Foi realizada agora, de 12 a 23 deagosto, a 26ª edição da Universiadede Verão, em Shenzhen, na China. Adelegação brasileira foi representa-da por cerca de 300 pessoas, entreatletas, técnicos e dirigentes. Itabo-raí, com muito orgulho, também par-ticipou, através da lutadora de ta-ekwondo Iris Tang Sing, na catego-ria até 46 kg, moradora de Porto dasCaixas.

Para participar da Universiade emShenzhen, Iris venceu o campeona-to brasileiro universitário realizadoem São Paulo, no mês de maio. Elaretornou da China, na última sextafeira, 26 de agosto.

Receitas da Vovó Lolita Pág. 2Editorial Pág. 2

Umas & Outras. Pág. 4

De olho na Cidade. Pág. 5

Histórias da Vida. Pág. 8

Atitude Pág. 9

Ciência & Vida Pág. 3

Gente que trabalha sério

Pág. 11

Fundado em 2 de setembro de 2009

Pág. 6 e 7

ANO IIAGOSTO, 2011

Número 20

CIDADE DE ITABORAÍ, RIO DE JANEIRO Diretor: Paulo Maia - E-mail-zoadabonita@yahoo.com.br

Deus seja Louvado

TTTTTel-el-el-el-el-

TAEKWONDO:ITABORAÍ LUTA NA CHINA!

Fique Esperto

ZB O JORNALDE ITABORAÍ

QUE PAÍS É ESSE?

NOSSA ATLETA É IRIS TANG SING!

PÁG.9

“Que país é esse que junta milhõesnuma marcha gay, outros milhõesnuma marcha evangélica, muitas cen-tenas numa marcha a favor da maco-nha, mas que não se mobiliza contra acorrupção?”

Juan Arias, correspondente no Brasil dojornal espanhol El País.

ONDE ESTÁ A TRANSPARÊNCIA?CARRO DA PREFEITURA DE ITABORAÍ COM VIDRO FUMÊ Pág.52 anos

2 ZB AGOSTO 2011EDITORIAL

Diretor Presidente - Paulo Maia Av. Américo Cardoso 469 - Nova Cidade Itaboraí RJ - Cep - 24.804.132 Correio Eletrônico - zoadabonita@yahoo.com.br Tel (21) 2635-1971 / 8745-6811 Os artigos e matérias assinados são da inteira responsabilidade de seus autores, não expressando necessáriamente o pensamento desse jornal.

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1 Kg de camarão tamanho médio;1 abóbora moranga;6 tomatessem pele;2 dentes de alho;2 cebolas picadas;2 colheres de sopa de extrato de tomate;2 vidros de requeijão;

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A Teoria do Direito Divino Tupiniquim

quer que o povo exploda! Ah, ah, ah!

1 colher de sopa de catchup;1/2 xícara de azeite de oliva;Sal a gosto;1 pimenta vermelha picada;1/2 xícara de salsa picada;1 tablete de caldo de galinha;Pimenta do reino;

Pegue uma moranga bonita, lave-a bem, abra uma tampa na parte de cima e limpe-apor dentro. Coloque a moranga numa panela grande com água e um punhado de sal.Deixe em fogo forte por mais ou menos 20 minutos. A moranga deve estar quase cozida,mais ainda consistente. Tire do fogo e reserve. Ponha os camarões numa panela comágua para ferventar rapidamente Descasque-os. Refogue os filés com azeite de oliva,alho socado, cebola picada, pimenta do reino e sal a gosto. Quando os camarõesestiverem bem dourados, acrescente o tablete de caldo de galinha, os tomates, a salsa,o extrato de tomate e o catchup, mexendo por 15 minutos com uma colher de pau, atécozinhar os camarões. Quando estiverem cheirando bem e o caldo estiver grosso, retiredo fogo. Coloque 1 vidro de requeijão nesse molho de camarões. Pegue a morangaforrando por dentro o fundo com o outro vidro de requeijão. Coloque o molho com oscamarões dentro da mornga e leve ao forno previamente aquecido, por uns 15 minutossó para gratinar. Sirva com aroz branco e salada de palmito, abacaxi, melão, tomate,kani, azeitonas... E aí é só cair dentro!

Paulo Maia

Os primeiros negros chegaram ao Brasil em 1530, com a expedição de Martin Afonsode Souza. A partir daí, foram responsáveis pela introdução em nossa cozinha, do leite decoco, de origem polinésia, do azeite de dendê, da pimenta malagueta, do feijão preto, doquiabo, e também do uso do camarão em nossa culinária. Os negros fizeram valer os seustemperos e a sua maneira de cozinhar, modificando os pratos portugueses, substituindoingredientes e adaptando outros aos pratos da terra, contribuindo para criar a cozinhabrasileira., inclusive ensinando a fazer pratos com camarão seco e a usar, como os índios,as panelas de barro e as colheres de pau.

