas de Risco Prompt

São utilizadas para estimular pensamentos sobre a fonte

de origem dos riscos. Tais listas de vários tipos de

indústrias e de projetos estão disponíveis ao público.

4º Brainstorming

São sessões onde os Stakeholders e os membros do Time

Central do Scrum, abertamente compartilham ideias,

através de debates e sessões de compartilhamento de

conhecimento, que normalmente são conduzidos por

um facilitador.

5º EAR – Estrutura Analítica de Risco

Esta é uma das principais ferramentas utilizadas na

identificação de riscos. Através dela os riscos são

agrupados de acordo com suas categorias ou

semelhanças. Por exemplo: riscos técnicos, financeiros,

segurança, etc.

6. Visualização Riscos

Seguindo um dos pilares do Scrum que diz respeito à

Transparência e baseando-se em um dos artefatos utilizados,

podemos também manter os riscos visíveis a todas as Partes

Interessadas é através do quadro de tarefas da Sprint.

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Opcionalmente o Time pode manter um único quadro com os

riscos já identificados, categorizando-os em três partes: mitigar,

aceitar e evitar de acordo com a imagem apresentada abaixo:

Evitar Tentativa de eliminar a causa do risco,

inviabilizando sua ocorrência

Mitigar Minimização de suas consequências,

diminuindo da probabilidade de ocorrência

Aceitar Simples ação de aceitar o risco, sem plano

de execução caso o mesmo ocorra

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7. Gráfico de Risco Burndown

As informações coletadas durante a avaliação de risco podem ser

usadas para criar um Gráfico de Risco Burndown. Isto descreve a

gravidade de risco do projeto cumulativo ao longo do tempo.

Segundo o SBOK (2016):

As probabilidades dos diversos riscos são posicionados em cima uns

dos outros para mostrar risco cumulativo sobre o eixo-y. A

identificação e avaliação inicial de riscos sobre o projeto, e a

criação do Gráfico de Risco Burndown são feitas inicialmente.

Em seguida, em intervalos de tempo pré-determinados, novos riscos

podem ser identificados e avaliados, os riscos restantes devem ser

reavaliados e atualizados de acordo com o gráfico.

Um momento oportuno para fazer isso é durante a Reunião de

Planejamento do Sprint. O rastreamento riscos desta forma, permite

que o time possa reconhecer as tendências da exposição ao risco e

tomar medidas adequadas, caso necessário

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8. Riscos em Portfólios e Programas

Enquanto alguns riscos estão especificamente relacionados com

projetos individuais, outros podem ter origem em programas ou

portfólios e geralmente serem gerenciados nos mesmos. No

entanto, os riscos relacionados a um portfólio ou programa também

impactarão os projetos que fazem parte do respectivo portfólio ou

programa.

Durante a avaliação de riscos em portfólios e programas, se for

determinado que um risco poderá afetar um projeto individual,

informações relevantes ao risco deverão ser comunicadas ao Dono

do Produto e ao Time Scrum.

Quando os riscos em Portfólio são identificados, o Dono do

Produto do Portfólio deverá capturar e avaliar a, proximidade,

probabilidade e o impacto de cada risco identificado, a fim de

priorizá-los e de determinar a resposta apropriada para o portfólio.

O Dono do Produto do Portfólio também precisará comunicar os

riscos aos Stakeholders relevantes, aos times do programa e aos times

do projeto. Em alguns casos, o time do portfólio pode ter que assumir

a responsabilidade de riscos específicos.

A figura abaixo apresenta como os riscos podem ser gerados

dentro do fluxo Scrum para Portfólios e Programas.

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9. Sinais de Riscos em Projetos Scrum

É possível ainda, a identificação antecipada de sinais de riscos

que podem levar ao fracasso projetos Scrum. Abaixo identificamos

cada um deles. Mais detalhes podem ser encontrados no site

Mindmaster.

1. Product Owner não sabe exercer sua função;

2. Alocação do Time não está otimizada para o Sucesso;

3. Estimativas do Projeto NÃO foram providas pelo time do

Projeto;

4. Relase Planning Inexistente;

5. Testers incluídos só no final do projeto;

6. O Gerenciamento como Impedimento;

7. Scrum Master preocupado apenas com Status Report

para o chefe e não para o time;

8. Código de Má Qualidade começam a imergir;

9. Equipe Desorganizada;

10. Falta de Visibilidade do Progresso e dos Impedimentos;

11. Falta de Priorização Adequada do Product Backlog.

10. E o que mais ?

Não deixe de assistir o excelente webinar realizado por Vitor Massari

falando sobre Scrum no Gerenciamento de Crise.

Fonte: https://youtu.be/yAOCRYxd9DQ

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11. Referências Bibliográficas

Mindmaster - 12 Sinais de Riscos em Projetos Scrum;

ScrumHALF - Gerência de Riscos em Scrum;

ScrumStudy: SBOK - Um Guia Para o Conhecimento em Scrum - 2016;