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SEGUNDA-FEIRA, 17 de Janeiro de 2011 | Ano 34 Nº 12087 Director: José Ribeiro | Director-Adjunto: Filomeno Manaças •Kz 45,00 Cantora Beyoncé prepara novo disco CULTURA|36 CULTURA|37 Irmãos Kafala um duo de ouro POLÍTICA|4 D. Jaca quer cristãos na actividade política LUANDA TRANSGRESSÕES As zungueiras que frequentam as áreas do mercado dos Congole- ses, Grafanil e Viana em vez de venderem os seus produtos nas ruas, ocuparam as passagens aé- reas para peões ou as pontes cons- truídas junto ao mercado dos Congoleses. SOCIEDADE|30 IMPORTAÇÃO Passagens de peões tomadas pela zunga As aulas na Escola Superior Poli- técnica do Soyo, província do Zaire, que faz parte da Universi- dade 11 de Novembro, começam em Março próximo, confirmou ontem ao nosso jornal o seu coor- denador, João Mateus Marciano. As inscrições para o preenchi- mento das 180 vagas disponíveis, começaram no passado dia 11 do corrente mês. PROVÍNCIAS|32 Combate à pobreza em debate público Viaturas usadas estão proibidas Um fórum nacional sobre o desen- volvimento rural e combate à pobre- za realiza-se de amanhã até quinta- feira no Centro de Conferência de Belas, numa organização da Casa Civil da Presidência da República. Sob o lema “Combate à Pobreza um Compromisso do Executivo ango- lano”, o fórum vai contar com a par- ticipação de deputados e membros do Executivo. POLÍTICA|3 Os importadores de viaturas usa- das com mais de três anos de uso, devem desalfandegá-las até ao fim deste mês, altura em que ter- mina o prazo dado pelo Decreto Presidencial n.º 135/10, que ac- tualiza e regula a actividade de im- portação, comércio e assistência técnica a equipamentos rodoviá- rios. Essa medida excepcional foi tomada no início de Dezembro. REPORTAGEM|5 EDUCAÇÃO Ensino superior chegou ao Soyo Tunísia prepara governo de transição Retoma nos diamantes cria postos de trabalho O presidente do conselho de administração da Endiama, António Carlos Sumbula, disse, em Luanda, que a retoma no sector diamantífero permitiu à empresa prestar especial atenção às centenas de trabalhadores que per- deram os seus empregos ou foram remetidos à condição de excedentários. Em finais do ano passado o Executivo aprovou sete novos projectos para o sector dos diamantes. Além do sucesso destes projectos na produção, ex- portação e receitas financeiras e fiscais, a empresa quer absorver uma boa parte da mão-de-obra desocupada. POLÍTICA|2 Endiama executa novos projectos de prospecção e produção Publicidade sem regras preocupa autoridades Os conteúdos dos materiais publici- tários devem merecer a atenção es- pecial do Estado, antes da sua publi- cação, para impedir a divulgação de temas que ofendam a moral pública, disse o director Nacional de Publici- dade do Ministério da Comunicação Social, Luandino de Carvalho. Para isso, afirmou, é importante criar me- canismos que regulem o sector da publicidade, por se tratar de um meio de transmissão de várias men- sagens, acessíveis a públicos de to- das as idades. CULTURA|36 ÚLTIMA| 40 NUNO FLASH Juniores do Petro de Luanda conquistam título nacional MUNDO|9 REGULAÇÃO Refugiados em Londres são a favor da divisão Sudaneses que deixaram a terra natal e hoje vivem na Europa apoiam em massa a independência do Sul do Su- dão. Mais de 97 por cento das 640 pessoas que votaram em Londres na consulta popular manifestaram-se a favor da independência. MUNDO|9 SUDÃO PARA ESTABILIZAÇÃO DO PAÍS Os tricolores venceram a partida frente ao 1º de Agosto por 50-49 com arbitragem controversa e são os campeões BASQUETEBOL PUBLICIDADE PUBLICIDADE PUBLICIDADE PUBLICIDADE

Edição - 17.01.11

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SEGUNDA-FEIRA, 17 de Janeiro de 2011 | Ano 34 Nº 12087 Director: José Ribeiro | Director-Adjunto: Filomeno Manaças •Kz 45,00

Cantora Beyoncéprepara novo discoCULTURA|36CULTURA|37

Irmãos Kafalaum duo de ouro

POLÍTICA|4

D. Jaca quer cristãosna actividade política

LUANDA

TRANSGRESSÕES

As zungueiras que frequentam asáreas do mercado dos Congole-ses, Grafanil e Viana em vez devenderem os seus produtos nasruas, ocuparam as passagens aé-reas para peões ou as pontes cons-truídas junto ao mercado dosCongoleses. SOCIEDADE|30

IMPORTAÇÃO

Passagens de peõestomadas pela zunga

As aulas na Escola Superior Poli-técnica do Soyo, província doZaire, que faz parte da Universi-dade 11 deNovembro, começamem Março próximo, confirmouontem ao nosso jornal o seu coor-denador, JoãoMateusMarciano.As inscrições para o preenchi-mento das 180 vagas disponíveis,começaram no passado dia 11 docorrentemês. PROVÍNCIAS|32

Combate à pobrezaem debate público

Viaturas usadasestão proibidas

Umfórumnacional sobre odesen-volvimentoruralecombateàpobre-za realiza-sedeamanhãatéquinta-feira no Centro de Conferência deBelas, numa organização da CasaCivil daPresidência daRepública.Sobolema“CombateàPobrezaumCompromissodoExecutivoango-lano”,ofórumvaicontarcomapar-ticipação de deputados emembrosdoExecutivo. POLÍTICA|3

Os importadores de viaturas usa-das commais de três anos de uso,devem desalfandegá-las até aofim deste mês, altura em que ter-mina o prazo dado pelo DecretoPresidencial n.º 135/10, que ac-tualiza e regula a actividadede im-portação, comércio e assistênciatécnica a equipamentos rodoviá-rios. Essamedida excepcional foitomadano início deDezembro.

REPORTAGEM|5

EDUCAÇÃO

Ensino superiorchegou ao Soyo

Tunísia prepara governo de transição

Retoma nos diamantescria postos de trabalhoOpresidente do conselho de administração da Endiama,AntónioCarlosSumbula, disse, emLuanda, que a retomano sector diamantífero permitiuà empresa prestar especial atenção às centenas de trabalhadores que per-deramos seus empregos ou foram remetidos à condição de excedentários.

Em finais do ano passado oExecutivo aprovou sete novos projectos para osector dos diamantes.Alémdo sucesso destes projectos na produção, ex-portação e receitas financeiras e fiscais, a empresa quer absorver uma boaparte damão-de-obra desocupada. POLÍTICA|2

Endiama executa novos projectos de prospecção e produção

Publicidadesem regraspreocupaautoridadesOsconteúdosdosmateriais publici-tários devemmerecer a atenção es-pecial doEstado, antes da suapubli-cação, para impedir a divulgaçãodetemasqueofendamamoral pública,disseodirectorNacional dePublici-dadedoMinistériodaComunicaçãoSocial, LuandinodeCarvalho. Paraisso, afirmou, é importante criarme-canismos que regulem o sector dapublicidade, por se tratar de ummeiode transmissãodeváriasmen-sagens, acessíveis a públicos de to-das as idades. CULTURA|36

ÚLTIMA|40

NUNO FLASH

Juniores do Petro de Luandaconquistam título nacional

MUNDO|9

REGULAÇÃO

Refugiadosem Londressão a favorda divisãoSudanesesquedeixaramaterranatale hoje vivem na Europa apoiam emmassaa independênciadoSuldoSu-dão. Mais de 97 por cento das 640pessoasquevotaramemLondresnaconsultapopular manifestaram-seafavorda independência. MUNDO|9

SUDÃO

PARA ESTABILIZAÇÃO DO PAÍS

Os tricolores venceram a partida frente ao 1º de Agosto por 50-49 com arbitragem controversa e são os campeões

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 20112|PAÍS|POLÍTICA|

SINAIS DE RETOMA NOS DIAMANTES

ENDIAMA planeia recuperação dos desempregados

Diversificar cooperaçãoé aposta da Grã-Bretanha

GARANTIA DO EMBAIXADOR

LEONELKASSANA|

O presidente do Conselho deAdministraçãodaENDIAMA,An-tónio Carlos Sumbula, disse emLuanda que os sinais de retomaque o sector diamantífero vai co-nhecendonosúltimos temposvaipermitir à empresaprestar espe-cial atenção às centenas de tra-balhadores que perderam osseus empregos ou foram remeti-dosàcondiçãodeexcedentários.Carlos Sumbula afirmou que os

efeitos da crise económica e fi-nanceira de dimensão mundialque atingiram o sector diamantí-fero de forma dramática levaram àparalisação ou à suspensão de vá-rios projectos em que a ENDIA-MA e o Executivo depositavamgrandes esperanças.Em finais do ano passado o Exe-

cutivoaprovou seteprojectos paraosector dosdiamantes. “Para alémdosucesso que esperamos destes pro-jectos, contribuindoparaoaumentodaprodução, exportaçãoedas recei-tas financeiras e fiscais, ansiamosque sirvam para o enquadramentodeboaparte damão-de-obrado sec-tor que está desocupada”, disse,acrescentandoquevai ser umagran-de oportunidade para a redução dodesemprego no sector,minimizan-do as carências por quepassam inú-meras famílias angolanas.Sóem2009,na regiãodiamantífe-

radaLunda-Norte enoaugedacriseeconómicae financeira, pelomenosmil pessoas perderam os seus em-pregosnosectordiamantífero.

Produção artesanal

Carlos Sumbula disse que a em-presa, além de ser uma referênciano país vai continuar a gerir de for-

ma sustentável a exploração de dia-mantes com base em valores de“excelência, inovação e respeitopela comunidade”.Assegurou quea ENDIAMA vai continuar a de-senvolver a produção artesanal dediamantes, devendo instalar, embreve, uma estrutura na vila doDundo para trabalhar com os go-vernos das Lunda-Norte, da Lun-da-Sul e as autoridades tradicionaispara tornar célere o processo.Carlos Sumbula recordou que o

objectivo fundamental da empresa éo crescimentodaprodução e expor-taçãodediamantes para queo “sec-tor aumente as receitas e forneça aoEstadomais contribuições fiscais”.O facto de em 2010 os preços

dos diamantes angolanos teremchegado aos níveis anteriores à cri-se económica e financeiramundialconstitui o “maior sucesso” para asua empresa.“Tivemos problemas porque o

preço dos diamantes baixou na se-quência da crise financeira.Anossaprimeira acção foi atacar o preço.Foi o quemais nos preocupou. Es-tabelecemos estratégias que nospermitiram fazer com que o preçoaumentasse”, sublinhou.Carlos Sumbula referiu que com

osactuais resultados,aempresapoderetomar os investimentos que faziaantes da crise, como pôr em funcio-namentoasminasparalisadas. “Essaé uma das fortes razões que levou oExecutivoaaprovar setenovospro-jectosdiamantíferosparaaprospec-çãoeproduçãodiamantífera.

Lançamento de projectos

Arelativa bonança no sector dia-mantífero tem vindo a permitir olançamento de novos projectos.Com um investimento de 28 mi-

lhões de dólares, o ano passado ar-rancou como projecto Luana, umalocalidade próxima do Lucapa, naprovíncia da Lunda-Norte, comuma produção inicial de três milquilates de diamantes por mês eque permitiu criar 120 postos detrabalho mas pode chegar a 250 àmedida que for evoluindo a pros-pecção. No Luana, a ENDIAMAtem39 por cento de acções, aTran-sex 37, aWengi 15, aCaxingi 13 e aZa-kufuna cinco por cento.Outro projecto que arrancou o

ano passado foi o Luxinge, na co-muna do Cambulo, município daLunda-Norte, num investimento de13 milhões de dólares na fase deprospecção geológica e mineira eoutros seismilhões e 500mil dóla-res no arranque.NoLuxinge, a En-diama detém 18 por cento de ac-

ções, a CompensaAngola, a Shef-flied e a SyntecchronTríade detêm10 por cento cada.Aempresa suecaInternacional Gold Exploration(IGE) possui 42 por cento.

Diversificar investimentos

Carlos Sumbula notou que umambiental favorável no sector podedar à Endiama a oportunidade deconcretizar outros projectos, algunsdeles no âmbito da sua responsabi-lidade social, citando, comooHotelDiamante, em fase de conclusão naBaixa deLuanda, comouma “fontealternativa de receitas”.Em Luanda, a Endiama espera

concluir oMuseudoDiamante, quese espera venha a ser uma grandeatracção para os visitantes e os ha-bitantes da capital angolana. Em

Saurimo, Lunda-Sul, foi lançada aprimeira pedra para a construção deumbairro residencial comduasmilhabitações.Nos arredores deSauri-mo, vai ser erguida uma filial da clí-nica SagradaEsperança comcapa-cidade para 100 camas e com todosos serviços disponíveis emLuanda.“EmViana vamos construir 105

apartamentos para benefício dosnossos trabalhadores e nos arredo-res de Luanda pretendemos edifi-car outras mil casas contribuindopara os esforços do Executivo emminimizar as dificuldades da popu-lação no domínio da habitação”,disse o presidente do conselho deadministração daEndiama.

Ministro optimista

Presente na cerimónia, o minis-tro da Geologia e Minas e Indús-tria, Joaquim David, considerouque as crise são cíclicas e hoje épossível verificar um certo abran-damento da crise mundial, com arecuperação do preço dos diaman-tes e a retomadas actividades, alémda recuperação dos projectos queestavamparalisados.“A crise provocou o desempre-

go, paralisação de vários projectos,diminuição de certas actividadesque estavam em curso no país,principalmente no sector diamantí-fero”, reconheceu oministro.Joaquim David pediu aos fun-

cionários da Endiamamais traba-lho, dedicação, empenho e hones-tidade, já que, como disse, as re-formas em curso vão trazer maisdinamismo e aumentar a produ-ção. Joaquim David referiu que“neste período devemos partilharo optimismo em relação ao futuro,uma vez que o futuro vai ser me-lhor que o passado”.

SANTOS PEDRO

Carlos Sumbula aponta novos projectos para melhorar a saúde financeira da empresa

Condomínio facilita a fixação de mais empresários

INDÚSTRIA NA HUÍLA

Empresa está a desenvolver novos projectos de prospecção e produção

Incentivos à criação de novasempresasmineiras e prospecção derecursosminerais são as principaisacções da Direcção Provincial daIndústria, Geologia e Minas daHuíla para este ano.A directora, Paula Joaquim,

afirma que vai ser dada atençãoao fomento da indústria de mate-riais de construção civil e à pro-moção de campanhas para diver-sificação do potencial mineiro naprovíncia da Huíla.ADirecção Provincial perspec-

tivou também organizar a preven-ção e promover a fiscalização dasacções anti-económicas e contraa saúde pública, além da criaçãode pólos de desenvolvimento in-dustrial, sobretudo nas novas zo-nas de urbanização.Paula Joaquimafirmouque outra

acção de destaque para este ano é oacompanhamento da exploraçãodo ferro nasminas deCassinga e daprospecção de ouro, projectos queconsiderou de impacto económicoe social, capazes de promover o de-senvolvimento da província.O governo da província preten-

de também participar no progra-ma executivo da indústria trans-formadora, acompanhando aexecução dos projectos aprova-dos e criar os pólos de desenvol-vimento industrial de Cassinga,Matala e Lubango, além de ins-taurar um instrumento punitivo

para as indústrias infractoras.Paula Joaquim disse ter recebidovárias solicitações para investi-mentos na indústria gráfica, trans-formação de arame e cerâmica.A responsável pela Direcção

Provincial da Indústria, Geologia eMinas da Huíla revelou que, paraeste ano, está em carteira a criação,na cidade do Lubango, de um con-domínio empresarial, que vai fun-cionar como centro de negócios. Oempreendimento tem escolas, cre-ches, lojas e outros serviços. PaulaJoaquim considerou pertinente a

execução do projecto, porque vaigarantirmaior desenvoltura à acti-vidade económica e contribuir paraamelhoria do desenvolvimento so-cioeconómico daHuíla.Aresponsável da Indústria frisou

quemuitos empresários angolanose estrangeirosmanifestam interes-se em investir na província, por is-so o sector pretende criar condi-ções para acomodação e facilitaçãode instalação.Os terrenos já estão aser demarcados e loteados e vão serclassificados por categoria e espe-cificidade de investimento.

Governo incentiva criação de empresasA Grã-Bretanha pretende, este

ano, diversificar a cooperação comAngola, deixando de ser sustentadaapenas pelos investimentos no sec-tor petrolífero, garantiu o embaixa-dor britânico,RichardWildash.O diplomata apontou os sectores

da agricultura, indústria farmacêu-tica e de serviços financeiros comosendoosquedevemser desenvolvi-dos emparceria comos angolanos.Richard Wildash lembrou que

foi este propósito que motivou avinda aAngola, emDezembro úl-timo, do ministro britânico paraÁfrica, Henry Bellingham, que naocasiãomencionou a necessidadede serem intensificar as relaçõesentre os dois países.O embaixador anunciou a vinda,

em Fevereiro, de um navio militardo seu país que fica emAngola du-rante quatro dias para troca de ex-periências no domínio militar,além da visita de um grupo de em-presários pertencentes à Associa-tionLondon, emSetembro.Atrabalhar emAngola desde Ja-

neiro de 2010, o embaixador elo-giou a forma como se desenrolou oprocessode elaboração e aprovaçãodanovaConstituição, referindoqueos angolanos agora têmodesafio depôr emprática os princípios consa-grados constitucionalmente atravésda criação de leis específicas. “Seique há muitos desafios a nível do

desenvolvimento social do país e éevidente que oExecutivo está a tra-balhar commuito esforçopara atin-gir estameta”, disseodiplomatabri-tânico, manifestando optimismoquantoao futurodeAngola.RichardWildash elogiou, igual-

mente, o programade reconstruçãonacional em curso no país, reco-nhecendo que Angola regista“avanços impressionantes, em tãopouco tempo de paz”, que deixamadmirado qualquer estrangeiro quevisita o país pela primeira vez.

JORNAL DE ANGOLA

Huíla quer aproveitar potencialidades existentes na área mineira para aumentar recursos

JORNAL DE ANGOLA

Agricultura é prioridade para este ano

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011 PAÍS|POLÍTICA|3

VIAGEM OFICIAL DO VICE-PRESIDENTE

RODRIGUESCAMBALA|

O Vice-presidente da Repúbli-ca,FernandodaPiedadeDiasdosSantos, viajou ontem para Cuba,numa visita de cinco dias viradaparao reforçodacooperação, noquadrodasrelaçõesdeamizadeedesolidariedadeexistentes.Ovice-presidente chefia umade-

legação que já está emCuba, com-posta pelosministros da Saúde, Jo-séVan-Dúnem, e do Ensino Supe-rior eCiência eTecnologia, Cândi-daTeixeira. Fazemainda parte des-ta delegação o vice-ministro daEducação, secretária deEstado dasRelações Exteriores para aCoope-ração e secretários de Estado daConstrução,Agricultura, Indústria.NoAeroporto Internacional 4 de

Fevereiro, o Vice-Presidente daRepública recebeu cumprimentosde despedida doministro daAssis-tência e Reinserção Social, JoãoBaptista Kussumua, da Juventudee Desportos, Gonçalves Mwan-dumba, da Família e Promoção daMulher, Genoveva Lino, daCultu-ra, RosaCruz eSilva.UmanotadoMinistériodasRela-

ções Exteriores diz que esta é a pri-meiravisita deFernandodaPiedade

Dias dos Samtos a Cuba desde quetomouposse comoVice-PresidentedaRepública, à luz daConstituiçãoaprovada em5de Fevereiro do anopassado.Naúltima sexta feira, oVi-ce-Presidente abordou com o em-baixador cubano emAngola, PedroRoss Leal, assuntos relacionadoscomavisita.Asdelegaçõesdosdoispaíses vão discutir alguns instru-

mentos jurídicosde intercâmbioemdiversas áreas de cooperação. De-pois de ser recebido peloVice-Pre-sidente, o embaixador referiu à im-prensahaver interesse recíproconasáreasde assistência sanitária, inves-tigação, produçãodemedicamentose vacinas e a transferência de expe-riências nos ramosdabiotecnologiae tratamento oftalmológico. Pedro

Ross faloudoapoioqueCubaprestaaAngolanodomíniodaSaúde, des-tacando a abertura doCentroOftal-mológicodeBenguela, que atendeujá290mil pessoas e fez16mil cirur-gias. O diplomata destacou, tam-bém, a cooperação no domínio daEducação. Revelou que 1.774 pro-fessores cubanos estão a trabalharem123municípios deAngola.

Angola e Cuba reforçam cooperaçãono quadro das relações de amizade

Vice-Presidente quando se despedia de membros do Executivo antes da sua partida ontem a República de Cuba

Diversificação dos investimentos é uma das apostas da Venezuela na cooperação

PAULINO DAMIÃO

REUTERS

Fernando da Piedade Dias dos Santos leva ministros da área social

Autoridades cubanas oferecem bolsas a estudantes

Luanda e Caracas convergem nas medidaspara resolução dos problemas internacionais

COOPERAÇÃO

DIPLOMACIA

Angola vai beneficiar este anode 195 bolsas de estudo para licen-ciaturas emCuba anunciou este sá-bado, em Havana, o responsávelda embaixada angolana peloacompanhamento de bolseiros.Em declarações à imprensa,

CaetanoFranciscoDomingos afir-mou que, para o ano lectivo2011/2012, está acordada com asautoridades cubanas a atribuiçãode cem bolsas para cursos ligadosà saúde e 95 em engenharia, peda-gogia e artes.Esta vai ser uma das áreas em

destaque na deslocação hoje doVi-ce-Presidente da República a Cu-ba. Durante cinco dias, Fernandoda Piedade Dias dos Santos vai,

nesta sua primeira visita oficial aCuba desde que assumiu o cargo,discutir com as autoridades cuba-nas questões que visam o reforçoda cooperação, no quadro das rela-ções de amizade e solidariedadeentre os dois países.Caetano Francisco Domingos

disse que desde 2008 se regista umaumento gradual de bolsas, noquadro do acordo de cooperaçãoentre os dois estados. Sublinhouque 620 bolseiros angolanos estu-dam actualmente em Cuba, dosquais 108 estão a fazer pós-gra-duações e 512 licenciaturas nosmais diversos ramos.Entre os estudantes de licencia-

tura, 257 estão a especializar-se na

área da saúde, 39 em pedagogia e65 nos diversos ramos de engenha-ria. Caetano FranciscoDomingosmanifestou-se satisfeito como ní-vel de aproveitamento dos estu-dantes angolanos, que passou de84 por cento, em 2008, para 94,6por cento, em2010.Destacou o facto de um aluno

angolano do curso de economia terentradopara o quadro dehonra, co-moumdosmelhores entre estudan-tes demais de 60nacionalidades.Aidadeda comunidade estudantil va-ria entre os 17 eos25 anos.As universidades e a embaixada

angolana, têm aplicado medidaspara evitar atitudes quepossampôremcausaobomandamentodopro-

cesso de aprendizagem dos estu-dantes.CaetanoFranciscoDomin-gos assegura que não há queixasquantoaocomportamentodosestu-dantes angolanos, aomesmo tempoque sublinha que os beneficiáriosdebolsas não têmqualquer encargofinanceirocomasua formação.“Cuba garante alojamento, ali-

mentação e formação, enquanto onosso país oferece o complementode bolsa”, disse.O responsável pelo sector de

bolsas de estudo da embaixada an-golana em Cuba afirmou estãocriadas condições para os bolsei-ros angolanos regressarem e servi-remopaís logo que terminema suaformação.

Vários angolanos residentes emCuba manifestaram a vontade deregressar e contribuir para ao de-senvolvimento do país, disse àRNA, o responsável pelos Servi-ços Consulares da Embaixada deAngola, JoãoFelizardo daSilva.“OSector consular temsobo seu

controlo667angolanos, entre estu-dantes, diplomatas seus familiareseemigrantes que por várias razõesacabarampor ficar aqui emCuba”,disse João Felizardo, garantindoque todosacompanhamodesenvol-vimentodeAngolaeestãodispostosa regressar.Outro aspecto salienta-dopelo responsável temavercomocomportamento “exemplar”queosangolanos têmdemonstrado .

Angola e Venezuela partilhampontos comuns na busca de solu-ções para os problemas internacio-nais que se apresentam a nível bila-teral e em fóruns das Nações Uni-das, como aUNESCOeaFAO.Esta constatação é do encarrega-

do de negócios da Venezuela emAngola, JesúeAlberto Garcia, emdeclarações àAngop, tendo anun-ciado a realização, este ano, da ter-ceira cimeira África-América doSul, naLíbia.O diplomata lembrou que o últi-

mo fórum do género, realizado em2009, na Venezuela, a delegaçãoangolana desempenhou “umpapelpreponderante na aproximação dospovos do mundo”. Jesúe Garcia

considerou “óptimas” as relaçõesbilaterais, realçando a formação,actualmente, de quadros angolanosem universidades da Venezuela,principalmente nas especialidadesdemedicina e petróleos.Salientou que os dois países

perspectivam estender a coopera-ção a outros campos de interessecomum, ao mesmo tempo queapreciou o crescimento da econo-mia deAngola nos últimos anos.O diplomata destacou que, ape-

sar da crise económica e financei-ra internacional, registada em fi-nais de 2008, Angola começou arecuperar, graças à expansão dosinvestimentos em áreas não petro-líferas, com realce para a agricul-

tura e o sector mineiro. “Tratou-sede uma política estratégica adop-tada pelo Executivo, dirigido pelopresidente José Eduardo dos San-tos, que demonstra uma visão cla-ra de futuro e de desenvolvimentosustentado”, disse o encarregadode negócios daVenezuela.JesúeAlberto Garcia considera

Angola uma referência interna-cional na resolução de conflitosem África e noutras partes domundo. “Asua experiência, reco-nhecida internacionalmente, con-substancia o interesse na sua con-sulta, em presença de conflitos,sobretudo aqui em África, paradar os seus subsídios”, rematou odiplomata.

Um fórum nacional sobre o de-senvolvimento rural e combate àpobreza realiza-se de amanhã atéquinta-feira no Centro de Confe-rência de Belas, emLuanda, numaorganização da Casa Civil da Pre-sidência da República.Sob o lema “Combate à Pobreza

um Compromisso do Executivoangolano”, o fórum vai contarcom a participação de deputados àAssembleia Nacional, membrosdo Executivo, governadores pro-vinciais, administradores munici-pais, delegados provinciais das fi-nanças e representantes de Orga-nizações Não Governamentaisnacionais.O fórum está dividido em três

partes: “Combate à pobreza, o de-senvolvimento rural, comércio ru-ral, numa perspectiva integradaemAngola”, “Os programas mu-nicipais integrados, o programaÁgua para Todos, a estratégia parasegurança alimentar e nutricionale a municipalização dos serviçosde saúde” e “Mecanismos de pla-nificação e financiamento dosprogramasmunicipais integradose reestruturação das parcerias”.Especialistas vão apresentar co-

municações sobre temas que têmimpacto no desenvolvimento rurale no combate à pobreza no país,uma das principais apostas doExe-cutivo no seu programa de acção.

CASA CIVILConferênciadebate soluçõespara combateà pobreza

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 20114|PAÍS|POLÍTICA|

D.DAMIÃOFRANKLIN

Igreja contribuipara apromoção socialArcebispo de Luanda reitera colaboração na formação

ADELINA INÁCIOE JOSINADECARVALHO|

O arcebispo de Luanda, D. Da-mião Franklin, afirmou ontem,emLuanda, que a IgrejaCatólicadá o seu contributo para a pro-moçãoda vida social emAngola.O arcebispo de Luanda afirmou

que a Igreja está preocupada com apromoção social, “sobretudo quan-do a necessidade do povo assim oexige” e garantiu que o objectivo“não é substituir as instituições,mas colaborar na formação social”.“Temos de ser criativos e coope-

rar, porque umdos factores do sub-desenvolvimento emÁfrica tem aver com a falta de criatividade”,disse o arcebispo de Luanda numacerimónia religiosa de posse docoordenador da liturgia deLuanda,Rufino Chitue, como novo párocoda comunidade doRangel.Numambiente de oração, leitura

de textos litúrgicos e cânticos delouvor, D.Damião Franklin defen-deu o respeito das religiões “paraque o fenómeno religioso não sejafactor de conflito, instabilidade so-cial e política, nemponha emcausaa ordempública”.Franklin pediu aos fiéis para re-

flectirem sobre a liberdade religio-sa e salientou que “respeitar a reli-gião de cada um significa respeitara dignidade da pessoa, porque éfruto da sua opção e da sua liberda-de de pensamento”. O arcebispoconsiderou este ano especial paratodos os cristãos e reafirmou o ape-lo daConferênciaEpiscopal deAn-gola e SãoTomépara a reflexão so-bre a família e omatrimónio.OnovopárocodaParóquiaNossa

SenhoradasGraças,RufinoChitue,que é também coordenador da Li-turgia em Luanda, recebeu dasmãos de Damião Franklin as cha-ves da Igreja e prometeu trabalharpara o desenvolvimento da comu-nidade. Damião Franklin, que foiapoiado na cerimónia religiosa por14 padres das várias paróquias deLuanda, disse que o padre empos-sado vai ajudar a comunidade daPrecol, no Rangel, a “andar no ru-mo certo”.

D.António Jaca

Opresidente da Comissão Epis-copal, Justiça e Paz,D.António Ja-ca, pediu aos cristãos uma partici-pação mais activa na vida políticado país. D.António Jaca frisou quea reconstrução do tecido social,gravemente afectado por longosanos de guerra, passa pela morali-zação da sociedade em geral e dos

políticos, em particular.Ao discur-sar no encerramento da quarta Se-mana Social Nacional sobre “De-mocracia e Participação”, que de-correu entre os dias 11 e 15, no Se-minárioMaior, emLuanda,D.An-tónio Jaca disse que a participaçãona política não pode ser feita dequalquer maneira e muito menoscontra os princípios ético-morais.“Queremos que os cristãos, na

sua actividade política, não se es-queçam que são cristãos, nem sedeixem levar por comportamentosque não condizem com a vocaçãocristã”, acrescentou.D. António Jaca afirmou que os

objectivos da semana foram alcan-çados. “Em primeiro lugar, por tersuscitado grande expectativa, ten-do em conta o número de partici-pantes. Em segundo lugar, porqueas pessoas aprenderam um poucomais sobre a temáticaDemocraciae Participação. Em terceiro, porque

foi assumido o compromisso de ca-da um levar para a sua casa, paró-quia ou diocese tudo aquilo queaprendeu”, explicou.Para D. António Jaca, a quarta

Semana Social foi um importanteexercício de cidadania, que permi-tiu demonstrar a sociedade queexiste em Angola, a liberdade deexpressão.Frisou que ficou patente no fó-

rumqueépossível falar, questionar,participar e compreender como sefaz a governação, o que é o Orça-mentoGeral doEstado e o que cadaum deve fazer para que os seus di-reitos sejam respeitados emelhorara vida da sua comunidade. “Reco-lhemos importantes ensinamentosdos prelectores, que podem ajudaros cristãos a tomar cada vez maisconsciência da importância da suaparticipação na vida política e so-cial”, acrescentou.O presidente da Comissão Epis-

copal, Justiça e Paz lamenta o factode grande parte dos cidadãos dopaís não terem tido a possibilidadede acompanhar os debates transmi-tidos em directo pela Rádio Ecclé-sia, cujo sinal é ouvido apenas emLuanda e arredores. “Fazemos vo-tos de que as entidades responsá-veis criem condições para que fi-nalmente não haja mais impedi-mentos do ponto de vista legal parao licenciamento daRádio Ecclésiaem todas as dioceses de Angola”,disse.Durante a quarta SemanaSo-cial Nacional, que contou com aparticipação de mais de 300 dele-gados das todas dioceses dos país,foram abordados vários temas, emcinco painéis de debate, em tornoda “Democracia e Participação”.

