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Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013 Lagoa da Prata, 30 de junho de 2013 - Ano I - Nº 06 Movimento Vem Pra Rua reúne jovens e adultos para protestar contra a política e reivindicar melhorias na cidade MANIFESTANTES VÃO ÀS RUAS Homem morre em acidente de moto na rodovia MG-170 Extração ilegal de areia afeta empresa em Lagoa da Prata Centenas de jovens participaram da primeira manifestação “Vem Pra Rua” em Lagoa da Prata na última sexta-feira 21, Os manifestantes en- tregaram uma pauta de reivindicações ao prefeito Paulo Teodoro, que se posi- cionou sobre as deman- das na última terça-feira. Página 8 A representante de uma empresa de ex- tração de areia realizou uma série de denúncias Um acidente tirou a vida de um homem de 35 anos na tarde de terça-feira 25 na MG- 170, próximo ao Parque de Exposições de Lagoa da Prata. A vítima, Ali- son Luzia Rabelo, mo- rador da comunidade de Capoeirão, distrito de Japaraíba, seguia pela rodovia sentido Moema/ Lagoa da Prata quando perdeu o controle, caiu na pista contrária e foi atropelado por uma ca- minhonete Hilux, que seguia sentido Lagoa da Prata/Moema. Segundo informações do policial Cabo Hamilton Silva, o motociclista morreu no local antes da chegada do socorro. O motoris- ta da caminhonete, Eli Antônio Lopes, afirmou que a moto seguia atrás de outro veículo quan- do, por alguma razão, se chocou na traseira do carro vindo a cair na pista. Lopes disse que sentiu quando as rodas da caminhonete passa- ram por cima de algo, mas ele só foi perceber o que havia acontecido quando olhou pelo re- trovisor. Ele estacionou seu veículo cerca de uns oitenta metros do atro- pelamento. O outro ve- ículo que teria envolvi- mento no acidente não parou. “Vamos fazer um rastreamento dentro de Lagoa da Prata para ver se conseguimos encon- trar algum veículo com detalhes que possam indicar a suspeita de ser o terceiro veículo envol- vido”, disse Cabo Ha- milton da Polícia Militar. Veja a notícia comple- ta no Portal TV Cidade La- goa da Prata na internet. contra empreendedores que estariam extraindo o mineral ilegalmente e sem as devidas autorizações ambientais. Órgãos públicos foram informa- dos por meio de ofícios. Páginas 5, 6 e 7 A propaganda que funciona Entrevista com a pub- licitária Raíssa Ribeiro, diretora da agência Sa- vana Comunicação. Página 11

Jornal Cidade - Ano I - Nº 06

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http://www.jornalcidademg.com.br >Acesse e veja mais notícias Jornal Cidade - Ano I - Nº 06 - 30 de Junho de 2013 Principais notícias das cidades do centro-oeste mineiro. Notícias de Lagoa da Prata, Santo Antônio do Monte, Moema, Pedra do Indaiá e Japaraíba.

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Jornal da Cidade - 30 de junho de 2013

Lagoa da Prata, 30 de junho de 2013 - Ano I - Nº 06

Movimento Vem Pra Rua reúne jovens e adultos para protestar contra a política e reivindicar melhorias na cidade

MANIFESTANTES VÃO ÀS RUAS

Homem morre em acidente de moto na rodovia MG-170

Extração ilegal de areia afeta empresa em Lagoa da Prata

Centenas de jovens participaram da primeira manifestação “Vem Pra Rua” em Lagoa da Prata

na última sexta-feira 21, Os manifestantes en-tregaram uma pauta de reivindicações ao prefeito

Paulo Teodoro, que se posi-cionou sobre as deman-das na última terça-feira. Página 8

A representante de uma empresa de ex-tração de areia realizou uma série de denúncias

Um acidente tirou a vida de um homem de 35 anos na tarde de terça-feira 25 na MG-170, próximo ao Parque de Exposições de Lagoa da Prata. A vítima, Ali-son Luzia Rabelo, mo-rador da comunidade de Capoeirão, distrito de Japaraíba, seguia pela rodovia sentido Moema/Lagoa da Prata quando perdeu o controle, caiu na pista contrária e foi atropelado por uma ca-minhonete Hilux, que seguia sentido Lagoa da Prata/Moema. Segundo

informações do policial Cabo Hamilton Silva, o motociclista morreu no local antes da chegada do socorro. O motoris-ta da caminhonete, Eli Antônio Lopes, afirmou que a moto seguia atrás de outro veículo quan-do, por alguma razão, se chocou na traseira do carro vindo a cair na pista. Lopes disse que sentiu quando as rodas da caminhonete passa-ram por cima de algo, mas ele só foi perceber o que havia acontecido quando olhou pelo re-

trovisor. Ele estacionou seu veículo cerca de uns oitenta metros do atro-pelamento. O outro ve-ículo que teria envolvi-mento no acidente não parou. “Vamos fazer um rastreamento dentro de Lagoa da Prata para ver se conseguimos encon-trar algum veículo com detalhes que possam indicar a suspeita de ser o terceiro veículo envol-vido”, disse Cabo Ha-milton da Polícia Militar.

Veja a notícia comple-ta no Portal TV Cidade La-goa da Prata na internet.

contra empreendedores que estariam extraindo o mineral ilegalmente e sem as devidas autorizações

ambientais. Órgãos públicos foram informa-dos por meio de ofícios. Páginas 5, 6 e 7

A propaganda que funciona

Entrevista com a pub-licitária Raíssa Ribeiro, diretora da agência Sa-vana Comunicação.

Página 11

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CARTA AO LEITOR

Juliano Rossi - Editor

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O prefeito Paulo Te-odoro recebeu na úl-tima terça-feira 25 os organizadores do Movi-mento Vem Pra Rua de Lagoa da Prata e res-pondeu às reivindica-ções dos manifestantes.

1 – Sobre o motivo da “baixíssima” contri-buição para o transpor-te dos estudantes uni-versitários, o Chefe do Executivo disse que a contribuição financeira foi ampliada em 50 por cento em relação ao va-lor praticado em 2012. “Entendemos que o valor ainda é pequeno. [...] Te-remos condições, na ela-boração do Orçamento de 2014, de estabelecer a previsão orçamentária legal para o novo valor, que será devidamente discutido com a socie-dade e com a Associa-ção dos Estudantes”.

