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NAS MÍDIAS SOCIAIS

2014 nas mídias sociais

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NAS MÍDIAS SOCIAIS

O QUE ESPERAR DE 2014?

Através da reunião de diferentes discursos, a PaperCliQ convidou oito (08) profissionais / acadêmicos que atuam no campo da tecnologia digital para compartilharem suas expectativas em relação ao próximo ano. Através de cada fala, é possível enxergar os possíveis caminhos de 2014, principalmente quando o assunto é a utilização de mídias sociais em grandes eventos – tais como as Eleições e a Copa do Mundo no Brasil. E você, o que espera das mídias sociais para o próximo ano? Compartilhe conosco! ;)

QUAIS SÃO AS SUAS EXPECTATIVAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS SOCIAIS NOS GRANDES EVENTOS DE 2014 (Eleições e Copa do Mundo)?

Gerente de Redes Sociais no Bradesco. Formado pela USP (graduação), FAAP (pós) e ESPM (MBA).

MARCELO SALGADO

Não há como descartar o alto uso político das mídias sociais durante os dois grandes eventos. Tanto por parte das pessoas comuns, que devem reativar o clima de protestos vivido em 2013, desde a Copa do Mundo até as eleições, quanto pelos próprios políticos. Aliás, deveremos estar atentos para, novamente, o uso indiscriminado de perfis falsos para ataques e boataria, prática que, infelizmente, se tornou comum na nossa classe política. Por outro lado, também teremos espaço para discussões em alto nível e um bom uso humorístico das plataformas, porque a gente merece se divertir um pouco.

LEO CARBONELL

Na Copa do Mundo, as grandes campanhas publicitárias em mídias sociais serão também as grandes campanhas das mídias no Brasil. Teremos, pela primeira vez, campanhas realmente integradas, pois vemos que os principais cotistas de publicidade das principais plataformas (Facebook, Twitter e YouTube) se confundem com os cotistas na mídia televisiva. Claro que ainda veremos “falsas-integrações”, como marcas assinando com hashtags que não geram conversa alguma, tentando acompanhar o hype. Mas é grande a expectativa de soluções criativas muito interessantes, coroando o esforço financeiro de alcance que será investido nas plataformas de mídias sociais.

“ Diretor de Mídia e Performance – MSLGROUP Espalhe

DIEGO MONTEIRO

Do lado das empresas, me parece que o monitoramento vai ser uma atividade superimportante nesses eventos. Isso deve acontecer em decorrência dos protestos deste ano de 2013. Sim, eles passaram, mas o medo de quem trabalhar com esses eventos com certeza vai continuar e o monitoramento, apesar de poder ser uma grande oportunidade, também tem um lado forte de diminuir riscos. Já quanto ao uso do público, é muito provável que ambos eventos serão usados para protestos independentemente de surtirem efeito ou acarretarem em uma mobilização real nas ruas. O que temos que esperar é como o fator emocional "futebol-seleção-brasileira" irá abafar esse movimento ou não.

“ Co-fundador da ferramenta de redes sociais Scup.

Consultor em Estratégias de Marketing Digital. Coordenador dos programas de MBA e Pós-MBA em Marketing Digital da FGV no Brasil.

NINO CARVALHO

Acredito que teremos, por um lado, boa parte das empresas utilizando o momento para promoção de suas marcas institucionais e de produtos, como sempre fizeram no marketing tradicional, mas, agora, no mundo online – de forma quase padronizada e nada criativa, com temas similares e promoções batidas. Por outro, gosto de pensar que o mercado (particularmente a posição dos consumidores) está começando a filtrar bem o joio do trigo. Isso quer dizer que os impactos das marcas que insistem em usar a internet de forma pontual e instrumental diminuem a cada momento, enquanto que as organizações que preferem agir de forma inteligente, planejada e estruturada irão ter mais espaço e colher mais frutos.

BRUNO SCARTOZZONI

A diferença de 2014 para 2010 é que, hoje, empresas, agências, canais de mídia e partidos, têm um entendimento maior de que mídias sociais fazem parte de um ecossistema rico e complexo. Em outras palavras, o usuário dessas mídias não é uma pessoa desconectada do resto, como se estivesse na margem. Ele também vê TV, ouve rádio, joga videogame etc. Assim, faz todo sentido pensar em como essas coisas podem se complementar e criar sinergia, ao invés de se sobreporem ou até competirem entre si. O desafio é repensar as estratégias de comunicação de forma realmente integrada. Para isso, é essencial entender que o assunto (Copa, eleições etc.) é o centro e as mídias estão na margem.

“ Diretor de planejamento da Agência Flap e professor de storytelling e transmídia da ESPM e da ECA-USP

RICARDO HEIDORN

O crescimento do número de menções dos usuários em mídias sociais relacionado aos grandes eventos já é perceptível. Este se dá principalmente pelo fato de que os usuários estão cada vez mais conectados através das novas tecnologias, além de estarem cada vez mais interativos e participativos. Os eventos de 2014 serão mais um registro do grande número de compartilhamento de informações nas mídias sociais, levando em consideração, principalmente, que as Eleições e a Copa serão eventos que movimentarão o Brasil inteiro. Acredito que o período da Copa será mais um momento em que a população poderá expor seus protestos políticos por conta da repercussão mundial do período, o que afetará os governos e as campanhas políticas que estarão por vir.

“ CEO - Chief Executive Officer da Seekr

ISRAEL DEGASPERI

As mídias sociais serão um grande canal para ampliar a voz da população nos eventos aqui no Brasil. Temos diversos estudos mostrando o perfil e o comportamento das pessoas enquanto elas assistem televisão e, definitivamente, elas estão comentando e conversando sobre coisas que assistem na TV, inclusive, gerando conteúdo de qualidade e inédito. Minha expectativa é ter um alcance gigante de informação muito qualificada e opiniões de pessoas comuns, primeiro pelas mídias sociais, como já acontece em eventos menores. Uma dica é observar como os atletas irão se comportar. Afinal, eles também estarão nas mídias sociais e muitos acabam não lidando bem com feedbacks negativos ou no tratamento com seus adversários. Fique ligado :-)

“ Trabalha com mídias sociais desde 2008. É analista Mkt Digital no VivaReal. Professor, palestrante e também coordenador na escola Internet Innovation. Fundador do @midiasblog

Professor Associado da Faculdade de Comunicação da UFBa, Doutor em Sociologia pela Université René Descartes, Paris V, Sorbonne (1995). Foi visiting scholar na University of Alberta e McGill University, Canadá (2007-2008). Coordena o Lab404 - Laboratório de Pesquisa em Mídia Digital, Redes e Espaço no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da FACOM/UFBa. É pesquisador nível 1 do CNPq. Foi presidente da COMPÓS (Associação Nacional dos Programa de Pós-Graduação em Comunicação), membro titular do comitê assessor do CNPq para a área de Comunicação e é membro fundador da ABCiber (Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura).

ANDRÉ LEMOS

Estaremos, no Brasil, em um ano de Copa do Mundo de futebol. Problemas de infraestrutura urbana, particularmente os ligados à mobilidade urbana e à segurança pública, motivarão um uso das redes sociais para auxiliar o usuário na sua inserção no espaço urbano. Esta é uma tendência mundial, mas será forte particularmente no país. Assim, as principais tendências me parecem ser de três tipos: 1. A ampliação do uso das redes sociais com ênfase em localização e mobilidade urbana; 2. Um uso maior destas redes a partir dos dispositivos móveis como tablets e smartphones e; 3. A emergência de aplicativos para registro das atividades do dia a dia, com suporte e emergência de câmeras fotográficas automáticas (life logs).