E o povo? Que povo, que nada ! A gente

Venha passar o fim de Semana com a Família

Recebi no Facebook dias atrás, uma mensagem do meu amigo Paulinho Rezende, critican-do a declaração do Secretário de Transportes do Estado, Julio Lopes, sobre o acidente como bonde em Santa Teresa, que matou cinco pessoas e feriu muitas outras. Disse o secretárioem entrevista, que a culpa pelo ocorrido foi do motorneiro. Paulinho, indignado, comentou:_”Francamente Sr. Secretário! Respeite a dor dos que ficaram e a memória dos que partiram...Só relembrando o samba do Moacir Luz: - Brasil, tire as flexas do peito do meu padroeiro”!Faço minhas, as palavras de Paulinho Rezende.

Outra atitude vergonhosa dos políticos foi recentemente o caso da deputada JaquelineRoriz (PMN-DF), flagrada recebendo R$ 50 mil de Durval Barbosa, pivô do escândalo doMensalão do DEM. Pela ética, a deputada deveria ser cassada, mas tudo acabou em pizza e elafoi inocentada.

A indignação de Paulinho, reflete a indignação da população com os políticos, de umamaneira geral. Já a declaração do secretário, nada mais é do que a desculpa para a incompetên-cia reinante na administração pública, em todas as esferas: federal, estadual e municipal. Paraencobrir essa incompetência, a culpa recai sempre sobre algum bode expiatório.

A cada dia que passa o fardo que o povo carrega fica mais pesado. São muitos impostos(está vindo um novo para substituir a CPMF), pedágios que ferem a Constituição, muitacorrupção, muita promessa não cumprida; é a indústria da multa, a falta de segurança, o ensinoprecário, a saúde péssima, o transporte de massas ruim; é o salário altíssimo desses políticos...Ou eu “tô ficando doido”? Eles se acham protegidos pela aura do poder. Parece até que vivemna prática, a “Teoria do Direito Divino”. Dá a impressão que acham que são os escolhidos deDeus para conduzir o povo. Pensam que são intocáveis.

O reflexo dessa incompetência também é visível claramente na administração pública emItaboraí. Basta ver o episódio do “Lixão de Itapacorá”, imposto à população “goela abaixo”.Com essas atitudes, a classe política ao invés de defender o povo, tira a sua dignidade.

Barbosa Lima Sobrinho, no seu livro “Presença de Alberto Torres”, faz uma síntese dopensamento deste célebre itaboraiense, que afirmava: “_Sem dignidade não há Povo, não háPátria, não há Nação, não há Criatura Humana, não há Cidadão. Há sim, felás e ilotas, mendi-gos de mão estirada diante do viajante e do estrangeiro, e servos alimentados na gamela damunificência alheia”. Contra tudo isso protestava Alberto Torres, cidadão itaboraiense nasci-do em Porto das Caixas na Fazenda da Conceição.

Barbosa Lima Sobrinho, outro grande brasileiro, fazia coro com Alberto Torres afirmando:”_Através dos séculos, só existem realmente, no Brasil, dois partidos, o de André Vidal deNegreiros e o de Calabar. O de Tiradentes e o de Joaquim Silvério dos Reis. O que não transigecom o interesse do Brasil e o que atrela o destino do Brasil ao destino de uma nação estrangei-ra”. Isso vale também para Itaboraí.

Temos uma infinidade de leis e a cada dia surge mais um punhado delas, mas de queadianta, se a vontade do povo não é atendida? Parafraseando ainda Barbosa Lima Sobrinho:“Parece que somos um bando de cegos tateando no descampado”. A maioria das decisões eleis elaboradas pelos políticos, não atende aos anseios do povo e sim ao interesse das oligar-quias impopulares, que mandam e desmandam em tudo. Os nossos guias nos deixam morrerde fome e sede no deserto, mas aproveitam para eles próprios, o Maná que cai do céu.

Ciência e Vida3 ZB AGOSTO 2011

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NNNNNA GUA GUA GUA GUA GUAAAAATEMALATEMALATEMALATEMALATEMALAEntre 1946 e 1948, o Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Esta-

dos Unidos financiou experiências médicas com a finalidade de desco-brir os efeitos curativos da penicilina, na época relativamente nova.Essas experiências consistiam em infectar guatemaltecos intencional-mente com sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis, sem oconhecimento dos pacientes. Entre os infectados havia soldados, pros-titutas, prisioneiros e doentes mentais. O caso, descoberto em 2010pela historiadora Susan Reverby, do Wellesley College, nos EstadosUnidos, só veio à tona agora em agosto. Ela pesquisava sobre ensaiosclínicos realizados pelo médico estadunidense John Cutler quandoencontrou documentos relativos às experiências na Guatemala.