2 – Construção da pista de skate.

O prefeito Paulo Teo-doro afirma que já defi-niu o local. Será próximo à Estação Ferroviária. O projeto arquitetônico está em fase de conclu-são e a Administração Municipal aguarda a li-beração do recurso que

Prefeito Paulo Teodoro responde a reivindicações de manifestantes

foi incluído no orçamento do governo estadual para que a obra seja iniciada.

3 – O que está sen-do feito para a melho-ria na qualidade do atendimento médico?

O Chefe do Executi-vo disse que contratou médicos para atendi-mento nas unidades de saúde e pronto socorro. “Já garantimos recursos do governo federal para a construção de uma UPA (Unidade de Pron-to Atendimento) que na prática é um pronto socorro ainda mais mo-derno”, disse o prefeito. A Administração Muni-cipal ainda busca junto ao governo estadual um SAMU (Serviço de Aten-dimento Móvel de Urgên-cia) e investir na capa-citação dos servidores.

4 – Longas filas na Farmácia Municipal.

Segundo Paulo Te-odoro, as longas filas na “farmacinha” estão com os dias contados. O município irá construir, no terreno em frente à Câmara Municipal, uma nova unidade, dentro do programa Farmácia Mi-neira, que será mais con-fortável. O sistema será

informatizado para agili-zar a entrega dos medi-camentos. “A obra será iniciada ainda este ano. Desde maio alguns bair-ros da cidade, como o Sol Nascente, Chico Miranda, Monsenhor Alfredo e Ma-rília já contam com um projeto piloto para a en-trega de medicamentos nas unidades de saúde para pacientes crônicos e diabéticos. Futuramente o programa será amplia-do a todo o município”.

5 – Mau cheiro proveniente das quei-madas de canaviais.

Existe um protolo-co de intenções que de-termina que a queima da cana seja extinguida entre 2014 e 2017. Em Lagoa da Prata, os in-cêndios que ainda ocor-rem nos canaviais são criminosos. O prefeito Paulo Teodoro afirma que a Secretaria de Meio Ambiente, junto com a Polícia Ambiental, vão intensificar a fiscalização e a observação sobre as ocorrências de incên-dios. “Quanto ao odor causado pela vinhaça, a Secretaria já procurou a empresa para uma reu-nião – que deve acon-tecer em julho – para

tratar deste e outros assuntos. Será sugerido o cultivo de um cinturão verde em volta dos re-servatórios de vinhaça, como solução ambiental-mente adequada”, disse.

6 – Desvio do Rio São Francisco.

Quanto ao desvio do Rio São Francisco na re-gião da Volta Grande, a questão está sendo dis-cutida na justiça. Como está fora da área urbana, ela foge à competência da Secretaria de Meio Ambiente. Entretanto, os secretários municipais de Lagoa da Prata esti-veram reunidos no mês de março com quatro diretores do Meio Am-biente, que se compro-meteram a ser interlocu-tores na discussão entre empresa/poder público/sociedade organizada, na busca por alterna-tivas de compensação ambiental pelo dano cau-sado. Nossa intenção é fomentar principalmente a educação ambiental e pactuar o desenvol-vimento de ferramen-tas sócio ambientais, como a coleta seletiva.

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“A corrupção está acabando com o Brasil. Corrupção! Vai para a p... que p...!”. É com esta frase de protesto que a banda Grilo de Roupa abre o primeiro verso da música de trabalho “Cor-rupção”. Liderada pelo vocalista e guitarrista Patrício Gontijo, o grupo mostra que a corrupção está entranhada na cul-tura dos brasileiros, a começar pelas pequenas infrações, como o ato de furar fila, por exemplo.

O Grilo de Roupa está em fase final de lança-mento do disco, que terá três músicas próprias e dezessete clássicos do pop e rock em relei-tura própria da banda. “Nossa pretensão é fa-zer uma música alegre, dançante, que tenha es-paço em qualquer even-to popular. Para o CD, selecionamos músicas que fazem parte de nos-sa criação como músi-cos, como pop/rock anos 80 e MPB”, diz Patrício.

A música de traba-lho “Corrupção” foi lan-çada no último dia 16 e já está sendo tocada

Banda de Lagoa da Prata lança música contra a corrupção

em emissoras de rádio e utilizada em diversos vídeos de protestos no Youtube. “Corrupção não é uma música política. O objetivo é mostrar a corrupção nos pequenos atos, no dia a dia das pes-soas”, explica o músico.

O show de estreia da banda acontece neste sá-bado em Dores do Indaiá. Grilo de Roupa tem cinco integrantes. Além de Pa-trício Gontijo, tem Silas Martins (bateria), André

Oliveira (baixo), Fabrício Souza (teclados) e Mateus (percussão). Outros três músicos adicionais parti-cipam das apresentações.

O disco deve ser dis-tribuído na primeira quin-zena de julho e estará disponível para download no site WWW.griloderou-pa.com.br e na página Facebook/griloderoupa.

Ouça a música “Corrupção” no Por-tal TV Cidade Lagoa da Prata na internet.

Show de estreia será neste sábado em Dores do Indaiá

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Na quarta-feira (12/06), o presidente da ACE/CDL-LP Valdir J. An-drade e o vice-presidente Geraldo M. Almeida fo-ram a Divinópolis pres-tigiar e participar da co-memoração dos 80 anos de fundação da FIEMG e os 18 anos de criação da Regional Centro-Oeste instalada em Divinópolis.

O evento aconteceu no centro de eventos Yellow Hall em Divinópo-lis e teve como anfitrião o Sr. Afonso Gonzaga, presidente da regional há onze anos e que vem fazendo um trabalho di-ferenciado e com ótimos resultados para a nossa região. Contou também com a presença de cente-nas de convidados, entre autoridades, empresá-rios e políticos de toda Região Centro-Oeste.

Ao final, os convi-dados foram brindados com uma apresentação impecável da Orquestra, Coral, e Cia. de Dança do SESIMINAS/BH, que com um repertório for-mado por clássicos da MPB, como “Construção” e “Asa Branca”, contou através da música e dan-ça, a trajetória da FIE-MG e os fatos marcan-

ACE/CDL-LP participa dos 80 anos da FIEMG em Divinópolistes do desenvolvimento da entidade nos seus 80 anos de existência.