FRANCISCO PEDRO

D. Damião Franklin pede criatividade aos cristãos e colaboração nas tarefas do país

SOBREFACTOSQUEACONTECERAMEMANGOLA

O livro “Algumas razões quefazem o MPLA e Dos Santos ga-nharem eleições” foi vendido nanoite de sexta-feira, na cidade doHuambo, pelo autor da obra Pene-las Santana.O escritor angolano ficou satis-

feito com a adesão da população àcerimónia de apresentação e vendada obra, que decorreu no auditórioda emissora provincial da RádioNacional deAngola.Debruçando-se sobre a História

de Angola nos aspectos militares,sociais e democráticos ocorridosao longo dos anos, o livro tem 238páginas e está a ser vendido porquatromil kwanzas.A obra retrata, segundo o autor,

“factos que aconteceramemAngo-la, que ainda ninguém escreveu,mas que são importantes para o po-vo angolano e estrangeiros interes-sados em saber aHistória deAngo-la e doMPLA”.O livro, refere, foi escrito de

forma clara e documentada, direc-ta e sem ambiguidades, e apresen-ta o papel dos partidos políticosapós a Independência Nacional,não fugindo às questões polémi-cas, como a “colaboração doMPLA com Pierre Falcone” e a“queima das bruxas levada a cabopor Jonas Savimbi”.Além de retratar a História de

Angola, o livro é também uma ho-menagem ao primeiro presidentedeAngola,AntónioAgostinhoNe-to. Penelas Santana revelou que aobra tem a contribuição dos depu-tados Luís Falcão Pinto deAndra-de, CristóvãoDomingos Francisco

daCunha,Mário Pinto deAndrade,JoãoPinto e deEduardoChingunji.Autor das obras “Crónicas da

nossa gente”, “Dikwatu,Mortes nasanzala”, “Quando o adultério é si-nónimo de amor” e o “O mundonão acaba quando termina uma re-lação”,António da Rocha PenelasSantana nasceu a 1 de Julho de1981, emNdalatando, província doKwanza-Norte.Namesma sessão, PenelasSanta-

na apresentou aobra “ JoséEduardodosSantos e os desafios do seu tem-po, volume I e II”.Aobra é umpro-jecto editorial de JoséMenaAbran-tes e tem a apresentação de JoséSarney, ex-presidente do Brasil de1985a1990.

O escritor realçou a importânciados dois volumes na vertente políti-ca, económica,militar e até social,porque traduz toda uma trajectóriade um político coerente que nãodesviouovector políticodoMPLA.Obra é composta por vários te-

mas, dentre os quais as agressõesexterna, clemência, harmoniza-ção social, cultura e identidade,pluralismo, democracia, situaçãoeconómica, intervenção cubana,diplomacia, crise pós-eleitoral,subversão armada e procura depaz etc. O primeiro volume, com588 páginas, refere-se aos anosde 1979 até 1992, e o segundo vo-lume, com 472 páginas, vai de1992 a 2004.

PenelasSantana leva livro aoHuambo UNITApedeaoExecutivogovernação responsável

FILIPEEDUARDO|

Os membros do Comité Perma-nente da Comissão Política daUNITA, reunidos na décima reu-nião ordinária, que terminou sába-do, em Luanda, apelaram, no seucomunicado final, aosmembros doExecutivo para “uma governaçãomais responsável emaior sensibili-dade para a satisfação dos serviçosbásicos das populações, este ano”.Os 75 membros do Comité Per-

manente da UNITA instaram oPresidente da República, titular dopoder Executivo, a garantir o cum-primento das obrigações assumi-das pelo Estado no âmbito da paz,democracia e da reconciliação anacional.

Exortaram, igualmente, todos oscidadãos angolanos a uma maiorparticipação na vida política dopaís, através da responsabilizaçãodo exercício da governação, utili-zando os direitos constitucional-mente instituídos.Isaías Samakuva acusou os ór-

gãos de comunicação social esta-tais de terem “deturpado emanipu-lado intencionalmente” a declara-ção que fez sobre o discurso doPre-sidente daRepública no caso da si-tuação daCosta doMarfim.“Estamos em sintonia com o se-

nhor Presidente da República nadefesa do diálogo, como via para abusca da soluções para a crise naCosta do Marfim”, disse o Presi-dente daUNITA.

REUNIÃODOCOMITÉPERMANENTE

O escritor durante a sessão de venda do seu livro na cidade do Huambo

Isaias Samakuva orientou a reunião que analisou as estratégias de actuação do partido

JORNAL DE ANGOLA

JOÃO GOMES

COSTADOMARFIMLíder TocoístaconsideradiscursoesclarecedorFILIPEEDUARDO|

O líder da Igreja doNosso se-nhor JesusCristo noMundo,To-coista, bispo Afonso Nunes,considera “clara e responsável”a forma como o Presidente daRepública, José Eduardo dosSantos, se referiu aos caminhosque possam levar a Costa doMarfim a sair da crise surgidaapós a segunda volta das elei-ções presidenciais.Falando em conferência de

imprensa, o bispoAfonsoNunesafirmou que o discurso doPresi-dente José Eduardo dos Santosconstitui um sinal para outros lí-deres africanos tomarem cons-ciência que devem ser os pró-prios a encontrar soluções paraos problemas do continente.O líder tocoísta disse que o

Presidente da República “assu-me, efectivamente, o papel de li-derança e deve continuar a fazê-lo” e que o caminho apontadodemonstra a experiência de al-guém que sempre procurou apaz, evitando contendas e derra-mamento de sangue.O bispoAfonsoNunes consi-

dera que a visão de José Eduar-do dos Santos sobre a Costa doMarfim é exemplar e que deveser seguida por outros estadistasafricanos e de outros continen-tes. “Odiálogo é, de facto, a úni-ca via para o bemdeÁfrica e dosafricanos”, disse o bispomani-festando-se esperançado numasolução pacífica.

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|REPORTAGEM|5JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

Carros devem ser desalfandegados até ao fim do mêsLIGEIROSEPESADOSUSADOS

ARMANDO ESTRELA|

Os importadores de viaturasusadas com mais de três e cincoanos de uso, devem desalfande-gá-las até ao fim deste mês, altu-ra em que termina o prazo dadopelo Decreto Presidencial n.º135/10, que actualiza e regula aactividade de importação, co-mércio e assistência técnica aequipamentos rodoviários.Essa medida excepcional foi to-

mada no início de Dezembro. Masos importadores de viaturas usadascom mais de três e cinco anos deuso queixam-se de irregularidadesnoprocessodedesalfandegamento.Oposto fronteiriço deSantaClara éo que colocamais dificuldades aosutentes de viaturas localizadas noparque aduaneiro. O importadorOdmir António assegurou ao Jor-nal de Angola que “o que maispreocupa é a sobre facturação”.De acordo com o importador,

que já leva dez anos no negócio, oprocesso de desalfandegamento,no quadro da oportunidade que oExecutivo deu, não está a decorrerdamelhormaneira emSantaClara,pois “há casos em que para umaviatura que custoumil dólares estáa ser cobrada umamulta na ordemdos três mil dólares”. Outra preo-cupação do importador prende-secom as viaturas já inspeccionadasem território namibiano e que nãosão autorizadas a entrar em territó-rio angolano. “A situação é tãocomplicada que não sabemos se, defacto, vamos conseguir retirar asviaturas até ao fimdo prazo estabe-lecido peloExecutivo”, disse.O chefe da secção aduaneira de

Santa Clara, Eduardo Lutemuka,disse ao Jornal deAngolaquedesdequecomeçoua segundamoratória, a22 deDezembro de 2010, até ao dia11de Janeiro, já tinhamsaídodo re-cinto aduaneiro 850 viaturas, o querepresenta uma média de 40 auto-móveispordia, ouquatroporhora.“Das 537 viaturas por desalfan-

degar, sobraram somente 247 car-ros usados commais de três anos defabrico”, realçouEduardoLutemu-ka. Segundo o responsável da sec-ção aduaneira de SantaCara, há uminstrutivo que não permite a entra-da em Angola de viaturas usadascommais de três anos que ainda seencontrem naNamíbia. “Somenteadmite a saída das que estavam re-tidas nos recintos aduaneiros den-

tro do território nacional,mediantea aplicação de multas por excessode armazenagem (30 dias emSantaClara) ou por falta deCRF”.Eduardo Lutemuka nega a exis-

tência de barreiras. “Foram conce-didas duas moratórias, a primeirano mês de Outubro e a segunda nomês de Janeiro, para desalfandegaras viaturas usadas, e quem não ofez não pode deitar culpas a nin-guém”, completou.Daniel CassomaCandulo, outro

importador de viaturas usadas, ga-rantiu que emBenguela o quemaispreocupa não são as Alfândegas,mas o Porto do Lobito, que está acobrar avultadas somas pela retira-da das viaturas do seu parque. Oimportador notou que, “com essepagamento duplo, estamos a dardois passos atrás, pois os preçosvão ser mais altos e muitos cida-dãos ficam prejudicados, porquenão têmcapacidade financeira paracomprar os carros”.Em Benguela, Daniel Candulo

aguardavaodesalfandegamento de12 contentores, contendo 30 viatu-ras. Segundoexplicou, apesar de es-tar nonegócioháquatro anos, aindanão tem suporte financeiro que lhepermita uma adaptação rápida aocomérciodeviaturas commenosdetrês anosdeuso. “Essas viaturas sãopraticamente novas e o custo é cer-tamente alto. Quem vai comprar-nosesses carros?”, interrogou.O mercado de viaturas usadas,

classificadas por muitos como su-cata, temmesmo os seus dias con-tados. No dia 1 de Fevereiro próxi-mo começa a fiscalização dos veí-culos e quemnão conseguir retiraro que já está proibido de entrar, temduas alternativas, únicas e dispen-diosas. A primeira é reexportar.Uma fonte da Bolsa Nacional deFrete já assegurou que só os custosdessa operação têm um valor mé-dio de 650 dólares.Asegunda alter-nativa está contemplada noDecre-to Presidencial 165/10, de 2 deAgosto, que aprova o regulamentoambiental para veículos de trans-portes rodoviários em fimde vida.Oregulamentoambientalparaveí-

culos de transportes rodoviários emfimdevidaestabeleceo regime jurí-dicodo tratamentoambientaldevia-turas retiradasdecirculaçãoeorgani-za a respectiva gestão. Com18 arti-gosequatroanexos,odiplomaespe-cifica as operações de tratamento,desmantelamento, reutilização, va-

lorizaçãoereciclagemdeveículos.O Decreto Presidencial 165/10

não penaliza só os importadores.Utentes de viaturas expostas nasvias e locais públicosvão serpenali-zados.Os veículos adquiridos pelopróprioEstado, nos termos doArti-go 165 do Código de Estrada e quenão estejamemcondições de circu-lação na via pública, são tambémabrangidospelaspenalizações.

Todos estão alertados

Uma fonte do Serviço NacionaldasAlfândegas, emLuanda, garan-tiu que todas as autoridades adua-neiras foram alertadas, emDezem-bro, de modo a facilitarem os im-portadores prevaricadores, aomes-mo tempo que, também, se admitiuque depois de 31 de Janeiro de2011 não são toleradasmais situa-ções relacionadas com a importa-ção de veículos ligeiros com maisde três anos de uso e de pesadoscom mais de cinco anos de uso,contados da data de fabrico.Os importadores vão arcar com

todos os encargos devidos ao pro-cesso de importação ou exportaçãodos veículos e, domesmomodo, asempresas de InspecçãoPré-Embar-que foram alertadas previamente

para pararem com a inspecção dequalquer tipo de viatura, no quadrodoDecreto Presidencial n.º 135/10.A1 deNovembro de 2010, as au-

toridades aduaneiras tinham co-meçado o processo de fiscalizaçãoe cumprimento do diploma. Atémeados de Dezembro do ano pas-sado, os recintos aduaneiros regis-taram um fluxo elevado na entradade viaturas proibidas. Segundosoube o Jornal de Angola, emLuanda contavam-se mais de6.500 viaturas usadas, com umaprevisão de entrada, até 25 de De-zembro, demais 1.500. Eram espe-rados emLuanda, até 8 de Janeiro,32 navios transportando viaturasusadas proibidas.EmSanta Clara, na província do

Cunene, estavam nos parquesaduaneiros 1300 viaturas. No Na-mibe contavam-se 20 veículos au-tomóveis e naNamíbia, 255 viatu-ras tinham já passado pela adminis-tração aduaneira. Em Cabinda, ti-nham entrado em território nacio-nal 178 viaturas, no espaço neutroencontravam-se 132 automóveis,numa altura em que se esperava aentrada demais 200.No Porto do Lobito 718 viaturas

tinham sido descarregadas na pri-meira quinzena deDezembro, jun-tando-se a outras 18 que já se en-contravam no recinto portuário.Todas estas viaturas corriam riscosde imobilização, se o Executivonão concedesse umamoratória aosproprietários.De acordo com as autoridades

aduaneiras, no caso demercadoriaproibida, nada é submetido a leilão.Apenas duas medidas ficam emevidência: a reexportação, com to-dos os encargos inerentes ou a suadestruição. Entre outros encargos,a reexportação tem frete que variaentre os 650 e os 1.200 dólares.Depois do anúncio do Decreto

Presidencial, instituições regulado-ras do sector estabeleceram umamoratória para a inspecção pré-em-barque de veículos automóveis, vi-sando que as entidades envolvidasna importação de veículos usadoscriassem um clima propício quelhes permitisse umenquadramento,semprejuízos, na nova legislação.Essa prerrogativa foi uma a opor-

tunidade à actividade empresarialde venda de veículos usados, umavez que grande parte das importa-ções feitas até 13 de Julho de 2010

teve condições de entrar no paíssematropelos.Acautelando as ope-rações comerciais que já tinham oseu curso normal, as autoridadesaduaneiras foram orientadas pararealizarem a inspecção pré-embar-que obrigatória, facultativa ou lo-cal, dos veículos automóveis ligei-ros e pesados, independentementedo ano de fabrico, até ao dia 31 deOutubro de 2010.Findooprazo, umadasmedidas a

que os importadores se viram sujei-tos, a partir de 1 de Novembro de2010, foi a interdição da entrada deautomóveis que nãoobedeciamaoscondicionalismos aprovados peloDiploma Presidencial de 13 de Ju-lho de 2010. Entre os vários aspec-tos, esse decreto agravaos impostosà importação de viaturas usadas.Até então, pagava-se pela importa-çãodeveículos usados, impostos naordemdos30a35por cento.

O espírito do Decreto

O Decreto Presidencial nº135/10, de 13 de Julho, que aprovao regulamento sobre a actividadede importação, comércio e assis-tência técnica a equipamentos ro-doviários, revoga toda a legislaçãoanterior e dá competências extraor-dinárias aosministérios dosTrans-portes e das Finanças e à DirecçãoNacional deViação eTrânsito a ac-tuar no cumprimento da legislação.O director dos Transportes Ro-

doviários, FreitasNeto, disse que odiploma apresenta extraordináriasvantagens ao vendedor e ao com-prador, uma vez que o seu artigo11º exige que as empresas dispo-nham de um contrato tipo, nos ter-mos do qual se obrigam, perante ocliente, a fazer a reparação do equi-pamento rodoviário por este entre-gue, devendo nele constar o prazoque for considerado oportuno paraa entrega após a reparação.Segundo o diploma, “o direito de

recuperação pelo cliente do equi-pamento rodoviário entregue parareparação, prescreve no prazo detrês anos, a contar da data emque seprocedeu a essa entrega”.O diploma refere que a empresa

tem também“direito a ser ressarci-da pelo armazenamento do equipa-mento rodoviário, entre a data pre-vista para a entrega e a data da suaefectivação, se o atraso for imputá-vel ao cliente”.

Em Dezembro o Executivo suspendeu a execução do Decreto que proíbe a entrada no país de carros usados com menos de três anos

O posto aduaneiro de Santa Clara é um dos principais pontos de entrada de viaturas usadas no país

Expirado o prazo só resta a devolução ou a destruição da mercadoria

JORNAL DE ANGOLA

JORNAL DE ANGOLA

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O acesso à água potável temmelhorado contínua e substancialmentenas últimas décadas em quase toda a parte domundo emuito particular-mente emAngola.Aágua é um líquido precioso, cuja correlação clara en-tre o seu acesso e o desenvolvimento humano devia impelir todos nós a re-flectir sobre o seu desperdício, os desvios das condutas e actos de vanda-lismo.Numa altura emque se encontra em execução o programa doExe-cutivo para 2012, denominado de “ÁguaParaTodos”, todo o país deve es-tarmobilizado para o seu cumprimento rigoroso.Não podemos ser complacentes com atitudes que, contribuindo para

subverter o fornecimento normal da água, acabampor acarretar graves da-nos para a saúde pública, para a tranquilidade das famílias e para a ima-gemdoEstado.

Como sabemos, o referido programa do Executivo orienta que o sub-sector das águas deve agir no sentido de proporcionar à população acessoà água potável, nas áreas urbanas e rurais. Este esforço não pode ficar re-fémde atitudes criminosas, através das quais numerosos cidadãosmenosescrupulosos atentamcontra os esforços para fazer chegar água emcondi-ções aceitáveis às populações.Umdos grandes desafios com que se deparam as estruturas ligadas ao

fornecimento de água umpouco por todo o país, nos dias de hoje, é asse-gurar-se de que a água potável chegue às populações emcondições dignasde consumo.Desafio porque, como está comprovado, enquanto as insti-tuições doEstado procuram trabalhar para providenciar às populações ascondições básicas, no caso concreto o acesso à água potável, pessoas háque procuram subverter esses esforços. Sabemos que, infelizmente, assimsucede emvirtude de atitudes criminosas de alguns cidadãos que, na ânsiado lucro fácil, decidemdesviar condutas ou linhas de água. E não raras ve-zes estas acções criminosas, consubstanciadas na destruição deliberadade tubagens ou no desvio de condutas, redundamnumverdadeiro desper-dício, atendendo às rupturas e fugas daí decorrentes.Acriação de umprograma integrado para a protecção das infra-estrutu-

ras da Empresa Pública de Água (EPAL), uma iniciativa do governadorprovincial de Luanda, é digna de ser colocada em prática, atendendo àsfrequentes violações ao longo das condutas.Não é segredo para ninguémque, nos últimos anos, tem sido alarmante

o número de violações das condutas, emgrandemedida devido ao caos ur-banístico emque se encontrammergulhadas extensas áreas da periferia deLuanda, e não só.As populações devem corresponder aos apelos das autoridades para

evitar erguer as suas construções por cima das linhas de passagem deágua, por serem actos que, como sabemos, potenciam as violações das tu-bagens e das linhas de passagemde água.Ummaior envolvimento por parte dos órgãos de defesa do Estado, co-

missões demoradores e da comunidade local, acompanhada de severaspenalizações para os infractores, contribui para a defesa desse bem, quedeve chegar sempre emcondições aceitáveis.Aviolação da conduta ou de uma tubagem inviabiliza a chegada de água

emcondições normais, atendendo à exposição e aomanuseio inadequado aquemesma é sujeita.Trata-se de umcasomuito sério, porquanto ligado àágua existe umconjuntodedoenças, quena suamaioria são evitáveis.O repto lançado pelo governador provincial deLuanda aos técnicos pa-

ra que possam produzir um sistema de protecção eficiente ou criar umabarreira de protecção com aço para impedir os actos de vandalismo deveser amplamente explorado.Aapresentação de programas concretos para viabilizar umamelhor pro-

tecção das condutas e assim assegurar um fornecimento de água potáveldentro dos padrões internacionais deve constituir-se comoumaverdadei-ra prioridade dos técnicos angolanos. Esse passo pode ajudar aminimizarum grande vazio que se traduz na impossibilidade de manter o controlohumano em toda a extensão das condutas, tal como avançou JoséMariados Santos.O governador deLuanda tem razão quando defende a necessidade de se

adoptaremmedidas e políticas para inviabilizar a apetência de algumaspessoas pelo lucro fácil.Numa altura emque oExecutivo envida esforços para que haja um au-

mento de fornecimento de água às populações rurais e urbanas, torna-seurgente a contribuição, o espírito de abertura e de entrega, não só por partedos profissionais da área das águas,mas igualmente por parte das popula-ções. Somos todos chamados a contribuir para a preservação de umbemque, deixado àmercê dos “garimpeiros de água”, apenas nos causa sériosproblemas de saúde e instabilidade social. Pelo que urge defender o líqui-do precioso.

6|OPINIÃO| JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

“Importa começar, desde já, a analisar os documentos para o próximocongresso extraordinário que aprovará as orientações gerais para o parti-do se preparar para participar nas eleições gerais de 2012, e vencê-las.”

José Eduardo dos Santos presidente do MPLA

“Tudo está alinhavado embora o começo seja sempre difícil, masestá tudo garantido para o arranque da Escola Superior Politécnicado Soyo. Temos disponíveis 60 vagas para cada curso, de acordocom o número de salas existentes. Há igualmente dois laboratórios euma biblioteca.”

Mateus Marciano coordenador da Escola Superior do Soyo

“Temos, assim, a relação completa da justiça, como pilar da felici-dade individual e colectiva numa sociedade, dada com a instauraçãode instituições democráticas accionadas pela actividade consciente elivre dos componentes da mesma e, a garantia desse modelo ideal, poruma Constituição respeitada por todos.”

Marcolino Moco jurista e professor universitário

EDITORIAL

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O Jornal de Angola utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina

CARTAS DO LEITOR

IMAGEM DO DIAHORÁCIO DÁ MESQUITA

Notícias de Menongue

Escrevo para alertar os nossos go-vernantes e todas as pessoas de bempara uma situação que todos os an-golanos devem combater. Sou fun-cionário público e estou a dar o meucontributo à reconstrução nacionalaqui em Menongue. A minha terra éNdalatando mas tive de me refugiarem Luanda, por causa da guerra. Nacapital foi acolhido por familiares eem poucos dias já tinha amigos quehoje são como família. O apoio dosnossos vizinhos foi muito importan-te para sobrevivermos.Quando concluí o ensino médio

procurei emprego. Através de umconcurso, entrei para funcionáriopúblico e com o meu salário prosse-gui os estudos. Mais tarde soube queestavam a precisar de quadros noKuando-Kubango e vim para Me-nongue onde cheguei ainda no augeda guerra. Vivi horas muito difíceismas aguentei no meu posto.Quando chegou a paz, a primeira

coisa que fiz foi meter licença parair visitar os meus familiares, amigose vizinhos em Luanda. Comemorá-mos a paz com alegria. Depois fui aNdalatando, onde encontrei o mes-mo espírito de alegria e abertura.Nos últimos meses, aqui em Me-

nongue, estou a viver os piores mo-mentos da minha vida. Há falta derespeito para com pessoas que me-recem todo o respeito, porque com-bateram pela paz. Há atitudes de tri-balismo que ninguém pode aceitar.Pela primeira vez na minha vida al-guém anda a fazer-me sentir estran-geiro na minha pátria.Senhor director, não estou a exa-

gerar. Venham ao Kuando-Kuban-go ver o que se passa e depois escre-

vam as vossas impressões no nossoJornal de Angola. Quando era jovem ensinaram-me

a combater o tribalismo. Penso queé altura de voltarmos a ensinar os jo-vens e as populações a combater osdemónios do tribalismo que condu-zem à violência e à falta de respeito.

ANDRÉ PAKA | Menongue

Ensino superior

As vagas para o ensino superiorsão sempre menos do que os candi-datos. Compreendo que nesta faseainda seja assim porque faltam edi-fícios escolares e sobretudo faltamprofessores. Temos de dar tempo aotempo e vai chegar o dia em que hámais vagas do que candidatos.O problema é que nós fazemos

um exame de admissão e depois ficatudo nas mãos de quem está à frentedas escolas. No ano passado nãoconsegui entrar no ensino superioraqui em Malange. Mas pessoas quetiveram uma nota inferior à minhaacabaram por entrar. Isso é que nãopodemos aceitar porque assim os jo-vens ficam desmobilizados e emvez de estudarem cada vez mais pa-ra conseguirem uma vaga, arranjamum “encosto” e entram mesmo quenão saibam nada.Como existem os exames de ad-

missão para fazer a triagem dos me-lhores alunos, é bom que os respon-sáveis das escolas superiores sejamos primeiros a respeitar as regras.Não é aceitável que alunos sem notaacabem por ser recompensados eaqueles que estudam e se esforçamfiquem de fora.

ANABELA KIPUNGO | Malange

Autarquias locais

A Igreja Católica organizou a Se-mana Social e no final dos debates,os participantes recomendaram ainstitucionalização do Poder Local.Eu trabalho numa administração

municipal e sinto-me um servidordas comunidades do meu municí-pio. Quero dizer com isto que Ango-la já tem as suas autarquias locais. Oque falta é eleger os titulares do Po-der Local. E defendo mesmo que es-sas eleições devem ser realizadasassim que seja possível.Enquanto as eleições autárquicas

não estão na agenda política, pensoque devemos fazer tudo para que asadministrações municipais e comu-nais tenham, em primeiro lugar, au-tonomia financeira. E em segundolugar, tenham quadros técnicos quelhes permitam cumprir as suas tare-fas e exercer o poder que lhes foi de-legado. Não me parece que Angolatenha quadros em quantidade e qua-lidade para colocar ao serviço doPoder Local. Enquanto isso não acontecer, as

eleições autárquicas só vão servirpara eleger mais uns milhares de bu-rocratas vivendo à custa do Orça-mento de Estado. As autarquias locais precisam de

muitos quadros técnicos de nívelmédio e superior que o nosso paísnão tem. Enquanto esse problemanão for resolvido, fazer eleições au-tárquicas é um erro que vai custarmuitos milhões ao Estado. E esse di-nheiro faz falta para fazer escolas,hospitais, pontes, estradas, criarpostos de trabalho. Nem só de elei-ções vive o homem.

MANUEL EPALANGA | Huambo

Propriedade

Sede: Rua Rainha Ginga, 12-26 | Caixa Postal 1312 - Luanda Redacção 333 33 69 |Telefone geral (PBX): 222 333 343

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|OPINIÃO|7JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

HORIZONTESBENJAMIM FORMIGO |

A economia alemã registouum crescimento de 3,6 por cen-to em 2010, um recorde desde areunificação, incentivada porvigorosas exportações e pelareactivação do consumo inter-no, numa espectacular recupe-ração da crise que provocouuma contracção de 4,7 por centodo seu Produto Interno Bruto(PIB) em 2009.AAlemanha ultrapassou am-

plamente a média europeia (1,8por cento). Na Europa, apenas aSuécia e a Eslováquia regista-ram um crescimento superior.O crescimento alemão foi su-

perior também ao da maior par-te dos países desenvolvidos forada Europa como, por exemplo,os Estados Unidos (+2,7 porcento) e o Japão (+3,5 por cen-to). De qualquer maneira, estámuito longe do crescimentochinês (+10 por cento).“Aeconomia alemã está num

bom caminho para 2011 e espe-ramos este ano alcançar o nívelanterior à crise”, declarou o di-rector do instituto de estatísti-cas Destatis, Roderich Egeler,em conferência de imprensa emWiesbaden (oeste).Aprogressão da primeira eco-

nomia europeia deve prolongar-se em 2011, mas em ritmo me-nos elevado.Depois de ser duramente gol-

peada pela crise e retroceder 4,7por cento em 2009, a economiaalemã recuperou muito mais ra-pidamente do que a de outrospaíses europeus e da maioriados países desenvolvidos.Primeiro país exportador eu-

ropeu, aAlemanha aproveitou aprocura dos países emergentespelos seus carros, produtos quí-micos e maquinaria industrial.As exportações cresceram 14,2por cento este ano. Graças à di-minuição do desemprego, osalemães também voltaram pou-co a pouco às lojas e o consumocresceu 0,5 por cento.AAlemanha não tinha uma ta-

xa de crescimento semelhantedesde a criação em 1991 das es-tatísticas para todo o território,depois da reunificação.O recorde anterior era de 3,4

por cento em 2006.Os assalariados também be-

neficiaram de forma global darecuperação, já que o desempre-go caiu para 7,7 por cento da po-pulação activa, contra os 8,2 porcento de 2009.O salário médio líquido pro-

grediu 3,4 por cento, o aumentomais forte desde 1993.No entanto, a distribuição dos

frutos do crescimento entre ca-pital e trabalho em 2010 foi fei-ta em detrimento deste último,depois de a brecha se estreitarem 2008 e 2009, segundo o ins-tituto Destatis.Como consequência da reac-

tivação económica, o défice pú-blico aumentoumenos que o es-perado. Em 3,5 por cento doProduto Interno Bruto (PIB),ultrapassou pela primeira vezem cinco anos o limite de trêspor cento imposto pelo PactoEuropeu de Crescimento e Esta-bilidade.O objectivo do governo é re-

duzir o défice e levá-lo para bai-xo deste limite em 2011.