Cutler e outros pesquisadores, inocularam gonorreia e sífilis emprostitutas e as estimularam a manter relações sexuais com soldados,detentos e doentes mentais.

A descoberta dessa experiência médica gerou uma série de respos-tas oficiais dos EUA. A Secretária de Estado Hillary Clinton disse:_“Embora esses eventos ocorreram há mais de 64 anos, estamos in-dignados que tal pesquisa poderia ter ocorrido sob o pretexto de saú-de pública … Nós lamentamos profundamente que isso aconteceu epedimos desculpas a todos os indivíduos que foram afetados por taispráticas abomináveis de pesquisa”.

Opresidente Barack Obama, telefonou para o presidenteguatemalteco Álvaro Colom pedindo desculpas. Colom, que não sa-bia de nada, classificou o episódio como “crime contra a humanidade”

e ordenou que o país rea-lizasse sua própria inves-tigação sobre o caso. Opresidente guatemaltecoestuda levar o caso aostribunais internacionais.Algumas vítimas e seusfamiliares decidiram pro-cessar o governo dosEUA.

Isso é uma vergonha!!

A negligência médica acarreta riscospotenciais para a vida dos pacientes. Ape-sar dos avanços da medicina, estas falhasacontecem frequentemente nos hospitaisbrasileiros. Uma simples conferência de in-formações antes de cirurgias poderia cor-tar pela metade o número de complicaçõescirúrgicas por erro médico.

Somente no primeiro semestre de 2010,47 especialistas foram citados por errosmédicos no Conselho Federal de Medici-na. Entre janeiro de 2006 e julho de 2009,foram julgados 2.755 processos.

Em Brasília, no Hospital Regional deSanta Maria, no ano passado, uma meninaque precisava de intervenção cirúrgicaapenas em um ouvido, pois o outro erasaudável, teve os dois ouvidos operados.O médico, que admitiu não ter lido o pron-tuário de atendimento, foi demitido.

No Rio de Janeiro, Kamyle Vitória nas-ceu com hidranencefalia. Com apenas 17dias de vida foi operada no InstitutoFernandes Figueira para a retirada de lí-quidos do cérebro. Durante o procedimen-to, a placa do bisturi elétrico lhe causougrave queimadura. Uma semana após acirurgia cerebral, Kamyle teve a perna di-reita amputada devido às queimaduras. Amãe, de apenas 20 anos, Karen Carolinedo Nascimento Silva, registrou queixa delesão corporal.

Há também o caso do bebê encontra-do vivo pelo pai no necrotério de um hos-

pital em Itumbiara, Goiás. O bebê, nascidode cinco meses, teve a morte declarada pe-los médicos. Depois que o pai a encontrouainda com vida, a criança ficou internada,mas acabou morrendo dias depois.

Caso deprimente foi o da meninaSthefanie dos Santos Teixeira, de12 anos,internada no Hospital São Luis Gonzaga,no Jaçanã, São Paulo, com dores abdomi-nais, diarréia e vômito. O pai, um operadorde máquina de 36 anos, informou à políciaque de acordo com a ficha de evolução clí-nica, havia sido ministrada uma solução devaselina líquida na veia. A garota não re-sistiu e faleceu. A ocorrência foi registradacomo homicídio culposo.

Casos Ocorridos Recentemente

Registrar Boletim de Ocorrência na de-legacia; Denunciar o fato ao Conselho Re-gional de Medicina. Nos caso de lesões oumorte do paciente, os familiares devem con-tratar um bom advogado e entrar com umprocesso e pedido de indenização. O médi-co irá responder por crimes de lesão corpo-ral e homicídio culposo.

Como Agir?

Tesoura deixada no corpo de um paciente

4 ZB AGOSTO 2011 UMAS & OUTRAS

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TRATE BEM DOS SEUS PÉS

Para Rir um Pouco

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E AINDA FALAM DAS LOIRAS CONVERSA COM DEUS

Fascinado com as tarefas domésticas, o mari-do resolveu lavar sua própria camiseta. Poucodepois de ter chegado perto da máquina de lavar,gritou para a esposa:

- Que programa de lavagem devo usar na má-quina?

-Depende da roupa. O que diz na camiseta?respondeu a esposa.