De reconhecida im-portância para o desen-volvimento de Minas, o Sistema FIEMG oferece serviços e produtos es-senciais e estratégicos, especialmente na área da educação. Marca forte, de atuação des-tacada nas principais decisões do estado, a FIEMG cresceu com a economia mineira, junto com o SENAI, SESI, IEL, CIEMG e o Instituto Es-trada Real, com o apoio dos Sindicatos filiados.

Investindo em estu-dos e diagnósticos da realidade produtiva da região centro – oeste, a FIEMG, tem se mobiliza-do para traçar políticas específicas de estímulo ao crescimento regional.

Através da FIEMG Regional Centro – Oeste, e com o apoio de enti-dades parceiras, vários projetos estão mudando a realidade econômica da região além da forte representatividade dos setores do comércio, serviços e turismo. A FIEMG oferece ainda um total de 14 unidades do SENAI na região centro-

-oeste e 07 unidades do SESI, Centros de Forma-ção Profissional (CFPs), do SENAI, Centros de Atividades do Trabalha-dor (CATs), do SESI, e Centros de Treinamen-to nas cidades de Bom Despacho, Campo Belo, Carmo do Cajuru, Cláu-dio, Divinópolis, Formiga, Nova Serrana e Pará de Minas. Em Itaúna, está instalado o único Centro Tecnológico de Fundi-ção da América Latina. Santo Antônio do Monte

abriga o Centro Tecnoló-gico de Pirotecnia, úni-co do país credenciado pelo Exército Brasileiro para avaliar sistemas de produção e libera-ção de fogos de artifício.

Em Nova Serra-na, o maior e melhor Centro Tecnológico de Calçados para o setor, proporcionando qualifi-cação e avanços tecnoló-gicos. Em parceria com o BDMG e BNDES, a FIEMG Regional Centro-Oeste oferece, aos Empreende-

dores da Região Centro--Oeste, assessoria em Linhas de Financiamen-to para Capital de Giro, Construção, Aquisição de Máquinas e Equipamen-tos, Abertura de Empre-sa, através de Assesso-ria em Financiamentos.

Também disponibiliza aos empresários, asses-soria em Meio Ambiente, com o intuito de oferecer a todos os empreende-dores da região esclare-cimentos de dúvidas e orientações referentes à

adequação ambiental de todas as empresas. Se-gundo Afonso Gonzaga, “tudo isto demonstra que a FIEMG está cumprindo, a sua missão, de incenti-var, apoiar e fomentar o desenvolvimento indus-trial da região centro--oeste, tendo como obje-tivo o fortalecimento do associativismo empre-sarial e, através dele, a integração das empresas da região e a capacitação profissional dos traba-lhadores da indústria”.

Discurso do presidente da FIEMG Afonso Gonzaga

Afonso Gonzaga e Valdir Andrade Vice-presidente Geraldo Almeida, Afonso Gonzaga e presidente Valdir José de Andrade

Apresentações da Orquestra, Coral e Balé SESIMINAS

INFORMATIVO PARLAMENTAR

“É assustador o crescimento do uso de drogas, sobretudo entre adolescentes e jovens. É preciso unir forças, com a participa-ção da sociedade civil, das famílias e do po-der público”. Esta afir-mação é do Deputado Tiago Ulisses, que está preocupado com o es-trago que a droga tem feito nas famílias brasi-leiras. “Infelizmente a droga se espalhou por todos os rincões. Não é privilégio dos grandes centros. Hoje as pesso-as têm acesso fácil ao produto, especialmen-te ao crack, que é ba-rato e causa um gran-de dano ao usuário”, afirma o deputado.

Tiago Ulisses par-ticipou, nos dias 24 e 25 de junho, do Ciclo de Debates “Um Novo Olhar sobre a Depen-dência Química, no Plenário da Assem-bleia Legislativa. O Ci-clo tem como objetivo

apresentar o que está sendo feito no Esta-do no combate ao uso de drogas e no trata-mento dos dependen-tes químicos, discutir a aplicação da justiça terapêutica e articular os agentes públicos e representantes da so-ciedade civil envolvi-dos com o problema.

O Deputado destaca a importância das en-tidades que trabalham com os dependentes químicos de Lagoa da Prata. “É um traba-lho que tem o apoio da sociedade. Se não fosse o trabalho des-sas entidades, certa-mente a situação seria muito mais grave em Lagoa. As entidades civis acabam assumin-do o papel que deveria ser do poder público. Felizmente já vemos, ainda que timidamen-te, algumas ações go-vernamentais. Em boa hora a Assembleia promove este debate”.

Assembleia promove debate sobre dependência química

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JORNAL CCO - A empresa de extração de areia ‘Maria Lúcia de Melo ME’, de Lagoa da Prata, representada pela pro-prietária Maria Lúcia de Melo, procurou a reporta-gem do Jornal Correio do Centro Oeste (CCO), de Arcos, no dia 21 de mar-ço deste ano, para fazer uma série de denúncias relacionadas a outras empresas do mesmo segmento que, segundo ela, estariam exploran-do areia sem as devidas autorizações ambientais.

Segundo a represen-tante da empresa mine-radora denunciante, tudo começou no início de 2012, quando a empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ fez alguns registros mi-nerários junto ao Depar-tamento Nacional de Pro-dução Mineral (DNPM). Sendo detentora do di-reito minerário, procu-rou a proprietária de um imóvel rural às margens do Rio Santana (afluen-te do Rio São Francisco) onde é possuidora de um dos títulos minerários, a fim de realizarem uma parceria para possibili-tar a extração mineral, especialmente areia. Apesar de haver inte-resse, a negociação não aconteceu por questões financeiras, visto que o empreendimento ‘Maria Lúcia de Melo ME’ não poderia suportar o valor proposto pela proprietá-ria da terra, a título de indenização (royalties).

Pouco tempo depois, a empresa foi procurada por um consultor repre-sentando a proprietária do imóvel rural, pedindo que a empresa ‘Maria Lúcia Melo ME’ entre-gasse a eles o título mi-nerário que recai sobre a propriedade rural.

