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www.sindconir.org.br c[email protected] /sindconir Ano 21 Número 185 Fevereiro de 2017 Publicação do Sindicato dos Trabalhadores Profissionais no Comércio e Serviços de Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Paracambi, Itaguaí, Belford Roxo, Queimados, Japeri e Seropédica. Filiado à Reforma Trabalhista quer acabar com direitos trabalhistas! ATENÇÃO PARA O FERIADO DE FEVEREIRO: É proibido o trabalho neste dia em toda a base: 28 de Fevereiro | Carnaval FORA TODOS ELES! ELEIÇÕES GERAIS JÁ, COM NOVAS REGRAS! ORGANIZAR A GREVE GERAL NACIONAL Foto: Raphael Botelho Ministério Público do Trabalho acha que a real intensão do governo com a reforma trabalhis- ta é reduzir direitos dos trabalhadores por via de acordos e concessões. Só a mobilização dos trabalhadores pode barrar essa medi- da absurda. Veja na matéria o que pode mudar. Página 6 O Prefeito de Nova Iguaçu Rogério Lisboa falou com os manifestantes, mas não ofereceu solução. Página 6 CATEGORIA Depois da greve, Atacadão passa a perseguir trabalhadores ENTREVISTA Conversamos com servidores públicos que estão sem salário Página 4 NA PONTA DA LÍNGUA Perguntamos para a categoria: “Que nota você dá para os hospitais públicos?” Página 3 Alan, perseguido pela empresa MOVIMENTO Protestos contra aumento da passagem e pelo pagamento dos funcionários pressionam prefeito Página 5 Foto: Raphael Botelho

Jornal dos Comerciários - Nº 186 - Fevereiro 2017

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Page 1: Jornal dos Comerciários - Nº 186 - Fevereiro 2017

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•Ano 21•Número 185•Fevereiro de 2017Publicação do Sindicato dos Trabalhadores Profi ssionais no Comércio e Serviços de

Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Paracambi, Itaguaí, Belford Roxo, Queimados, Japeri e Seropédica.

Filiado à

Reforma Trabalhista quer acabar com

direitos trabalhistas!

ATENÇÃO PARA O FERIADO DE FEVEREIRO: É proibido otrabalho neste dia em toda a base:

28 de Fevereiro | Carnaval

FORA TODOS ELES!ELEIÇÕES GERAIS JÁ, COM NOVAS REGRAS!

28 de Fevereiro | Carnaval

ORGANIZAR A GREVE GERAL

NACIONAL

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elho

Ministério Público do Trabalho acha que a real intensão do governo com a reforma trabalhis-ta é reduzir direitos dos trabalhadores por via de acordos e concessões. Só a mobilização dos trabalhadores pode barrar essa medi-da absurda. Veja na matéria o que pode mudar.

Página 6

O Prefeito de Nova Iguaçu Rogério Lisboa falou com os manifestantes, mas não ofereceu solução.

Página 6

CATEGORIA

Depois dagreve, Atacadão passa a perseguirtrabalhadores

ENTREVISTA

Conversamos com servidores públicos que estão semsalário

Página 4

NA PONTA DA LÍNGUA

Perguntamos para a categoria: “Que nota você dá para os hospitaispúblicos?”

Página 3

Alan, perseguido pela empresa

MOVIMENTO

Protestos contraaumento dapassagem e pelopagamento dosfuncionáriospressionamprefeito Página 5

Foto: Raphael Botelho

Page 2: Jornal dos Comerciários - Nº 186 - Fevereiro 2017

FILIADO À CSP-CONLUTASSede: Rua Dr. Barros Júnior, 408/412, Centro, Nova Iguaçu - RJ TELS./FAX: (21) 2768-9297 / 2767-5130 / 2767-8232

[email protected]

Belford RoxoPraça Getulio Vargas, 112, Sala 201,Centro - Belford Roxo – RJTelefone: (21) 2663-1904

ItaguaíAv. Paulo de Frontin, 72, Sala 202,Centro - Itaguaí – RJ Telefone: (21) 2687-7729

NilópolisRua Prof. Alfredo G. Filgueiras, 18,Sala 407A, Centro - Nilópolis – RJ Telefone: (21) 2791-9271

QueimadosAv. Irmãos Guinle, 901, Sala 212,Centro - Queimados – RJ Telefone: (21) 2665-3093

SUBSEDES:

Jornal de responsabilidade da diretoria colegiada do Sindicato dos Trabalhadores Pro� ssionais no Comércio e Serviços de Nova Iguaçu, Nilópolis, Paracambi, Itaguaí, Belford Roxo, Queimados, Japeri, Seropédica e Mesquita; Diagramação e projeto grá� co: Raphael Botelho (MTB: 35898).