-”Eu amo Floripa!”Desabafo da esposa:- E ainda falam das loiras...

Homem: Deus, posso fazer uma pergun-ta?

Deus: Claro meu filho!Homem: O que é um milhão de anos para

o senhor?Deus: Apenas um segundo.Homem: O que é um milhão de dolares

para o senhor?Deus: Apenas um centavo.Homem: O senhor pode me dar um cen-

tavo?Deus: Claro! Aguarde só um segundo.

Nem sempre damos aos nossos pés aimportância que eles merecem. Estimativasda Associação Americana de Pedicurosmostram que uma pessoa comum, por vol-ta dos 50 anos, terá caminhado 120 mil qui-lômetros, o suficiente para dar quase dezvoltas em torno da Terra. Com o passar dotempo, os pés sentem esse esforço, per-dendo gradualmente a sua habilidade deamortecer os impactos, acarretando algunsproblemas.

Surgem em geral, por causa da pressãodo calçado sobre a pele dos dedos e daplanta dos pés. Uma calosidade é uma zonada parte superior da pele, o estrato córneoou camada de queratina, que se torna gros-sa, em resposta a uma fricção repetida. Oscalos dos pés causam dor porque oespessamento da pele faz pressão sobre oosso que se encontra por baixo. Um bomtratamento podológico resolve o problema.

Calos

Calos nos pés

FissurasPopularmente chamadas de rachaduras,

são lesões em que não há perda do tecidomas um afastamento linear da pele, superfi-cial ou profundo, sem deixar cicatriz, muito

Micoses

comum na região do calcâneo, em muitoscasos causa dor e sangramento.

São ocasionadas pelo ressecamento dapele, associado ou não a hiperqueratose.Pode haver a presença de fungos. Nestecaso, além do tratamento podológico comdesbastamento da hiperqueratose e o usode cremes hidratantes e umectantes espe-cíficos, os pacientes devem procurar umdermatologista.

Calor e umidade formam o ambiente idealpara a proliferação dos fungos que provo-cam a micose. Por isso, os pés, constante-mente abafados dentro dos sapatos, sãoalvos fáceis dessa incômoda e persistentedoença. Os sinais mais comuns são cocei-ra, vermelhidão, descamações e, por vezes,escurecimento e queda das unhas. Paraevitar a micose, deve-se enxugar bem entreos dedos e usar meias de tecido poroso,que evitem acúmulo de suor. O tratamentopodológico é feito à base de medicamen-tos antifúngicos.

O tratamento resolve o problema

O Museu Nacional, na Quinta da Boa Vistaem São Cristovão, Rio de janeiro, está apresen-tando a exposição “Santo Antônio de Sá - Pri-meira vila do Recôncavo da Guanabara”. É umamostra dos achados arqueológicos feitos na áreade construção do Comperj pelo Programa de Res-gate do Patrimônio Arqueológico Comperj/ Pe-trobras. O material encontrado é uma importanteherança cultural do município de Itaboraí. Vale apena conferir.

1ª VILA DO RECÔNCAVO DA GUANABARA

A exposição vai até 26 de novembro, deterça a domingo, das 10 às 16h. Entrada: R$3,00. Grátis para crianças até 5 anos e pes-soas acima de 60. No Museu Nacional,Quinta da Boa Vista, São Cristóvão. Maisinformações pelo telefone (21)2562-6042.

“Santo Antônio de Sá: Primeira Vila doRecôncavo da Guanabara”, exibe relíquias arque-ológicas recém-descobertas, que revelam comoviviam os primeiros habitantes da nossa região.Fundada em 1697, a extinta Vila de Santo Antôniode Sá, que originou vários municípios dessa par-te do Estado, se tornou o foco da pesquisa reali-zada sob a coordenação da arqueóloga MaduGaspar, do Museu Nacional/UFRJ, para resgatara história da ocupação regional por diferentesgrupos sociais, entre os séculos XVI e XIX.

O local das pesquisas foi habitado pelos índi-

os tupis, recebendo também os coloniza-dores portugueses que trouxeram os afri-canos.

Cachimbo usado pelos escravos

passeio.

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No nosso dia a dia, pela transparênciavisual, podemos enxergar bem toda a pai-sagem que nos envolve, identificando cla-ramente as formas, as cores, os tamanhos,as proporções, enfim, temos uma ideia de-finida de tudo o que nos cerca. Já nas rela-ções sociais e poíticas, a transparência im-pede, por exemplo, a ocultação de algumavantagem pessoal. Por meio da transparên-cia podemos visualizar a verdade, a reali-dade dos fatos, sem maquiagem, nem me-lhor e nem pior. Pelo menos deveria ser as-sim, pois afinal, quem não deve, não teme!