“Falei a ele que pas-saria para a empresa o título e em contraparti-da pedi uma composição financeira. Foi quando ele me disse que queria o título, mas que eu não havia entendido a situ-ação. Ele queria o direi-to minerário totalmente gratuito e que, se nós não passássemos para eles, ele faria de tudo para que não conseguíssemos mais nenhum documen-to em nível de licencia-mento estadual”, relata a proprietária Maria Lú-cia de Melo, afirmando que esse consultor é uma

Exploração ilegal de areia afeta empresa em Lagoa da PrataA afirmação é da empresária Maria Lúcia Melo em entrevista ao Jornal Correio do Centro Oeste, de Arcos. Empresa está aguardando providências de órgãos públicos

pessoa de grande influ-ência em Lagoa da Pra-ta, principalmente junto aos órgãos ambientais.

A representante legal da empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ consta que não se preocupou muito com a ameaça e o homem foi embora. No entanto, segundo ela, a história não terminou por aí. Em entrevista ao CCO, ela relata os problemas que vem enfrentando desde

então e fala sobre as pro-vidências que já tomou.

INVASÃOPouco tempo depois,

a mesma área que o con-sultor exigia começou a ser invadida por outro empreendedor que tem uma área limítrofe a essa, segundo informação pas-sada ao CCO pela repre-sentante da empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’.

A empresa ‘Maria Lú-

cia de Melo ME’ começou a investigar e foi verifi-cado – segundo o relato feito ao CCO – que “esse empreendedor estaria invadindo e extraindo areia ilegalmente, à re-velia do poder público”.

Foi a partir daí, final de março de 2012, que a empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ começou a procurar órgãos compe-tentes nas esferas muni-cipal, estadual e federal,

informando-os, por meio de ofícios, esse “trabalho irregular”. No entanto, segundo Maria Lúcia de Melo, muitas promessas foram feitas no sentido de coibir essa prática, “mas nenhuma medida foi efetivamente toma-da, apesar das consta-tações de ilegalidade”.

EM BUSCA DE SOLUÇÃO

A empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ pro-curou, inicialmente, a Po-lícia Ambiental de Lagoa da Prata. O Boletim da 7ª Companhia da Polí-cia Militar Ambiental de Minas Gerais em Lagoa da Prata/MG (de número M3698-2012-0530509) informa que “a empresa limítrofe à ‘Maria Lúcia de Melo ME’ estaria há 60 dias cometendo gra-ves crimes ambientais, dentre eles a minera-ção no leito do rio, sem a devida outorga para o uso de recursos hídri-cos e a intervenção sem a devida autorização”.

Também consta no Boletim que “as ativi-dades minerarias de-veriam ser paralisadas imediatamente, nos ter-mos do art. 11 da Lei Nº 9.605/98”, evitando que o passivo ambiental ficasse cada vez maior.

No entanto, segundo relato de Maria Lúcia de Melo, as atividades con-tinuam, gerando reces-

são para as empresas mineradoras que operam legalmente e causando prejuízo ao erário, já que não recolhem os tribu-tos e encargos devidos.

Segundo a proprie-tária da empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’, vários Boletins de Ocorrência foram feitos na Polícia Militar Ambiental, tam-bém em Lagoa da Prata. “Somente constataram os documentos que eles têm, e apesar de terem feito um auto de infra-ção não tomaram nenhu-ma outro providência no sentido de paralisar essa atividades. Eles alegaram ilegitimidade jurídica para isso, falaram que lhes fal-tava um relatório técnico de alguém qualificado para a paralisação do empreendimento denun-ciado”, alega Maria Lúcia.

A proprietária da em-presa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ conta que pou-co depois conseguiu o re-latório técnico por meio da Secretaria de Fisca-lização de Recursos Hí-dricos, o qual constatou que “realmente aquele empreendimento estava operando de forma ile-gal e que a Autorização Ambiental de Funciona-mento (AAF) apresentada por eles foi conseguida com a prestação de vá-rias informações falsas”.

Em maio de 2012, a Superintendência Regio-nal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus-tentável (Supram), em Divinópolis, também foi oficiada, mas o órgão nunca teria se manifesta-do, segundo o relato feito ao CCO. “As informações oficiosas que consegui-mos via telefone foram que esse processo foi ar-quivado em um órgão em Belo Horizonte. Mas não sabem dizer por quais motivos foi arquivado. Se for verdade, quer dizer que o órgão foi totalmen-te omisso na condução dessas denúncias, já que não teve a cautela de ave-riguar a ocorrência dos fatos in locu. Dessa for-ma, feriu-se um principal constitucional básico, que é o da formalidade, já que nenhum despacho oficial foi encaminhado aos de-nunciantes ou publicado no diário oficial, apesar dos pelitos nesse senti-do”, lamenta Maria Lúcia.

Continua na página 4.

Segundo a empresária Maria Lúcia de Melo, sete empreendedores do município de Lagoa da Prata estariam invadindo e extraindo areia ilegalmente, à revelia do poder público

Consta no Boletim de Ocorrência que “as atividades minerárias deveriam ser para-lisadas imediatamente, nos termos do art. 11 da Lei Nº 9.605/98”, evitando que o passivo ambiental ficasse cada vez maior

INFORME PUBLICITÁRIO

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SEM PROVIDÊNCIASTramita no De-

partamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), sob o núme-ro 48400.000604/2012, processo administrativo tendente a averiguar a denúncia de invasão de áreas. Porém, somen-te no mês de março de 2013 receberam a visi-ta de fiscais. Até então, “nenhuma providência efetiva foi tomada com relação a essa invasão de área”, segundo infor-mação de Maria Lúcia. “E como as autoridades não tomaram nenhuma providência, essa práti-ca ilegal de extração de areia foi sendo dissemi-nada. Outros empreen-dedores começaram a invadir as áreas da em-presa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ e implantaram seus empreendimentos irregularmente”, afirma.

7 EMPREENDIMENTOS SUPOSTAMENTE IRREGULARES

Segundo Maria Lú-cia de Melo, ao todo, já foram verificados sete empreendimentos em situação irregular, todos invadindo os requeri-mentos (direitos minerá-rios) feitos no DNPM em favor da empresa ‘Ma-ria Lúcia de Melo ME’.

A empresária explica que alguns até têm docu-mentos, os quais foram conseguidos “de forma ardilosa, prestando in-formações falsas para a própria Supram e que não habilitam a prática de atividade minerária”. Ela questiona a razão de isso não ser sido apurado.

MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL EM LAGOA DA PRATA

O Ministério Público Estadual, em Lagoa da Prata, também foi pro-curado, no entanto, os proprietários da empresa dize que “nunca foram atendidos satisfatoria-mente”. Eles relatam que tentaram diversas vezes agendar horários, con-versaram com os esta-giários, e em uma única oportunidade, “depois de muita insistência”, foram recebidos por um promo-tor, mas nunca tiveram um retorno acerca de possível deliberação mi-nisterial sobre o proble-ma. Procuraram então a Coordenadoria Regional das Promotorias de Justi-

Sete empreendimentos supostamente irregulares

ça do Meio Ambiente e do Alto Rio São Francisco, em Divinópolis, na pessoa do Dr. Mauro Ellovitch.

Maria Lúcia de Melo explica que, na primeira vez que foram ao órgão, tiveram suas declarações tomadas e foi instaurado um inquérito administra-tivo para apurar essas práticas. No entanto, o então promotor, Mauro Ellovitch, foi remanejado de cargo e substituído.

Desde então, o pro-cesso encontra-se em trâmite. “A última notícia que tivemos desse pro-cesso é que a Supram foi oficiada no Mês de novembro de 2012 para prestar informações, e até então não tinham prestado os esclareci-mentos necessários”, diz, frustrada, a repre-sentante da empresa.

No dia 19 de abril, o atual promotor de Jus-tiça, Francisco Chaves Generoso, respondeu ao ofício que havia sido encaminhado ao Órgão, informando que “a re-

presentação aviada ao Ministério Público [...] relatando supostas ir-regularidades relati-vas à extração de reaia no município de Lagoa da Prata, deu ensejo à instauração do Pro-cedimento de Apoio à Atividade-Fim (PAAF) nº MPMG-0223.12.000803-0, no âmbito do qual fo-ram desencadeadas me-didas apuratórias, com a colheita de informações e documentos, objetivan-do a elucidação do caso”.

O promotor de Justiça da Comarca de Lagoa da Prata, Eduardo Almeida da Silva, também res-pondeu ao ofício envia-do pelo CCO e afirmou que “as irregularidades apontadas pela empre-sa ‘Maria Lúcia de Melo’ estão sendo apuradas pelo Ministério Público”.

POLÍCIA FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Também foi feita uma representação na Polí-

cia Federal, por meio de ofício. Segundo Maria Lúcia, trata-se de “crime federal, devido à usur-pação de bem público da União, justamente por não terem autoriza-ção federal para extrair”.

O Ministério Públi-co Federal, também por meio de ofício, foi aciona-do e solicitou a abertura de inquérito junto à Polí-cia Federal. Até o momen-to em que a reportagem do CCO entrou em conta-to com a Polícia Federal, a investigação estava sob sigilo. No entanto, no dia 17 de abril, o delegado da Polícia Federal de Di-vinópolis, Daniel Souza Silva, respondeu ao ofí-cio dizendo o seguin-te: “Recebemos o ofício 759/2012 – PRM/DVL/SJ da Procuradoria da Re-pública no município de Divinópolis, requisitando a instauração de inqué-rito para apurar os fatos. O expediente foi distribu-ído ao Delegado de Polí-cia Federal Dr. William Nascimento Santos, que

instaurou o inquérito nº 368/2012, que se encon-tra em tramitação nesta delegacia. O inquérito ainda não foi finalizado, estando as investiga-ções a cargo do referido delegado. As penas irão depender da apuração dos fatos, pois será veri-ficado quais artigos even-tualmente serão enqua-drados os envolvidos”.

A assessoria de co-municação do Ministério Público Federal em Minas Gerais, Maria Célia Néri, confirmou que o MP re-almente requisitou, em 18/12/2012, a instaura-ção de inquérito à Polícia Federal para apuração dos fatos narrados pela representante da em-presa ‘Maria Lúcia Melo ME’. Ela informa que o “inquérito continua em andamento e qualquer in-formação a respeito dele deve ser obtida junto à Polícia Federal”. “É pre-ciso que a Polícia Federal conclua as investigações, para que possamos veri-ficar a materialidade das

condutas praticadas e quem seriam os autores. Quando à previsão de praz para o encerramento das investigações, acre-ditamos que essa pergun-ta também deva ser diri-gida à autoridade policial que conduz o inquérito”.

IEF

Em Arcos, procura-ram o IEF (Instituto Es-tadual de Florestas), via ofício. Maria Lúcia de Melo explica que, logo após sofrer ameaça do consultor, foi iniciado um processo de licen-ciamento de outra área, em uma propriedade no município de Japaraíba.

“Fizemos todo o tra-balho de campo, protoco-lizamos a documentação na Supram, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) deferiam a nossa outorga, nós abrimos um pedido de intervenção em área de preservação permanen-te e passamos ao IEF. O IEF, através do técnico, fez a vistoria e mandou para o setor jurídico. Esse processo tem pare-ceres técnico e jurídico favoráveis à implantação desse empreendimento, e foi para deliberação numa câmara que se chama Comissão Paritá-ria (COPA), que determi-na se os processos têm viabilidade e se podem prosseguir ou não para a emissão dos documen-tos. Porém, a COPA in-deferiu essa implantação do empreendimento de extração de areia, apesar de tudo estar favorável. A única justificativa oficio-sa que tivemos foi que o Rio Santana, que é o local do empreendimento, es-tava saturado de dragas de areia, e era inviável a implantação de outra draga. Só que na mesma reunião, e em duas ou-tras posteriores, foram deferidos outros empre-endimentos de extração de areia no mesmo rio. Ou seja, essa justificativa não cabe. Nós recorre-mos. Isso foi em março de 2012, e estranhamen-te era para já ter sido julgada no mês seguinte, fato que somente acon-teceu em abril deste ano (um ano e um mês após), coincidindo justamente com o pedido de infor-mações do próprio jornal acerca dessa morosida-de”, conclui Maria Lúcia.

EXTRAÇÃO IRREGULAR DE AREIA

Continua na página 8.

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Empreendedores afirmam que sofrem ameaças

De acordo com a Lei Nº 9.605/98, os ob-jetos de denúncia po-dem ser enquadrados nos seguintes artigos:

Art. 44. Extrair de florestas de domínio pú-blico ou considerados de preservação perma-nente, sem prévia au-torização, pedra, areia, cal ou qualquer espé-cie de minerais: Pena – detenção, de seis me-ses a um ano, e multa.