AeconomiaemgranderecuperaçãoNo passado século oMundo pa-

gou o preço da ambição expansio-nista alemãpor várias vezes.Na Primeira GrandeGuerra, em

1914 – 1918, pagou aEuropa a des-truição e a reconstrução. Na Se-gunda Guerra Mundial, 1939–1945, a Europa, oNorte deÁfrica epor esse Mundo fora, o expansio-nismo de Hitler custou bem caro,emvidas humanas e embensmate-riais. O Mundo, em particular osEstados Unidos, pagou a recons-trução alemã e o realçamento daeconomia do país.Comaqueda doMuro deBerlim,

e a unificação daAlemanha, forma-lizada a 3 de Outubro de 1990, oMundo, directamente aComunida-de Europeia e os Estados Unidos,voltou a pagar os custos da unifica-ção.Os principais pagadores foramsem dúvida os europeus inseridosna economia comunitária.Para trás ficaram eventualmente

perdoadas mas não esquecidas asguerras que arrasaram a Europa,entrarampelaÁfrica e tentaram re-desenhar as suas fronteiras, e dei-xaram entre o povo judeu uma re-cordação que, essa sim, nunca seráperdoada: o holocausto. Recorda-ção que determinou nos judeusuma decisão de sobrevivência quehoje alimenta as graves injustiçasao Povo Palestiniano. Sem esque-cer a este propósito que quando dacriação do Estado de Israel resquí-cios de organizações nazis sobre-viventes contribuíram para a ani-mosidade árabe face ao novo Esta-do. Seria simplista esquecer a re-sistência britânica em conceder alibertação da Palestina emmoldesque prevenissemos problemas quehoje subsistem e outros factores.Mas seria exaustivo e mais umavez o espaço de um jornal determi-na que fiquem lacunas neste ensaiode enquadramento.Se os portugueses têmumantigo

ditado, porventura exagerado, que“de Espanha nem bom vento nembom casamento” os franceses e oresto da Europa podem sentir o

mesmo relativamente àAlemanha,emespecial os franceses.François Mauriarc, romancista,

jornalista, PrémioNobel de litera-tura em 1952, escreveu na sua co-luna “bloc-note” do “l’Express”:“J’aime tellement l’Allemagne queje préfère qu’il y en ait deux!”. ParaFrançois Mauriarc a existência deduas Alemanhas, ou seja, da Ale-manha dividida no pós-guerra, erauma garantia de segurança na Eu-ropa, e para a França emparticular.Éporémdamaiselementar justiça

salientar a importânciadaRepúblicaFederalAlemã na construção euro-peia através de homens comoKon-rad Adenauer, Helmut Schmidt,Helmut Kohl e o incompreensivel-mente esquecido ministro dos Es-trangeiros de Kohl, Hans-DietrichGenscher.Estadistas que colabora-ram intimamente com Charles deGaulle, Valéry Giscard d’Estaing eFrançois Mitterrand. Foi o tempoáureo da construção europeia e dosprojectos da Europa solidária deJeanMonetouJacquesDelors.Soli-dária entre si e consequentementefortepara ser solidária comoTercei-roMundo.Foi o tempodoentusias-mo pelo investimento na periferiaeuropeia, na ajuda da desenvolvi-mento.Nãoexclusivamente por ra-zões altruístas,mas porque promo-ver o desenvolvimento noTerceiroMundo era investir na expansão daeconomia europeia e na segurançadaComunidadeEuropeia.Com o Tratado de Maastricht, o

Pacto deEstabilidade eCrescimen-to eodesaparecimentodeumagera-çãomarcadapelopós-guerra naEu-ropa, tudomudou.AEuropa socialfoi atirada pela janela, com a ajudada hoje baronesaThatcher, RonaldReaganeonovopoder alemão.Bem cedo, aAlemanha, já unifi-

cada, esqueceu a sua meia promes-sa demanter a capital e o Governoem Bona. A quadriga da Porta deBradenburg, no cruzamento daUn-ter denLinden e aEbertstraßeo, an-tiga RDA. Uma Europa Centralsob controlo da economia e finança

alemãs foimais forte.Acapitalmu-dou-se para Berlim e com ela oBundestag (parlamento). Poucoimporta que tenha sido mandadaconstruir como um símbolo de pazpor Frederico II da Prússia. No seutopo, uma quadriga conduzida peladeusa da paz faria crer que apósFrederico II da Prússia aAlemanhanão teria aspirações expansionis-tas. Nada mais falso e a quadrigafoi erroneamente vista como omo-vimento alemãoparaLeste.Com Maastricht, a Alemanha

abria mão do seu Deutsh Mark emtroca doEuro.MasoBancoCentralEuropeu seria e é gerido sob omo-delo doBundesbank (banco centralalemão). O eixo Paris-Bona, quedurante o pós-guerra e comhomenscomoAdenauer e De Gaulle, Gis-card d’Estaing e Schmidt, Mitter-rand eKohl, permitiu o desenvolvi-mento daComunidadeEuropeia e oempenhamento comunitário noMundo, acabou.Ângela Merkel controla com

mão de ferro a economia europeia,ou pretende. Nicolas Sarkozy, oPresidente francês sem memóriasda França ocupada, orbita em tornoda senhora Merkel esquecendo aHistória. Comono passado, Sarko-zy vira-se para aGrã-Bretanha pe-dindo-lhe auxilio para o Euro ouObama para que compareça no G-8. Alinha com Ângela Merkel noataque aos países periféricos, comoaGrécia, Irlanda, Portugal e Espa-nha, convencido de que no papeldo Governo de Vichy beneficiaráface ao seu vizinho huno.A realidade, porém, é bem dife-

rente. Os especuladores não dei-xam o euro. Os países periféricossão o elo mais fraco da cadeia.Quando omomento chegar, se ne-cessário for aAlemanha não hesita-rá em agir só, determinada comoestá em recuperar a sua economia,a menos afectada da união Euro-peia.Ao contrário do que sucedeuna Segunda Guerra Mundial, aFrança não será socorrida pelaGrã-Bretanha ou os Estados Unidos.

Ambos a braços com os seus pró-prios graves problemas.A economia mundial está numa

crise semprecedentes.Arecupera-ção depende de dois gigantes: EUAe UE. Mas se os EUA não conse-guem sozinhos relançar a econo-miamundial, o contravapor deter-minado pela senhoraMerkel e a co-nivência de Sarkozy não serão oscolaboradores necessários.AUniãoEuropeia, emparticular a

Alemanha, agarra-se aoTratado deMaastricht e ao seuPactodeEstabi-lidade eCrescimento.MiltonFried-mancontinua a ser preferido aKey-nes nummomento em que Keynesparecebemestar naordemdodia.Ainflação não é umaameaça, a defla-çãoeodesempregosão-no.Se a Europa do euro continua o

caminho alemão, os próprios EUAnão têmparceiro num“tandem”dedesenvolvimento.Mais grave é quea retracção de consumo europeu enorte-americano estão já a afectaras economias emergentes, os paísesdoTerceiroMundoemgeral.O paradigma esgotou-se e aAle-

manha de Merkel nem quer ouvirfalar de um substituto. Será por-ventura injusto assacar todas asresponsabilidades à senhoraÂnge-laMerkel, mas falta-lhe o carismade Kohl, Schmidt ou Adenauer.Faltam-lhe os parceiros francesesou europeus, e os Estados Unidosenfrentamumagrave crise.BarakObamanãohesitouemmu-

danças que lhe irão custar caro. AUniãoEuropeia nãoquer ouvir falardemudanças. Esperamque aChinavenha pagar a crise comos seus ex-cedentes,masnemonovogigante oconsegue seomercado for “Deusexmachina”, se a desregulamentaçãocontinuar a ditar leis e as agênciasde notação continuarem a assumiresse inacreditável papel de Todo-Poderosodafinança sempre ao ladodos fortes epagospor estes.Tal como escrevi nesta coluna

em artigo anterior: líderes comimaginação e determinação, preci-sam-se.OMundo agradece.

Uma Alemanha acima de qualquer suspeitaVIDA ALEMÃ

CÂNDIDO BESSA |

Agora, sempre que regresso aoCazenga, aosfins-de-semana dou uma volta ao Campo doRodoviário, perto doCentro de Formação Pro-fissional, para ver osCaçulinhas daBola. É quechega uma altura na vida de um homem, quenada mais surpreende e ficamos com aquelaimpressão de já termos vivido tudo.Mas é difí-cil não parar admirado diante daqueles meni-nos que, na sua inocência, jogam à bola, livresdas ganâncias, da ambição desmedida dosmaisvelhos. Mostram arte, alegria e magia, tudo oque precisa o futebol, mas que nós, os adultos,na nossamania do lucro, damodernidade e darigidez dos sistemas tácticos, não conseguimosenxergar.Saint-Exeupéry, no seu livro “O Principezi-

nho”, escreveu que “o essencial é invisível aosolhos, só se vê bem como coração”. Como dourazão ao escritor francês, agora que voltei a veros Caçulinhas da Bola em acção. Era assim nomeu tempo. Nas férias, como cogumelos quecrescem em tempo de chuva farta, os camposenchiam-se de crianças. Cada partida era umafesta. Ainda hoje me emociono ao lembrar osnomes daquelas equipas domeu tempo.OsCandengues da Bolama, oDesportivo da

Kastor, os Craques daCombal, os CandenguesdoCafé (só os nomes tinhamarte e era umorgu-lho pronunciar).Osmiúdos estão aí, todos os fi-

nais de semana, apesar da fraca publicidade emtorno desta manifestação de espontaneidadedas nossas crianças.É preciso ver os Caçulinhas da Bola para

além do simples torneio recreativo.Analisar ofenómeno em toda a sua dimensão, na sua for-mademobilizar, de fazer sonhar.Disse-me há dias um colega que toda a crian-

ça é um potencial Albert Einstein, umMiche-langelo, umPablo Picasso, umPelé ou umMa-radona, desde que alguémdesperte nele o génioadormecido.Quando ummiúdomostra talentoé preciso estimulá-lo.Lembro-me disso, agora, depois de ter lido

umanotícia, no nosso jornal, sobre ummendigoque se tornou celebridade nos Estados UnidosdaAmérica. Depois de quase uma vida inteira apedir esmola nas ruas de LosAngeles, alguémnotou o tom agradável da sua voz, gravou umvídeo e colocou-o na Internet. Foi o suficientepara mudar a vida de um homem. Penso nosmeus amigos de infância, lá no meu Cazenga.Quantos não teriam a vida transformada se al-guém lhes desse a mão, lhes iluminasse o per-curso?Alguns jovens acabarammortos, por se terem

desviado do caminho.Omeu primoAndré, quea gente chamava deManinsa.Rapaz bomdebo-la, capaz de sair fintando de uma baliza a outra,comuma facilidade incrível, como levar umco-po de água à boca. Outros, que não morreram,

mas acabaram por se desviar do domqueDeuslhes deu.Penso tambémnaquelemenino de aparente-

mente 18 anos que fui encontrar sentado emfrente à loja de conveniência, nas bombas decombustível do 1º deMaio. Comum recipientede 33 centilitros de águamineral vazio colado àboca e envolto num pedaço de pano pastoso, orapaz olhava para os transeuntes, mas sem en-xergar. Quandome viu ir na sua direcção, ten-tou levantar-se de repente, mas sem sucesso.Num esforço desesperado, o miúdo tentaapoiar-se à parede,mas comavisão turva acabapor tropeçar e estatelar-se no chão. O impactofê-lo rolar até ao lancil, como se de umbonecose tratasse.Ainda como recipiente namão, ten-ta levantar-se, mas sem sucesso. Estendo-lhe amão. Como umhomemque se afoga e tenta de-sesperadamente agarrar-se ao que encontra àvolta, o rapaz segura a minha mão e consegueerguer-se. Não pára de tremer. Diz que estádoente. Com paludismo. Chama-se Tino. Per-gunto o que gosta de fazer. “Jogar à bola”. E dis-se ser fã de Job.Depois sai cambaleando, qual extraterrestre

de filmes de ficção científica, e vai sentar-sejunto dos amigos, entre os quais uma criança, eficam a dormir. Aquela imagem das nossascrianças ao relento fez-me tremer ao pensar nofuturo. Talvez aqueles meninos abandonadosainda possamdar certo!

O regresso da festa

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Asmedidas do Presidente norte-americano,BarackObama, para di-minuir as restrições contra Cubanão sãoumagrandemudançadepo-lítica,masmarcamumaderrotaparaaqueles que defendem uma linhaduracontraCuba, disseontemoGo-vernocubanonoseu siteoficial.Obama emitiu uma ordem exe-

cutiva na sexta-feira que suspendeas limitações de viagens e envio dedinheiro dos Estados Unidos ao

país das Caraíbas, aumentando osesforços para estender a mão àpopulação.Na primeira reacção do Gover-

no cubano, o site Cubadebate su-blinhou que a medida indicavaquemuitas pessoas nos EUAerama favor de amenizar o embargocomercial e a política de isola-mento, impostas há décadas porWashington contra o país. Segun-do a declaração, o alívio das restri-

ções era umgolpe para a nova chefedaComissão dosNegócios Estran-geiros da Câmara de Representan-tes, a republicana nascida emCuba,IleanaRos-Lehtinen.“Adecisão é a primeira derrota

de Ros-Lehtinen, que assumiu ocargo no Congresso prometendoendurecer as políticas contra ailha”, sublinha um artigo publica-do na noite de sexta-feira na im-prensa cubana.

As cheias que devastaram re-giões inteiras doSriLankapodemtambémterdeslocadominasaindaactivas, vestígios da guerra civilterminada em 2009, preveniramontem as autoridades do país e asNaçõesUnidas.“As inundações e o refluxo das

águas podem ter desenterradomi-nas e engenhos explosivosqueda-tamdaguerraedeslocá-lospara lu-gares mais seguros”, sublinhouumanotadasNaçõesUnidas.Asautoridades locaisaconselha-

ramoshabitantes eos socorristas aestarem atentos aos engenhos ex-plosivos, sublinhouorelatório.

O Governo da China está com-prometido com o seu papel “cons-trutivo” na península coreana e tra-balha com todas as partes envolvi-das e com a comunidade interna-cional para assegurar a paz, estabi-lidade e prosperidade na região,afirmou ontemo vice-ministro dosNegócios Estrangeiros chinês, HuZhengyue.Emdeclarações à agência oficial

de notícias “Xinhua”, Hu subli-nhou que Pequimpede o reatamen-to imediato das negociações a seissobre o conflito norte-coreano -que incluemas duasCoreias, osEs-tadosUnidos, a China, a Rússia e oJapão - “procurando as oportunida-des para restabelecer omais rápidopossível o diálogo, único caminho

para resolver os problemas”.Apaze a estabilidade, o desarmamentonuclear da península e a normaliza-ção das relações entre os países en-volvidos interessam todas as par-tes, realçou o dirigente.Hu Zhengyue afirmou que Pe-

quim acompanha de perto os acon-tecimentos políticos na penínsulacoreana e saúda um relativo avançoda situação,mas continua a defen-der o diálogo multilateral como omelhor mecanismo para a soluçãodefinitiva.Aagência “Xinhua” ci-tou a declaração daCoreia doNor-te do último dia 5, na qual Pyon-gyang propõe o diálogo comavizi-nha Coreia do Sul para “eliminar adesconfiança e osmal-entendidos”e procurar a paz.

Manifestantes de extrema-direitaatirarampedrascontraumapasseatapró-imigrantes emAtenas, no sába-do, antesde seremdispersospor ex-plosõesdegás lacrimogéneo.Mais de mil membros de grupos

anti-racismo,deesquerdae imigran-tes realizavamumapasseatanocen-trodeAtenasparaprotestaremcon-tra um polémico plano de construirummurona fronteira comaTurquiapara impedir aentradade imigrantesilegaisnaGrécia.“Maisdecemmembrosdegrupos

neonazis e cerca de 200 residentesatacaram os manifestantes de es-querda eoutros compedras.APolí-cia usou gás lacrimogéneo e grana-das de efeitomoral”, disse umpolí-cia. Uma testemunha disse que a

Políciaprendeupelomenosumma-nifestante. Estima-se quemeiomi-lhãode imigrantes ilegais e pessoasquepediramasilomoramnoEstadodoMediterrâneo, que tem cerca de11milhões dehabitantes.Umapar-cela crescente dos imigrantes quetentamentrar naUniãoEuropeia fa-zem-nopelaGrécia.Um estudo realizado pelo grupo

depesquisaAlcoparao jornal “The-ma” mostrou que 73 por cento dosparticipantes apoiam o plano daconstrução do muro de 12,5 quiló-metros de extensão, na fronteiracomaTurquia.A Grécia, que se tornou a princi-

palportadeentradade imigrantesnaUnião Europeia, tem uma comuni-dademuçulmanaemcrescimento.

8|MUNDO| JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

Ex-Presidentelidera pesquisapara as eleiçõesO ex-Presidente peruano, Ale-

jandroToledo, assumiu a liderançapara as eleições presidenciais noPeru, seguido pela filha do tambémex-PresidenteAlberto Fujimori, adeputadaKeiko Fujimori, segundouma sondagem divulgada ontempelo principal instituto do país.Toledo, que governou o Peru en-

tre 2001e2006, aparece com27porcento das intenções de voto, deacordo comapesquisa nacional nasregiões urbana e rural da IpsosApoyo publicada pelo jornal “ElComercio”.Keiko aparece com22por cento, seguida por Luis Casta-ñeda, ex-autarca deLimaedoparti-do conservador, com19por cento.A sondagem anterior da Ipsos

Apoyo não incluía zonas rurais e,por isso, não é comparável com amais recente.Asondagem deDezembro, ape-

nas emáreas urbanas,mostravaTo-ledo e Castañeda empatados emprimeiro lugar com 23 por cento,Keiko em segundo lugar com 20por cento e o líder nacionalista Ol-lanta Humala em terceiro com 11por cento.O ex-PresidenteToledo está a su-

bir nas sondagens apesar de ter ter-minado o seu mandato com baixoíndice de aprovação e fortes críti-cas sobre a sua vida pessoal.“Castañeda melhorou ligeira-

mente em Lima e outras cidades,masToledo eKeiko têmampla van-tagem sobre ele entre a populaçãorural”, afirmou o director da Ipsos,AlfredoTorres, aoElComercio.A sondagem da IpsosApoyo foi

feita de 12 a 14 do corrente mês etemmargemde erro demais oume-nos 2,3 por cento e demais oume-nos 4,3 por cento no caso dos elei-tores da capital Lima.

Um novo projecto de constru-ção em massa num bairro decolonização de Jerusalém Este,com um total de 1.400 fogos,está em vias de autorização, re-velou ontem a rádio militar is-raelita. O plano prevê a cons-trução dos fogos no bairro deGilo, na zona Sudeste da cida-de santa.De acordo com a rádio militar

israelita, o projecto pode recebero aval da comissão de planifica-ção regional a partir da semanaque vem.Ummembro da Câmara dosVe-

readores, Meir Margalit, disse àReuters que a comissão de planea-mento de Jerusalém vai decidir, a24 de Janeiro, sobre a construçãodas habitações em Gilo, um colo-nato judeu urbano construído nu-ma região que Israel anexou após aGuerra dos SeisDias, em1967.“É outro prego no caixão do

processo de paz”, afirmouMarga-lit, um membro do partido de es-querda Meretz, da oposição, so-bre o projecto, que vai provocaruma forte condenação por partedos palestinianos e da comunida-de internacional.A secretária de Estado norte-

americana, Hillary Clinton, criti-cou na semana passada a demoli-ção de um hotel abandonado noLeste de Jerusalém para a constru-ção de 20 casas para judeus numprojecto de colonato.O Primeiro-Ministro israelita,

Benjamin Netanyahu, respondeupublicamente dizendo que os

judeus têm o direito de morar emqualquer região da cidade.Os palestinianos querem que o

Leste de Jerusalém, anexado porIsrael com aCisjordânia, seja a ca-pital do seu futuro Estado.Mas osisraelitas consideram toda Jerusa-lém como sua capital, uma reivin-dicação não reconhecida interna-cionalmente.Um comunicado emitido pela

autarquia de Jerusalém informaque ela é obrigada por lei a discutiro plano para a construção das1.400 habitações, que foi pedido

por empresários privados. A pro-posta tem que ser aprovada peloMinistério do Interior israelita, ca-so passe na Câmara dos Vereado-res. “Não vejo razão para não auto-rizar o plano”, afirmou à ReutersElisha Peleg,membro da comissãode planeamento de Jerusalém. “Éilegítimo que governos estrangei-ros interfiram nos assuntos inter-nos da municipalidade de Jerusa-lém, e nós rejeitamos isso.”Cerca de 500mil israelitas vivem

actualmente na Cisjordânia e noLeste de Jerusalém, assim como

2,7milhões de palestinianos. Cercade 40mil judeusmoramemGilo.OTribunal Internacional consi-

dera ilegais os colonatos construí-dos por Israel nas terras ocupadas.Os palestinianos afirmam que osenclaves podem impedi-los de for-mar umEstado viável.Reagindo ao projecto de mais

construções na Cisjordânia, Na-bil Abu Rdainah, porta-voz doPresidente palestiniano, disseque mais colonatos podem repre-sentar “mais obstruções” no pro-cesso de paz.

PERU

AFP

AFP

Palestinianos e comunidade internacional incluindo os Estados Unidos criticam as obras na Cisjordânia e em Gaza

Cubanos mantêm moral revolucionária apesar do bloqueio económico imposto pelos EUA

REACÇÕES EM CUBA

MedidasdeObamasãogolpenosconservadoresamericanos

Chinamantémcompromissodepaz napenínsula coreana

Neonazis atacammarchaquedefendia imigrantes

SRI LANKAPEDE O REATAMENTO DAS NEGOCIAÇÕES GRÉCIA

Risco de minasdesenterradasapós as cheias

MÉDIO ORIENTE

Governode Israel executanovoprojectopara construçãode casas emJerusalémExtensão de colonatos judaicos ameaça o processo de paz

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FUNDO ESPECIAL

|MUNDO|9JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

EM LONDRES

Sudaneses que deixaram a ter-ra natal e hoje vivem na Europaapoiam em massa a independên-cia do Sul do Sudão. Mais de 97por cento das 640 pessoas quevotaram em Londres na consultapopular, realizada na última se-mana e que terminou sábado,manifestaram-se a favor da cria-ção de um novo Estado.Os resultados completos da con-

sulta popular, realizada no Sul doSudão, são conhecidos emFeverei-ro,mas tudo indica que os eleitoresapoiaram amplamente a indepen-dência da região.A contagem dos votos dos cida-

dãos sudaneses em Londres, mui-tos deles refugiados de conflitos etragédias climáticas que castigamoSudão, foi feita numedifício próxi-mo aoParlamento deWestminster.Muitos sudaneses na Europa

viajaram nos últimos dias para acapital britânica para participar doreferendo.Aconsulta popular so-bre a independência foi prometidaao Sul do Sudão num acordo depaz em 2005, que pôs fim a umaguerra civil de mais de duas déca-das, na qual dois milhões de pes-soas foram mortas. Se o processotiver continuidade, a região podetornar-se o mais novo país domundo em Julho.

Resultados provisórios

Osprimeiros resultados provisó-rios do referendo sobre a indepen-dência do Sul do Sudão foram di-vulgados ontem, e a contagem deuma pequena parte dos votos feita

por agências de notícias internacio-naismostra um apoio enorme à se-paração da região.Umestudo feito pelaAssocieted

Press dos resultados emdez centrosde votação de Juba, cidade do SuldoSudão, apontouque96por centodas quase 30 mil urnas continhamvotos a favor da independência daregião.Esta é apenas uma pequena

amostra dos quase 3,2 milhões devotos sufragados.Achefe da diplomacia europeia,

CatherineAshton, saudou ontemo

desenrolar “pacífico” do referendosobre a independência do Sul doSudão, sublinhando que os obser-vadores daUniãoEuropeia presen-tes no terreno divulgam hoje assuas primeiras conclusões.“Gostaria exprimir aminha gran-

de satisfação” pelo facto do refe-rendo “ter ocorrido nos prazos epacificamente”, disseAshton numcomunicado.“O povo do Sul do Sudão apre-

sentou-se em grande número paraexercer, compaciência e dignidade,o seudireito devotar”, prosseguiu.

“Foi umacontecimento históricoe uma etapa essencial na aplicaçãodoAcordo de Paz Global da qual aUnião Europeia é testemunha”,acrescentouAshton.“AUnião Europeia está disposta

a continuar a apoiar as partes parachegar à paz e estabilidade dura-douras em cooperação com outrosparceiros internacionais”, de acor-do comocomunicado.Amissão de observadores daUE

dirigida pela eurodeputadaVéroni-que deKeyser, apresenta hoje umadeclaração prelimina

ONUajudapaíses africanosemsituaçõesdeemergência

OPresidente interino daTunísia,FuedMebaza, prometeu no sábadocriar umGoverno de “união nacio-nal” para conduzir umprocesso detransição do qual ninguém seja ex-cluído, enquanto o país permanecesob tensão e com dúvidas sobre acapacidade das autoridades de con-trolar a situação.Os distúrbios e saques voltarama

acontecer no fim-de-semana na ca-pital e várias regiões, embora diver-sas fontes atribuam a maioria dosincidentes amilícias e apoiantes doregimedoPresidenteZine elAbidi-ne Ben Ali, numa tentativa de de-sestabilizar oprocessode transição.O Conselho Constitucional

anunciou, no sábado, a designaçãodo presidente do Parlamento, FuedMebaza, como novo Presidente in-terino do país, descartando assimqualquer possibilidade de um re-torno deBenAli ao poder.O Conselho, a maior autoridade

legal em questões constitucionais,proclamou um “vazio de poder” enomeouMebaza Presidente interi-no em substituição do Primeiro-Ministro, Mohamed Ghannouchi,que na sexta-feira havia assumido achefia doEstado.O período fixado pela Constitui-

ção para a Presidência interina é de60dias, quandodevemser convoca-das eleições presidenciais às quais olíder interinonãopodeconcorrer.“O interesse superior do país é a

formação de umGoverno de uniãonacional”, disseMebaza durante oseu juramento como Presidente,no qual também encarregou

Ghannouchi, confirmado comoPrimeiro-Ministro, da formaçãodo novo executivo.O novoChefe de Estado interino

prometeu defender o pluralismo e ademocracia e jurou fidelidade aosprincípios daConstituição.AhmedBrahim, secretário-geral

do movimento Etajdid (Renova-ção), o único partido da oposiçãotunisina com representação parla-mentar, reivindicou a “ruptura de-finitiva comos fundamentos do re-gime despótico” deBenAli e o jul-gamento dos responsáveis pelasmortes registadas durante as revol-tas e dos envolvidos em esquemasde corrupção.Embora o estado de excepção

continue vigente, o espaço aéreo tu-nisino e todos os aeroportos dopaís,que haviam sido fechados na sexta-feira, foram reabertos no sábado.

Os transportes públicos comocomboios e autocarros não funcio-naram e a estação ferroviária deTunis foi parcialmente incendiadapor grupos não identificados.OExército tomou as ruas do cen-

tro da capital e vários tanques posi-cionaram-se no início da AvenidaHabib Bourguiba, embora em al-guns bairros, especialmente nos ar-redores deTunis, a presençamilitartenha sido menor e inúmeros inci-dentes tenhamocorrido.Vários supermercados, lojas e

concessionárias de automóveis fo-ram incendiados na capital e arre-dores, onde foramescutados dispa-ros isolados. EmLaGoulette, pertode Tunis, dezenas de moradoressaíram às ruas armados combarrasde ferro para ajudar a conter os dis-túrbios que, segundo denunciaramàAgência EFE, estão a ser provo-cados pormembros dos serviços deinteligência do regimedeBenAli.Mas os factos mais graves ocor-

reram emMonastir, no centro lestedo país, onde dezenas de pessoasmorreram no incêndio de uma pe-nitenciária. Os detidos atearam fo-go às camas das suas celas.Vários dos reclusos conseguiram

escapar, enquanto dezenas ficarampresosnacadeiaemorreramoufica-ramgravemente feridos, algunspordisparosdas forçasdesegurança.Também nas prisões das regiões

deGafsa eKaserin, no centrooeste,enasprisõesdeBicerta eMornaguiaforamregistadosmotins e tentativasde incêndioporpartedosdetidos, as-sinalaramfontesdoGoverno.

TRANSIÇÃO

Presidente interinodaTunísiaprometeGovernodeunidade

AFP

RefugiadosdoSudãoapoiamdivisãodopaís

Organizadores da consulta popular sobre o Sul do Sudão iniciam a contagem dos votos em todo o país e no estrangeiro

Ataque visou cristãos coptas de Alexandria

NO EGIPTOcondenado à morteautor dos disparoscontra os cristãosUm tribunal no Sul do Egipto

condenou à pena de morte um ho-mem por disparar contra pessoasquando saíamde uma cerimónia doNatal ortodoxo na cidade de NagHamadi, provocando a morte deseis cristãos coptos e um polícia,disseramontemas autoridades.O tribunal deve anunciar no pró-

ximomês a sentença de outros doisréus acusados de participar no ata-que do dia 6 do correntemês de Ja-neiro, afirmaramas autoridades.A decisão, que não tem recurso,

surge duas semanas após um ho-mem bomba se ter feito explodirperto de uma igreja na cidade por-tuária de Alexandria, causando amorte de 21 pessoas e ferindo ou-tras 100 no atentadomais violentocontra cristãos emmais de uma dé-cada. Um grupo local está por trásdo ataque.

As instituições humanitárias naSomália, Etiópia e noChade são asmaiores beneficiárias de uma ajudadas Nações Unidas orçada em 84milhões de dólares para assistirpessoas afectadas pela fome, des-nutrição, doenças e conflitos em15situações de urgência negligencia-das no mundo, segundo a coorde-nadora das Acções Humanitárias,ValerieAmos.ValerieAmosdissequeosagentes

humanitáriosnaSomália receberamapartemais importante destes fun-dos (15milhões de dólares), segui-dos dos que trabalham na Etiópia(11milhõesdedólares), enquantoasagências que operamnoChade vãoreceberoitomilhõesdedólares.Os parceiros humanitários no

Quénia vão receber seismilhões dedólares para o lançamento dos seusprogramas em 2011. “Os progra-mas naRepública CentroAfricana

(RCA) e no Zimbabwe receberamcada um cincomilhões de dólares,enquanto os programas de ajuda àspopulações doBurundi e deMada-gáscar vão receber quatromilhõesde dólares cada”, disseAmos.Acrescentou que as agências hu-

manitárias no Djibuti vão benefi-ciar de trêsmilhões de dólares paraapoiar os seus programas de emer-gência. Lançado em Março de2006, o programa é gerido peloGa-binete deCoordenação dosAssun-tosHumanitários (OCHA).Este fundo é destinado a acelerar

as operações de socorro emcaso deemergência humanitária e desem-bolsar rapidamentemeios financei-ros após uma catástrofe quando aspopulações são asmais expostas.É financiado por contribuições

voluntárias dos Estados membrosdaONU, deONG, das autarquias ede doadores individuais.

Pobreza extrema afecta milhares de pessoas em África e toda ajuda é necessária

AFP

Fued Mebaza assume a Presidência

REUTERS

REUTERS

Observadores da União Europeia apresentam as conclusões

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10|ECONOMIA| JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

PRIMEIRO-MINISTRODEPORTUGALNOGOLFOPÉRSICO

DIVIDA

Aagência de notação financeiraFitch decidiu voltar a cortar o “ra-ting” da dívida grega para “BB+”,mantendo a perspectiva “negati-va”, o que significa que pode havernova redução na notação helénica.O “rating” desceu de “BBB-“ pa-

ra “BB+”, o que representa a desci-da de umnível.O “Outlook” foi mantido em

“negativo”. A Fitch salienta que aredução efectuada tem “consciên-cia” do que a Grécia tem estado aconseguir fazer com as suas contas

públicas, que “emmuitos aspectos,excedeu as expectativas”.Contudo, o “esforço de consoli-

dação orçamental vai ter de conti-nuar a ser sustentável, nos próxi-mos anos, para ancorar firmementea confiança na Grécia”, realça aagência de notação financeira nu-ma nota de análise divulgada. Noque respeita ao “outlook”, a Ficthconsidera que “a sustentabilidadedo endividamento público conti-nuamuito frágil e o acesso aomer-cado de financiamento é incerto.”