Voces já observaram que vários carrosda Prefeitura de Itaboraí estão usando vi-dro fumê? Pois é! Isso não é bom. A imagi-nação do povo é fértil e de repente boatospodem surgir. “_ Quem está dentro daque-le carro oficial, com o símbolo da Prefeitu-ra? - as más línguas poderão afirmar: _”Oh, pode ser a amante do fulano”... ouainda: “ Não, não! Eles estavam passean-do no carro oficial e ainda por cima emhorário de expediente”... ou então: _” Omotorista não era nem funcionário da Pre-feitura. Emprestaram o carro oficial paraalguém”... “Estavam transportando dro-gas”... - Para evitar esse tipo de comentá-rio maldoso, o bom senso recomenda atransparência. “Ou será que eu tô doido”?

Parafraseando Datena: “ Oh meu. Meajuda aí, ô!

Caminhões pesados, que fazem servi-ços para as empresas construtoras doCOMPERJ, carregados com pedra, areia eoutros materiais, trafegam diariamente pelarua central de Porto das Caixas, a Av. Nos-sa Senhora da Conceição, cujo antigo cal-çamento não suporta o peso daqueles ve-ículos de carga. Em frente à Igreja católica,a rua já está afundando.

Outra séria situação é que uma tragé-dia pode acontecer, se o antigo túnel daEstrada de Ferro Leopoldina, que passa porbaixo da Av. Nossa Senhora da Conceiçãodesabar. Aquele túnel foi construído em1859, um ano antes da inauguração da Es-tada de Ferro de Cantagalo, a quarta ferro-via brasileira.

Esta situação é absurda, ainda maisporque o potencial turístico de Porto dasCaixas, além de não ser explorado, há mui-tos anos está se perdendo, destruído prin-cipalmente pela ação do homem.

A vibração no terreno provocada pelapassagem dos caminhões carregados,pode causar danos até na estrutura da an-tiga igreja de Nossa Senhora da Concei-ção.

Na usina, por exemplo, como mostra afotografia abaixo, esse pequeno trecho decalçamento do século dezenove, pratica-mente não existe mais. Foi aterrado pelosaibro e socado pelo tráfego pesado.

Isto não pode estar acontecendo em

Porto das Caixas. Uma via alternativa para a passagem dos caminhõese máquinas, seria a solução. Mas ́ para isso é necessário que as autori-

dades e o povo se mani-festem, o que até agoraainda não aconteceu.Na foto ao lado, podemosver o antigo túnel da Es-trada de Ferro de Cantaga-lo, a quarta ferrovia brasi-leira. Se fosse numa cida-de onde os habitantes pre-servassem a cultura e ahistória, certamente elenão estaria assim. Seria um

museu ou um belo ponto para atrair o turismo, gerando divisas para omunicípio e melhor qualidade de vida para os munícipes. Na foto abaixo, os dois prédios que ameaçam desabar, construídosilegalmente sobre o túnel, por falta de fiscalizaçao das autoridadescompetentes. Não entendemos porque até agora ainda não foram de-molidos. Esta situação coloca em risco muitas vidas.

O velho túnel já serviu de locação para uma cena do filme “Portodas Caixas”, com direção de Paulo Cesar Sarraceni., cuja trilha sonoratem uma música composta por Tom Jobim, intitulada “Valsa de Portodas Caixas”.

Os moradore do lugar têm reclamado muito do descaso e abando-no por parte da administração municipal, apesar de contribuírem pa-gando os impostos. A eleição está chegando, então...

Bianca Shekter

Bia

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S

hek

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Bia

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6 ZB AGOSTO 2011 GENTE QUE TRABALHA SÉRIO

7 ZB AGOSTO 2011 Gente que trabalha sério

ESPAÇO DANÇA MUNIZ MENEZESBUSCANDO SEMPRE

INCENTIVANDO

A CULTURA

Baby Class, Ballet Infantil, BalletAdulto, Jazz infantil, Jazz Adulto, Dançado Ventre Infantil, Dança do Ventre Adul-to, Dança de Salão, Dança Cigana

*Aulas todos os dias

Direção Valessa Menezes e Thaiany MenezesCoordenação: Marcio maia.

e também aos sábados!

O Espaço Dança Muniz Menezes, estáoferecendo agora mais 3 modalidades: Dan-ça do Ventre Infantil, Ginástica Rítmica eHip Hop.