Art. 55. Executar pes-quisa, lavra, ou extração de recursos minerais sem a competente auto-rização, permissão, con-cessão ou licença, ou em desacordo com a obtida: Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Outro problema que essa invasão está acar-retando aos empresários da empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ é a questão comercial, já que esses extratores ilegais colo-cam seus produtos no mercado com valores bem abaixo do valor de custo do mercado. “Isso tem nos prejudicado mui-to. Inclusive, já tivemos que mandar funcionários embora por detrimento dessa inserção comer-cial desonesta, sofremos por esse material que está entrando no merca-do”, explica Maria Lúcia.

Ela ressalta que já foi determinado o cancela-mento e a paralisação de uma das extrações, já que foi comprovado que a “documentação

utilizada por esses ex-tratores possui informa-ções inventadas e ma-liciosas”. No entanto, a Supram, que é o órgão que deveria fazer a anu-lação desse documen-to, não se manifestou.

“Será que estão es-perando a consecução de nova licença pelo esta-belecimento denunciado para fazerem o cancela-mento da AFF? Ora, se o estabelecimento está funcionando legalmente, por que solicitou outra licença, já que a atual não venceu e não devida-mente cancelada como determina o relatório técnico citado nesta ma-téria? Se isso aconteceu (o não cancelamento da AFF ou a concessão de nova licença), fica cla-ra a intenção de favo-recimento por parte do órgão público, devendo seus agentes respon-derem por tal conduta, haja vista o prejuízo à empresa que age de boa fé e a própria socieda-de”, argumenta a repre-sentante da empresa.

Fora toda essa pro-blemática, os proprietá-rios da empresa e alguns de seus funcionários sentem-se ameaçados em sua integridade física e de suas famílias. “São comuns ligações de nú-meros não identificados para meu telefone, que na realidade é da em-presa, ofertando apenas risadas ou simplesmente não falando nada. Em

algumas oportunidades, pessoas estranhas fa-zem campanhas na por-ta da minha residência, acredito que no intuito de intimidar a veiculação de tais denúncias. Sou obrigado a privar a famí-lia de frequentar lugares públicos por medo que algo aconteça. Infeliz-mente não adianta rogar e pedir proteção para as autoridades, já que não deram importância nem para um problema me-nos grave”, ressalta a empresária. A empresa ‘Maria Lúcia de Melo ME’ espera respostas desses órgãos o mais breve e pede que essas autori-dades tomem as devidas providências contra essa extração. “Esperamos respostas imediatas e atitudes severas, na ver-dade não há uma outra alternativa senão a puni-ção desses pseudos em-preendedores. O que a gente espera é que essas atividades sejam pelo menos paralisadas e que seja feita uma apuração dessas irregularidades, que são muitas! Espera-mos também não sofrer nenhuma retaliação por essa atitude que estamos tomando, já que são ati-tudes baseadas em nos-sos direitos. Nós somos defensores da justiça mi-neraria, e sempre traba-lhamos de acordo com a Lei. Investimos muito na manutenção dos títulos, pagamos geólogos, en-genheiros que fazem os

estudos das áreas, paga-mos todos os impostos em dia. Estamos tendo um grande prejuízo, já que o material dos locais onde registramos as áre-as estão sendo exaurido e vendido para o benefí-cio de pessoas alheias”, desabafa Maria Lúcia.

À ESPERA DE SOLUÇÃO

Mesmo com os ofí-cios encaminhados aos órgãos públicos e mes-mo com as garantias de que as investigações estão em andamento, Maira Lúcia de Melo afirma que a extração ilegal continua, porém em horários alternati-vos, como à noite e aos finais de semana, o que dificulta, em tese, a fis-calização. Ela diz que os empreendimentos, sa-bedores das denúncias, geralmente executam suas atividades com a porteira trancada e com controle de entrada. “Al-gumas atividades conti-nuam operando normal-mente, inclusive durante o dia, sem nenhuma in-tervenção dos órgãos fiscalizadores”, afirma.

A proprietária da empresa conta que, até o momento, somente foi deliberado favora-velmente o Processo de Intervenção em APP instruído pela empresa, que ficou paralisado por quase dois anos. No que concerne à apuração das denúncias, foram reali-

zadas algumas diligên-cias por parte do DNPM, Polícia Militar Ambiental, porém, sem atitudes con-clusivas até o momento.

Quanto às ameaças, essas não existiram, pelo menos diretamen-te. A empresária conta que ainda recebem te-lefonemas anônimos, com pessoas rindo, sem falar nada. Frequente-mente aparecem pesso-as estranhas rondando suas casas, principal-mente à noite. Ela diz que podem ser apenas coincidências, mas fica em estado de alerta, já que estão em dispu-ta pelos seus direitos.

“Esperamos que o relato surta efeito com relação à situação de ilegalidade nos empre-endimentos. Estamos sempre abertos à fisca-lização e até aprovamos a visita frequente dos órgãos no nosso empre-endimento. O que sem-pre questionamos é o fato de sermos o único alvo das fiscalizações, já que raramente os de-mais extratores de areia são aferidos por elas. Só queremos que os pro-cedimentos sejam co-muns a todos”, conclui.

Antes da publicação desta reportagem o CCO também enviou ofícios à Polícia Militar Ambiental e à Supram, oferecendo--lhes a oportunidade de se manifestarem das críticas. No entanto, não nos responderam.

EXTRAÇÃO IRREGULAR DE AREIA

A empresa de extra-ção de areia ‘Maria Lú-cia de Melo ME’ aguarda respostas de todos os órgãos oficiados e princi-palmente a punição dos infratores. Os empresá-rios acreditam que “toda essa impunidade está ligada à ameaça que so-freram do consultor cita-do no início da matéria”.

“Ele é consultor e técnico de quase todos esses empreendimentos que estão irregulares, realmente é um homem que tem considerável influência aqui em La-goa da Prata e região. Tem acesso a todos os órgãos ambientais e ele foi bem claro quando disse que se tornaria nosso inimigo caso não passássemos para ele o título minerário daque-la área. Juntado todas essas circunstâncias, a gente conclui que pode ter havido algum pedido por parte desse consul-tor no intuito de obstar realmente essas licen-ças, porque justificativa jurídica e técnica não há”, diz Maria Lúcia.