Jornal dos ComerciáriosJornal dos Comerciários02 Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e RegiãoFEVEREIRO 2017

• Em 1988, com a Constituição Fede-ral, a Educação se tornou um direito fundamental da criança, e posterior-mente, rea� rmado pelo Estatuto da Criança e Adoles-cente - ECA e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB.

Porém a grande maioria dos muni-

cípios não garante o número de vagas nas creches compatível com a demanda exis-tente. Neste sentido, percebemos que este cenário é nacional e tem origem na omis-são do Poder Público dos municípios, que, em geral tratam das questões relacionadas à Educação Infantil como questão menor.

Dessa forma, é ne-cessário que as mu-lheres trabalhadoras das creches combi-nem sua luta com a luta das usuárias, pois

é o descaso público com a Educação In-fantil como um todo que promove a au-sência da quantidade

SEUS DIREITOS

A creche é um dever do Estadoe um direito da mulher trabalhadora

Adaptado da “Cartilha da Campanha Nacional por Creches” do Mo-vimento Mulheres em Luta (MML)

CONVÊNIOS

Confira os convênios com faculdades que o Sindicato oferece aos seus sócios

� O Sindicato mantem convê-nios com as universidades Unig e Estácio de Sá. Quem é sócio do Sindicato pode ter descon-tos de 10% até 40% nestas ins-tituições. Além destas também temos convênios com a Unopar, Fabel, Colégio Padrão Nova Iguaçu, e Escola Adventista Nova Iguaçu. Para saber como receber o desconto entre em contato com o Sindicato indo à sede ou sub-sedes, ou mes-mo pelos telefones 2767-8232, 2767-5130, ou 2768-9297.

UNIGNova Iguaçu

EstácioNova Iguaçu

• Campus I - Nova Iguaçu - RJ: Av. Abílio Augusto Távora, Nº 2134.Tels.: 0800 021-2013 / 2765-4000

• Polo Nova Iguaçu - RJ - Estrada Doutor Plinio Casado, Nº 1466.Tel.: 4003 6767

necessária de creches para atender a popu-lação e as péssimas condições de salário e trabalho para quem

trabalha na creche. Nossa mobilização deve utilizar como instrumento os re-cursos jurídicos que

foram conquistados também com muita luta e mobilização da classe trabalha-dora

Ato da campanha por creches realizada pelo Sindicato em conjunto com o MML (2015).

Page 3: Jornal dos Comerciários - Nº 186 - Fevereiro 2017

03Jornal dos Comerciários Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e Região 03Jornal dos Comerciários Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e Região

NA PONTA DA LÍNGUA

FEVEREIRO 2017

“Que nota você daria para oatendimento nos hospitais

públicos, de 0 a 10 ? Por quê?“� Este mês a coluna “Na Ponta da Língua” conversou com os comerciários sobre a qualidade nos hospitais públicos. Fomos em Miguel Couto para perguntar aos trabalhadores da cate-goria qual nota eles dariam, de 0 à 10, para o atendimento nos hospitais públicos. Veja:

Maria SodréOperadora de loja - Supermarket.

“É ZERO porque as pessoas � cam esperando e as vezes não tem atendimento. Tem gente que sai sem atendimento.”

Tiago LopesVendedor - Teciplast.

“Eu dou ZERO por que o aten-dimento é pés-simo. Podia ser bem melhor, ... não culpando os médicos, mas sim o governo por que todos que trabalham querem receber e sem pagamento � ca difícil.”

BernardoPeixaria Peixe Bom.

“É nota ZERO. Porque não tem atendimento, você vai nos hospitais e não tem médico, não tem ninguém pra atender, tudo fechado.. a nota é zero”

Igor SalesOperador de loja - Supermarket.