O MELHOR

*Dança do Ventre Infantil - Pro-porciona vários benefícios, como o aumen-to da auto estima, o desenvolvimento damemória, a diminuição do estresse, atonificação dos músculos, o estímulo aoconvívio social, dentre outros. Esta moda-lidade estará a cargo da professora AnaPaula Mesquita, que tem bastante experi-ência, com formação em diversos cursos,Workshops e participações em Festivais.

*Ginástica Rítmica - Os benefíci-os dessa modalidade são principalmente, aflexibilidade, concentração, coordenaçãomotora, sociabilidade e postura correta.

A professora Ana Carolina Campos,formada em Educação Física, com aperfei-çoamento em Ginástica Rítmica; Curso deArbitragem de Ginástica Rítmica, experiên-cias profissionais no Clube de RegatasVasco da Gama, Colégio Marly Cury, tendoparticipado também do Campeonato PanAmericano, ministrará essa modalidade.

*Hip Hop - Desenvolve a coordena-ção motora, agilidade, equilibrio, flexibili-dade e o convívio social. Professor JuniorShady, experiência de Hip Hop com Simo-ne Falcão, Grupo ComRua, GRupo GuetosCrew e atualmente com o Grupo Xsytle dan-ce Company, um dos melhores grupos doRio de Janeiro, participando sempre de Fes-tivais e Workshops de Dança Urbana. Valessa e Thaiany Menezes, diretoras do

Espaço Dança Muniz Menezes, estão sempre bus-cando o melhor para oferecer aos seus alunos.

_”A dança faz parte da nossa cultura e contri-bui com certeza, na construção de um futuro me-lhor para nossos jovens, facilitando o relaciona-mento social”.

A Dança do Ventre InfantilEstimula o Convívio Social!

HISTÓRIAS DA VIDA8 ZB AGOSTO 2011

Prof. Paulo MaiaO AFUNDAMENTO DO SUBMARINO ALEMÃO U-199 NO LITORAL DO RIO

O U-199

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Ale-manha Nazista fabricou mais de 1500 submari-nos, conhecidos como U-Boats. Possuíam umenorme raio de ação, devido ao abastecimentofeito em alto mar por unidades submarnas deapoio, chamadas “vacas leiteiras”. Cerca de 25U-Boats atuaram no litoral do Brasil, afundando36 navios brasileiros e 56 navios de bandeiraestrangeira.

Capitão Tenente Hans Werner Kraus

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O U-199 foi construído nos estaleiros AGWesser em Bremen, Alemanha. Desenvolvia nasuperfície, velocidade de cruzeiro de 20,8 nós, im-pulsionado por dois motores diesel. Submersofazia 6,9 nós através de motores elétricos. Trans-portava 24 torpedos, para 6 tubos de proa e doisde popa e 44 minas. Sua tripulação variava entre55 e 63 homens.

O U-199 partiu do porto de Berger em Kiel,Alemanha para a primeira missão na América doSul no dia 13 de maio de 1943. Sua tripulação con-sistia de 61 homens e estava sob o comando doCapitão-Tenente Hans Werner Kraus.

No dia 18 de junho de 1943 o U-199 chegou a

O ATAQUE AO U-199

sua área operacional entre o sul do Rio de Janeiroe São Paulo. Na noite do dia 26 de junho o U-199avistou o navio mercante estadunidense CharlesWillian Peale, a 50 milhas do Rio de Janeiro. O U-199 disparou um torpedo de proa, mas errou oalvo. Não se sabe porque o comandante Krausdesistiu do ataque.

Na noite de 3 de julho, por volta das 21 horas,o U-199 navegava na superfície e foi localizadopor um avião BPM Mariner dos EUA, pilotadopelo tenente Carey.

O Mariner mergulhou para o ataque,porém chocou-se com a água e explodiu.

Na noite de 4 de julho o U-199 locali-zou o navio brasileiro Bury. O U-199 dispa-rou três torpedos dos tubos dianteiros, pro-vocando avarias no Bury, que fugiu, con-seguindo chegar ao porto do Rio de Janei-ro.

No dia 25 de julho, por volta das 9:00horas, localizou o cargueiro inglês Henzada,de 4100 toneladas, navegando de Santospara o norte. Disparou 3 torpedos da proa,porém todos falharam. Reposicionou o sub-marino e às 12:00 horas disparou dois tor-pedos de proa, atingindo o navio no meio,afundando-o em menos de dez minutos.

A sua idéia era aproximar-se da entradada Baía de Guanabara no Rio de Janeiro,para espreitar a passagem dos navios docomboio JT 3 (Rio de Janeiro- Trinidad) pre-vista para o dia 31 de julho.