Desde a primeira invasão, uma séria de transtornos foi gerada para a empresa ‘Maria Lúcia Melo ME’. Um dos mais graves é a questão ambiental, visto que es-ses outros extratores não possuem licenciamento para extrair, e conse-quentemente, não se preocupam se estão afe-tando o meio ambiente.

INFORME PUBLICITÁRIO

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Em Lagoa da Prata, jovens vão às ruas protestar contra os governos

PREFEITO RECEBE REIVINDICAÇÕES

Os manifestantes se reuniram na avenida Benedito Valadares, em frente ao banco Itaú e caminharam até a prefei-tura. Empunhando car-tazes e faixas, os jovens entoavam “nós quere-mos ser ouvidos”, “vem pra rua”, “venha nos ouvir”, direcionados ao prefeito Paulo Teodoro.

O Chefe do Executivo atendeu ao chamado e foi ao encontro dos manifes-tantes acompanhado do vice-prefeito Ismar Ro-berto e secretários mu-nicipais. Ele recebeu das mãos dos organizadores do movimento uma pauta de reivindicações. “Não tenha dúvida de que a Administração Municipal dará a resposta o mais rápido possível. Parabe-nizamos todos vocês. É muito legítima essa ma-nifestação. Melhor ainda quando não tem o envolvi-mento de partidos e polí-

ticos”, afirmou o prefeito.

CONFIRA ABAIXO AS REIVINDICAÇÕES AO GOVERNO MUNICIPAL:

Qual o motivo da baixís-sima contribuição para o transporte dos estudan-tes universitários?Como está o andamento da construção da pista de skate?O que está sendo feito para a melhoria na qua-lidade do atendimento médico?O que pode ser feito em relação ao mau cheiro e queimadas provenientes da usina?O que tem sido feito em relação às filas “infini-tas” para pegar medica-mentos na Farmacinha Municipal?O que a Secretaria de Meio Ambiente tem feito em relação ao desvio do Rio São Francisco feito pela Usina Luciânia?

Mas as cobranças dos manifestantes que não

participaram da organi-zação do evento foram além da pauta entregue ao prefeito. Uma mulher portava um cartaz no qual dizia que o “Pronto Atendimento Municipal virou circo e os pacien-tes são palhaços”. Outro manifestante protestou contra a intenção inicial do governo municipal de contrair emprésti-mo para construir uma nova prefeitura. No car-taz dele estava escri-to: “Saúde e educação.

P r e f e i t u r a nova não! Basta”.

Uma garota protestou dizendo que o “Bairro São Francisco está esqueci-do”. Outra manifestante cobrou do governo o mo-tivo pelo qual Lagoa da Prata não possui faculda-de. Um homem, com uma criança no colo, protes-tou em frente à prefeitu-ra com um cartaz no qual estava escrito: “S.O.S Sol Nascente – Pavimen-tação Já. Ass: Povo”.

PROTESTOS INUSITADOS

Além de reivindi-cações de protesto, o Jornal da Cidade tam-bém registrou men-sagens inusitadas no primeiro “Vem Pra Rua Lagoa da Prata”. Três jo-vens mandaram um rec-ado para a mãe: “Mãe, não me espere para o jantar. Estarei ocupa-do mudando o Brasil”.

Outro jovem ironizou: “Tô tão p… que fiz um cartaz”.

Um manifestante mascarado escreveu: “PEC 37? Eu quero é um PS4”, fazendo alusão ao desejo de ter o con-sole de vídeo game Play Station 4, recém lan-

çado pela Sony e o mais moderno do mercado.

OUTRA MOBILIZAÇÃO ESTÁ CONFIRMADA

Após a parada em frente à prefeitura, a manifestação contornou a Praça Coronel Carlos Bernardes e seguiu rumo à praia municipal, onde os manifestantes canta-ram o Hino Nacional. De acordo com Olavo Tuca, um dos organizadores do movimento, outra mo-bilização está agendada para o próximo sábado 29. “Não esperávamos que tivesse tanta gente. Não temos partido. Es-tamos com uma von-tade só, de buscar um país melhor. Que esse

tipo de manifestação seja um espelho para todo o Brasil. Começa-mos um despertar, que tem um caminho longo a ser trilhado, pois tem muita coisa a melhorar”.

Olavo ressaltou que o Governo Municipal precisa se comunicar com os jovens com mais eficiência. “Uma coisa que chamou muito a at-enção do jovem é a rede social, por isso foi criado uma ferramenta, o grupo Boca no Trombone, no Facebook. Pedimos à prefeitura para que haja uma comunicação mais transparente, mais di-reta, utilizando essa fer-ramenta que a gente cri-ou”, disse o organizador.

Centenas de jovens participaram da primeira manifestação “Vem Pra Rua” em Lagoa da Prata na última sexta-feira 21, uma mobilização nacional que teve início em São Paulo após o aumento das passagens de ônibus e despertou a população a protestar e exigir dos

governos mais transpar-ência e investimentos em saúde, segurança, educação e transporte.

O manifesto em Lagoa da Prata foi acompan-hado também por mui-tos adultos, que juntos reivindicavam o fim da impunidade e colocou em pauta diversos protestos

de cunho municipal. O pro-testo transcorreu de forma pacífica. A Polícia Militar garantiu a segurança dos manifestantes e das outras pessoas que preferiram as-sistir ao evento das calça-das e portas de lojas. De acordo com a polícia cerca de 500 pessoas partic-iparam do “Vem Pra Rua”.

Organizadores do movimentam entregam pauta de reivindicações ao prefeito

Por atendimento mais digno nas unidades de saúde

Manifetante protesta contra o mau cheio proveniente da usina

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Em um mundo onde a concorrência no mercado está cada vez maior e os consumidores cada dia mais exigentes, fica mais difícil para as empresas se destacarem e mostrarem seu diferencial. É nes-se cenário de mudanças constantes que algumas empresas conseguem se sobressair e perma-necer no mercado.w

“A propaganda é a alma do negócio” é um chavão largamente co-nhecido no mundo em-presarial, mas ao con-trário do que muitos empresários acreditam, a tal propaganda não é apenas um gasto no final do mês e sim um inves-timento necessário para sobreviver no mercado.