“Pros hospitais pú-blicos realmente a nota é ZERO mes-mo. Os aparelhos estão com defeito, quando não estão com defeito não tem vaga pra fazer os exames... não tem medicamento pros pacientes.. é zero ... o hospital público está uma calamidade”

Fotos: Raphael Botelho.

Page 4: Jornal dos Comerciários - Nº 186 - Fevereiro 2017

Jornal dos ComerciáriosJornal dos Comerciários04 Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e RegiãoFEVEREIRO 2017

ENTREVISTA

“Você que ficou sem salário esem 13º, e agora, o que fazer?“

� Conversamos com servidores do muncípio de Nova Iguaçu e com servido-res do estado na Baixada para perguntar à eles: “Agora que você ficou sem salário e 13º, o que fazer?” Veja as respostas dos servidores:

Valdir VicenteServidor Público Estadual em Nova Iguaçu

Jacira e VanessaProfessoras da rede Municipal de Nova Iguaçu

José RenatoProfessor Estadual em Nova Iguaçu

Madir VelosoServidora municipal em Nova Iguaçu demitida

“...O 13º recebi, atrasado, mas recebi. Por quê (o estado) sempre pagava no meio do ano a metade e no � nal do ano pagava outra metade só que (esse ano) ele foi pagar o 13º já no dia 28 de dezembro, ou seja, pagou atrasado. No estado parece que eles tao pen-sando em começar o ano letivo já em greve, já que os aposentados não tem nem previsão de receber. Agora o que fazer? preparar uma greve geral, rei-vindicando com o SEPE (Sindicato dos Pro� ssionais em Educação) junto com o MUSPE (Movimento Uni-� cado dos Servidores Públicos Esta-duais) uma greve geral no estado.”

“(O prefeito Rogêrio Lisboa) falou que não ia demitir ninguém, agora demitiu agente lá da Dom Walmor (Posto de Saúde). Eu trabalho lá há um ano, sou técnica em enfer-magem. Lá foram (demitidas) eu e mais 13 colegas... Quer dizer, são 3 meses de salários atrasados mais o 13º, e sem perspectiva de vida ne-nhuma, minhas contas estão todas atrasadas... (Agora é) correr atrás, procurar alguém pra solucionar o nosso problema. Vou correr atrás pra ver se eles me readmitem em março. Se até março eles não me readimitirem ai eu vou pra justiça.”

“Se organizar e lutar pra tentar resolver esse quadro... O governo diz que não tem recursos, mas con-tinua dando subsídios pras grandes empresas, dando incentivo � scal. É só o governo inverter, cobrar das empresas e pagar em dia todos os trabalhadores para poder prestar um bom serviço, e acabar com a terceirização, e valorizar o trabalha-dor de um modo geral. A greve é o caminho que o trabalhador tem pra poder reivindicar melhores condições de trabalho, melhores condições de serviço e prestação de serviço pra sociedade. São os traba-lhadores que produzem a riqueza.”

“Depois da quarta reunião com o prefeito Rogêrio Lisboa (...)em relação ao pagamento dos salários atrasados, fruto de uma herança maldita deixada pelo prefeito anterior, Nelson Bor-nier, a resposta não agradou. Não houve nenhuma proposta de pagamento ou parcelamento dos atrasados (nov, dez e 13º). Só pensamos em continuar na luta, estamos com indicativo de greve possivelmente as aulas não recomecem no inicio do ano letivo conforme previsto em ca-lendário letivo. Estamos aguar-dando uma resposta positiva do nosso atual prefeito...”

Fotos: Raphael Botelho.

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Jornal dos Comerciários Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e RegiãoJornal dos Comerciários Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e Região FEVEREIRO 2017 05

No dia 27 de janeiro o Fórum de Lutas e Mobilizações de Nova Iguaçu reali-zou uma pan� eta-gem e uma caminha-da até a prefeitura da cidade contra o au-mento das passagens de ônibus. Os ônibus munici-pais subiram do va-lor de R$3,50 para R$3,80. A frota con-tinua caindo aos pe-daços, e as empresas prestam um péssimo serviço. Os políticos que foram � nancia-

dos pelas empresas de ônibus, não tem o me-nor interesse em can-celar o reajuste. Resta apenas a luta para bar-rar esse aumento.