O ministro alemão das Finançasrecusou o aumento das verbas doFundoEuropeudeEstabilizaçãoFi-nanceira (EFSF),mas temoutra so-luçãonamanga,aoadmitiraemissãodemaisgarantiasbancáriasparaqueos440milmilhõesdeeurosdofundoestejaminteiramentedisponíveis.“Considero o debate sobre o

alargamento do fundo europeu su-pérfluo e artificial, o que só contri-buiu para a insegurança nos mer-cados”, disse Wolfgang Schaeu-ble, citado pela agência portugue-sa de notícias Lusa, num encontrocom a imprensa estrangeira naquinta-feira à noite.A Alemanha rejeita a proposta

apresentada no dia anterior pelopresidente daComissão Europeia,JoséManuelDurãoBarroso.“Quando se começa a discutir

sobre o alargamento do fundo, nu-ma altura em que nem sequer fo-ram requeridos 10 por cento do

mesmo, só serve para aumentar ainquietação”.Para Schaeuble, só quando hou-

ver “muitos pedidos” de ajuda fi-nanceira é que hámotivos para au-mentar as verbas do fundo, quealém das garantias bancárias de440milmilhões de euros dadas pe-los países da Zona Euro conta commais 60 mil milhões de euros daUnião Europeia e 250mil milhõesde euros do Fundo Monetário In-ternacional (FMI), num total de750milmilhões de euros.”Seria bom tornar claro que os

750 mil milhões de euros atribuí-dos emMaio ao fundo pelo Conse-lho Europeu e pelo FMI estãomesmo disponíveis”.Tal significa, na prática, que os

membros da Zona Euro têm mes-mo de aumentar as suas garantiasbancárias, dado que, como nem to-dos têm a taxa de rating mais alta(AAA), a parte correspondente ao

EFSF é de cerca de 250milmilhõesde euros, e não de 440mil milhõesde euros, porque o resto do dinhei-ro temde ser utilizado para garantirjuros baixos nas emissões de dívidaresultantes dos pedidos de ajuda.Na opinião de vários especialis-

tas citados pela imprensa alemã,esta pode ser a fórmula encontra-da por Berlim para ir ao encontroda proposta de Durão Barroso,que tem o apoio da maioria dospaíses que partilham amoeda úni-ca, sem que a chanceler AngelaMerkel tenha de abdicar da suaposição oficial contra o aumentodo fundo de resgate.O matutino Financial Times

Deutschland referiu na sexta-feira,na sua edição online, citando fontesem Berlim e Bruxelas, que o Go-verno alemão está disposto a“aprovar um aumento do EFSF,sob determinadas condições”, semreferir, no entanto, quais.

EMNOVEMBRO

ComércionaZonaEuroregistoudéficedemilhões

Agênciadenotaçãobaixa “rating”grego

SECTORBANCÁRIO

ECONOMIA

Falências continuamnosEUA

Banco Mundialdestacamelhoras

Alemanha recusa aumentodasverbas

O Primeiro-Ministro portu-guês, José Sócrates, iniciou on-tem uma visita oficial ao GolfoPérsico para incentivar as expor-tações e a internacionalizaçãodas empresas portuguesas, comdeslocações aoQatar e aosEmi-ratos ÁrabesUnidos, disse à Lu-sa fonte governamental.Os dois países do Golfo Pérsico

são dos que menos trocas comer-ciais fazem com Portugal, sendouma das razões por que José Sócra-tes pretende dar um novo impulsoàs exportações portuguesas paraaquela área do planeta. Segundodados do INE, os fluxos comerciaiscom oQatar revestem-se de poucaimportância para Portugal, ocu-pando este mercado a 85ª posiçãodo ranking dos clientes em 2009 erepresentando apenas 0,03 por cen-to do total exportado no mesmoano. OQatar situou-se em2009 no134º lugar na lista dos fornecedoresde Portugal, sendo que as importa-ções registadas tiverammuito pou-co significado no total.Note-se que o Qatar é uma das

economias doMédio Oriente quemais se desenvolveu na última dé-cada. Apesar da crise financeiramundial, o país consegui manter

um crescimento económicomuitoelevado nestes últimos anos, nu-ma média de 15 por cento entre2007 e 2008. Os Emirados ÁrabesUnidos representaram para Portu-gal, em 2009, aproximadamente0,2 por cento do total das exporta-ções portuguesas e 0,03 por cento

do total das importações. Está em71º lugar no ranking dos fornece-dores portugueses.Esta é a primeira deslocação de

JoséSócrates àquela zonadoglobo.Primeiro emDoha, capital doQatar,e depois emAbuDhabi, capital dosEmiradosÁrabesUnidos, oPrimei-

ro-Ministro está acompanhado de60 empresários de diversas áreasde actividade, desde o sector finan-ceiro, passando pelas energias re-nováveis, imobiliário, construçãocivil e gestão hoteleira.Ao seu lado, José Sócrates tem

ainda vários ministros, entre osquais Teixeira dos Santos (Finan-ças), Vieira da Silva (Economia),LuísAmado (Negócios Estrangei-ros) e António Mendonça (ObrasPúblicas eTransportes), que vão terencontros bilaterais comos respec-tivos homólogos nos dois países.Para a visita oficial de três dias

ao Qatar e Emirados Árabes Uni-dos, o Primeiro-Ministro portu-guês faz hoje a abertura daCimeiraMundial de Energia onde estarápresente como orador ao lado deChefes de Estado e de Governo deoutros países.ACimeira Mundial de Energia,

que decorre entre 17 e 20 de Janei-ro, vai juntar personalidades comoo secretário-geral da ONU, BanKi-Moon, o Presidente da Islândia,Ólafur RagnarGrimsson, a prince-sa Vitória da Suécia, o Grão-Du-que Guilherme, do Luxemburgoou o Presidente do Paquistão,AsifAli Zardari.

Durante este ano, ainda há mui-tas falências de bancos nos EUA,mas o “pico” de encerramentosocorreu em2010, afirmou na quin-ta-feira a presidente daAgência deGarantia de Depósitos Bancários(FDIC), SheilaBair.Confirmando números que já ha-

viam sido revelados pela imprensa,Sheila Bair referiu que, em 2010,foram encerrados 157 bancos, porfalência.As declarações deBair fo-ramproferidas àmargemde um fó-rumde empresas, nos arredores deWashington.NosEstadosUnidos, existemoi-

tomil entidades bancárias, umuni-verso que engloba os gigantes cota-dos em bolsa e outros mais peque-nos, cujos activos não passam dealgunsmilhões de dólares.As vendas a retalho nos Estados

Unidos avançaram 0,6 por centoem Dezembro, de acordo com da-dos divulgados peloDepartamentodoComércio norte-americano.

As vendas totalizaram 380,9milmilhões de dólares. Na relaçãoanual, a altanosvaloresvendidos foide7,9por cento sobreDezembrode2009.Os números são ajustados sa-zonalmente emdecorrência do pe-ríodo de feriados de fimde ano.O volume de vendas subiu 6,6

por cento na relação dos 12 últimosmeses. Tambémestão contabiliza-das nos dados as vendas de serviçosrelativos à alimentação.

O indicador ficou um poucoabaixo das expectativas domerca-do financeiro que esperava alta de0,7 por cento.As informaçõesdodepartamento

são compiladas por meio de umaamostragemrealizadacomcercade5.000 empresas retalhistas e servi-çosdealimentação, cujasvendassãoponderados e comparadas para re-presentarouniverso total demaisdetrêsmilhõesdeempresasde retalho.

A Zona Euro teve um défice co-mercial de 400 milhões de euros(527 milhões de dólares) em No-vembro, após um superavit de 4,7mil milhões de euros em Outubro(6,2milmilhõesdedólares), segun-do dados publicados na sexta-feirapelaAgênciaEuropeia deEstatísti-cas (Eurostat).OEurostat reviuembaixaasuaes-

timativa anterior paraOutubro, queprevia até agoraumsuperavit de5,2mil milhões de euros. As importa-çõesaumentaramemNovembro4,4porcentoemrelaçãoaomêsanterior,diantedeumaprogressãodeapenas0,2porcentodasexportações.

Em Novembro de 2009, a ZonaEuro, integrada desde 1 de Janeiropor 17países comaadesãodaEstó-nia, registouumsuperavit comercialde3,1milmilhõesdeeuros.Para o conjunto dos 27 países da

União Europeia (UE), o défice co-mercial foi de 14,7 mil milhões deeurosemNovembro, claramente su-perior aosdadosdeOutubro (déficede7,3milmilhõesdeeuros)edeNo-vembro de 2009 (défice de 7,9 milmilhõesdeeuros).As exportações da UE aumenta-

ram apenas 0,3 por cento nummês,enquanto as importações progredi-ram6,1porcento.

OBancoMundial (BM) indicouque após a melhoria registada nofim da crise, a economia mundialentra numa nova fase de cresci-mento, emquasemetade dos paísesem desenvolvimento, soube a PA-NA. Esta informação consta dumrelatório divulgado pelo BancoMundial, intitulado “PerspectivasEconómicasMundiais de 2011”.OBM indicou que o crescimento

mundial está lento, apesar de “estarsólido neste ano e no próximoano”. A instituição de BrettonWoods considera que o Produto In-terno Bruto (PIB) mundial, queatingiu 3,9 por cento em 2010, di-minui 3,3 por cento em 2011 antesde subir para 3,6 por cento em2012. “Os países em desenvolvi-mento devem afixar taxas de cres-cimento de sete por cento em2010,seis por cento em 2011 e 6,1 porcento em2012.Eles vão continuar a ultrapassar

as taxas de crescimento dos paísesde rendimento elevado para osquais as taxas de crescimento indi-cam projecções na ordem de 2,8por cento em 2010, 2,4 por centoem 2011 e 2,7 por cento em20122”, sublinhou o relatório.

Em Abu Dhabi o Primeiro Ministro português tenta diversificar o mercado de exportações

A crise financeira continua a fazer estragos no sector bancário dos Estados Unidos

AFP

JoséSócrates emmissãodenegóciosREUTERS

FUNDOEUROPEUDEESTABILIZAÇÃOFINANCEIRA

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JORNAL DE ANGOLA

Page 11: Edição - 17.01.11

|ECONOMIA|11JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

PRODUTOSMAIS IMPORTADOSEM2010

JOÃO DIAS|

O segundo trimestre do anopassado registou um forte incre-mento dos níveis de importa-ções, totalizando a entrada de 2,5milhões de toneladas, de acordocom dados expressos no BoletimEstatístico do Conselho Nacionalde Carregadores (CNC).Entre o universo dos 100 produ-

tosmais importados, há realçar ci-mento hidráulico, automóveis depassageiros, malte, leite e arroz.Relativamente a quantidades, nototal contabilizaram-se 654.515 to-neladas de cimento, o que traduzcerca de 24 por cento, enquantoneste período ficou registada a en-trada de 287.283 automóveis depassageiros e outros veículos, in-cluindo os veículos de usomisto.Nos alimentos, foram importa-

das 228.264 toneladas de malte,produto usado na fabricação de cer-veja.Ainda nesse período, o Con-selhoNacional deCarregadores re-gistou a entrada de 111.009 tonela-das de leite. O arroz como quintoprodutomais importado atingiu as93. 027,70 toneladas.O Conselho Nacional de Carre-

gadores registou a entrada de84.628,13 toneladas de farinha detrigo.As carnes emiudezas comes-tíveis, frescas, refrigeradas ou con-geladas foram importados em66.541 toneladas.Relativamente aos adubos e ferti-

lizantesmineraisouquímicos foram

importados 63mil toneladas. Entreos principais portos de destino demercadorias importadas, o Portode Luanda foi o quemais se desta-cou emquase todas asmodalidadesdurante o segundo trimestre do anopassado com a entrada de1.946.863 toneladas. O segundofoi o Porto doLobito com356.388,seguido do Porto do Namibe com174.666 toneladas, do Soyo com82.525 eCabinda com77.063.

Principais fornecedores

AÁsia foi o principal fornecedorde produtos para o país durante osegundo trimestre de 2010, com35,99 por cento do total de merca-dorias que entraramemAngola, en-quanto a América foi o segundocom31,27 (838.322 toneladas) porcento do total, seguido da Europacom28,09por cento (753.119 tone-ladas). África com 4,61 por cento

(123.478 toneladas) e a Austráliacom 0,03, 917,33 toneladas foramos quemenos exportaramparaAn-gola. Relativamente aosmercados,a China continua a liderar a listados principais mercados para An-gola, que desta vez foi responsávelpor 30,75 por cento do total de pro-dutos que entraram emAngola, se-guido de Portugal, Brasil e da Bél-gica. A França foi o quinto maiorfornecedor à frente dos Estados

Unidos daAmérica. Omelhor par-ceiro africano foi a África do Sulcom 2,64 por cento do total, ocu-pando o sétimo lugar e oCongo nodécimo sétimo lugar.Alista dos 100maiores importa-

dores durante o segundo trimestrede 2010 é liderada pela Chinangol,com 10,83 por cento do total, se-guido daMutebaDistribuição com4,69 por cento e daADistribuidoracom 4,14 por cento do total.AAn-goalissar é o quarto à frente da So-co-fis Comércio e daNestléAngo-la.ANovaCimangola, que duranteo ano passado foi o principal im-portador do país, não passou do dé-cimo lugar com apenas 1,82 porcento do total de produtos.OConselhoNacionaldeCarrega-

dores registouduranteesteperíodoaentradade78.084contentores, con-traos48.833contentores registadosnos primeiros três meses. No total,entraramnopaís 34mil contentoresde20pése18.373de40pés,enquan-toonúmerodecontentores frigorífi-cos ficoupelos4.413contraos3.618contentores do trimestre anterior.OPortodeLuanda registou,nosegun-do trimestrede2010,umaumentode6,70porcentonaentradadeconten-tores de 20 pés e de 7,79 por centonos contentores de 40 pés, em com-paraçãocomoprimeiro trimestre.OPorto deLuanda foi tambémoprin-cipal ponto de entrada de veículoscom um registo de mais de 17 milveículos contra os mais de 14 milregistados noprimeiro trimestre.

COSTADOMARFIM

AUniãoEuropeia endureceu on-tem as sanções contra o l Presiden-te da Costa do Marfim, LaurentGbagbo, congelando activos dosprincipais portos marfinenses ex-portadores de cacau, da empresapetrolífera estatal e de três bancos.Amedida é a mais recente entre

os esforços internacionais para per-suadir Gbagbo a deixar o cargo.Alista daUE também inclui a refina-ria estatal SIR, o órgão encarrega-do do sector da borracha no país, acompanhia energética Sogepe e aemissora nacionalRTI.Odiário oficial daUEafirma que

as empresas e instalações “estão aajudar a financiar o Governo” deGbagbo.O bloco europeu impôs sanções

inicialmente em Dezembro, de-pois da eleição de 28 de Novem-bro, alegando que foi ganha pelocandidato da oposição, AlassaneOuattara. Gbagbo cita o parecer doConselhoConstitucional, segundoa qual os resultados foram mano-brados para prejudicá-lo e que éele o vencedor. Ainda de acordocomo diário oficial daUE, a emis-sora RTI é responsável por “incitar

ao ódio e à violência por participarde campanhas difamatórias rela-cionadas com a eleição presiden-cial de 2010. Todos os fundos ourecursos económicos pertencentes,mantidos ou controlados legalmen-te ou de facto por pessoas entidadesou organizações devem se congela-dos”, diz a publicação. AUE tam-bém manteve o congelamento de

activos e a proibição de concessãode vistos paraGbagbo e 84 dos seuspartidários, incluindo a sua esposa,ministros, outras autoridades e edi-tores de jornais.Umporta-voz do bloco europeu

disse que ainda é muito cedo parater uma ideia de como a actividadeeconómica daCosta doMarfimvaiser afectada pelas sanções.

GUINÉ-BISSAU

Governo quer cobrar mais taxas e impostos

JORNAL DE ANGOLA

Cidade de Abdjan a capital da Costa do Marfim

As viaturas estão entre os produtos mais importados em Angola durante o ano passado de acordo com o Conselho Nacional de Carregadores

PEDRO EDUAEDO

União Europeia endurece sanções

Bons registos de importação no ano passado

Osecretário deEstado doTesou-ro da Guiné-Bissau, José CarlosCasimiro, disse na sexta-feira que épreciso aumentar o número de pes-soas que pagam impostos no país ecombater a economia informal.“Anível interno a nossa pressão

fiscal é extremamente baixa e épreciso de facto que aumentemos anossa pressão fiscal”, disse.Nos países daUnião Económica

Monetária da África Ocidental

(UEMOA), aGuiné-Bissau é o quetem a mais baixa pressão fiscal,que representa 7,0 por cento doPIB, contra 14 por cento da médiada região.“Há um esforço importante a fa-

zer e que implica efectivamenteum alargamento da base tributáriae levar mais pessoas a pagarem ta-xas e impostos”, salientou JoséCarlos Casimiro. Esse esforço“também passa pelo combate ao

sector informal e levar as pessoas averem a importância de estarem nosector formal”, segundo o secretá-rio de Estado.

O aumento da pressão fiscal naGuiné-Bissau é considerado peloFundo Monetário Internacional(FMI) comoumdos desafios a con-cretizar pelas autoridades guineen-ses após o anúncio de um alívio dadívida em mais de mil milhões dedólares.

BRASIL

Oministro brasileiro da Fazen-da (Finanças), Guido Mantega,apresentou na sexta-feira, na pri-meira reunião ministerial do Go-verno, uma projecção de cresci-mentomédio anual de 5,9 por cen-to ao ano até 2014.Amédia duran-te os oito anos domandato deLulafoi de 4,0 por cento.Oministro também apresentou

dados quemostramque o nível deinvestimento no Brasil atinge 24por cento do PIB em 2014. Hoje,esse índice é de 19 por cento.

A apresentação de Mantega,feita no formato Power Point, co-mo gosta a Presidente DilmaRousseff, sublinhou que o “Go-verno Lula colocou o Brasil narota do desenvolvimento susten-tável” e que “o Governo Dilmavai consolidar o desenvolvimen-to e colocá-lo em patamaresmaiselevados”.Oministro afirmou, na apresen-

tação, que o crescimento do país é“sustentável e semdesequilíbriosmacroeconómicos, com inflaçãosob controlo, com solidez fiscal eaumento de reservas”.Noentanto,

disse que “o sucesso do país trazum problema: valorização cam-bial”.Para manter esse crescimento,

Mantega disse que oBrasil preci-sa criar condições para “desonera-ções e redução dos juros”. Deacordo com o ministro, que nãocitou o esperado valor dos cortesno Orçamento 2011, o esforçoeconómico do Governo “não setrata de um ajuste fiscal clássico,com desemprego, recessão e re-dução dos investimentos”, masum “esforço de racionalização dedespesas comaumento da eficiên-cia do gasto público”.Um dos dados avançados pelo

ministro mostra que 2010 deveapresentar umvolume de investi-mentos públicos de 122,2milmi-lhões de reais (72,5 mil milhõesde dólares), 73,1 mil milhões dereais de estatais (43, 3milmilhõesde dólares) e 49,1 mil milhões dereais da União (29,1 mil milhõesde dólares). O valor representaum crescimento de 22 por centoem relação a 2009, chegando a 5,1por cento doPIB.

Crescimento médiocom ligeira subida

O Brasil regista níveis satisfatórios de crescimento económico

JORNAL DE ANGOLA

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12|PUBLICIDADE| JORNAL DE ANGOLA• Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

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(184)

ABANDONO DE POSTO DE TRABALHOA Empresa de Distribuição de Electricidade, EDEL-EP, vempor este meio e nos termos do Artigo 254º da Lei Geral de Tra-balho comunicar que o trabalhador DOMINGOS LUÍS BER-NARDO, se encontra em situação de Abandono de Trabalho,pelo facto de estar ausente do seu posto de trabalho por um pe-ríodo de mais de duas (2) semanas consecutivas, sem qualquerjustificação para o efeito.Informamos, igualmente que se nos próximos três (39 dias úteisapós a data da publicação deste aviso não justificar documen-talmente as razões da sua ausência e a impossibilidade de tercumprido a obrigação de informação, conforme o disposto no nº2 doArtigo 254º da LGT, considerar-se-á Abandono do Posto deTrabalho.

Luanda, aos 12 de Janeiro de 2011.(103.437)

Page 14: Edição - 17.01.11

14|PUBLICIDADE| JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

A CABGOC (Cabinda Gulf Oil Company) é uma subsidiária da Chevron Corporation, uma das maiorescompanhias de energia a nível mundial, com negócios em cerca de 180 países. A CABGOC está a ex-pandir-se rapidamente e a entrar num período de significativo investimento de capital para impulsionaro crescimento da produção a longo prazo, e vem por este meio convidar todos os candidatos com qua-lificações, experiência e prática, eventualmente interessados na nossa empresa, a apresentarem as suascandidaturas a emprego.

Engenheiro de Reservatórios de Gás (Ref : 02664142)

Local de Trabalho: Luanda

Qualificações: Licenciatura em Engenharia de Petróleos, Engenharia Química ou Geologia

Experiência: Mínima de 10 anos de experiência como estimador de Reservas qualificado, na na áreade desenvolvimento do Gás Natural, com conhecimentos actualizados sobre os processos de reservasda Chevron, SEC e SPE, e sobre a relação com a estrutura de Gestão de Reservatórios e os processosplanificação empresarial. Dá-se preferência a quem possua experiência em simulação de reservatóriosde gás e petróleo ou em Engenharia de Produção.

Aptidões:

• Exige-se:

• Capacidade de avaliar reservas de hidrocarbonetos existentes e recuperáveis numa grande variedadede reservatórios, em conformidade com os padrões da Chevron, SEC e SPE.• Capacidade de trabalhar em ambiente internacional, multicultural, com forte interesse e aptidões paraformar e orientar os empregados nacionais.• Capacidade de coordenar e comunicar-se com várias equipas/departamentos, níveis organizacionais,bem como estabelecer a ligação entre o pessoal da Unidade Empresarial e da Sede.• Capacidade de impulsionar o aperfeiçoamento de processos e gerir mudanças.• Fluência em língua inglesa falada e escrita.• Fluência em língua portuguesa falada e escrita.• Possuir excelentes conhecimentos de informática (Excel,Word, Outlook e Powerpoint, etc).

COMO APRESENTAR A CANDIDATURA:

Os candidatos interessados poderão enviar os seus currículos para os seguintes endereços: AvenidaLenine, nº. 77 (em frente ao Instituto ISCED), em Luanda, ou para os escritórios da CABGOC junto aoLargo do Ambiente, em Cabinda.

As candidaturas deverão ser entregues até ao dia 19 de Janeiro de 2011.Como alternativa, poderão ainda candidatar-se via Internet através da Web site da Chevron:www.chevroninangola.com.

OPORTUNIDADES DE CARREIRA OPORTUNIDADES DE CARREIRA

(103.430 a)

ACABGOC (Cabinda Gulf Oil Company) é uma subsidiária da Chevron Corporation, uma das maiores com-panhias de energia a nível mundial, com negócios em cerca de 180 países. A CABGOC está a expandir-se rapidamente e a entrar num período de significativo investimento de capital para impulsionar ocrescimento da produção a longo prazo, e vem por este meio convidar todos os candidatos com qualifica-ções, experiência e prática, eventualmente interessados na nossa empresa, a apresentarem as suas can-didaturas a emprego.

Engenheiro de Petróleos doTakula– (Ref.02664140 )

Local de Trabalho: Malongo

Qualificações:Licenciatura em Engenharia de Petróleos, Engenharia Química, ou em Engenharia Mecânica.

Experiência: Mínima de 10 anos em várias áreas de Engenharia de Petróleos.

Aptidões:

• Exige(m)-se:

• Vasta experiência na gestão e operações de injecção de água, incluindo a monitorização, análise e opti-mização.• Conhecimento prático de diferentes técnicas de gestão de reservatórios para os diferentes tipos de re-servatórios.• Experiência em cálculos de reservas do campo utilizando métodos determinísticos e probabilísticos emconformidade com os padrões da Chevron, SEC e SPE.• Experiência em processos de planificação empresarial usados em grandes companhias produtoras depetróleo e gás.• Capacidade de liderar com vários projectos e orientar diversas equipas técnicas.• Capacidade de comunicação com equipas de outras áreas, num ambiente de trabalho multicultural.• Capacidade de orientar profissionais menos experientes e promover a cooperação e colaboração entreos membros da equipa.• Fluência em língua inglesa (falada e escrita).• Fluência em língua portuguesa (falada e escrita).• Possuir excelentes conhecimentos de informática (Excel,Word, Outlook e Powerpoint, etc).

COMO APRESENTAR A CANDIDATURA:

Os candidatos interessados poderão enviar os seus currículos para os seguintes endereços: Avenida Le-nine, nº. 77 (em frente ao Instituto ISCED), em Luanda, ou para os escritórios da CABGOC junto ao Largodo Ambiente, em Cabinda.As candidaturas deverão ser entregues até ao dia 19 de Janeiro de 2011.Como alternativa, poderão ainda candidatar-se via Internet através da Web site da Chevron:www.chevroninangola.com.

(103.430)

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DO DESENVOLVIMENTO RURALE DAS PESCAS

INSTITUTO DOS SERVIÇOS DE VETERINÁRIADEPARTAMENTO PROVINCIAL DE LUANDA

A V I S O

Pelo presente e nos termos da alínea e) do Art. 8º do Decreto Executivon.º 127/06, de 22 de Setembro, Publicado no Diário da República I Sérienº 115, e em conformidade com o estipulado na Lei 4/04, de 13 deAgosto,Publicado no Diário da República I Série n.º 65, respectivamente.

São chamadas as Empresas e pessoas singulares detentoras deestabelecimentos de comércio de produtos de origem animal e/ouseus derivados ( Talhos, Peixarias, Entrepostos frigoríficos, Leitarias, Sal-sicharias, Cantinas, Cabritarias, Matadouros, Casas de Matanças, Hotéis,Supermercados Restaurantes e Similares, etc.):

1- A procederem a renovação das Licenças de Exploração para o ano de2011, até 15 de Abril do corrente ano;

2- O não cumprimento do exposto no ponto anterior, implicará a aplicaçãodesançõesaoabrigodoartigo 80º, pontos 1,2,3 - do capituloVII-Transgressõese Penalidades, constantes do Regulamento da Lei de Sanidade Animal,Decreto Nº 70/08 de 11 de Agosto, Publicado no Diário da República ISérie nº 149.

Luanda, aos 12 de Janeiro de 2011.

O Chefe do DepartamentoEdgar Félix Natanel Dombolo.

(Médico Veterinário)

(118)(132)

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011 |PUBLICIDADE|15

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ABANDONO DE TRABALHO

A Empresa, Fune-Angola, Agências Funerárias deAngola,Importação e Exportação, Lda vem por meio e nos termosda Lei Geral do Trabalho, da alínea c) nº 2/00, de 11 deFevereiro, artigo 254.º, convocar o trabalhador Paulo Do-mingosAntónio, que está ausente do seu local de trabalhohá mais de 15 (quinze) dias consecutivos, sem qualquerjustificação.

Mais informamos de que o mesmo tem 3 (três) dias úteisapós a publicação da presente convocatória, para justificardocumentalmente as razões das ausências, bem como aimpossibilidade do cumprimento com a obrigação de in-formação e justificação da mesma.Caso não justifiquem no prazo estipulado, consideremosAbandono de Trabalho do funcionário acima citado.

Luanda, aos 13 de Janeiro de 2011.

16|PUBLICIDADE| JORNAL DE ANGOLA• Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

Instituto Superior João Paulo II (ISUP II)Instituição vocacionada para Educação eEnsino Superior tem abertas as inscriçõespara o Ano Académico de 2011, para osseguintes Cursos Superiores:

•Licenciatura em Serviço Social•Licenciatura em Educação Moral e Cívica

Inscrições abertasaté12 de Fevereiro de 2011

Avenida Ho Chi Min-LUANDALargo das EscolasTelefone: 222328572/ 222 326 808

(79

INSCRIÇÕES ABERTASO CIS, Instituto Superior de Ciências Sociais eRelações Internacionais, situado em Talatona,Luanda Sul, tem abertas as inscrições para oAno Académico de 2011, para os seguintesCursos Superiores:

• Economia• Relações Internacionais• Administração Pública• Ciência Política• Sociologia• Psicologia

Contactos através dos terminais telefónicos:• 222 406 886• 917 075 738• 914 695 005

SAPERE AUDE: ATREVE-TE A PENSAR,OUSAASSUMIR O CONHECIMENTO!

(103.414)

Sociedade de Gestão Empresarial, Lda.RUA N’GOLA KILUANJI Nº. 258TEL.- 222381124 - 222381259 - 222381346 FAX 222381044 CP 2607Email: [email protected] - ANGOLA

Contribuinte nº. 5403086331

CONVOCATÓRIA

É convocada umaAssembleia Geral de Sócios a terlugar nas nossas instalações sita na Rua N’gola Ki-luangi nº 258, no dia 30 de Janeiro do corrente, às14 horas, com a seguinte ordem de trabalhos:

ÚNICO - Aumento do Capital Social

A referida Assembleia terá início a hora marcadacom os Sócios presentes, pelo que é obrigatória apresença de todos.

Luanda, aos 11 de Janeiro de 2011.

JOSÉ BRITOAdministrador

PEDIDO DE COMPARÊNCIA

A Direcção de Recursos Humanos da So-nAir Serviço Aéreo, S.A. solicita a compa-rência do colaborador, José Luís CruzRocha, a fim de tratar de assuntos do seuinteresse. O mesmo deverá apresentar-seà referida Direcção, no período de 3 (três)dias, após à data de publicação desteanúncio.

Luanda, aos 12 de Janeiro de 2011

A Direcção de Recursos Humanos

(00128)

(140)

ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CHINESA

CONSTRUÍMOS O PROJECTO EM SEUTERRENO

_______________________________________

Tel 929035019 ou 917672740Obs: Construção de casas , muros ,coberturas ealumínio.

Barato, Rápido e Eficiente!(018)

ANÚNCIO DE ADMISSÃO

Assistente de Recursos Humanos (a) e (b)Assistente de Facturação (a) e (b)Assistente de Contabilista e Tesoureiro (a) e (b)Tesoureiro (a) e (b)Motorista (a).

Dá-se Preferência:

Experiência há mais de 3 anos (a)Conhecimento do Programa PMR (b)

OBS: Os interessados deverão enviar, Curriculum Vitae,para caixa postal 10.449 B.G. - Luanda, com fotocópiaB.I.

ABANDONO DE TRABALHO

O Departamento de R. Humanos das Organizações Sa-lala, Lda vem por este meio convocar os trabalhadores:Luemba Moisés Nanteza, Francisco Mateus e HamiltonFrancisco para no prazo de três dias úteis a contar da datada publicação do presente comunicado, justificar docu-mentalmente as suas ausências, em virtude de ter incor-rido em abandono de trabalho, nos termos do que dispõea alínea c) do nº 2 do artigo 254º da L.G.T. Caso não ofaça no prazo referido, serão considerados extintos os res-pectivos vínculos laborais.