O comboio JT-3 receberia cobertura aé-rea. O PBY Catalina e o BPM Mariner deco-laram da base aérea do Galeão. Pouco de-pois das 7 horas da manhã, o Mariner cap-tou pelo radar os sinais do U-199, nave-gando na superfície, a 19 milhas ao sul daBaía de Guanabara. O avião seguiu diretopara o alvo, identificando o U-Boat, queapresentava uma camuflagem com tons cin-za e marrom no casco e faixas sinuosas bran-cas, semelhantes às ondas do mar, na baseda torre de comando e na popa. O Marinerembicou em direção ao submarino. A guar-nição do U-199 começou a atirar da torre decomando, com duas metralhadoras calibre30 mm, acertando 3 tiros no motor esquer-do do avião. Segundo a tripulação doMariner, no tombadilho do submarino ha-via também um canhão à vante e outro à ré.Ambos atiraram e as granadas explodiramentre 100 e 400 pés da fuselagem, sacudin-do fortemente a aeronave. Durante o mer-gulho o Mariner manobrava para evitar opesado fogo antiaéreo e revidou com oscanhões de proa, disparando mais de 1.200cartuchos. O Mariner lançou seis bombasMK-47, que caíram à frente da torre de co-mando. Segundo o atirador de cauda doavião, quatro bombas explodiram próximas

ao costado de bombordo. Uma grande nu-vem de água encobriu o U-199. O Marineratacou novamente, lançando mais duasbombas restantes.

O U-199 começou a emitir forte fumaçanegra, deixando uma trilha de óleo na su-perfície, navegando em círculos, com apopa mergulhada.

Sem outras bombas o capitão-tenenteSmith, informou pelo rádio que havia ata-cado um submarino nazista e que permane-ceria sobrevoando a área, já que o U-Boat,muito avariado, não poderia mais mergu-lhar.

Quinze minutos depois do ataque, o U-Boat tentou navegar em direção ao norte.Às 8 horas e 40 minutos o convés foi rapi-damente esvaziado e o submarino tentousubmergir, porém voltou à tona rapidamen-te. Parecia sem controle, com dificuldadede permanecer flutuando e com a popacompletamente inundada. Reiniciou a na-vegação para o norte, deixando um granderastro de óleo e a tripulação retornou aoconvés, guarnecendo novamente as armas

que, o comandante Kraus ordenou o aban-dono do U-199. Vários tripulantes saírampela escotilha da torre e os que estavamsobre o tombadilho atiraram-se ao mar. Oafundamento definitivo não demorou maisde três minutos.

antiaéreas.O ataque final aconteceu na Latitude

de 23° 47' sul e Longitude de 42° 57' oeste,37 milhas ao sul do litoral de Maricá, com achegada do A-28 Hudson do TenenteSchnoor, que lançou 2 bombas MK-47 e doPBY Catalina, do Capitão Coutinho, quelançou 3 bombas MK-44. O Catalina ga-nhou altura e executou outro mergulho, lan-çando a terceira bomba que restava. Ela ex-plodiu diretamente sobre a popa do U-199,desfechando o derradeiro golpe.

Às 9 horas e 2 minutos, uma hora e qua-renta e cinco minutos após o primeiro ata-

Duas bombas explodem ao lado do U-199

O U-199 sob ataque

O PBY Catalina

Os aviões lançaram balsas e odestreoier USS Barnegat recolheu os 12sobreviventes, inclusive o comandante,Werner Kraus. Todos foram levados paraum campo de concentração emPernambuco, o único existente no Brasil,sendo mais tarde transferidos para os Es-tados Unidos, onde foram interrogados epermaneceram presos em um campo de con-centração, provavelmente no Arizona, atéo final da guerra.

Os 12 sobreviventes

9 ZB AGOSTO 2011 ATITUDE

CLASSIFICADOSDE

SERVIÇO

2635-1971

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ANUNCIEAQUI

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NOSSA ATLETA É IRIS TANG SING VICENTE MINIATURISTA:No sábado, 20 de agosto, Iris fez sua

estreia na Universiade de Shenzhen,naChina, lutando com a atleta Justina Lei, deMacau, vencendo a luta. Buscando a clas-sificação para a semifinal, Iris enfrentou amexicana Adilene Itzel, medalhista do Pande taekwondo de 2011, mas perdeu a dis-puta por 4x3.

_“Acho que faltou experiência e confi-ança para buscar esta medalha. Estava ga-nhando a luta até o 3º round quando ata-quei e ela me acertou um chute nos segun-dos finais. A altura dela também dificultoubastante”, explicou Iris.