Ao chegar na pre-feitura, a caminhada se uni� cou com um ato dos servidores muni-cipais que estão sem receber os salários de novembro, dezembro e o 13º. O ato uni� ca-do dessa vez foi até ao prédio da procuradoria do município, onde era realizada uma reunião de representantes dos

funcionários da pre-feitura com o prefeito Rogério Lisboa.

A pressão na porta da procuradoria cres-ceu, e o prefeito desceu para falar com os ma-nifestantes, mas não deu nenhuma solução para as questões rei-vindicadas. Disse que manteria o aumento das passagens e que ainda “estudava” uma forma de pagar os salá-rios atrasados da gestão anterior. O jeito é con-tinuar a luta em defesa dos nossos direitos.

MOVIMENTO

Ato unificado exige cancelamento do aumento das passagens de ônibus e pagamento do funcionalismo

DENÚNCIAS

Foto: Raphael Botelho.

As duas lojas de Nilópolis estão a deus dará: Não têm ar condicio-nado e o calor é exessivo. Estão sem cadeira ade-quada nos caixas, e as lojas estão sem luz no refei-tório! Entramos em contato com a empresa várias vezes e até o mo-mento não tive-mos resultado. A empresa diz estar resolvendo os di-versos problemas desde Outubro, mas até agora nada.

Além disso tudo ainda começou um vazamento na cozinha, e a falta d’água é constante

Ricardo EletroGetúlio Vargas - Nilópolis

Turbo1000Nilópolis

A loja abriu nos feriados de 25 de dezembro de 2016 e 1º de ja-neiro de 2017, desrespeitando a convenção coletiva e cometendo uma completa falta de respeito com os trabalhadores e seus fami-liares. Vamos continuar cobrando!

Ricardo EletroItaguaí

Loja sem ar condicionado. O calor é tanto que espantanta os clientes, e coloca os funcionários para suar a camisa, pois a loja tem um vapor insuportável. Pra com-pletar o banheiro feminino de funcionárias não tem iluminação nem tranca. Estamos olho!

Bergs SupermercadosItaguaíFoi solicitado à gerência explicações sobre a alimentação que o super-

mercado serve aos trabalhadores pois foi oferecido carne estragada (carré). A gerência disse que iria veri� car quem disponibilizou a carne. Estamos aguardando a resposta e continuaremos a cobrança.

nas lojas. Pra com-pletar a gerência pratica assédio mo-ral, ameaçando os funcionários dizen-do que sabe quem fez a denuncia. Umamentira para tentar nos intimidar.

Estaremos agora tomando as medias necessárias para so-lucionar esses des-vios.

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SINDICATO

Reforma Trabalhista representa o fim dos direitos trabalhistas

• A reforma trabalhista é mais um dos ataques aos di-reitos dos traba-lhadores que o governo Temer (PMDB) quer aprovar. Ago-ra a proposta é fazer com que o “negociado seja superior ao legislado”. Ou seja, os acordos que � rmam os sindicatos e os patrões seriam superiores às leis trabalhistas. Isso signi� ca que se um acor-do liberar 12 horas de traba-

lho, por exem-plo, isso estará valendo.

O governo diz que a reforma servirá apenas para dar “liber-dade” para que o trabalhador

Raphael Botelho, da Redação

Jornal dos ComerciáriosJornal dos Comerciários06 Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e RegiãoFEVEREIRO 2017

escolha como usufruir de seus direitos. O dis-curso é bonito, mas ignora que o trabalhador necessita do trabalho, e pode se submeter a práticas abusi-

vas justamente por essa neces-sidade.

Em nota o Ministério Pú-blico do Traba-lho diz que “a (...) razão (...) da proposta é

• Depois de uma grande greve em 2016 no Atacadão Nova Iguaçu, a em-presa começou a per-seguir os trabalhado-res que participaram do movimento.

A greve durou dois dias e além de legítima e legal, era contra uma série de irregularidades que a empresa tinha a obri-

gação de resolver. Mas diante do descaso com a vida dos trabalhadores a única alternativa foi a greve, que resultou em muitas vitórias.