Departamento de Recursos Humanos

Luanda, aos 13 de Janeiro de 2011

(136)(131)

(139)

ALUGA-SESalas para escritórios, serviço de se-gurança, água e luz (incluídos), na RuaAlfredo Troni, nº 26, 1º, no edifício daPasterlaria Arábica, da Loja de VinhosAtlanfina e Nova Câmbios, por trás doedifício sede do BPC Marginal.TLM: 912-505-741

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011 |PUBLICIDADE|17

(103.434)

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18|PUBLICIDADE| JORNAL DE ANGOLA• Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

OP: JF

(51.318)

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011 |PUBLICIDADE|19

(120a)

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20|PUBLICIDADE| JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

(126)

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|PUBLICIDADE|21JORNAL DE ANGOLA• Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

(103.398)

(103.438)

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 20112222||PPUUBBLLIICCIIDDAADDEE||

(103.429e)

OPORTUNIDADES DE CARREIRA

A CABGOC (Cabinda Gulf Oil Company) é uma subsidiária da Chevron Corporation, uma das maiorescompanhias de energia a nível mundial, com negócios em cerca de 180 países. A CABGOC está a ex-pandir-se rapidamente e a entrar num período de significativo investimento de capital para impulsionar ocrescimento da produção a longo prazo, e vem por este meio convidar todos os candidatos com qualifi-cações, experiência e prática, eventualmente interessados na nossa empresa, a apresentarem as suascandidaturas a emprego.

Engenheiro de Produção - Tombua Landana – (Ref. 02664144)

Local de Trabalho: Luanda

Qualificações:Licenciatura em Engenharia de Petróleos, Engenharia Química ou Engenharia Mecânica

Experiência: Mínima de 10 anos de experiência na indústria .

Aptidões:

• Exige(m)-se:

• Capacidade de liderar equipas.• Experiência e capacidade de tomar decisões nas áreas de Engenharia de Produção e de Operações.• Experiência de trabalho como mentor e capacidade de obter consenso no seio da equipa e trabalhar demaneira eficaz num ambiente colaborativo multi-disciplinar e multi-cultural.• Competente na área de Excelência Operacional.• Capacidade de comunicação a fim de manter a direcção informada sobre as actividades em curso• Excelente capacidade técnica e analítica e conhecimentos de Engenharia e Operações de Produção.• Conhecimentos das Melhores Práticas em termos de Tecnologia de Produção, modernização de poços,optimização de produção, técnicas de elevação artificial e asseguramento de fluxo.• Exige-se experiência na operação de equipamentos no offshore.• Capacidade comprovada de utilização de softwares-padrão da indústria tais como IPM (Prosper & GAP),DSS, Peep, SCADA.• Capacidade comprovada de planificação de operações, tratamento dos aspectos financeiros (Opex,Capex, decisões de investimentos) e controlo de custos.• Capacidade de elaborar conceitos de completamentos apropriados para novas sondagens e trabalhosde recondicionamento. • Conhecimentos sobre o reconhecimento e resolução de problemas operacionais de GL e ESP. • Fluência em língua inglesa (falada e escrita).• Fluência em língua portuguesa (falada e escrita).• Possuir excelentes conhecimentos de informática (Excel,Word, Outlook e Powerpoint, etc).

COMO APRESENTAR A CANDIDATURA:Os candidatos interessados poderão enviar os seus currículos para os seguintes endereços: Avenida Le-nine, nº. 77 (em frente ao Instituto ISCED), em Luanda, ou para os escritórios da CABGOC junto ao Largodo Ambiente, em Cabinda. As candidaturas deverão ser entregues até ao dia 19 de Janeiro de 2011.Como alternativa, poderão ainda candidatar-se via Internet através da Web site da Chevron: www.chevroninangola.com.

(103.430 b)

A CABGOC (Cabinda Gulf Oil Company) é uma subsidiária da Chevron Corporation, uma das maiorescompanhias de energia a nível mundial, com negócios em cerca de 180 países. A CABGOC está a ex-pandir-se rapidamente e a entrar num período de significativo investimento de capital para impulsionar ocrescimento da produção a longo prazo, e vem por este meio convidar todos os candidatos com qualifi-cações, experiência e prática, eventualmente interessados na nossa empresa, a apresentarem as suascandidaturas a emprego.

Supervisor de Fiabilidade de Equipamento Rotativos– (Ref.02664141)

Local de Trabalho: Malongo

Qualificações: Licenciatura em Engenharia Mecânica ou 20 anos de experiência em trabalho commaquinas, 10 dos quais em fiabilidade de equipamentos rotativos.

Experiência: Mínima de 10 anos experiência em manutenção, fiabilidade ou engenharia de Maquinas, comexperiência comprovada em supervisão.e.

Aptidões:

• Exige(m)-se:

• Capacidade de liderança e competência técnicas e especializadas.• Conhecimento sobre o design, manutenção e fiabilidade de Equipamentos Rotativos.• Familiaridade com as Práticas Seguras de Trabalho e especificações e directrizes da API. • Grande capacidade analítica para a identificação e resolução de problemas e análise de dados.• Fluência em língua inglesa (falada e escrita).• Fluência em língua portuguesa (falada e escrita).• Possuir excelentes conhecimentos de informática (Excel,Word, Outlook e Powerpoint, etc).

COMO APRESENTAR A CANDIDATURA:

Os candidatos interessados poderão enviar os seus currículos para os seguintes endereços: Avenida Le-nine, nº. 77 (em frente ao Instituto ISCED), em Luanda, ou para os escritórios da CABGOC junto ao Largodo Ambiente, em Cabinda.

As candidaturas deverão ser entregues até ao dia 19 de Janeiro de 2011.Como alternativa, poderão ainda candidatar-se via Internet através da Web site da Chevron: www.chevroninangola.com.

(103.430 d)

OPORTUNIDADES DE CARREIRA

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011 ||PPUUBBLLIICCIIDDAADDEE||2233

Continua na Pág. 24

REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DAS FINANÇAS

SERVIÇO NACIONAL DAS ALFÂNDEGASSERVIÇO REGIONAL DAS ALFÂNDEGAS DO LOBITO

DEPARTAMENTO DO CONTENCIOSO ADUANEIRO

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 201124|PUBLICIDADE|

(103.431d)

(103435)

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|PUBLICIDADE|25JORNAL DE ANGOLA• Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

(170)

EMBAIXADA DOS E.U.A. EM ANGOLA

Venha fazer parte do quadro de funcionários da Embaixada dos Estados Unidos deAmé-rica em Angola, uma representação do Governo dos Estado Unidos de América em An-gola altamente respeitada com establidade que está a expandir os seus serviços e ondeterá a oportunidade de crescer profissionalmente.A Embaixada tem aberta as seguintes vagas:

• Assistente Administrativo para área de saúdeExige-se:

- 2º ano universitário na área de saúde, administraçãoou ou área de estudo relacionada;

- Mínimo 3 anos de progressiva experiênciaárea administrativa;

- Fluência em Português e Inglês;

• Assistente PoliticoExige-se:- Licenciatura em uma das seguintes áreas: Ciências Políticas, Economia, RelaçõesInternacionais, Artes Liberais, Administração e Negócios, Direito;- Mínimo 3 anos de experiência na área da política ou economia angolana;- Fluência em Português e Inglês;- Estar familiarizado com a terminologia médica e ter conhecimento da estrutura médicaangolana.- Capacidade para desenvolver e manter contactos com o Governo e com a comunidadeempresarial angolana;

• MotoristaExige-se:- 6ª Classe- 3 anos de experiência na área;- Fluência em Português e conhecimentos básicos de Inglês;- Portador de carta de condução profissional;- Conhecimento de manuntenção de automóveis.

Nota: Serão seleccionados para entrevista apenas os candidatos que possuam todos osrequisitos acima mencionados. Para mais informações sobre as responsabilidades des-tas posições, favor contactar a recepção da Embaixada, sita á Av. Presidente Houari Bou-mediene, No. 32 - Miramar, Luanda ou [email protected]. Os currículos em Inglêsdeverão ser dirigidos ao Director de Recursos Humanos, indicando a vaga que pretendee com n° de telefone, deverão ser entregues até ao dia 28 de Janeiro de 2011.

(103.440)

REPÚBLICA DE ANGOLAGOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA

DIRECÇÃO PROVINCIAL DA COMUNICAÇÃO SOCIALCOMUNICADO

O Governo da Província de Luanda, no quadro das suas responsabilidades e das exi-gências que o momento de transição, para uma boa governação, exige, iniciou, na manhãdo dia 13 de Janeiro de 2011, uma operação de reposição da legalidade, limpeza e or-denamento da Ilha de Luanda, desde a Chicala ao Ponto Final.Para o efeito, foram constituídas diversas brigadas de trabalho coordenadas pela Admi-nistração Municipal da Ingombota, englobando os sectores do Comércio, Hotelaria e Tu-rismo, Pescas, Gestão Urbana, Fiscalização, Capitania e Forças de Defesa e Segurança.Esta operação prossegue, nos próximos dias, com a inclusão de brigadistas voluntáriosque irão apoiar os esforços do Governo de Luanda na recuperação da imagem daquelaparcela do nosso território, cujo ambiente de servir a uma maior atraccão turística, orde-nada, legalizada e fiscalizada.Pretende-se, numa primeira fase, a remoção de resíduos sólidos (lixos), entulhos e su-catas, a desocupação e desobstrução das praias e locais públicos, a retirada das vendasilegais, o cadastro dos imóveis e a verificação da sua legalidade, a imposição dos princí-pios básicos de higiene e salubridade dos hotéis, restaurantes e similares e a remoçãode estruturas inacabadas ou em contradição com a lei.Numa segunda fase, aproveitando as sinergias de todos os que pretendem viver numaLuanda melhor, serão acompanhados os trabalhos de requalificação da Ilha de Luanda,colaborando no seu embelezamento e na dignificação dos aspectos típicos, tradicionaise culturais dos Axiluandas.Aos moradores da Ilha de Luanda, da Chicala ao Ponto Final, aos frequentadores assí-duos ou esporádicos, aos membros das diversas associações cívicas, igrejas, aos res-ponsáveis dos grupos carnavalescos, aos empresários de boa-fé e aos órgãos deComunicação Social, o Governo da Província de Luanda pede a máxima compreensãopara as medidas que estão em curso, exortando-os a denunciar às autoridades compe-tentes, quaisquer actos que atentem contra a ordem, segurança, bem-estar, higiene econforto de todos os luandenses.DIRECÇÃO PROVINCIAL DA COMUNICAÇÃO SOCIAL, 14 de Janeiro de 2011.

O Director

LADISLAU SILVA

“TRABALHEMOS UNIDOS PARAMUDAR LUANDA”www.gpl.gv.ao

(103439)

Page 26: Edição - 17.01.11

26|NECROLOGIA| JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

�DAVID MENDES (Velho João)

FALECEU

Maria David Mendes, Manuel David Mendes e João David Mendes (filhos) têm o dolorosodever de comunicar o falecimento do seu pai DAVID MENDES, ocorrido no dia 15/1/2011,na Província de Malanje. O funeral realiza-se hoje, em Malanje. (421)

�MANUEL FILIPE FIGUEIREDO

DEANDRADE

FALECEU

Anita Albano (esposa), Josina Figueiredo de Andrade, Antónia Figueiredo de Andrade, Tânia Figuei-redo de Andrade, Conceição Figueiredo de Andrade, Julião Figueiredo de Andrade e Albano Figuei-redo de Andrade (filhos) cumprem o doloroso dever de comunicar o falecimento do seu esposo e paiMANUEL FILIPE FIGUEIREDO DEANDRADE, ocorrido no dia 15/1/2011. O funeral realizar-se-á em data a anunciar oportunamente. (429)

�BERNARDADACONCEIÇÃOAGOSTINHO NETO DA SILVA

FALECEU

Genros, sobrinhos, netos e demais familiares cumprem o doloroso dever de comunicar o faleci-mento de BERNARDADACONCEIÇÃOAGOSTINHO NETO DASILVA, ocorrido em Luanda,no dia 13/1/2011. O funeral realiza-se amanhã, dia 18/1/2011, no cemitério de Sant’Ana, às 11h00,partindo o préstito fúnebre da Igreja Metodista Unida do Icolo Bengo, sita no Bairro Popular, ondeserá realizado o Culto de corpo presente às 8h00. (447)

�DELFINAMENDES DACOSTA

MISSA DO 30º DIA

Joaquim Rocha Martins (esposo), Gilda Martins, José Carlos Martins, Fernando Martins,Lucílio Mendes e João Daniel (filhos), Raquel Martins Djélcio Martins, Daniela Martins eElber Martins (netos) comunicam que será rezada Missa do 30º Dia, hoje, dia 17/1/2011, às18h00, na Igreja da Sagrada Família. Paz à tua alma. (427)

�DELFINAMENDES DACOSTA

RECORDAÇÃO

Mãe! A saudade bate forte, foi um imenso vazio que se abriu dentro de nós. Pensamos queera um pesadelo, mas hoje vimos que não. Passados 30 dias, nós perdemos a grande amiga,companheira, a mulher e mãe que foste, para todos nós, nunca te esqueceremos mãe! Teamamos muito, tu não sabes como sofremos todos os dias. Que a tua alma descanse em paz.Dos teus filhos Gilda Martins, Fernando e Zé Carlos. (426)

�MANUEL FILIPE FIGUEIREDO

DEANDRADE

FALECEU

Maria da Conceição FigueiredoAndrade, Amélia Figueiredo deAndrade, Joana Figueiredode Andrade, Josefina Figueiredo de Andrade, Palmira Figueiredo de Andrade e demais fa-miliares cumprem o doloroso dever de comunicar o falecimento do seu ente querido MA-NUEL FILIPE FIGUEIREDO DE ANDRADE, ocorrido no passado dia 15/1/2011. Ofuneral realizar-se-á em data a anunciar oportunamente. (428)

�EMÍLIAMÁRIO RABOLÉ

DAFONSECA (Mana)AGRADECIMENTO E MISSA

DO 7º DIAA família Rabolé da Fonseca agradece a todos que se dignaram em acompanhar as exéquiasfúnebres da sua ente querida EMÍLIAMÁRIO RABOLÉ DAFONSECA (Mana) e comuni-cam que será rezada Missa do 7º Dia, na Igreja da Sagrada Família, hoje, às 18h00. Que asua alma descanse em paz. (441)

�BERNARDADACONCEIÇÃOAGOSTINHO NETO DA SILVA

FALECEU

Marieta daSilvaGodinho, Felisbela daSilva deAlmeida,EsperançadaSilva (Avozinha), Francelina daSilva (Lina) eEli-sabethdaConceiçãodaSilva (Morena) cumpremodolorosodever de comunicar o falecimentoda suamãeBERNARDADACONCEIÇÃOAGOSTINHONETODASILVA, ocorrido emLuanda, no dia 13/1/2011. O funeral realiza-se ama-nhã, dia 18/1/2011, no cemitério de Sant’Ana, às 11h00, partindo o préstito fúnebre da Igreja Metodista Unida do IcoloBengo, sita noBairro Popular, onde será rezado oCulto de corpo presente às 8h00. (446)

�DIOGO KUTYDACUNHA

PEDRO (Júnior)FALECEU

As Madrinhas Tânia e Manucha comunicam o falecimento do seu ente querido afilhadoDIOGOKUTYDACUNHAPEDRO (Júnior), ocorrido no dia 15/1/2011, por doença. O fu-neral realiza-se em data a anunciar oportunamente. (438)

�DIOGO KUTYDACUNHAPEDRO

(Júnior)FALECEU

Pedimos a Deus que te guarde no céu como nós, nos nossos corações, das tias Neusa, Ma-nucha (Resisi), Miriane, dos avós Angelina, Marta, Bela, Linete e da tua segunda mãe tiaChinha. (436)

�EMÍLIAMÁRIO RABOLÉ DA

FONSECAMISSA DO 7º DIA

Luís Bargão (esposo), Lenildo da Fonseca Bargão, Elbaiza da Fonseca Bargão, Kissoleno daFonseca Bargão, Aricel da Fonseca Bargão e Adaiiza da Fonseca Bargão comunicam queserá rezada Missa do 7º Dia, hoje, dia 17/1/2011, às 18h30, na Igreja da Sagrada Família.

(444)

�ÉLSIO ROBERTO PINTO DA SILVA

MISSA DO 30º DIA

Querido filho, eras tudo em nossas vidas, a vaidade, orgulho, a esperança de te ver sorrir umdia, mas tudo acabou. Nosso lindo menino, descanse em paz ao lado do Senhor. RezaremosMissa em tua memória, na Igreja da Sagrada Família às 18h00. Recordam-te tua mãe, ir-mãos, tios e Taloca (madrinha). (405)

�EMÍLIAMÁRIO RABOLÉ DA

FONSECAMISSA DO 7º DIA

Viver não é proibido, realmente saber viver é perigoso, mas vamos tentar assim nesta es-perança com a brasa no peito e a flexa na alma. Recordam-te filhos e netos. (443)

SERVIÇO NECROLÓGICO TODOS OS DIAS DAS 9H00 ÀS 18H00

�MATEUS DE JESUS FIRMINO

FALECEU

Teresa Mateus (mãe), Matilde Firmino, Fernando Firmino, Rosa Firmino, Filomena Fir-mino, Augusto Firmino, Lizeth Firmino (irmãos) participam o falecimento do seu ente que-rido MATEUS DE JESUS FIRMINO, ocorrido no dia 14/1/2011, em Luanda, por doença.

(430)

�DAVID MENDESCONDOLÊNCIAS

ADirecção daAssociação Mãos Livres, trabalhadores e associados, manifestam ao seu pre-sidente de direcção o advogado DAVID MENDES, neste momento de dor pela perda doseu ente querido os sentimentos de coragem, pois, estamos juntos neste sofrimento.

(423)

�DAVID MENDESCONDOLÊNCIAS

Os membros de direcção e os militantes do Partido Popular rendem homenagem áquele quefoi o progenitor do seu presidente Dr. DAVID MENDES, que faleceu por doença, no dia15/1/2011. Nesta hora de dor, os cruzamos a família enlutada. (422)

�DAVID MENDESCONDOLÊNCIAS

É com profunda dor que o colectivo de advogados DAVID MENDES &Associados tomouconhecimento do falecimento do pai do nosso colega e companheiro de escritório, Dr. DAVIDMENDES.Ao ilustre colega e à família enlutada endereçamos as mais sentidas condolências.

(424)

�CLAUDINETH EPALANGA

CONDOLÊNCIAS

Foi com profunda dor e consternação que a Administração e a equipa de funcionários doBanco BIC tomaram conhecimento do passamento físico da sua estimada gerente no LobitoII, Sra. CLAUDINETH EPALANGA, ocorrido no dia 14 de Janeiro de 2011. À família en-lutada as mais sentidas condolências. (425)

�FRANCISCO DIOGO SIMÃO

(Chico)FALECEU

Teodora do Nascimento (esposa), Nata, Manguxi, Bibi (filhos), cumprem o doloroso deverde comunicar o falecimento do seu ente querido FRANCISCO DIOGO SIMÃO Chico),ocorrido no dia 13/1/2011, por doença. O funeral realiza-se hoje, segunda-feira, dia17/1/2011, às 10h00, saindo o préstito fúnebre da Igreja da Nossa Senhora de Fátima, parao cemitério de Sant’Ana. (435)

�FRANCISCO DIOGO SIMÃO

(Diogo Salango)FALECEU

Hermelinda Baptista (Filipa) cumpre o doloroso dever de comunicar o falecimento do seu tioe padrinho FRANCISCO DIOGO SIMÃO (Diogo Salango), ocorrido no dia 13/1/2011, pordoença. O funeral realiza-se hoje, segunda-feira, dia 17/1/2011, às 10h00, saindo o préstitofúnebre da Igreja da Nossa Senhora de Fátima, para o cemitério de Sant’Ana. Eterna saudadeem tua memória. Da tua afilhada e sobrinha. (434)

�FRANCISCO DIOGO SIMÃO

FALECEU

Pedro Diogo Simão (Diogo Salango) e filhos comunica que o funeral do seu ente queridoFRANCISCO DIOGO SIMÃO, se realiza hoje, segunda-feira, dia 17/1/2011, às 10h00, par-tindo o préstito fúnebre da Igreja da Nossa Senhora de Fátima (São Domingos), para o ce-mitério de Sant’Ana, estrada de Catete. Os nossos agradecimentos pela vossa presença.

(433)

�MATEUS DE JESUS FIRMINO

FALECEU

Filhos, sobrinhos e demais familiares participam o falecimento do seu ente querido MA-TEUS DE JESUS FIRMINO, ocorrido em Luanda, por doença. O funeral realiza-se hoje, dia17/1/2011, saindo dos Bombeiros no 1º Maio, às 10h00, para o cemitério de Sant’Ana. (439)

�AURORADE SOUSACOELHORECORDAÇÃO E MISSA DO 6º MÊS

Queridamãe!Completouontem,dia16/1/2011, seismesesdesdequepartiste, deixandosaudadesnosnos-soscorações.Ovaziodeixadopor tiéumarealidade,massabemosqueestásao ladodoSenhor.Recordam-te commuitas saudades teu filhoWalter de SousaGonçalves (Nino) e comunicam que será rezadaMissahoje, dia 17/1/2011, na Igreja daSagradaFamília, às 18h30. (445)

�ROSACRISTÓVÃO BALTAZAR

SALVADORMISSA DO 1º ANO

Sebastião Loureiro Salvador (esposo), Tony, Ângela (ausente), Diogo, Hugo,Arnaldo, Kátia,Avozinha, Ana, Alice, Catia, Sebastião, Beth, Jú, e Nana (filhos) comunicam que será re-zada Missa em memória de ROSA CRISTÓVÃO BALTAZAR SALVADOR, na sua resi-dência, no Bairro Tala-Hady, hoje, dia 17/1/2011, às 6h00. (453)

PROCURADE PARADEIRO

Desapareceu de casa dos seus pais, o menor de idade de nome MILTON PATRÍCIO. Pede-sea quem o tenha encontrado ou souber do seu paradeiro, o favor de ligar para os seguintes ter-minais 935189146/ 923335440 ou 923702935. (432)

PROCURADE PARADEIRO

Desapareceu de casa dos seus pais, o menor de 5 anos de idade de nome MELK JOAQUIMGONÇALVES. Pede-se a quem o encontrar ou souber do seu paradeiro, o favor de ligar paraos seguintes terminais 935189146/ 923335440 ou 923702935. (431)

�DIOGO KUTYDACUNHA

PEDRO (Júnior)FALECEU

Diogo Kuti Ramos Pedro e África Cláudio Lemos da Cunha Pedro (pais) Emanuel Mahatmada Cunha Pedro Maravilha e Meury (irmãos) cumprem o doloroso dever de participar o fa-lecimento do seu ente querido DIOGO KUTY DA CUNHA PEDRO (Júnior), ocorrido nodia 15/1/2011, por doença. O funeral realiza-se em data a anunciar oportunamente. (437)

�EMÍLIAMÁRIO RABOLÉ DA

FONSECAMISSA DO 7º DIA

Mana, é assim que carinhosamente te chamávamos e faz hoje, sete dias desde que partiste, conse-guiste ser aquilo que sempre sonhamos super mãe e amiga, é por isso que o perfume do amor con-tinuará sempre activo nos nossos corações. Comunicam que será rezada Missa em sua memóriahoje, dia 17/1/2011, na Igreja da Sagrada Família, às 18h00. Que a tua alma descanse em paz. (442)

�MATEUS DE JESUS FIRMINO

FALECEU

Anabela Gomes, Sara Simões, Ivone Cunha, Teresa Firmino, Elisa Firmino, Manuel Fir-mino, Paulo Sérgio, Jéssica Firmino, Clara Firmino e Orlando Firmino participam o faleci-mento do seu ente querido MATEUS DE JESUS FIRMINO, por doença. O funeral realiza-sehoje, dia 17/1/2011, saindo dos Bombeiros no 1º Maio, às 10h00, para o cemitério deSant’Ana. (440)

�ERICAROSSANAEDUARDO

MIALAFALECEU

Daniel Joaquim Sebastião Neves (esposo), Luciana Eduardo João Miala (mãe) cumprem odoloroso dever de comunicar o falecimento da sua ente querida ERICA ROSSANAEDUARDO MIALA, ocorrido no dia 13/1/2011, por acidente. O funeral realiza-se hoje, dia17/1/2011, saindo o préstito fúnebre do Bairro Rangel para o cemitério de Sant’Ana. Sauda-des da família e amigos. (449)

�LUÍS DO NASCIMENTO

(Papo do Kaveia)RECORDAÇÃO DO 6º ANO

Querido e amigo, seis anos são passados, as saudades aumentam. Recordam-te sua esposa,filhos, netos e bisnetos. Que a sua alma descanse em paz. (451)

�DANIELAMIALANEVES

FALECEU

Daniel JoaquimSebastiãoNeves(pai),CatarinaNeves,AnaNeves(tias)eLucianaMiala (avó)cumpremodolorosodever de comunicar o falecimentoda sua ente queridaDANIELAMIALANEVES, ocorridonodia 13/1/2011, por acidente.O funeral realiza-se hoje, dia 17/1/2011, às 10h00, saindoopréstito fúne-bre doBairroRangelparaocemitériodeSant’Ana.Deixandosaudades à família e amigos, queridaDA-NIELA, partes fisicamentemas espiritualmente estarás sempre connosco. (450)

�MARIA JOSÉ DOMINGOS

AGRADECIMENTO

Maria Joaquina da Silva, Fausto Seródio, Marcelino Filipe e toda a família agradecem àIgreja do Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo em particular (Benguela) e todos que se dig-naram acompanhar a nossa querida mãe, tia, avó, bisavó e trisavó Maria até à sua últimamorada. Muito obrigado pelo amor e carinho prestados. Que a sua alma descanse em paz.

(448)

�MANUELCARLOS PINTO

FALECEU

Carlos Manuel Pinto cumpre o doloroso dever de comunicar aos demais familiares e ami-gos falecimento do seu ente querido MANUEL CARLOS PINTO. O funeral realiza-se, napróxima terça-feira, dia 18/1/2011. (452)

�JOAQUIMALVES MANUEL

FALECEU

Justina Alves da Costa Manuel (mãe), Alberto Alves da Costa, José Alves da Costa Júnior,AdolfoAlves da Costa e LeonorAlves da Costa (tios) comunicam o falecimento do seu entequerido JOAQUIM ALVES MANUEL, ocorrido no dia 14/1/2011, por doença. O funeralrealiza-se amanhã, dia 18/1/2011, no cemitério do Alto das Cruzes, às 11h00. (454)

�JOAQUIMALVES MANUEL

FALECEU

Conceição Lopes (irmã), António Lopes (cunhado), Necy, Wid e Oldinho (sobrinhos) co-municam o falecimento do seu ente querido JOAQUIMALVESMANUEL, ocorrido no dia14/1/2011, por doença. O funeral realiza-se amanhã, dia 18/1/2011, no cemitério do Altodas Cruzes, às 11h00. (455)

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|PUBLICIDADE|27JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

A CABGOC (Cabinda Gulf Oil Company) é uma subsidiária da Chevron Corporation, uma das maiorescompanhias de energia a nível mundial, com negócios em cerca de 180 países. A CABGOC está a ex-pandir-se rapidamente e a entrar num período de significativo investimento de capital para impulsionaro crescimento da produção a longo prazo, e vem por este meio convidar todos os candidatos com qua-lificações, experiência e prática, eventualmente interessados na nossa empresa, a apresentarem as suascandidaturas a emprego.

Chefe de Equipa de Reservas – (Ref.02664143 )

Local de Trabalho: Luanda

Qualificações:Licenciatura em Engenharia de Petróleos, Engenharia Química ou Geologia

Experiência: Mínima de 10 anos de trabalho como Estimador de Reservas Qualificado, com conheci-mentos actualizados sobre os processos de reservas da Chevron, SEC e SPE, e sobre a relação com aEstrutura de Gestão de Reservatórios e os processos Planificação Empresarial.

Aptidões:

• Exige(m)-se:• Capacidade de avaliar reservas de hidrocarbonetos existentes e recuperáveis numa grande varie-dade de reservatórios, em conformidade com os padrões da Chevron, SEC e SPE.• Capacidade trabalhar em ambiente internacional, multicultural, com forte interesse e aptidões para for-mar e orientar os empregados nacionais.• Capacidade de coordenar e comunicar-se com várias equipas/departamentos, níveis organizacionais,bem como estabelecer a ligação entre o pessoal da Unidade Empresarial e da Sede.• Capacidade de impulsionar o aperfeiçoamento de processos e gerir mudanças.• Fluência em língua inglesa (falada e escrita).• Fluência em língua portuguesa (falada e escrita).• Possuir excelentes conhecimentos de informática (Excel,Word, Outlook e Powerpoint, etc).

COMO APRESENTAR A CANDIDATURA:

Os candidatos interessados poderão enviar os seus currículos para os seguintes endereços: AvenidaLenine, nº. 77 (em frente ao Instituto ISCED), em Luanda, ou para os escritórios da CABGOC junto aoLargo do Ambiente, em Cabinda.

As candidaturas deverão ser entregues até ao dia 19 de Janeiro de 2011.Como alternativa, poderão ainda candidatar-se via Internet através da Web site da Chevron:www.chevroninangola.com.

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GEÓLOGO SÉNIOR DE METAIS BÁSICOS X 4

REQUISITOS• Licenciatura em Geologia• Pelomenos 5 anos de experiência emGeologia de exploraçãomineirae modelling 3D – de preferência em Ferro e Manganês• Capacidade de liderar, treinar e partilhar conhecimentos• Capacidade de preparar, apresentar e analisar relatórios técni-cos de Geologia• Experiência de informática a nível de utilizador• Inglês falado e escrito fluentemente

Geólogo Estagiário x 4• Licenciatura em Geologia• Alguma experiência em Geologia será vantajoso, mas não man-datório• Bastante vontade de aprender e crescer na área de Geologia e ex-ploração mineira• Conhecimento de informática a nível de utilizador• Inglês falado e escrito fluentemente será vantagosa mas não man-datórioOs candidatos com êxito deverão estar disponíveis para trabalharem área remota a tempo integral.Os interessados devem enviar o Curriculum Vitae, cópia de Certifi-cados e Bilhete de Identidade, mencionando a vaga a que se estãoa candidatar para o email: [email protected]

DATA LIMITE DE ENTREGA DE CV: 09 de Fevereiro de 2011Nota: Apenas os candidatos seleccionados serão notificados

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 20112288||PPUUBBLLIICCIIDDAADDEE||

(103.431 e)

REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DAS FINANÇAS

SERVIÇO NACIONAL DAS ALFÂNDEGASSERVIÇO REGIONAL DAS ALFÂNDEGAS DO LOBITO

DEPARTAMENTO DO CONTENCIOSO ADUANEIRO

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|PUBLICIDADE|29JORNAL DE ANGOLA• Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

(51161)

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 201130|SOCIEDADE|

VENDAAMBULANTE

MANUELA GOMES |

As zungueiras que frequentamas áreas do mercado dos Congo-leses, Grafanil e Viana, nos últi-mos tempos, em vez de vende-rem os seus produtos nas ruas,ocuparam as passagens aéreaspara peões ou as pontes cons-truídas junto ao mercado dosCongoleses e à Estrada nº 4 deViana.Junto aomercado doCongoleses

foi construída uma passagemaéreapara os peões, que abriu ao públicoem Novembro. Como as zungeui-ras transformarama ponte emmer-cado, é notório o seumau estado delimpeza. O chão está cheio de pa-péis, embalagens usadas, restos decomida e de frutas, garrafas e latas.Entre as 16 e as 17 horas as zun-

gueiras desfazem-se de tudo o queé inútil. O chão fica cheio de lixo etodo o tipo de desperdícios.As pes-soas que passam dão uma ajuda eatiram com o lixo para a via. Porbaixo da passagem aérea há agorauma autêntica lixeira e o espaçoserve de casa de banho pública.As zungueiras subiram para a

passagemaérea de peões porque aliestão resguardadas do trânsito e po-dem fazer os seus negócios tranqui-lamente.O problema é que deixamo local transformadonuma autênti-ca lixeira, todos os dias. Comonin-guém limpa e a passagemestá aber-ta há dois meses, o lixo conquistatodosos espaços eganha altura.Aumquilómetro desta passagem

aérea está a famosa ponte que liga aEstalagem (paragem do comboio)à vila deViana.Na ponte as zungueiras monta-

ram as suas quitandas e o lixo éacumulado todos os dias.No fim do dia é que se vê a gran-

de confusão e o lixo produzido du-rante as horas de “negócios”. Aszungueiras ficam sentadas nos seusbanquinhos demadeira ou plástico,esperam os clientes e todos juntosvão produzindo lixo em quantida-des industriais. A situação é graveporque quase todas vendem comi-da ou produtos alimentares.Os compradores não se impor-

tam com o lixo. Uma funcionáriapública disse à nossa reportagemque “aqui compro as coisas tran-quilamente, apanho o comboio evou para casa comas compras.Nãoposso querermelhor”, disseNo ercado dos Congoleses, a

ponte além de ajudar a passagemsegura de pessoas e mercadorias

também “recebe” uma grandequantidade de lixo que quandoatinge uma certa altura, transbordadas orlas para a rua.