Em Lagoa da Prata, a economia tem se desta-cado na região e por isso é cada vez maior a ne-cessidade das empresas profissionalizarem as for-mas de comunicação com seus clientes. A empresa Savana Comunicação e Marketing, dirigida pela publicitária Raissa Ribei-ro, tem se destacado e auxiliado diversas em-presas a se destacar no mercado, pois tem como princípio o conhecimen-to de que a publicidade é um meio fundamen-

A propaganda que funciona Como as empresas podem obter resultados com estratégias eficazes

tal de promover produ-tos, serviços ou marcas de qualquer empresa.

Confira abaixo uma entrevista com a diretora Raíssa Ribeiro e a gerente de atendimento e plane-jamento Ligia Fernandes:

JC: E afinal, qual a importân-cia da publicidade?

Lígia: Muito além de promover produtos, a pu-blicidade projeta imagem, agrega valor, afirma con-ceitos e constrói marcas.

JC: Quais os erros mais comuns que os empresários cometem ao fazer uma cam-panha publicitária?

Raíssa: Pelo que te-nho acompanhado, os empresários de Lagoa da Prata, embora invistam em publicidade, não têm orientação voltada para a comunicação planeja-da. Eles não investem de forma estratégica e isso pode significar desper-dício de dinheiro. Muitas vezes anunciam sem ter um objetivo pré-definido para aquela divulgação. Além disso, eles não se preocupam com o design dos anúncios ou com o conteúdo das mensagens, que em alguns casos é a parte mais importante

de uma divulgação. De nada adianta um espaço enorme para divulgação que seja mal aprovei-tado, com informação demais ou de menos, no lugar errado, para as pessoas erradas. É pre-ciso haver estratégia.

JC: Como os empre-sários devem plane-jar o seu investimen-to em publicidade?

Lígia: Entre outros pontos importantes a serem considerados, pri-meiramente é preciso definir um público alvo, objetivos e metas, pois só assim eles saberão aonde querem chegar. Em segui-da devem ser definidas as estratégias de comunica-ção e os meios para se alcançar esses objetivos.

JC: A assesso-ria de um profissio-nal especializado em publicidade deve ser levada em conside-ração por empresas de qualquer porte?

Raíssa: Sem dúvida, independente do tama-nho é importante contar com uma assessoria na hora de promover mar-cas e serviços. Muitas vezes o cliente acredita que sabe fazer isso sozi-nho, mas geralmente não

sabe o que falar e nem para quem vai falar. E isso acaba gerando pre-juízo, uma vez que ele investiu dinheiro em algo que não vai trazer retor-no nenhum. Portanto, definir um público alvo, um objetivo de divulga-ção, analisar quais os meios adequados para conseguir alcançar esses objetivos, são formas de trabalhar a comunicação estrategicamente e só o auxílio de um profissio-nal qualificado é que vai garantir que esses resul-tados sejam alcançados.

JC: Para as empre-

sas, ter uma assessoria profissional em comu-nicação custa caro?

Raíssa: Isso depen-de de cada empresa, de cada trabalho. Mas considerando que hoje em dia grande parte das empresas de Lagoa da Prata já investem em pu-blicidade e comunicação, o trabalho de assessoria seria apenas mais ga-rantia de retorno com esse investimento, ou seja, é mais um investi-mento e não um gasto.

JC: Quais as áreas de atuação da agên-

cia Savana Comuni-cação & Marketing?

Raíssa: Atualmente trabalhamos principal-mente com comunicação visual e comunicação estratégica, que essen-cialmente é o trabalho de nossa equipe, que é for-mada por profissionais de publicidade e propagan-da, em auxiliar os clientes no planejamento de suas campanhas de divulga-ção até a execução final dos trabalhos fazendo o design das peças, defi-nindo os meios corretos e as mensagens adequa-das a cada público alvo.

Raíssa Ribeiro ,diretora da Savanna, e Lígia Fernandes gerente de atendimento eplanejamento

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ESPORTE DO POVO DESTAQUES NO ESPORTE EM LAGOA DA PRATA

A atleta Núbia Soares, do programa de atletismo “Correndo para o Futuro/Mi-nas Olímpica”, do professor Abel, foi medalha de prata nas olimpíada escolares em Sidnei Austrália, campeã brasileira em salto triplo, em Porto Alegre, alcançando a marca de 12,95 metros. Está pré-classificada para a Copa do Mundo de Atletismo na Ucrânia no mês de julho e já possui indíce para o pana-mericano juvenil a ser reali-zado em novembro 2013. Recentimente eladisputou o troféu Brasil de Atletismo em São Paulo.

Participação de atletas das escolas estaduais de Lagoa da Prata na 1º etapa do JEMG em Iguatama.

O atletismo de Lagoa da Prata é referência em todas as modalidades e categorias. De Lagoa para o mundo formando campeões!

Professor Abel e Núbia Soares

Baile “DIA DAS MÃES” realizado no último dia 13 no salão da Crediprata. Projeto Melhor Idade, núcleos em Lagoa da Prata: Crediprata, Vila Vincentina, S.O.S,

Salão São Cristóvão e Casa da Amizade do bairro Gomes.

Alexandra Maria Pimenta. Medalha de bronze, na moda-lidade lançamento de dardo, no Campeonato Mundial Escolar na República Theca. Mais uma aluna vitoriosa

do projeto Minas Olímpica do professoar Abel Mendes.

No mês de março foi realizado em Lagoa da Prata pelaSecretaria de Esporte a 7ª edição dos Jogos Mirins,

evento que contou com a participação de 16 equipesde cidades vizinhas e 8 equipes de Lagoa da Prata. Cerca

de 400 atletas entre 6 e 17 anos, no masculino e feminino, participaram nas categorias Futsal, Handebol e Basquete.

Baile de carnaval para a terceira idade realizado no mês de fevereiro no Bora Bora.

Festa Juninha da terceira idade, realizada no dia 22 junho no poliesportivo Leopoldo Bessone

Ainda no atletismo tivemos os corredores de rua dacategoria master (55 a 59 anos) como campeões

na corrida de pentecostes em Divinópolis.

Sr. Silas em 1º lugar e Sr. Dico em 2º lugar

Secretário de Esportes Gilfar e Edmar Nunes fazendo reformas e melhorias na quadra do bairro Santa Helena

Doação de material esportivo para clubes,

projetos e escolinhas de Lagoa da Prata.

ESPORTE DO POVO INFO

RM

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RIO