Depois desse movi-mento, o trabalhador Alan França se elegeu cipeiro, mas as retalia-ções continuaram. Alan era impedido de sair do seu setor para di� cultar sua função de cipeiro.

Eram constantes as ameaças de advertência ou suspensão por bana-lidades como ir ao ba-nheiro, beber água, e etc.

Como o cipeiro tem estabilidade, a empresa teve que inventar uma ‘estorinha’ para justi� car sua demissão.

O Sindicato está dando suporte políti-co e jurídico ao com-panheiro até que ele

seja reintegrado, assim como tantos outros que foram demitidos por conta das perseguições dos patrões e depois res-tituídos em nossa base.

Chamamos os tra-balhadores e à CIPA do Atacadão à forta-lecerem a organização no local de trabalho e combaterem os ataques e o autoritarismo da empresa.

CATEGORIA

Atacadão persegue trabalhadores e demite cipeiro eleito

Alan era cipeiro no Atacadão.

Coisas que podem ser legais depois da reforma trabalhista:

• Parcelamento das férias em até 3 vezes.

Foto: Raphael Botelho.

garantir que se possa redu-zir direitos dos trabalhadores através de acor-dos e conven-ções.” A nota ainda esclarece que a atual le-gislação já per-

mite que acor-dos sejam feitos entre os sindi-catos e os pa-trões, desde que a negociação seja mais favo-rável do que as leis.

• 12 horas detrabalho diário.

• Banco de Horas: o � m da hora extra

remunerada.

• 12 horas de

Page 7: Jornal dos Comerciários - Nº 186 - Fevereiro 2017

Jornal dos Comerciários Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e RegiãoJornal dos Comerciários Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e Região FEVEREIRO 2017 07

RIO DE JANEIRO

Todo apoio aosservidores estaduais:Fora Pezão e Fora Temer!

• Um acordo vergonhoso en-tre o governo do Estado do Rio de Janei-ro (Pezão) e o governo Fede-ral (Temer) põe abaixo o maior patrimônio dos trabalhadores (as): a dignidade humana.

Pois depois de assinar este pa-cote os Servi-dores terão pela frente uma de-

sonrosa redução de salário.

Para “salvar” as contas públi-cas que foram negligenciadas durante anos. O governador Pe-zão pôs à venda a Companhia Estadual de Águas e Esgo-to (CEDAE) a preço de banana.

Como se não bastasse para não ter processos judiciais contra

essas medidas o STF (Supremo Tribunal Fede-ral) legalizou todo esse ataque ao Servidor Pú-blico Estadual.

Os trabalha-dores (as) es-tão em luta se organizando e se mobilizando para barrar ago-ra na ALERJ esse pacote de maldades. Não será tarefa fácil. Mas nossa cen-

tral (CSPCON-LUTAS) chama a unidade de classe para cons-truir uma GRE-VE GERAL para derrubar não só Pezão, Temer como to-dos os corruptos do Parlamento e os ataques aos serviços públi-cos.

É preciso lutar, é possível vencer.

Pezão inaugura sistema de água da CEDAE em Rio Claro em 2015. Governador quer privatizar a Companhia.

Não pretendo mais do que o limite,

Que para além do limite

Já se entrega

Eu cumpro os meus limites,

Não cumprindo as regras.

Maria Teresa Horta

Minha aldeia é todo o mundo

Todo o mundo me pertence

Aqui me encontro e confundo

Com gente de todo o mundo

Que a todo o mundo pertence.

Antônio Gedeão

Crianças gostam de fazerperguntas sobre tudo,

Mas nem todas as respostascabem num adulto.

Arnaldo Antunes

Quando eu flor

Quando tu flores

Quando ele flor

E você flor

Quando nós

Quando todo mundo flor.

Renato Rocha

Esse súbito não ter,

Esse estúpido querer

Que me leva a duvidar,

Quando eu devia crer.

Paulo Leminski

Basta uma flor,

Basta uma asa

Para saber que a primavera

Entrou em nossa casa

Albano Martins

POEMAS

Foto: André Gomes de Melo/ GERJ (2015).