Fábricas de lixo

Durante as horas que estivemosna zona, não vimos ninguém lim-par a rua e o mercado do Congole-ses ostenta uma falta de limpezainadmissível, porque é um local devenda de produtos alimentares, al-guns frescos. Aquele mercado éuma autêntica fábrica de lixo, asso-ciada às “fábricas” que estão naspassagens aéreas da zona.As zungueiras dizem que são

“donas” do mercado. Para elas omais importante é limpar apenas olocal aonde pousam o seu negócioemais nada.Mas estão bem acom-panhadas. Os armazéns que se en-contram ao logo da Rua Lino, doAmezaga até ao das Pedrinhas os-tentam à porta grandesmontanhasde lixo. Os automobilistas que ine-vitavelmente têm de passar poraquelas bandas enfrentamumque-bra-cabeças para cruzar a rua.Todoo cuidado é pouco, para não atrope-lar pessoas e também os “negó-cios” que estão expostos no chão.

Outros que também têm de ter a“santa paciência” são os taxistas,particularmente os que fazem a ro-ta entre omercado dosCongoleses,São Paulo,Asa Branca ouMutam-ba. Quando chegam ao mercadodos Congoleses para a recolha depassageiros, têm as vendedorasambulantes como obstáculos. E àsvezes há grandes “makas” entreeles que acabam sempre em cenasindecentes.

Fiscais na “limpeza”

As zungueiras fazemmuito lixomas também aguentam todos osdias as acções dos fiscais que têm amissão de “limpar” as ruas de todosos vendedores ambulantes.Para elas já é um hábito fugir da

fiscalização com os produtos nasbanheiras ou emsacos. Elas corremde verdade, por vezes comos filhosao colo. Dizem ironicamente queos fiscais “são os nossosmaridos”.Quando eles aparecem, aí é que sevê o verdadeiro “diabo assar as sar-dinhas”.Muitas hesitam entre apa-nhar a criança que está no chão abrincar ou o “negócio”.A“limpeza”dos fiscais chega aos

arredores domercadodoSãoPaulo.

Por lá os vendedores ambulantesque trabalham fora das instalaçõesdo mercado também convivem noseu dia-a-dia com as correrias dosfiscais. Para os fiscais a situação éclara: “na actividade de venda am-bulante, os vendedores devemabs-ter-se de actos que por qualquerforma impeçam ou embaracem otrânsito ou comprometam a segu-rança ou a comodidade dos utentesdas vias públicas”. É fácil de dizermas impossível de cumprir.Azun-ga émais forte que a lei.APolícia Fiscal apreende os “ne-

gócios” emuitas vezes também fi-ca “aprrendida” a vendedora.Quando o infractor proceder ao pa-gamento voluntário, pode reclamaros bens apreendidos no prazo detrês dias.

Insistência dos peões

Durante as obras de construçãodas vias junto aomercado dosCon-goleses, Estalagem,Grafanil eVia-na, os peões clamavam por pontesaéreas, passadeiras e lombas (que-bramolas) para facilitar a travessia.Atendendo aos pedidos, assim sefez.Agora,mesmocomtodosmeiosdisponíveis, os peões insistem em

atravessar asvias, nomeiodo trânsi-to, arriscando a vida.Outro problema éoque se regista

em frente à escola do ensinodebaseCheGuevara.As empresas de cons-trução civil que por ali durantemui-to tempo trabalharam para a cons-trução da via, colocarama partir daescola até ao início da rua principaldo bairroNevesBendinha (Macha-doSaldanha) barras para separaçãodas faixas de rodagem.Mas os peões preferem mesmo

passar entre as barras de separaçãoe conviver com os carros que pas-samemalta velocidade.Jovens, crianças, adolescentes e

atémulheres grávidas e combebésao colo também fazem aquele tra-jecto para atingiremooutro lado daestrada. As passagens aéreas parapeões estão transformadas em“mercados de rua” e em lixeiras.Os peões que pretendem ir para a

VilaAlice, TerraNova ou na direc-ção das bombas da Sonagalp juntoFeira Popular têm que fazer a tra-vessia na única ponte que se encon-tra em frente às bombas de com-bustível da Pumangol. Para adian-tar caminho, disputam comos car-ros as faixas de rodagem, pondoemperigo as suas vidas.

Uma zungueira a vender bijouterias sobre a ponte pedonal na Estrada de Catete Esta passagem áerea para peões abriu ao público no passado mês de Novembro

Passagens aéreas de peões transformadas em praçaFRANCISCO BERNARDO FRANCISCO BERNARDO

OPORTUNIDADESDEEMPREGO

Integração dos deficientes é uma exigência dos Direitos HumanosCÉSAR ANDRÉ|

Opresidente da Liga deApoio áIntegração dosDeficientes (LAR-DEF),Manuel Pinheiro, defendeu,ontem, em Luanda a necessidadede criar oportunidades de empregoàs pessoas com deficiência, paragarantir o seu auto sustento.Emdeclarações ao nosso jornal,

Manuel Pinheiro afirmouque exis-tem pessoas com deficiência mascom grandes capacidades que sãoexcluídas quando procuram umemprego.“ É importante que o Executivo

nos seus programas de emprego le-ve em consideração a inclusão depessoas comdeficiência nos servi-ços sociais básicos. Há cidadãoscom capacidade para trabalhar em

lugares importantes da vida sociale que são marginalizadas, só por-que são deficientes”, esclareceuManuel Pinheiro.O presidente da Liga deApoio á

Integração dos Deficientes disseque enquanto as pessoas comdefi-ciência continuarema enfrentar di-ficuldades e barreiras para a sua es-colarização e não tiverem oportu-nidades de emprego, não podemser autónomos e o país não alcançao objectivo de reduzir a pobreza.Quanto à integração da defi-

ciência nos Objectivos de Desen-volvimento doMiléniom,ManuelPinheiro entende que emboramuitas promessas tenham sidofeitas para incluir as pessoas comdeficiência em todos os aspectosda vida politica, social, económica

e desportiva a diferença entre aspromessas e a realidade continuaa sermuito grande.O responsável da Liga deApoio

á Integração dos Deficientes lem-brou ainda que se osObjectivos deDesenvolvimento doMilénio nãopodem ser alcançados sem a inclu-são das pessoas com deficiência,sem o respeito das suas necessida-des e dos deus direitos, a actualcorrida para o desenvolvimentopode resultar na marginalizaçãodessas pessoas.

Projecto em execução

Opresidente da Liga deApoio áIntegração dos Deficientes anun-ciou ainda que a associação está adesenvolver um projecto nas

províncias de Luanda, Benguela eHuambo denominado “reforçar”que tem comoobjectivo contribuirpara a consciencialização da socie-dade, instituições, pessoas comde-ficiência e suas famílias.Financiado pela União Euro-

peia, o projecto tem ainda comoobjectivo dar a conhecer às pes-soas comdeficiência os seus direi-tos para que considerem os seusproblemas na óptica dos direitoshumanos e não numa lógicamera-mente assistencialista.Iniciado emAbril de 2010, o pro-

jecto visa igualmente apoiar a inte-gração social e económica das pes-soas com deficiência nas comuni-dades através da criação de projec-tos geradores de rendimentos paramelhorar o seumododevida.Manuel Pinheiro presidente da LARDEF

JORNAL DE ANGOLA

Page 31: Edição - 17.01.11

|EDUCAÇÃO|31JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

EDIVALDOCRISTÓVÃO|

Angola este ano lectivo podeter umanova tecnologia de ensi-no, conhecida como “quadro in-teractivo”, que substitui o tradi-cional quadro, giz e apagador. Anova tecnologia é definida comoum suporte de dados para osprofessores, comsistemadigitalmultimédia, que permite a reali-zação de várias tarefas de eleva-do impacto visual. Serve tambémcomo integração de outras apli-cações e tecnologias, como oPower Point,Word, Excel e Inter-net. Este sistema de ensino foilançadoe emNovembro de 2010,durante a Feira Educa- Angola,realizada na FILDA. Um dos di-rectores do projecto emAngola,Carlos Adão, explica emdetalheas vantagensdosistema.Jornal deAngola - Como é de-

finido o Grupo de Serviços deOrganização eFinanças?Carlos Adão - É um grupo de

empresas angolanas que actua des-de 1990 nas áreas de Contabilida-de, Consultoria e apoio à Gestão,Formação e Tecnologias de Infor-mação eComunicação.JÁ–Quais as empresas que fa-

zemparte do grupo?CA - O grupo integra quatro

áreas de negócio, representadaspor quatromarcas distintas.AESI-NOW trabalha na área das Tecno-logias de Informação eComunica-ção, onde se integram as tecnolo-gias e soluções para o Ensino eEducação. A ELEVUS é uma em-presa dedicada à Formação Profis-sional e Consultoria em RecursosHumanos. A SOF Consulting fazparte da área de contabilidade e au-ditoria e a SOF SIG dedicada-se asoluções de software de gestão.JA – Quais são os produtos

que têm disponíveis nomercadoangolano?CA - Temos recursos de apoio a

instituições de ensino, nomeada-mente universidades, institutos su-periores e centros de formação. Pa-ra alémdosQuadros Interactivos edos equipamentos associados,apresentamos tambémprojectoresmultimédia, ecrãs interactivos, so-luções de E-Learning e PortaisAcadémicos.JÁ - O quadro interactivo é a

primeira tecnologia deste tipoemAngola?CA - Pelo que sabemos, não são

utilizadosQuadros Interactivos nasInstituições de Ensino emAngola.Apenas temos conhecimento deuma iniciativa que apoia o ensino àdistância, naUniversidadeAgosti-nhoNeto, onde foi criada uma saladedicada à videoconferência. Dai

que as tecnologias que introduzi-mos no mercado constituam a pri-meira oportunidade para as dife-rentes entidades do sector educati-vo, adoptando novas práticas peda-gógicas, suportadas por tecnolo-gias que são hoje usadas com enor-me sucesso em todo omundo.JA – Quais as vantagens da

aplicação desta tecnologia no en-sino emAngola?CA – Estes quadros facilitam as

actividades pedagógicas porqueprocfessores e alunos têm vanta-gens na utilização deste recursomultimédia.Ainteracção que pro-porciona, o estímulo à participa-ção, o envolvimento com conteú-dosmultimédia, animações, simu-lações e representações demodelos

proporcionam uma experiência deaprendizagem enriquecedora. Nosúltimos anos, o Quadro Interacti-vo tem sido introduzido no siste-ma de ensino nacional em muitospaíses do mundo Na Europa estánas universidades e escolas de to-dos os níveis.JÁ -OQuadro Interactivo po-

de ser tambémutilizado noutrossectores?CA – Pode ser usado em empre-

sas e outras organizações porqueserve de apoio a reuniões, sessõesde trabalho, apresentações comer-ciais e demonstrações de produtos.Todas as organizações que necessi-temde comunicar presencialmente,ganhammuito coma introdução damultimédia.OsQuadros Interacti-

vos proporcionam um ambienteideal para apresentação, simula-ção, demonstração e solução deexercícios, introduzindo umacomponente dinâmica e práticanas aulas, com base em imagens,sons e vídeos em actividades deaprendizagem.JA–O lançamento doQuadro

Interactivo foi na feira EducaAngola?CA - Queríamos estar junto das

instituições de ensino, como par-ceiros tecnológicos,mas comumaforte orientação e sensibilidade pa-ra a componente pedagógica. Paraalém de inserirmos as tecnologias,pretendemos realizar acção de for-mação para professores e formado-res, no sentido de capacitá-los para

amelhor utilização destas tecnolo-gias. Durante a feira EducaAngolafizemos amostras do sistema edu-cativo, já que era ummomento pri-vilegiado para receber todos os in-tervenientes nos processos deaprendizagem.JA- O que ofereceram de con-

creto aos visitantes?CA – Na feira apresentamos de

forma complementar o nossostand, demos informações sobre asnossas soluções, experimentandoos Quadros Interactivos. No espa-ço “Escola do Futuro”, promovidopela Feira Internacional do Livro eoMinistério da Educação, expuse-mos um quadro com superfíciemulti-toque, onde todas as activi-dades podem ser realizadas comosdedos, permitindo a utilização si-multânea de três alunos.Dinamiza-mos também seminários, onde fo-ramabordados temas comoe-Lear-ning, sobre a utilização dos qua-dros interactivos.JA – Qual foi a reacção dos

estudantes quando lhes foiapresentada esta tecnologia noensino?CA - Foi positiva. Sentimos um

grande acolhimento e expectativanas instituições de ensino que noscontactaram e que nos têm contac-tado. A introdução de tecnologiasno ensino permite aproximar aspreferências dos alunos aosmode-los tradicionais de ensino, contri-buindo para o aumento dos níveisde concentração, desempenho es-colar e envolvimento com a escolae para o aumento do nível de quali-ficação da população activa.JA - Quais são as capacidades

doQuadro Interactivo?CA - Para além da utilização em

projecção, os quadros interactivospermitemanotações comvariedadede tintasdigitais, permiteo reconhe-cimento de caligrafia, a inserção deimagens emanipulaçãodeobjectos,a integraçãocommotoresdebuscaaInternet, a importação de ficheirosMicrosoftOffice e a exportaçãodosresultados para diversos formatos.Existe flexibilidade para a suautili-zaçãonasdiversasdisciplinas.JA–Esta tecnologia pode che-

gar a todoopaís?CA - Sim, somos distribuidores

dos produtos Hitachi em Angola,para além do relacionamento comas Instituições de Ensino, preten-demos encontrar parceiros comca-pacidade comercial nas províncias,mas principalmente com compe-tência para apoiar estas institui-ções, fazendo o suporte técnico aosequipamentos, acções de formaçãoinicial e contínua de docentes e re-plicar o nosso modelo de parceriacomas entidades locais.

JORNAL DE ANGOLA JORNAL DE ANGOLA

JORNAL DE ANGOLA

Professores têm este ano acesso ao “Quadro Interactivo”TECNOLOGIA DE ENSINO MODERNA

Sistema substitui o uso do quadro e permite maior aproximação aos alunos

Carlos Adão assegura que os quadros interactivos facilitam as actividades pedagógicas

Os Quadros Interactivos proporcionam um ambiente ideal para solução de exercícios

JORNAL DE ANGOLA

Aprovíncia doHuambo vai con-tar este ano lectivo, que começa emFevereiro, com197 novas escolas,da iniciação ao ensinomédio, quevão receber 43.380 alunos.O director provincial da Educa-

ção,Manuel Sampaio doAmaral,disse que com a construção dasnovas escolas, a província temmais 482 salas, construídas nos 11municípios.Para este ano lectivo, aDirecção

Provincial da Educação prevêma-

tricular 330 mil alunos, da inicia-ção ao II ciclo (ensino médio), ci-fra que, em comparação com a re-gistada no ano passado, representauma diminuição, emvirtude do ín-dice de alunos que concluíram oensinomédio.De acordo com o director da

Educação no Huambo, entre osalunos que vão estudar este ano es-tão 50mil que entrampela primei-ra vez no sistema normal de ensi-no. Manuel Sampaio do Amaral

frisou estarem disponíveis 1.548escolas (um total de 3.223 salas),além de 2.416 salas que vão fun-cionar ao ar livre e em locais im-provisados (igrejas, comités e jan-gos) para responder às necessida-des dos alunos.O funcionário doMinistério da

Educação informou que, nesteano lectivo, as aulas vão ser asse-guradas por 21.425 professores,dos quais 5.766 ingressaram nosector em 2010.

HUAMBO

Sistema de ensino absorve mais alunos na província do HuamboNovas escolas entram em funcionamento

Mais alunos entram pela primeira vez no sistema normal de ensino no Huambo

Page 32: Edição - 17.01.11

32|PROVÍNCIAS| JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

HUAMBO

Saúde formamobilizadorespara acabar comamaláriaPara atingir esse objectivo é preciso organizar todos os serviços e melhorar a qualidade

JAQUELINO FIGUEREDO|SOYO

DIONISIODAVID |Ondjiva

Ocrescimento da pesca artesanalna província do Cunene já é umarealidade graças aos níveis de orga-nização e integração alcançadospelas cooperativas existentes na re-gião e os níveis de captura que têmsubido de ano para ano, informou oresponsável do sector das pescas,JoãoGasparLucas.Falando sobre as estratégias do

seu sector para os próximos tempose das realizações do ano passado,João Gaspar salientou que muitosesforços foram empreendidos naconstituição das cooperativas nosmunicípios de Ombadja e Cuvelaia partir de 2003.Sublinhou que a actividade da

pesca artesanal tem assumido umpapel de destaque no crescimento edesenvolvimento das pequenas e

medias empresas do ramo, comoresultado dos incentivos que oGo-verno Provincial tem vindo a pro-porcionar às cooperativas consti-tuídas apenas nos municípios deOmbadja e Cuvelai e que operamemmais de 40 áreas piscatórias.João Gaspar destacou que exis-

tem21 cooperativas nas das comu-nidades piscatórias que enquadram3.016 pescadores, dos 1.825 ho-mens e 1.191 mulheres. Informouque nas comunidades piscatóriashá 5.240 crianças que foram inseri-das no sistemade ensino.Para garantir o normal funciona-

mento das cooperativas, o sector deapoio à pesca artesanal, tem conta-do com o apoio do Ministério dasPescas, que fornece chumbos, re-des, canoas, bóias e embarcaçõesmotorizadas.As cooperativas con-tam com 94 embarcações motori-

zadasmas chegaramàprovíncia doCunenemais 24 e que embreve vãoser distribuídas.

Níveis de captura

JoãoGaspar informou que os ní-veis da captura têm sido satisfató-rios sobretudo nos últimos doisanos. Durante 2010 os pescadorescapturaram mais de 32 toneladasde peixe.Apesca artesanal desenvolve-se

nos municípios de Ombadja e Cu-velai nos rios Cunene, Cuvelai eCalonga.Tambémhá comunidadesde pescadores nos rios de pequenocaudal como o Evale, no Cuanha-ma, Nanuno, na Mupa, municípiodoCuvelai. Grande pare da produ-ção é vendida e consumida na Na-míbia e no resto dosmunicípios daprovíncia.

Pesca artesanal emcrescimento Ensino superiornoSoyocomeçanomêsdeMarço

JAQUELINOFIGUEIREDO | Soyo

As aulas na Escola Superior Po-litécnica do Soyo, província doZaire, que faz parte daUniversida-de 11 de Novembro, começam emMarço próximo, segundo confir-mou ontem ao nosso jornal o seucoordenador, JoãoMateusMarcia-no. As inscrições para o preenchi-mento das 180 vagas disponíveis,começaram no passado dia 11 docorrente na cidade doSoyo.Aesco-la abre comos cursos deMatemáti-ca, Pedagogia e Engenharia Infor-mática.AZona deEnsino e Investi-gação do Soyo vai funcionar numaprimeira fase nas instalações provi-sórias concedidas pela AngolaLNG, com seis salas, enquanto seaguarda a conclusão das infra-es-truturas do Kintambi, em constru-ção, onde a escola vai ser instaladadefinitivamente.O coordenador do projecto de

instalação daEscola Superior Poli-técnica doSoyo, JoãoMateusMar-ciano, disse que estão criadas todasas condições para o arranque dasaulas, uma vez que 80 por cento docorpo docente foi assegurado.“Tudo está alinhavado embora o

começo seja sempre difícil,mas es-tá tudo garantido para o arranque.

Temos disponíveis 60 vagas paracada curso, de acordo comonúme-ro de salas existentes.Há igualmen-te dois laboratórios numa primeirafase e uma biblioteca”, acrescen-tou.AZona de Ensino e Investiga-ção doSoyo tempredominância decursos ligados à petroquímica, ten-do emconta a actividade petrolíferadesenvolvidana região.O candidato ao curso de Enge-

nharia Informática, Daniel Lopes,considerou a abertura do ensino su-perior nomunicípio do Soyo comouma mais valia para região, umavez que, hámuito se esperava a suaconcretização.“Finalmente, fomos contempla-

dos apesar dos cursos iniciais nãocorresponderem à pretensão damaioria, mas mais vale um do quenada.Vou fazer Engenharia Infor-mática, a única preocupação tem aver com o reduzido número de va-gas disponíveis para cada cursoque é de 60 para um horizontemuito grande de candidatos”,acrescentou.A Universidade 11 de Novem-

bro, com sede emCabinda, está in-tegrada na RegiãoAcadémica III,com quatro Zonas de Ensino e In-vestigação: Cabinda, Buco Zau,Soyo eMbanzaCongo.

CUNENE CORPODOCENTEGARANTIDO

DROBICAEALFREDOFERREIRA|Caxito

Omunicípio doBulaAtumba es-tá às escuras devido à falta de re-cursos financeiros suficientes paraaquisição de combustível para ogrupo gerador que fornece energiaeléctrica à vila.A informação foi divulgada ao

JornaldeAngolapeloadministradormunicipal deBulaAtumba,Domin-gosVenturaNeto, que referiu que afraca comparticipação financeirados munícipes está na base do pro-blema.BulaAtumba temapenas350consumidoresmasgrandepartenãopaga os custos de consumomensal,causandosérios transtornosaoscon-sumidores que fazemos seus paga-mentosa tempoehoras.DomingosVenturaNeto revelou

que com excepção do Centro de

Saúde, a vila de BulaAtumba e ar-redores estão há cinco dias às escu-ras, por falta de gasóleo já que averba atribuída à AdministraçãoMunicipal é exígua.Apopulaçãoqueconsomeaener-

giaeléctricanãopagaeesse temsidoumproblemaquepreocupagrande-mente as autoridades municipais,pois dificulta a sua acção adminis-trativa. O administrador de BulaAtumba disse que nos próximostempo vai ser contratada uma em-presaprivada, como intuitodegerirosectordaenergiaeléctrica.Osistemadecaptação, tratamento

e distribuição da água potável tam-bém não está a funcionar devido auma avaria que se regista na bombadedistribuição, situaçãoquevai serresolvidanospróximosdias.Para ultrapassar este cenário,

Domingos Ventura Neto pôs osserviços da administração a distri-buir água às comunidades, atravésde um camião cisterna. A água étratada com lixívia.Domingos Ventura Neto pede à

direcçãoda empresaSonangol parainstalarumpostodecombustível emBulaAtumba para diminuir as difi-culdadesdapopulaçãonaaquisiçãodoscombustíveis.No mercado informal o preço do

litrodogasóleoatingeoscemkwan-zas,porqueosvendedores têmdefa-zer 235 quilómetros até ao Caxitoparaseabastecerem.OmunicípiodoBulaAtumba, tido

comoumdosmaiores celeiros agrí-cola daprovíncia doBengo, está si-tuado anordeste da cidadedoCaxi-to, tem12mil habitantes, 53 aldeiaseduascomunas,KiageeBula.

ESTÁCIOCAMASSETE|Huambo

ADirecção Provincial da Saú-de do Huambo realizou um en-contro para formação demobili-zadores sociais, com vista aocombate contra a malária naprovíncia.Fazem parte da rede de mobili-

zadores sociais da luta contra amalária jornalistas e jovens volun-tários, que têm a missão de distri-buir mosquiteiros, realizar pales-tras, sensibilizar as populações eutilizar outros instrumentos quepermitam ajudar a combater ama-lária nas comunidades.O coordenador provincial do

programa, Amândio Natito, afir-mou que os participantes na forma-ção são mobilizadores vindos detodosmunicípios da província, quevão trabalhar com as populações,para que o país alcance a Meta doMilénio, que é a fase da eliminaçãodamalária até ao ano de 2015.Amândio Natito diz que para

atingir esse objectivo é preciso or-ganizar todos os serviços emelho-rar a qualidade de trabalho dosagentes sanitários. “Temos deapostar na saúde da população. Por

isso vamos utilizar todos os actoressociais, para que as comunidadesmudem de atitude no tratamentodos resíduos sólidos, indicados co-moprincipais vectores da doença”,afirmou.Apelou ao combate contra o ab-

sentismo das populações nas con-sultas médicas preventivas, paraevitar complicações do paludismonas comunidades rurais. “Comesteprograma pretendemos reduzir oíndice de malária na província doHuambo, uma vez que já se notauma grande redução demortalida-de nos últimos tempos”.Amândio Natito reconhece que

existemelhor colaboração das po-pulações, que já começam a pôr olixo em lugares apropriados, a ba-nir os charcos de água nas ruas equintais, emuitos também já vão àsconsultas quando sentem sintomasde doença.“Temos cinco anos para a elimi-

nação do paludismo, ou pelo me-nos podermos encontrar uma pes-soa com paludismo em cada cem,até 2015. Pretendemos deixar amalária na taxa inferior a dez porcento”, esclareceu.Amândio Natito lembrou que o

tempo das chuvas provova concen-tração de águas em todos os pontosda província, daí que seja necessá-rio tomar medidas para matar as

larvas e osmosquitos que se criamnos charcos.Nos últimosmeses, as autorida-

des sanitárias têm feito pulveriza-

ções nas ruas e casas para eliminaros focos demosquitos em toda a ci-dade doHuambo. Esta luta vai ter aduração de novemeses.

JORNAL DE ANGOLA

Pacientes que padecemde malária a receberem assistência médica num dos hospitais públicos

MunicípiodeBulaAtumbaàs escuraspor faltade fornecimentode combustível

BENGO

O coordenador da Escola Superior do Soyo João Mateus Marciano

Page 33: Edição - 17.01.11

|PROVÍNCIAS|33JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

MARCELINO DUMBO

População desabrigada conta com o apoio do governo provincial

ARÃO MARTINS | Lubango

As chuvas que se abatemdesde opassadomês deDezembro sobre omunicípio da JambaMineira (315quilómetros a leste da cidade doLubango), isolaram a comuna deTchamutete da sedemunicipal, emconsequência do desabamento daspontes sobre os rios Colui, Calon-ga e Tchipia. A informação foiprestada pelo administrador comu-nal, GalianoNtyamba. Em conse-quência do isolamento deTchamu-

tete, os preços dos produtos bási-cos aumentaram consideravel-mente. GalianoNtyamba disse quedesde o mês de Dezembro que aschuvas não param, facto que pro-vocou o transbordo dos rios, o queprovocou a destruição das pontes einundações nas vias de acesso. Opreço da farinha demilho subiu de40 para 100 kwanzas. A comunaestá isolada e há uma subida cons-tante dos caudais dos rios Coluí,Calonga eTchipia. “Aúnica alter-nativa é a ponte do Caminho-de-

Ferro de Moçâmedes erguida so-bre o rio Coluí”.Afirmou tambémque os estragos foram registadosem Cassinga, a 18 quilómetros dasede comunal de Tchamutete. Aponte do rioMuakanda desabou namanhã de sexta-feira, o que causoutambém o isolamento da localida-de.Até ontem, era difícil planificarqualquer acção de socorro, porqueas chuvas continuam a cair com in-tensidade. “Caso não pare de cho-ver, os estragos vão ser maiores”,disseGalianoNtyamba.

Chuva isolaTchamutete

Uma zona inundada pela chuva onde as pessoas têm dificuldade de circular

QUEDADEPONTES

LONGONJO

FamíliasdesabrigadasnoLépiHOSPITALGERALDEONDJIVA

Malária é adoençamaismortífera

KWANZA-NORTE

InstitutoMédioAgrárioformaprimeirosalunos

EDMUNDO EUCÍLIO

Administrador GalianoNtyamba está preocupado comasituação

MARCELINODUMBO|Sandombo

Pelo menos 182 famílias perde-ram os seus abrigos, em Sandom-bo, comuna doLépi, Longonjo, emconsequência do desabamento dassuas habitações, causadas pelasfortes chuvas que caiem constante-mente na região.Neste momento, as famílias si-

nistradas pelas calamidades daschuvas encontram-se abrigadas naúnica escola primária de Sandom-bo, como solução imediata tomadapelas autoridades locais.O vice-governador da provín-

cia para a área Técnica e Infra-es-truturas, José Paulo Kai, que sedeslocou à localidade para cons-tatar os estragos provocado pelaschuvas, transmitiu a solidarieda-de do governo local, afirmandoque tudo está a ser feito para so-correr as famílias sinistradas.José PauloKai solicitou o apoio

das igrejas sedeadas na região, paraem conjunto trabalharem no aco-

lhimento urgente das famílias si-nistradas, enquanto o governo pro-cura uma solução definitiva.O vice-governador enalteceu o

esforço e a colaboração das autori-dades religiosas, que têm prestadoapoio às populações, principal-mente no sector da educação, dis-ponibilizando igrejas e capelas pa-ra os alunos receberemas aulas.Prometeumelhorar, omais rápi-

do possível, a estrada que liga San-dombo aoBongo, para permitir queos apoios a serem prestados pelogoverno às famílias cheguem comurgência, e não haja atrasos devidoaomau estado da via.O soba grande de Sandombo,

Barnabé Celestino, defendeu quealém do apoio que o governo deveprestar a estas famílias, é urgente areabilitação das estrada, para per-mitir a chegada de produtos ali-mentares. “A chuva está a arrasartodas as culturas, não há colheitaseste ano, prevemosmesmo fome”,esclareceu o soba grande.

ELAUTÉRIOSILIPULENI |Ondjiva

O Hospital Geral de Ondjiva,na província do Cunene, registoudurante o ano passado 677 óbitos ea malária foi a principal causa demortalidade.O director da unidadehospitalar, Daniel Ricardo, estequadro deixa a autoridades sanitá-rias preocupadas já que houve umaumento de mortes em relação aoano anterior.Daniel Ricardo diz que este qua-

dro resultadediversasenfermidadescomomalária, doenças respiratóriasagudas, diarreias, agudas, HIV/SI-DA,mánutrição,meningite, hepati-te, tétanoehipertensãoarterial.O responsável do hospital disse

que a tuberculose provocou 64mortes dos 649 casos diagnostica-dos na unidade,mais 19 em relaçãoao ano de 2009, em que se regista-ram 442 casos com 45 mortos.Apontou o abandono de tratamentopor parte de alguns pacientes comosendo a principal causa do aumentode casos de tuberculose no Hospi-talGeral deOndjiva.As pessoas mais necessitadas

de tratamento deixam de procuraro hospital, situação que preocupaas autoridades sanitárias, vistoque voltam apenas depois dadoença se agravar. Defendeu queo DepartamentoAnti-Tuberculo-se deve fornecer equipamentosque permitam aos técnicos de saú-de rastrear e tratar nas comunida-des pessoas com tuberculose, deforma a erradicar a doença.OHospital Geral de Ondjiva re-

gistou 6.130 casos de doenças res-piratórias, causando 67mortes.No que se refere às diarreias hou-

ve 5.322 casos, com sete mortes,mais 1.199 em relação o períodoanterior. De realçar tambémos 202casos de hepatite com 11 mortes,79 casos de má nutrição com 20mortes, 75 de hipertensão arterial.

Mortos e seis casos de tétanoneonatal.Asmortes pormalária noHospital Geral deOndjiva aumen-taram consideravelmente no anopassado. Nesse período aforamdiagnosticados 36.174 casos, dosquais 271 terminaramemóbitos.Daniel Ricardo disse que a redu-

ção de casos demalária está ligadaao reforço de acções de prevençãoemobilização a nível das comuni-dades no uso demosquiteiros e ou-tras técnicas de prevenção.Em relação ao VIH/Sida, disse

queoHospitalGeral deOndjiva re-gistou 324novos casos durante anopassado,mais umcaso emrelação a2009, tendocausado143óbitos,me-nos40emrelaçãoaoanoanterior.Daniel Ricardo informou tam-

bém que o Hospital Geral deOndjiva, em 2010, registou umelevado número de casos de me-ningite, notificando 103 casosque fizeram 24mortes.O Hospital Geral contou com a

colaboração do programa de lutacontramalária na região, através darede jornalistas contra a patologia,que fez a distribuição de mosqui-teiros e realizou palestras com o

objectivo de alertar as pessoas parao perigo da doença.

Pacientes assistidos

Sessenta e nove mil e 674 pa-cientes foram assistidos durante oano 2010, na secção de consultasexternas, do Hospital Geral deOndjiva, província do Cunene,menos 21.502, em relação ao anode 2009, anunciou o director ge-ral da instituição, Daniel Ricardo.O responsável disse que a dimi-

nuição dos pacientes deve-se aofacto de o sector ter realizadocampanhas de sensibilização, in-formação e educação sobre oscuidados primários de saúde nascomunidades com apoios de or-ganizações não governamentaissedeadas na região.

“O ano passado trabalhamosarduamente com várias organiza-ções não governamentais, ligadasao sector de saúde, como tambémcom entidades religiosas e tradi-cionais, para prevenções primá-rias e combate de várias doençasdentro das nossas comunidades”-frisou o responsável.

EULAUTERIO SILIPULENI

Hospital Geral de Ondjiva que regista muitos casos principalmente a malária

MARCELO DESOUSA|Kamuaxi

O Instituto Médio Agrário doKwanza-Norte, situado na locali-dade de Kamuaxi, 11 quilómetrosa norte da cidade de Ndalatando,formou os primeiros 79 finalistas,nas áreas de produção vegetal erecursos florestais.A cerimónia de entregue dos

certificados teve lugar sábado, noanfiteatro da escola e foi presidi-da pelo governador do Kwanza-Norte em exercício, JoséAlbertoKipungo. Estiveram presentesvários membros do governo, en-carregados de educação, profes-sores e convidados.JoséAlberto Kipungo recomen-

dou aos recém formados dedicaçãoe determinação na aplicação dosconhecimentos adquiridos, paradignificar os três anos de formaçãoe garantiu que o governo doKwan-za-Norte vai continuar a desenvol-ver esforços no sentidode criar con-diçõesmateriais para a expansão emassificarão da formação técnica eacadémicada juventude local.JoséAlbertoKipungo exortou os

vários agentes da educação a for-marem pessoas competentes, quefuturamente possam participar deforma sábia e activa no desenvolvi-mento do país. O director do Insti-tutoMédioAgrário, LuísBarradas,frisou que a formação dos primei-ros técnicos médios serviu funda-

mentalmente para ultrapassar bar-reiras referentes a hábitos costu-meiros que muitos estudantes tra-ziamda convivência familiar.Enalteceu o esforço dos encarre-

gados de educação, professores ealunos pelo esforço que fizerampara o sucesso da formação dos pri-meiros finalistas.O responsável pela comissão de

país e encarregados de educaçãodoInstituto MédioAgrário do Kwan-za-Norte, JoséManuel, pediu aogo-verno local para juntodoMinistériodaAgricultura, criar condições quepermitamaabsorçãodosnovos téc-nicos no mercado de trabalho e acontinuidade da formação agráriaparaonível doensino superior.A estudante Raquel da Rocha,

emnomedos novos técnicos, pediuao governo para continuar a dar aosoutros jovens da província doKwanza-Norte a possibilidade defazerema sua formação técnica.

Uma área agrícola

JORNAL DE ANGOLA

Page 34: Edição - 17.01.11

Jogo das imagens

34|

Cartoon

Descubra as sete diferençasAnedotas

Sopa de letras

ARMANDO PULULO

EDNA MUSSOLO

Curiosidades

LLaazzeerr

Jogo dos números

O garrafão, a cadeira, o banco, a bola, o trapézio, a mesa, o mapa.Cruzadinhas

CASIMIRO PEDRO

Jogo das metades

Labirinto

Qual das duas metdades faz parte dodesenho?

Nesta sopa de letras vai encontrar as palavras Salina, salgas, sugar. Procure-as.

As vias que levam sangue ao coração

Preencha o diagrama com as seguintes palavras:Cultura, cultivo, povos, colheita, descasque, vender, quilos, região, café.

Ajude a “piu-piu” encontrar o caxo de uvas.

No sistema circulatório, uma vveeiiaaé um vaso sanguí-neo que leva sangue em direcção ao coração. Os vasosque carregam sangue para fora do coração são conheci-dos como artérias.O estudo das veias e doenças dasveias é conhecido como fflleebboollooggiiaa e é uma disciplinaque vem sendo desenvolvida através de uma variedadede cientistas de diferentes áreas. As veias servem para

levar o sangue dos órgãos, de volta ao coração. Na circulação sistémica o san-gue oxigenado é bombeado para as artérias pelo ventrículo esquerdo até aosmúsculos e órgãos do corpo, onde os seus nutrientes e gases são trocados noscapilares, entrando nas veias contendo restos celulares e dióxido de carbono.O sangue pobre em oxigénio é recolhido pelas veias e levado até ao aurículo di-reito do coração, que transfere sangue para o ventrículo direito, onde é entãobombeado para as artérias pulmonares e finalmente para os pulmões. Na cir-culação pulmonar as veias pulmonares trazem o sangue oxigenado dos pul-mões para o aurículo esquerdo, que desemboca no ventrículo esquerdo, com-pletando o ciclo da circulação sanguínea. O retorno do sangue para o coração éauxiliado pela acção do bombeamento de músculos esqueléticos, que ajudama manter extremamente baixa a pressão sanguínea do sistema venoso. Doen-ças comuns das veias incluem veias varicosas (que são tratadas com lasers e ul-tras som) e trombose venosa profunda. Na luz, o sangue aparenta ser vermelhoporque a maioria das cores é absorvida pelo pigmento carregador de oxigéniohemoglobina (Hb), excepto o vermelho, que reflecte no sangue. Se um filtroque bloqueia a cor reflectida é posicionado entre o sangue e os olhos de um ob-servador, a cor percebida muda. No caso dos humanos, a pele serve como umfiltro para a cor vermelha, e a cor remanescente acaba por ser o verde. O espec-tro de cor exacto é determinado pelos níveis relativos de ferro oxigenado(HbO) e dióxido de carbono (CO2) no sangue. Altas taxas de oxigénio reflec-tem a cor vermelha e altas taxas de CO2 reflectem a cor azul, que misturadacom a cor amarelada da gordura e/ou pele acaba aparecendo verde.

JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

No aniversário de casamento amulher vai acordar o marido:- Acorda meu, amor acordaO marido meio sonolento diz:- Oh Amanda!

Depois o marido vai para o tra-balho

A mulher intrigada pergunta a siprópria quem é Amanda e passa amanhã toda atentar descobrirquem é essa mulher.Vai ao ginásio onde o maridotreina e não descobre quem é aAmanda. Vai ao clube onde jogafutebol e nada de Amanda. Detarde, cansada, ela volta para casae decide perguntar ao marido di-rectamente quem é Amanda. O marido chega a casa e ela diz:- Hoje de manhã quando te acor-dei balbuciaste o nome Amanda.Quero saber quem é.- Óh, amanda para cá um abraço.

************

Uma senhora encontrou três ga-rotos a chorar no meio da rua e foilogo perguntando o que aconte-ceu. O primero garoto disse:— O meu cão foi morto!E o segundo:- O meu cão também foi morto!A senhora rapidamente olhou parao terceiro menino, que era o maistriste dos três, e perguntou:- O seu cãozinho também foimorto?- É! O meu cão morreu engasgado!

Solução:4

Qual das imagens é diferente das outras?

A cidade de Luanda foi criada em 1575, subtraia pela data actual e ache o re-sultado, pois encontra-se na coluna ao lado.

Solução: 436.

Solução: Nº2

Page 35: Edição - 17.01.11

|35JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

EDITOR: ALBERTO PEGADO|SUB-EDITORA: EDNA CAUXEIRO|

Festa de Gaúchona churrasqueira

Taís Araújoestá grávida

Angola joga na antecipação dos Pan-Africanos

GenteJORNAL DE ANGOLA

JORNAL DE ANGOLA

REUTERS

REUTERS

Os momentos que sucederam aoficialização da contratação deRonaldinho Gaúcho do AC Milanpelo Flamengo decorreu da for-ma que o craque gosta: churras-co, música e muita alegria. Namadrugada de terça-feira, numachurrasqueira, na zona Oeste doRio, o astro, o seu irmão e o em-presário Assis, dirigentes do Fla-mengo e o vice-presidente do Mi-lan (Adriano Galliani), oficializa-ram a transferência.

Taís Araújo exibiu, na terça-feira,à noite, a sua barriguinha. A ac-triz, que está grávida do primeirofilho, usava um vestido preto justi-nho para assistir ao espectáculode Amy Winehous. O futuro be-bé é fruto do relacionamento daestrela com o actor Lázaro Ra-mos, que pode ser visto em “In-sensato Coração”. Taís encontra-se de férias e longe da tela, desdeque participou da novela “Viver aVida”, mas pode ser vista no tea-tro, na peça “Amores, Perdas eMeus Vestidos”.

Actor Sidney Sampaio já é pai de um menino

Foi um encontro oportuno. É isso mesmo! O Conselho Nacional do Des-porto Federado juntou no mesmo espaço os representantes das federa-ções desportivas nacionais e dos comités olímpico e paralímpico, parauma reunião ordinária, na qual, entre outras questões, foi debatida a de-finição das actividades a realizar, com base no orçamento definido paraa modalidade na presente época. O encontro é uma antevisão do queserá a participação de Angola nos Jogos Pan-africanos. O momento foiaproveitado para analisar as informações sobre a urgência do envio daspropostas de orçamento para o próximo ano, sobre os períodos de en-vio de dados estatísticos por modalidade e o estabelecimento do pro-grama de participação nos Jogos Pan-africanos. E para que se tenhauma participação condigna, foi criada a Comissão de preparação daparticipação nos X Jogos Pan-africanos. É coisa para dizer, que, cá en-tre nós, os jogos Pan-africanos são um facto.

PAULO MULANZA

Conselho Nacional dos Desportos federado reuniu com os seus parceiros

Vice-ministro Yaba Alberto destaca o papel desempenhado pelos voluntários durante o CAN Voluntários foram agraciados com certificados pela contribuição dada durante o evento

Representantes das federações desportivas nacionais difinem prioridades para 2001Homens ligados ao desportos analisam a participação de Angola nos Jogos Pan-africanos

Pai pela primeira vez, Sidney Sam-paio, 30 anos, está feliz pelo nasci-mento do seu filho, o pequeno Leo-nardo, que nasceu no dia 24 de No-vembro. O menino é fruto do rela-cionamento do actor com a publici-tária Juliana Gama, 27 anos. “Foi amelhor surpresa que tive na vida!Sempre tive o desejo de ser pai e is-so aconteceu num momento emque estou preparado, amadureci-do”, diz o actor. Sidney sempreprestou assistência ao filho, en-quanto Juliana se encontrava emestado demãe. Conhecemo-nos noano passado, em Buenos Aires, du-rante as gravações do quadro ‘Ma-ratona’, do ‘Domingão do Faustão’,onde ela trabalhava. Estamos jun-tos, mas não somos casados”, afir-ma ele, que até parou de fumar de-pois do nascimento domenino. “Dávontade de crescer, evoluir, ser umareferência.”, disse o actor.

Reconhecimento aos voluntários do CANNem sempre o reconhecimento por aquilo que fazemos se traduz embens monetários. As causas por que nos empenhamos, de corpo e alma,por vezes são compensadas com simples palavras, mas de grande alcan-cemoral e que dinheiro algum pode pagar. Há, pois, menções honrosas eoutros gestos de reconhecimento pelo que fazemos que nosmotivampro-fundamente e elevama nossa auto estima. Foi o que fez oMinistério da Ju-ventude e Desportos ao homenagear na segunda-feira os nossos bravosvoluntários que, durante a realização da Taça de África das Nações Ango-

la Orange 2010, deram o melhor de si para que o evento fosse um retum-bante sucesso. Diga-se, um reconhecimento merecido, num momentocerto. Em Luanda, 700 voluntários marcaram presença diária no roteirodos atletas e no local do evento, o estádio 11 de Novembro, contribuindoassim para a excelência da organização global do certame. Deram uma li-ção de efectivo e activo exercício de cidadania. Os incansáveis voluntáriosdemonstraram uma elevada consciência patriótica e souberam cumprircom zelo as suas responsabilidades. Bem hajam!

Page 36: Edição - 17.01.11

O filme de animação “Toy Sto-ry 3” ganhou o “Tomate de Ou-ro” como o mais bem avaliadopela crítica em 2010, anunciou,na quinta-feira, o site RottenTo-matoes.com, que realiza todos osanos o concurso.O prémio, que compila rese-

nhas de filmes para medir a per-centagem de críticas positivas,mostra, disse o editor chefe daRotten, MattAtchity, a animaçãoda Pixar, sobre um grupo de brin-quedos que vive uma crise com ocrescimento de seu dono, queatingiu 99 por cento de críticaspositivas. O desenho “bateu” fil-mes que são sucessos de bilhetei-ra, como “Arede social”, que con-seguiu 97 por cento e levou o “To-mate de Ouro”, na categoria dedrama.Outros vencedores anunciados

incluem o filme “Bravura Indó-mita”, dos irmãos Coen, e o docu-mentário “Exit Through the GiftShop”, do artista plástico Banksy.

Os conteúdos dos materiaispublicitários devem merecer aatenção especial do Estado, an-tes da sua publicação, para im-pedir a divulgação de temasque ofendam a moral pública,disse à Angop, o director Nacio-nal de Publicidade doMinistérioda Comunicação Social, Luan-dino de Carvalho.Para isso, afirmou, é importante

criar mecanismos que regulem osector da publicidade, por se tratarde um meio de transmissão de vá-riasmensagens, acessíveis a públi-cos de todas as idades.Luandino de Carvalho conside-

ra ainda importante uma tomadade consciência de todos os inter-venientes do sector publicitário,

sobre a necessidade de gerar recei-tas para o bem comum e a criaçãode bases para a Lei do Mecenato,relacionada com a valorização daintelectualidade do criador, do ar-tista oumúsico.“A publicidade é um dos meios

mais importantes na difusão demensagens, divulgação da própriaConstituição, da Cultura e da Edu-cação, daí a necessidade de termoscuidado comos factos veiculados”,disseLuandino deCarvalho.O director Nacional de Publici-

dade do Ministério da Comunica-ção Social reconhece que há me-lhorias na maioria dos trabalhospublicitários e exemplificou o fac-to de algumas empresas angolanasestarem a participar em concursos

internacionais e a vencerem pelasua qualidade técnica.Odirector aconselhou igualmen-

te os publicitários angolanos a abs-terem-se das ajudas de estrangeirosna produção dos seusmateriais, deforma a retratarem a realidade an-golana commaior autenticidade.“Apublicidade deve ser feita em

Angola, por angolanos e para ango-lanos, porque fazer publicidade noexterior, compessoas a imitar o so-taque dos angolanos, é deplorá-vel”, lamentou.Luandino de Carvalho garantiu

ainda que o Estado está disposto aproteger, privilegiar e incentivaros quadros nacionais, proporcio-nando-lhes melhores condiçõesde trabalho.

AcantoraAvril Lavigne divul-gou, na quinta-feira, um vídeo nasua página oficial no Facebook,onde colocou tambémonovo sin-gle, “What theHell”, para down-load gratuito.A canção faz parte do álbum

“GoodbyeLullaby”, que tem lan-çamento previsto para o dia 8 deMarço. Para baixá-la, explicou acantora, basta o internauta clicarno botão “Curtir”, localizado naparte superior da página. Quempreferir pode simplesmente ouvi-la online no próprio site.Numa entrevista recente ao site

darevistaespecializadanorte-ame-ricana “EntertainmentWeekly”, a

cantora adiantou que o novo discotraz algumas das melhores da suacarreira.Avril Lavigne, que está a pre-

parar o quarto álbum desde Ju-lho de 2009, já adiou por váriasvezes o lançamento de “Good-bye Lullaby”. Na entrevista,também falou sobre sua recenteparceria com a cantora Rihanna,que usou trechos de “I’m WithYou”, de sua autoria, na canção“Cheers”.“Fiquei muito empolgada,

porque essa é uma das minhasmúsicas favoritas e Rihanna éuma óptima cantora, foi magní-fico”, elogiou.

36|CULTURA| JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

COMUNICAÇÃO

Conteúdos publicitáriospreocupamautoridades

DR

COMDOWNLOADGRATUITO

CantoraAvril Lavignecoloca CDna Internet

Beyoncé já começou a trabalharno seuquarto disco, quevai sucederao álbumduplo “I am... SashaFier-ce”, lançado em2008, anunciou, naquinta-feira, no site da cantora, oseuprodutor, SymbolycOne.A cantora passou uma semana

no estúdio com Symbolyc ONe,com o qual co-produziu a faixa“Power” e “My Beautiful DarkTwisted Fantasy”.Além de Symbolyc, a cantora

anunciou que vai juntar-se tambémaosprodutoresNe-Yo,SeanGarrette Jim Jonsin, assim como ao seumarido, Jay-Z.O encontro entre a diva america-

na e o rapper SymbolycONe acon-teceu num estúdio em Nova Ior-que. Ainda não foi confirmada adata do lançamento do novo discodeBeyoncé.Ementrevistas recentes, a canto-

ra garantiu que o disco “não seráapenas deR&B”. “Voumisturar to-dos os géneros que gosto. Não vaiser o típico pop, não é rock, é umál-bumcomamistura de tudoquegos-to”, disse.

LANÇAMENTO

Beyoncéestá emestúdioapreparar onovoálbum

Cena do filme “Toy Story” o mais bem avaliado do ano passado segundo a crítica

Criadores angolanos devem apresentar publicidades construtivas nos seus anúncios por serem dirigidas a um público diversificado

DR

DR

Cantora quer um disco diversificado

Filme de animação “Toy Story”conquista o “Tomate deOuro”

A organização do Brit Awardsanunciou, na quinta-feira, a listados nomeados para a edição desteano do prémio, em que aparecemnovatos e roqueiros veteranos, as-sim como o rapper TinieTempah.Tempah teve quatro nomea-

çõeas, incluindo a demelhor artis-ta solo e a do álbum do ano.O antigo vocalista do Led Zep-

pelin, Robert Plant, também foinomeado paramelhor artista solo.

As bandas Take That e The XX,além de Alicia Keys, Katy Perry,Kings of Leon e Kanye West sãooutros nomeados.O prémio é o equivalente britâ-

nico ao Grammy. Os vencedoressão escolhidos pelo voto de maisde mil pessoas da indústria fono-gráfica.A cerimónia de entrega dos

prémios é 15 de Fevereiro, emLondres.

OrganizaçãodoBritAwardsanuncia listados indicados

OrapperEminemeabanda cana-denseArcade Fire actuam na ceri-mónia de entrega dosGrammy, quese realiza, em Fevereiro, em LosAngeles, anunciou, na quinta-feira,

a organizaçãono seu site oficial.Lady Gaga, que vai apresentar a

sua nova canção “BornThisWay”,Katy Perry, o cantor de R&B CeeLoGreen e a artista countryMiran-

daLambert tambémvãoactuar.A53ª edição doGrammyé trans-

mitida, em13deFevereiro, a partirdas 5h00, pelo canal deTVpor assi-naturaTNT.

EminemeArcadeFirenosGrammyAvril Lavigne no vídeo em que divulga a nova música do single “What the Hell”

DR

Page 37: Edição - 17.01.11

JOMOFORTUNATO |

Ligada à história social damú-sica de intervenção e com elaidentificada, a trova angolanaconheceu um rápidodesenvolvi-mento e divulgaçãodepois da in-dependência de Angola, em1975. Consubstanciada na sátiraou no aplauso a um ideal políti-co, o desenvolvimento da trovaangolana absorveu nítidas in-fluências dos trovadores cuba-nos da chamada “nueva trova”,representada, fundamentalmen-te, por Leo Brawer, Sílvio Rodri-gues ePabloMilanês.A noção de trovador embora se

distancie, nos temposmodernos, daremota acepçãomedieval, que cul-tivaramapoesia lírica, e aos poetaspeninsulares desse tempo que osimitaram, ela conserva a carga se-mântica que lhe está naorigem.Aeconomia de meios, concreti-

zada no uso da voz e do violão,uma das características da trovamoderna, contribuiu para sua lar-ga difusão e o seu cultivo no pe-ríodo pós-independência. Outroaspecto deveu-se à eclosão da li-berdade, constituindo, o exercíciodo canto livre, uma dasmanifesta-ções mais populares de regozijo ede motivação à criação, geradapelos novos tempos de emancipa-ção política.Ahistória da trova angolana re-

gista os nomes de Manuel Cura-do, Trio Percursor, formado porLadislau Ventura, Massangano eJúlio Quental, Mário Rui, MárioSilva, José Fixe, Waldemar Bas-tos, Beto Gourgel, DuoMissosso,de FilipeMukenga e JoséAgosti-nho,Afonso Gonçalves e, natural-mente, os Irmãos Kafala.

O início da carreira

Aexpressividade das vozes dosirmãosMoisés e José Kafala, con-figura uma harmonia cuja históriaassenta na liturgia religiosa. O paide Moisés e José cantava foi pas-tor e regente de coro da IgrejaProtestante, colocado nos Dem-bos, hoje província do Bengo.Mi-litantes de uma temática textualde feição marcadamente huma-nista e social, os Irmãos Kafalaevocam nas suas canções a dor, osofrimento, a conflitualidade ét-nica e amorosa, a eterna esperan-ça de ummundomelhor.Josué de Campos,Moisés Kafa-

la, nasceu em Bula Atumba, Pro-víncia do Bengo, no dia 7 de Se-tembro de 1950, e ficou marcadopela participação, em 1969, numconcurso musical, realizado naEscola Primária nº 147, em Luan-da, onde saiu vencedor. Na mes-ma década cria um grupo musicalno Internato da Missão Católicados Bângalas. Foi nesta altura queMoisés Kafala compõe “Papá”um tema que viria a ser um dosgrandes êxitos do duo: Uafu dile-nu/ uafu dilenu/ Ó mutu kiosoufuá/ ka zuela dingue maka/ Ómutu kiá mufu mesu/ Ka monadingue kima/ Ómutu kiá mu batu-la maku/ Ka kuata dingue ki-mée.../ Ó papá, papá uafu dilenu/Ka ndo ta dingue sabu ku bata/ os-soia solé/ Nga bande ku muxi ngexile mu banga/ Ji ngutu jiame/ yenie ó sabu iá papa/ Papa uaia zémualunga/Eh…eh papá.“Papá”, um temanostálgico cria-

do em homenagem ao pai de Moi-sés e JoséKafala,morto pelos colo-nialistas portugueses em 1961, foigravado, pela primeira vez, em

1979, nos estúdios daRádioNacio-nal deAngola, e representa umdosmomentos altos carreira do duo.Em1976,MoisésKafala viaja de

Luanda para Benguela, onde en-contra o seu irmão José e integra ogrupo “Shalon”, uma formação li-gada à IgrejaCatólica.Neste grupoMoisés era guitarrista solo e vocal,enquanto José, apenas cantava.Moisés Kafala é chamado, me-

ses depois, a integrar o conjunto

1º deAgosto, formação ligada aoCentro de Instrução RodoviáriaMilitar de Benguela, numa alturaem que José Kafala abandona,parcialmente, a música.Moisés Kafala tenta o teatro,

em 1980, no Grupo ExperimentalPrimeiro de Maio, como compo-sitor e actor, e representa a peçateatral “APraga” de Óscar Ribas.Ainda em 1980, participa no Fes-tival Nacional da Canção Política

realizado no Huambo, tendo con-quistado o primeiro lugar.Em 1981, começa a internacio-

nalização deMoisés Kafala quan-do participa, em Berlim, no 12ºFestival Internacional da CançãoPolítica. Sobre o factoMoisés lem-bra nostálgico: “Foi a primeira vezque estive sob uma temperatura de15 graus abaixo de zero. Estavacomo falecidoBetoGourgel, DomCaetano e Zeca Sá. Foi um tempo

de felicidade emuitamúsica”. Jo-sé Kafala, nome artístico de Joséde Campos, nasceu no dia 11 deFevereiro de 1960, na mesma lo-calidade do seu irmão, e vence,em 1984, o Primeiro Festival dosArtistasAmadores das ForçasAr-madas, com o tema “Ngui mba-lundo” e, em 1985, arrebata o pri-meiro lugar do Top dosMais Que-ridos, da Rádio Nacional de An-gola, com o tem “Ó KudizolaKueto”, gravado depois com o“Amandla”, a banda musical doANC, da África do Sul.A partir de 1985, José Kafala

ganha prestígio junto do público eviaja por vários países. Portugal,Bulgária e Alemanha foram osprincipais destinos.Actualmente,José Kafala segue uma carreira, asolo, fazendo espectáculos, restri-tos, em apresentações dispersas.

Concerto em Timor-Leste

Os Irmãos Kafala participaram,no dia 20 de Maio de 2002, noFestival deMúsica da CPLP, numconcerto comemorativo da inde-pendência de Timor-Leste e daentrada como oitavo país da co-munidade lusófona.O festival, que congregoumúsi-

cos da Comunidade dos Países deLíngua Portuguesa, juntou uma au-diência de 200 mil pessoas, na ca-pital timorense, e contou com aparticipação dos cantores Ildo Lo-bo, deCaboVerde,Martinho daVi-la, do Brasil, Luís Represas, dePortugal, Dulce dasNeves, daGui-né-Bissau, Hortêncio Langa, deMoçambique, Juka, de SãoTomé ePríncipe, Fafá deBelém, doBrasile a bandaDelfins, de Portugal.Foram cantados temas como

“Luanda”, “OfekaYetu”, “Crucifi-xo”, “Renúncia Impossível”, “Ka-lumba”, “Dialogando” e “Minga”,títulos que fazemparte da suamaisrecente obra, intitulada “Bálsamo”.“LeMonde de la Musique”, re-

vista “Africultures”, “L'Affiche”(le magazine d'autres musiques),“Continental” (l'afrique em mar-che), e “Reportoire e Actualitésdes Religions” são alguns perió-dicos que publicaram textos críti-cos favoráveis à qualidade da mú-sica dos Irmãos Kakala.

Diploma de mérito

Os IrmãosKafala foram agracia-dos comoDiploma deMérito, umahonrosa distinção doMinistério daCultura, no dia 11 de Janeiro de2008, no âmbito das comemora-ções do dia 8 de Janeiro, dia daCul-turaNacional deAngola.O diploma, um reconhecimento

público às pessoas singulares, co-lectivas, e instituições que, reite-radamente, contribuem para apreservação e divulgação da cul-tura nacional foi outorgado aos Ir-mãos Kafala, por serem dos maisrepresentativos trovadores dopós-indepedência, tendo as suascanções, como as inspiradas noslivros “Sagrada Esperança” e“Renúncia Impossível” do poetaAgostinho Neto, contribuído paraa unidade nacional.A flauta e a guitarra são dois

complementos de umoutro instru-mento, a voz, que foi explorada atéà exaustão pelo duo, numexercícionotável de contra-canto que os co-loca no ponto mais alto de vocali-zação da trova angolana.Uma apa-rente conflitualidade interna sepa-rou o grupo, depois da gravação doCD“Bálsamo”, em2004.

HOMENAGEM

|CULTURA|37JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

A harmonia das vozes dos Irmãos Kafala

A expressividade das vozes dos irmãos Moisés e José Kafala configura uma harmonia cuja história assenta na liturgia religiosa

Um duo representativo da história contemporânea da trova angolanaJORNALDEANGOLA

“Ngola”, o primeiro álbum dogrupo, lançado no mercado, em1988, foi produzido pelo Movi-mento Internacional Contra oApartheid. OCD tem as canções“Ngola”, que dá titulo ao CD,“O'Lomgembia”, “Paira noTem-po”, Ngui Kinguilo”, “África”,“Vissolela”, “Nvunda Yeto”,“Lemba”, “O'KudizolaKueto” e“Papá”.José Kafala grava, em 1986,

nos estúdios da Rádio Nacionalde Angola, a canção “RenúnciaImpossível”, baseado num textopoético de inspiração niilista dopoeta Agostinho Neto, um temaque acabou por ser regravado, de-pois, com a flauta deMoisés Ka-fala, e veio a integrar oCD “Sali-po”, termo, em umbundo, quesignifica adeus.Ainternacionalização do grupo

começa a ganhar forma e visita aInglaterra, no FestivalWomad, aEscócia, França, no FestivalAtlântica,Alemanha, Brasil, in-tegrado no Festival deArtes Ne-gras, Cuba, Canadá, Zimbabwe,Namíbia, África do Sul, Suécia,Costa doMarfim,CongoBrazza-ville, Bélgica, Holanda, Finlân-dia, Itália, Espanha e EstadosUnidos daAmérica.Grava em Boston, em 1995, o

CD “Salipo”, que teve a produçãoda editora MB Record's, dirigidapelocantorcabo-verdianoRamiroMendes.“Salipo”foireeditadopelaeditora francesa,“HarmoniaMun-di”, e tem tido, até à actualidade,

umaressonância,positiva, juntodopúblicoestrangeiro.“NdendaLa Suku”, “Malamba

mamy”, “Kalumba”, “Crucifi-xo”, “HoMuno”, “LeTimbaLia-mome”, “Benguela”, ”Vutuka”,“Salipo”, “Amor Suspenso”,“Nguxi”, “Renúncia impossí-vel”, e “Catito” são as canções doCD“Salipo”.