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COMBATE ÀS OPRESSÕES

NEGRAS E NEGROS

Novo recorde: Dívida públi-ca atinge R$ 3,11 trilhões

Fora Trump

• Se existe um tipo de escravidão no mun-do atual uma delas com certeza é a es-cravidão por dívidas. Hoje cada brasilei-ro já nasce devendo aproximadamente 23 mil reais. Só com pagamento dos juros da dívida (interna e externa) são consu-midos 43% do PIB por ano. E os ban-queiros querem mais. O ajuste � scal serve para isso. Garantir o pagamento da dívida aos banqueiros.

Nós do Movimen-to Nacional Qui-lombo Raça e Classe

Do site da CSP-Conlutas, com edições da redação.

MULHERES

• Milhões de pessoas se reuniram, em mais de 60 países em todo o mundo, para protes-tar contra o presidente dos Estados Unidos. Os atos representam a resistência contra os discursos de ódio que foram a marca do en-tão candidato durante as eleições.

O número de ma-nifestantes surpreen-deu e passou da casa dos 500 mil. Atos em Los Angeles, Chi-

Paulo Tomé, diretor do Sindicato

Mãe mata filho de 17 anos por ser homossexual

• Dois dias antes de ser morto, o adolescente Ita-berli Lozano já ti-nha denunciado a mãe, no facebook por espancamento, agressões físicas e psicológicas. Tatia-na Lozano Pereira e o marido, Alex Pereira, mãe e pa-drasto de Itaberli, foram presos no dia 11 de janei-ro, em Cravinhos (SP), após confes-sarem o crime.

Com a ajuda do marido, a gerente de supermercado queimou o corpo do � lho no cana-vial. Dois rapazes espancaram Loza-no e enforcaram a

LGBT’s

cago, Boston e Nova York somaram quase 1 milhão de pessoas. Na Europa, acontece-ram manifestações em Berlim, Paris, Roma, Viena, Amsterdã e Londres. Em desta-que, também estão as manifestações no Quênia, África do Sul, Austrália e Nova Ze-lândia.Brasil Por iniciativa do

MML (Movimento Mulheres em Luta), vinculado à CSP--Conlutas, aconte-ceram dois atos no

somos contra essa dívida que deveria ao menos ter uma audi-toria como manda a Constituição de 1988.

O povo pobre e ne-gro sofre com a falta de escolas e hospitais de qualidade. A des-culpa é a crise. Mas a história verdadeira é que se desvia muito dinheiro nosso para

colocar no bolso do banqueiro.

Queremos sim re-paração. Nossa polí-tica atual é: Aquilom-bar para Reparar.

Venha fazer parte do nosso Quilombo. Uma entidade inde-pendente dos gover-nos e patrões. Onde o debate é de classe e raça.

vítima. Em seguida, a mãe esfaqueou o pró-prio � lho.

A impunidade e a falta de leis fortale-cem toda uma cultura de ódio a gays, lésbi-cas e transexuais. En-quanto isso, o Con-gresso Nacional e o Governo Temer estão mais preocupados em atacar a classe traba-

dia 20 de janeiro, em São Paulo. Marcela Azevedo, liderança do MML destacou a importância do pro-tagonismo feminino nesses atos, bem como que a luta contra todo tipo de opressão e ex-ploração tem caráter internacional. - Nos solidarizarmos com mulheres e homens trabalhadores dos Es-tados Unidos e para derrotar esse governo que vai comandar os ataques ao conjunto dos trabalhadores e jo-vens no mundo todo, destacou.

lhadora com retirada de direitos, milhares homossexuais são as-sassinados e espanca-dos em seus lares.

O Sindicato dos Comerciários repu-dia toda forma de preconceito e violên-cia contra população LGBT e denuncia esses governos por omissão e conivência.

Marcelo Baena, diretor do Sindicato

Foto: Shannon Stapleton/Reuters.

Jornal dos ComerciáriosJornal dos Comerciários08 Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e RegiãoFEVEREIRO 2017

Foto: g1.com.br

O joven Itaberli, assassinado pela mãe

Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, dívi-da pública cresceu no ano passado somente por conta da incidência de juros.

Foto: ecobrasilia.com.br

Protesto em Washington (EUA) reuniu mais de 500 mil pessoas contra Trump.