Embora sem o impacto dos dis-cos anteriores, surge, em 2004, oderradeiro CD, “Bálsamo”, ondepontificam, entre outras canções,os temas“Ofekayetu”,“Crucifixo,“Um abraço”, “Amor”, “Suspen-so”, “Renúncia impossível”, “Vozde Sangue”e “Kalunga”, cançõesinterpretadas em português, kim-bundu,umbunduechokwe.

Discografia do duo “Kafala Brothers”

Capa do disco “Ngola” primeiro trabalho discográfico do duo lançado em 1988

DR

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 201138|DESPORTO|

Roger Federer inicia hoje a de-fesa de seu título do Open daAustrália, tentando manter a boafase frente ao eslovaco LukasLacko. O tenista suíço deve lutarcom todas as suas armas no pri-meiro grand slam do ano, emMelbourne, para tentar evitar queRafael Nadal garanta um lugar nopanteão dos maiores tenistas.Muito gentil para admitir publi-

camente, Federer vai estar deses-perado para evitar queNadal seja oprimeiro tenista a conquistar todosos quatro slams de uma vez desdequeRodLaver o fez em1969.Federer, que procura adicionar

mais umao seu recorde de 16 grandslams, venceu o rival no último tor-neio da época, o World Tour emLondres. Ele também venceu emDoha no início destemês e vai pre-cisar manter a forma para impedirque Nadal conquiste o título, issose os dois chegaremà final.Lacko pode usar todas as suas ar-

mas na arena RodLaver, mas a ex-pectativa é que Federer, que tenta oinédito quinto título do Open daAustrália, consiga despachar rapi-damente o tenista número 97 domundo.Roger Federer começou abatalhamental ao dizer queNadal éo favorito no torneio, já que o espa-nhol conquistou os três outros títu-los principais do circuito. “Ele estáa dominar os slams”, disse Federer,29 anos, quando questionado se asua actual boa forma lhe dá vanta-gem no possível confronto. “Issofaz dele favorito, claramente”.Naprimeira ronda do torneio femini-no, a dinamarquesaCarolineWoz-

niacki enfrenta a argentina GiselaDulko compressão crescente paraque ela vença umgrand slam e jus-tifique a posição de número 1 doranking. Caroline ainda precisaconquistar um título de grand slam,apesar de ter retirado de SerenaWilliams a posição principal doranking emOutubro passado.Adinamarquesa de 20 anos insis-

te que não tem nada a provar, masvai enfrentar pressão intensa paraconfirmar a sua posição de número1 do mundo em Melbourne. “Euvenci seis torneios no anopassado”,disse uma provocadora Caroline,que foi eliminada no torneio inter-

nacional deSidney na primeira par-tida oficial do ano e já perdeu paraGiselaDulko noutra ocasião.JáMaria Sharapova, que já foi a

número 1 do mundo e venceu trêstítulos de grand slam, incluindo oda Austrália em 2008, enfrenta atailandesaTamarineTanasugarn naprimeira rodada.Arussa é a 16ª ca-beça de série,mas está a ter proble-mas desde que fez uma cirurgia noombro no final de 2008.Ela prometeu lutar omáximo na

partida, o que pode significar al-guns gritos na quadra que devemultrapassar o limite de decibéisaceitável para o ouvido humano.

Tenistas travam duelo pelo acesso à lista dos melhores na história da modalidade

TENISTA SUÍÇO DEFENDE PRESTÍGIO NA AUSTRÁLIA

REUTERS

REUTERS

Federer fogedaameaçadeNadal

ElectrodoLobitovence títulonoandebol

Futebol jovemestá animado

Aformação doElectro doLobitoconquistou no sábado, na cidade doLobito, o título do CampeonatoNacional Juvenil feminino ande-bol, ao derrotar na final o 1º deAgosto, por 14-12.Nelson Kassakula, técnico das

lobitangas, afirmou que o títuloconseguido se deveu ao sacrifício,determinação e vontade de vencerdas atletas.O treinador referiu não ter sido

obradoacasovencer na final o1º deAgosto, equipa recheada de atletasaltas, bemconstituídas fisicamentee

orientadaspor técnicos experientes.Reconheceu que o conjuntomilitarfoi um dos mais bem posicionadosparaarrebataro títuloentreas18 for-maçõesqueestiveramnoevento.Kassakula dedicou o título à Di-

recçãodoclubeeaos técnicosde to-dosos clubesdaprovíncia quemas-sificamoandebol, factoque temtor-nado oElectro doLobitomais forteem todas as provas onde participa,quernacionaisqueranívelcontinen-tal.A presença das províncias doKuando-Kubango,Lunda-Sul,Bié,Huambo, Kwanza-Sul, Bengo,

Kwanza-Norte e o reaparecimentodoNamibe (comasequipasdoYonae CAFA), de acordo com o técnicodoElectrodoLobito, aumentouoní-velcompetitivo.Por sua vez, Geovani Muachis-

sengue, treinador-adjunto do 1º deAgosto, reconheceu que a vitóriafoi bem conquistada pelo ElectrodoLobito.“Nãoconseguimos levar o título,

mas tivemosboaprestaçãoao longodaprova, a julgarpelonível emqueamesma foi disputada, onde sedesta-couoequilíbrioentreasequipas”.

CONSEQUÊNCIA DA DERROTA EM ALVALADE

Bettencourt abandonadirecçãodoSportingJosé EduardoBettencourt demi-

tiu-se do cargo de presidente doSporting, depois da derrota sábadofrente ao Paços de Ferreira, na 16ªjornada daLiga portuguesa, emAl-valade, por 2-3, e que terminoucom muitas críticas à sua gestãovindas das bancadas.O dirigente, que surgiu na sala de

imprensa na companhia de DiasFerreira, presidente daMesa daAs-sembleia-Geral, fez apenas umacurta declaração, remetendo paraos próximos diasmais desenvolvi-mentos.“Por diversas circunstân-cias, entendo que o melhor para avida do Sporting é que eu deixe deser presidente deste grande clube.Acabei de comunicar essa minhadecisão ao presidente da Mesa daAssembleia-Geral, Dias Ferreira, enão tenhomuito mais a dizer, ape-nas viva o Sporting. Nos próximosdias serão postos a par de futurosdesenvolvimentos”, comunicou.

Eleito em Junho de 2009, comquase 90 por cento dos votos, de-pois de uma primeira passagempe-la SAD leonina entre 2001 e 2004,José Eduardo Bettencourt deixa a

presidência antes do fimdomanda-to, devido à forte contestação dosadeptos.Os números de JoséEduardo Bettencourt como presi-dente do Sporting não são positi-vos. O melhor número, aliás, sur-giu no momento da eleição para ocargo, com89.43 por cento dos vo-tos leoninos.Anova era começou a5 de Junho de 2009.Depois de 17 meses, sensivel-

mente, Bettencourt bateu com aporta.Na ressaca da derrota caseirafrente ao Paços de Ferreira, o diri-gente anunciou a sua saída.Desde logo, três treinadores. Co-

meçou com Paulo Bento “Fore-ver”, a primeira expressão forteque viria a marcar a sua passagempela presidência.O actual seleccio-nador português sairia na épocapassada. Seguiu-se Carlos Carva-lhal e, neste defesoPaulo Sérgio.Pelomeio, José EduardoBetten-

court desenvolveu contactos com

AndréVillas-Boas. Pinto daCosta,recentemente, confirmou até o en-contro noGerês entre os dirigentesdo Sporting e o, à época, treinadordaAcadémica. Tudomudou e o jo-vem técnico foi para oDragão.Nos gabinetes, igual número de

alterações. Começou Sá Pinto,depois veio Costinha, depois Cos-tinha e José Couceiro. O defeso fi-cou igualmente marcado pelavenda de João Moutinho a um ri-val: o F.C. Porto. Omédio foi ape-lidado de “maçã podre”, expres-são posteriormente relativizadapor Bettencourt.Antigo responsável pelo futebol

do Sporting, José EduardoBetten-court demonstrou sempre o seu ex-tremo amor pelo clube, não escon-dendo a tristeza pela falta de títulosno seu legado. Aliás, a formaçãoleonina está nesta altura no terceirolugar, mais perto da U. Leiria quedo vice-líderBenfica.

MILITARES SUPERAM RIVAIS

Van Nistelrooydiz sim ao Real

REFORÇO DE PESO

Fernando Alonsosuplanta Massaem pista de gelo

PROVA DE EXIBIÇÃONACIONAL JUVENIL FEMININO

JÚLIO GAIANO| no Lobito

OCampeonato Nacional de Fu-tebol junioresmasculinos, que de-corre em Benguela, faz disputarhoje, às 17h00, a segunda jornada,como destaque a recair para o jogoentre a Académica do Lobito e oJGM do Huambo, da Série B, noEstádio doBuraco.Na partida de estreia, a formação

lobitanga derrotou oEstrela doUí-ge, por claros 7-0, enquanto a for-maçãoapoiadapelo empresário Jor-geMangrinha suplantou osmalan-ginos daBaixa deCassange, por 2-0, daí o interesse redobrado na con-tenda.O resultadovai definir a lide-rança do grupo.Duas horas antes,medem forças, no mesmo recinto,

as formações do Estrela do Uíge eBaixa de Cassange.Asegunda jor-nada inscreve ainda as partidasNa-cional de Benguela-Santa Clara eDesportivo da Huíla-Sporting doBié (SérieA), PetrodeLuanda-Bra-vos doMaquis e 1º deAgosto-Atlé-ticodoNamibe (SérieC).Na primeira jornada o SantaCla-

ra perdeu comoDesportivoHuíla,por 0-3, o SportingCabinda goleouo Nacional Benguela (4-0), o FCBravosMaquis empatou diante doAtletico Namibe (1-1) e Petro deLuanda foi derrotado pelo 1º deAgosto (1-2).Em função destes resultados,

Sporting de Cabinda, AcadémicadoLobito e 1º deAgosto são líderesdas suas respectivas séries.

RuudVanNistelrooy não resiste.O experiente avançado holandêsestá extremamente agradecido aoHamburgo e evita saídas forçadas,admitindo porém que o Real Ma-drid é uma tentação tremenda.JoséMourinho ficaria satisfeito

com a contratação do ponta-de-lança do Hamburgo, conforme re-conheceu em conferência de im-prensa. “Foi uma semana difícil.Felizmente, consegui concentrar-me. Espero que haja uma definiçãorapidamente. Isso seria o melhorpara todas as partes”, disseNistel-rooy à plataformadigital Sky.“Não é um clube qualquer. É o

Real Madrid, o único clube peloqual estaria disponível a sair. OHamburgo deu-me uma oportuni-dade e não quero sair amal.Vamosa ver se falamos todos nos próxi-mos dias. Espero que haja acordo.Para já, preciso de me concentrarno Hamburgo”, acrescentou o ho-landês.Valdano diz que a contratação es-

tá “muito difícil”, nesta altura. OHamburgo já foi confrontado como interesse doRealMadrid, emboragaranta que não surgiu ainda umaproposta oficial, manifestando aintenção demanter o avançado ho-landês nos seus quadros.

Presidente do Sporting pede demissão

Avançado holandês aprova a mudança

AFP

O evento “Wrooom” tambémconta com competição. E como éhábito nos pilotos de alta competi-ção, nenhumgosta de perder.Assim, Fernando Alonso não

deu hipóteses e venceu duas corri-das numapista traçada no gelo, tan-to aos comandos de um kart comode umFiat 500.Avertente compe-titiva começou com uma prova dekarts, com Alonso a ficar à frentedeFelipeMassa.

TERCEIRO DESAIRE CONSECUTIVO

BullsderrotamMiamiHeatOs Miami Heat perderam, na

madrugada de ontem, pela tercei-ra vez seguida, desta feita frenteaos Chicago Bull (99-96), emmais uma jornada na liga norte-americana de basquetebol.Os Heat não puderam contar

comLeBron James, devido a umaentorse no tornozelo, pelo segun-do jogo consecutivo, e os 33 pon-tos de Dwayne Wade não foramsuficientes para evitar o deslizeda formação deMiami.Do lado dos Bulls, Derrick Ro-

se somou 34 pontos e oito ressal-

tos.A jornada registou os seguin-tes resultados: Atlanta Hawks-HoustonRockets, 106-112,Char-lotte Bobcats-NewOrleansHor-nets, 81-88,Washington Wizards-Toronto

Raptors, 98-95, Detroit Pistons-SacramentoKings, 110-106,Chi-cago Bulls-Miami Heat, 99-96,MemphisGrizzlies-DallasMave-ricks, 89-70,MinnesotaTimber-wolves-OrlandoMagic, 99-108,Denver Nuggets-Cleveland Ca-valiers, 127-99, e Portland TrailBlazers-New JerseyNets, 96-89.

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Jean-MichelAulas escolheu ummeio diferente de passar umamen-sagem inspiradora aos jogadoresdo Lyon, quando escreveu umacarta a todos os elementos do plan-tel.Mas foi aindamais além, ao re-velar o efeito que o início de época

teve sobre si próprio, afirmandoque envelheceu 20 anos.“Enviei uma longa, individual e

pessoal carta a cada jogador paralhes explicar como vejo o futuro.Escrevi que os primeiros seis me-ses da época me fizeram envelhe-cer 20 anos, mas que isso não meimpediu de ter sonhos para esteano. Disse-lhes que necessitavadeles para concretizar esses so-nhos”, revelouAulas.Depois de ter andado pelos últi-

mos lugares da liga francesa, devi-do a resultados nos sete primeirosjogos da época, oLyon recuperou eencontra-se agora a apenas umponto do líder Lille.“Agradeço aos jogadores e à

equipa técnica por terem com-preendido a minha mensagem eque o bem colectivo está acimadas ambições individuais. Vimosuma verdadeira equipa e isso foibonito de ver”, frisou o presidenteontem, após o 3-0 sobre o Lorient,no sábado.

Alguns jogadores da PremierLeague, como Wayne Rooney eGareth Barry, conseguem pagarapenas uma pequena percenta-gem dos seus rendimentos ao fis-co, devido a um sistema tributárioque evita o pagamento demilhõesde euros em impostos.Segundo o jornal britânico

“Sunday Times”, nos últimosdois anos Rooney poupou 690mil euros em impostos e Barry155,250 mil euros.A percentagem paga pelos jo-

gadores, nalguns casos, é apenasde dois por cento, mas segundo

o “Sunday Times” o fisco já estáa investigar uma maneira de evi-tar essa evasão.A maneira que os jogadores

utilizam para evitar um paga-mento elevado é assinando doiscontratos com o clube que repre-sentam: um como atletas, rece-bem o salário e outro para direi-tos de imagem, recebe o rendi-mento da venda de camisolascom o seu nome.Segundo aquele jornal, também

Ashley Cole, Rio Ferdinand eMi-chael Owen estão envolvidos nomesmo “esquema”.

SABERGANHAR LYONULTRAPASSACRISE

POUPANÇASDEROONEY

NOVODESAFIO

JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011 |DESPORTO|39

EQUILÍBRIOMARCACAMPEONATODEBASQUETEBOL

ARMINDO PEREIRA|

A dupla ronda do final de se-mana do Campeonato Nacionalde Basquetebol em sénior mas-culino, BAI Balket-2011, ficoumarcada pela derrota do Inter-clube, no seu reduto, por 90-87,diante do Sporting de Cabinda,às ordens de Alberto de Carva-lho “Ginguba”.No tempo regulamentar as duas

formações se encontrava empata-das a 78 pontos. Foi necessário re-correr ao prolongamento para seencontrar o vencedor. Neste perío-do o grande destaque foi o extremoGerson Monteiro, do lado dosleões do norte, considerado o joga-dor mais valioso, ao apontar 39pontos.Alberto de Carvalho “Ginguba”

felicitou os seus jogadores pelo fei-to e considerou que o espírito deunião foi determinante para a con-quista dos dois pontos. “Tive a sor-te de encontrar umgrande grupo detrabalho, onde os atletas estão a fa-zer um esforço tremendo. Só meresta felicitá-los, porque esta vitó-ria é deles”.Do lado dos polícias, o técnico

JoséCarlosGuimarães reconheceua vitória da sua anterior equipa. Otimoneiro disse ainda que é impor-tante mentalizar os jogadores deque o campeonato não é compostoapenas pelas equipas doASA, 1º deAgosto, Libolo e Petro deLuanda.“Não tem interesse nenhum ga-

nhar jogos às equipas tidas como

grandes. Devemos reconhecer edar os parabéns ao adversário.Os meus jogadores fizeram um

grande esforço,mas depois não ti-vemos o discernimento necessáriopara gerir os seis pontos que trazía-mos, durante o prolongamento”,sublinhoGuimarães.No encontro de maior cartaz da

jornada, que opôs o Petro de Luan-da aoRecreativo doLibolo, dispu-tado no pavilhão principal daCida-dela, o conjunto deCalulo foimais

eficaz e despachou os tricolorespor 87-82. Depois dos petrolíferosterem estado na frente do placarcom umamargem de novo pontos,à entrada do quarto período, a defe-sa aguerrida nosminutos finais foideterminante para o triunfo dos co-mandados deRaul Duarte. Depoisdemuito equilíbrio, a vitória sorriupara turmadoLibolo.Com19pontos,DomingosBoni-

fácio foi omelhormarcador do en-contro, seguido por CarlosMorais

eRoderickNeal com17 pontos ca-da. Nas outras partidas, o SportingdeLuanda triunfou sobre aUniver-sidade Lusíada, por 69- 67, o 1º deAgosto bateu oASA, no pavilhãodo Rio Seco, por 105-97, o SantosFCultrapassou oCDUAN, por 70-69.A liderança é partilhada pelo 1º

deAgosto e o Recreativo do Libo-lo, com15 pontos.Aprova prosse-gue no próximo final de semana,comadisputa da 11ª jornada.

Formação da Polícia às ordens de José Carlos Guimarães perde em casa com o Sporting de Cabinda depois de surpreender o 1º de Agosto

Montezemoloataca Red Bull Presidente motiva atletas

Futebolistas fintam o fisco na Inglaterra

Australiano vence no ciclismoO ciclista australiano Matthew

Goss venceu ontem a “CancerCouncilClassic”, naAustrália, cor-rida de preparação para o TourDown Under, com início marcadopara amanhã.O circuito de 30 voltas, com 1,7

kmpor volta, na zona industrial deAdelaide, terminou comuma que-da aparatosa a 500 metros da che-gada e que envolveu alguns dos fa-voritos ao sprint. O norte-america-noLanceAmstrong não foi alémda68ª posição.A corrida foi liderada, nas pri-

meiras 16 voltas, por um grupo decinco ciclistas, entre os quais o es-panhol Markel Irizar, o dinamar-quêsMartinMortesen e o bielorus-soKuschynskiAlexandr, queman-tiveram uma vantagem de 35 se-gundos até às cinco derradeirasvoltas.Aequipa daHTC-Highroad

foi amais coesa, tendo conseguidoos dois primeiros lugares a umacurta distância do veteranoRobbieMcEwen. A queda colectiva à en-trada do sprint prejudicou, entre ou-tros, o alemão Andre Greipel, umdos principais favoritos ao TourDownUnder e oneo-zelandêsGregHenderson, vencedor da “CancerCouncilClassic” no anopassado.Classificação dos dez primeiros

classificados foi a seguinte: 1ºMatthew Goss (HTC-Highroad)1h05:12, 2ºMarkRenshaw (HTC-Highroad), 3º Robbie McEwen(Radio Shack), 4º EliaViviani (Li-quigas-Cannondale), 5º Chris Sut-ton (SkyProcycling), 6ºDavideVi-gano (LeopardTrek), 7º Ben Swift(Sky Procycling), 8º Jose JoaquinRojas (Movistar), 9º Fabio Sabatini(Liquigas-Cannondale) e 10ºAllanDavis (Astana).

Leões de Cabinda surpreendem políciasSANTOS PEDRO

AFP

AFP

AFP

LANCEAMSTRONGFICANACAUDA

Matthew Goss supera a concorrência nos últimos metros da prova disputada em Adelaide

Goleador do Manchester evita impostos

Michel Aulas escreveu cartas aos jogadores

IbrahimAfellay, omais recentereforçodoBarcelona,manifestoua felicidade de fazer parte de umaequipacheiadeestrelas,onde jogaMessi, o melhor do Mundo, masconsidera que tem de trabalharmuito para evoluir e chegar aindamais longe.“Aprendocoisasnovas todosos

dias e aplico-as. Quero sempre irmais além, ser um pouco melhorcadadia.Semtrabalhoduronãosechegaanenhumlado.Comeceina ruaeagoradividoo

balneário comMessi e outros co-legas fora de série. Sem trabalhonãoestaria aqui aviver isto”, disseomédioementrevista ao“MundoDeportivo”.O holandês de 24 anos disse ter

vivido um sonho quando assinoupelo Barcelona, mas que agora arealidade é ajudar a equipa a ga-nhar jogos e a conquistar títulos,seja em campo, no banco ou nostreinos.“Isto já não éumsonho, é a rea-

lidade.Enquanto jogador doBar-ça adorava jogar no Bernabéu emarcarumgoloaoRealMadrid”

Luca diMontezemolo, presiden-te da Ferrari, não gostou das pala-vras do consultor daRedBull, Hel-mutMarko, quando este se referiu auma potencial transferência de Se-bastian Vettel para Maranello, su-gerindo que o piloto alemão seriaestúpido se aceitasse, numa claradesvalorização do rival.“Vejo pes-soas que venceramos campeonatosmundiaismas que não sabem com-portar-se comocampeões.Quandoconquistarem10porcen-

todoque jáconquistámos,então res-ponderemos”,afirmouMontezemo-lo.A escuderia italiana reforçou-serecentemente com o britânico NeilMartin,oriundodaRedBull. “Preci-samosdepessoaspara lugares espe-cíficos.Fico felizpor termosestran-geirosnanossaequipa, issoéar fres-co, culturanova.”Montezemologa-rantiu também que está satisfeitocom a dupla de pilotos para a próxi-maépoca:“EstoucontentecomMas-saeAlonso”.

Ibrahim Afellayprocura espaçono Barcelona

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JORNAL DE ANGOLA•Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

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APROXIMAÇÃO

Embaixadoramericanoem DamascoO Irão abriu ontem as suas

instalações de enriquecimentode urânio em Natanz, no dopaís, para uma visita de embai-xadores de vários países, umdia depois de o chefe do pro-grama nuclear iraniano, Ali Ak-bar Salehi, afirmar que o paíscontinua a desenvolver o enri-quecimento de urânio.Os representantes de países

não-alinhados, do grupo dos 77,da Liga Árabe, da Venezuela e daSíria na Agência Internacionalde EnergiaAtómica (AIEA) par-ticiparam na visita realizada aconvite de Teerão. “Organizare-mos outras visitas a instalaçõesnucleares”, assegurou Salehi, ci-tado pela agência noticiosa ira-niana Isna.“Os países ocidentais têm a ob-

rigação de reconhecer o direitoda República Islâmica do Irão emtermos nucleares”, acrescentou.Na véspera da visita, Salehi re-

cebeu representantes da AIEApara visitar as instalações nu-cleares iranina deArak.“As recentes sanções interna-

cionais não criaram qualquerproblema à nossa actividade nu-clear”, acrescentou Salehi, cujasdeclarações foram transmitidasem directo pela televisão estatal.“Continuamos a nossa activi-

dade nuclear. Em particular, con-tinuamos energicamente com anossa actividade de enriqueci-

mento de urânio.Anossa produ-ção de urânio enriquecido au-mentou”, acrescentou.O chefe do programa nuclear

iraniano disse também que o Irão“construiu uma nova fábrica emIspahan de produção de combus-tível para os reactores nucleares,que é uma das mais modernas domundo”.

“Agradecemos ao Ocidente”

“Devemos agradecer que ospaíses ocidentais não nos tenhamdado o combustível enriquecidoa 20 por cento para o reactor depesquisas de Teerão. Entramosnesse campo de actividade e oIrão vai ser agora um dos poucospaíses que produzem barras decombustível”, acrescentou.Estas declarações acontecem a

menos de uma semana de um no-vo encontro entre o Irão e os paí-ses do grupo 5+1 (Estados Uni-dos, França, Grã-Bretanha, Rús-sia, China e Alemanha) nos dias21 e 22 de Janeiro em Istambul.No início do presente mês de

Janeiro, o Irão convidou váriospaíses membros da AIEA a visi-tarem a sua principal instalaçãode enriquecimento de urânio emNatanz e a sua fábrica de águapesada em Arak. A União Euro-peia declinou o convite para essavisita, tal como a Rússia e a Chi-na, apesar de ambos serem alia-

dos de Teerão. Nem os america-nos nem os três países europeusdo grupo foram convidados, o

que levouWashington a classifi-car a visita de “palhaçada”. Acentral visitada no sábado,Arak,também tem um reactor de pes-quisas de 40 megawatts em cons-trução, cuja entrada em funcio-namento está prevista para den-tro de dois ou três anos, segundoSalehi.Natanz é a instalação nuclear

mais sensível de todo o país. OIrão tem nesse local mais de8.400 centrífugas utilizadas parao enriquecimento de urânio, umaoperação que é fonte de preocu-pação internacional quanto aoproblema nuclear iraniano.Enriquecido a menos de 20 por

cento, o urânio serve para fabri-car combustível para as centraisde energia nuclear. Mas se conti-nuar a ser enriquecido até 90 porcento ou mais pode servir parafabricar armas atómicas.O Irão já produziu mais de

3.200quilos de urânio enriqueci-do a cinco por cento. Desde Fe-vereiro Teerã começou a enri-quecer urânio a 20 por cento e ac-tualmente disporia de mais de 40quilos, segundo os últimos nú-meros divulgados pelas autori-dades iranianas.Os países ocidentais suspei-

tam que o Irão tenta dotar-se dabomba atómica escondendo-sepor trás de um programa nuclearcivil, algo que Teerão semprenegou.

DIPLOMATASVISITARAMFÁBRICASDEENRIQUECIMENTODEURÂNIO

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Oprimeiro embaixador ameri-cano na Síria emquase seis anos,Robert Ford, chegou ontemaDa-masco para chefiar a representa-ção diplomática do seu país, in-formou um comunicado da em-baixada dosEstadosUnidos.“A nomeação do embaixador

Ford representa uma acção ame-ricana tangível para tentar en-contrar interesses comuns entre aSíria e os EUA através de umadiscussão mais regular e directacom o Governo sírio e o seu po-vo”, declara a nota.Em Fevereiro de 2005, o Go-

verno do então presidente ameri-cano George W. Bush retirou aembaixadora Margaret Scobeyde Damasco após responsabili-zar a Síria pelo assassinato do ex-primeiro-ministro libanês RafikHariri. Ford foi proposto comocandidato a embaixador na Síriaem 16 de Fevereiro de 2010 peloactual presidente dos EstadosUnidos, BarackObama, e dianteda não confirmação pelo Senado,o embaixador foi designado pordecreto em29 deDezembro e ju-rou o cargo no últimodia 7.O diplomata, que fala árabe

com fluência, já trabalhou comoenviado dos EUAnaArgélia en-tre 2006 e 2008 e é consideradoum especialista em assuntos doOrienteMédio.

Irão abre centro nuclear de Natanz

ARMINDOPEREIRA|

O Petro Atlético de Luanda, er-gueu o troféu de campeãoda 27ªediçãodoCampeonatoNacionaldaBasquetebol em junioresmas-culinos, após vitória a tangentesobre o 1º de Agosto, por 50-49,disputada ontem, no pavilhãogimnodesportivo da Cidadela,em final marcada pela má actua-çãodadupladearbitragem.Durante os primeirosminutos, o

equilíbrio era a tónica dominante,comum ligeiro ascendente dosmi-litares que apostaram em contra-ataques rápidos, que resultou numadiferença de dez pontos que geri-ramaté ao final do primeiro quarto.O 1º deAgosto conseguiu gerir a

vantagem e saiu para o intervalo avencer por umamargemde 12 pon-tos, 30-18, fruto dos lançamentosde longa distância, para ultrapassara defesa à zona imposto pelos trico-lores. No terceiro período, o técni-

coAnselmoMonteiro lançou paraa quadra de jogos Ivanilson Mitu-mona eMárcioMauro, no lugar dePedro Bastos eAdilson Paulo, quederam outra dinâmica ao ataque eumamaior consistência à defesa, oque resultou na quebra da eficáciada turma militar, que passou a so-mar umnúmero elevado de perdasde bola. A pressão dos tricolores,resultou na redução da desvanta-gem, levou-os a venceremo tercei-ro quarto, com a parcial de 17-7. OPetro igualou o resultado, o quedeixou a partida mais emotiva,com jogadas de ataques com por-menores técnicos dignos de realce,protagonizados pelos jogadoresdos dois conjuntos, para delírio dopúblico que se fez presente emgrande número naquele recinto.

Mau trabalho da arbitragem

Apartida continuou equilibradaaté à altura em que a dupla de árbi-

tros, composta por FigueiredoCruz e Filomeno Manuel, man-chou a sua actuação. O 1º deAgos-to teve 4 jogadores do cinco inicialexcluídos, numa altura em que oPetro dominava a partida.No final, a festa foi dos tricolo-

res. Eles conseguiram conservar amagra vantagem e festejaram a vi-tória commuita euforia, destronan-do oVila Clotilde, que este ano fi-cou na quarta posição, após ser der-rotado pelo Sporting de Benguelapor 53-48.No sector feminino, as atletas do

1º deAgosto arrebataramo cobiça-do troféu, fruto do triunfo sobre oInterclube, por 54-38.Asmilitares começaram a impor

o seu basquetebol logo no início,com um grupo mais esclarecido eorganizado defensivamente. LuziaSimão, base das “polícias” era a jo-gadoramais inconformada e tentoutudomas não teve forças para con-trapor à ofensiva adversária.Apos-

te do 1º de Agosto Cristina Mati-quite teve uma actuação acima damédia e rubricou 20 pontos, tor-nando-se a jogadora mais valiosa

da partida. Na luta pelo terceiro lu-gar, o Juventude deViana, garantiua medalha de bronze, ao vencer oMaculusso por-53-48.

CAMPEONATONACIONALDEBASQUETEBOLEMJUNIORESMASCULINOS

REUTERS

Ahamadinejad visita central de Natanz

Petro de Luanda ergue troféu de campeãoKINDALA MANUEK

Equipa de juniores masculinos do Petro de Luanda comemorou o título nacional

Associações e veterinários lançaramuma campanha para salvarem os ani-mais vítimas da tragédia que atingiu aregião serrana doRio de Janeiro. Espe-cialistas da Sociedade Mundial para aProtecçãoAnimal (WSPA) coordenama acção na Serra do Rio, como já fize-ram noHaiti depois do terramoto. “Hámuitos animais emsituaçãodeplorável,lutando por comida, com fracturas,abandonados, pois até os donos não po-

demcuidar deles.Aprioridadeda tragé-dia é salvar vidas humanas,mas os ani-mais são os nossos melhores amigos,eles não nos abandonariam e nós nãovamos abandoná-los”, enfatizouSolan-ge Ribeiro. No meio da devastação daregião serrana, uma imagem comoveuoBrasil no fimde semana: umcão cha-madoLeãoquenão se afasta há três diasdo túmuloonde foi enterrada a sua donanumcemitério deTeresópolis.

VÍTIMASDATRAGÉDIAVeterinários tentam salvar da morteanimais da serra do Rio de Janeiro

Programa iraniano longe de ser prejudicado por sanções