No domingo 21 de agosto, foi aniversá-rio de Iris, que completou 21 anos e decla-rou que esperava comemorar a data comuma medalha numa competição internacio-nal. Mas não deu dessa vez, ficando comum honroso 5º lugar.

_“Esta Universiade é minha primeiraexperiência em uma competição internacio-nal pela Seleção Brasileira. Estou impressi-onada pela organização. Valeu muito parti-cipar. volto ainda com mais vontade de trei-nar e lutar para vir outras vezes buscar meuobjetivo que é uma vaga nas Olimpíadasdo Rio de janeiro, em 2016”.

Ginásio de Shenzhen, palco das disputas.

TALENTO GIGANTESCO,OPORTUNIDADE MÍNIMA!

O Começo DifícilAos 8 anos, influenciada pela mãe, Iris

entrou para o o balet. Depois fez natação,mas percebeu que essas atividades não asatisfaziam. Então pediu ao pai que a le-vasse para treinar taekwondo numa peque-na academia em Porto das Caixas. Assimdescobriu que aquele esporte era o seupreferido. Nessa academia de Porto dasCaixas conheceu Diego, com quem maistarde passou a treinar. Diego notou que

Iris tinha um grande potencial, incentivan-do a sua participação em vários campeo-natos no Brasil. Sem ajuda do governomunicipal e com poucos recursos, mas coma perseverança de guerreiros, em 2009 Irisse consagrou campeã brasileira na cate-goria adulto. Com isso pode disputar e con-seguir a vaga para a Seleção Brasileira.

Diego, além de treinador é assim umaespécie de empresário e relações públicasda atleta.

Diego e Iris, guerreiros na perseverança.

Em 2009 Iris participou do seu primeirocampeonato internacioal: O “Britsh Open”.Foi prata no “Aberto do México” emMonterrey; Bronze no “Aberto da Suécia”e agora 5º lugar na Universiade deShenzhen.

Em outubro, 1 e 2, será a vez do “BritshOpen” 2011, que vale 20 pontos para ocampeão no ranking mundial. Depois ameta é obter vaga de atleta titular da Sele-ção Brasileira, podendo assim, disputar oPan Americano de Taekwondo.

Carreira Internacinal

Outro grande talento itaboraiense, também relegado ao desprezopela administração municipal, é Vicente Mendonça Filho, O “vicenteMiniaturista”, que mora em Manilha desde 1981. Nasceu em Boa Vistano Ceará, mas adotou Itaboraí como a sua terra de coração.

O COMEÇONa década de 1990

Vicente leu uma reporta-gem no Guiness Bookbrasileiro sobre CarlosRandy, que fazia miniatu-

Com 48 anos, Vicenteé casado há 23 com a D.Maria Cristina e tem comoprofissão a restauraçãode móveis.

ras em cabeças de prego. Se interessou pelo assunto e começou tam-bém a fazer miniaturas. Sua primeira peça foi um violão. Hoje tem umacervo de mais de 2.500 miniaturas. Em 2004 entrou para o Rank Brasil,o livro dos recordes brasileiro, com a miniatura de uma quadra devôlei na cabeça de um alfinete e em 2007 com o recorde duplo demenor e maior lápis funcional. O menor com 3mm e o maior com 3, 15m.

_”Sou um sujeito curi-oso. Gosto muito de ler,principalmente se o assun-to é sobre história. Soutambém muito ansioso,mas apesar disso tenhopaciência para fazer as mi-niaturas, que requeremmuita concentração. Eufumava duas carteiras decigarro por dia. Com a aju-da das miniaturas parei”.

Vicente usa como fer-ramentas, simplesmente

Vicente trabalhando:Calma e concentração.

O violão, primeira miniatura

EXPOSIÇÃO

um estilete, um alicate e lixa. A matéria prima é o que encontra pelochão.

Vicente já deu entrevistas para o SBT, CNT, Record e Globo. NaInternet está no Youtube e no Site www.rankbrasil.com.br.

A partir do dia 17 de setembro Vicente estará participando com assuas miniaturas, da exposição “Rio em Miniaturas”, em Santa Teresa,no Rio de Janeiro. Maiores informações pelos telefones: 2224-3331 /2976-2548 e 8775-1255.

ENTREGA

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PEDRAS

Em Shenzhen Iris quebrou a mão lu-tando com a mexicana Adilene Itzel.

10 HISTÓRIAZB AGOSTO 2011

Paulo Maia

ConserConserConserConserConserto de rto de rto de rto de rto de roçadeiroçadeiroçadeiroçadeiroçadeirasasasasase core core core core cortadortadortadortadortadores de ges de ges de ges de ges de grrrrramaamaamaamaama

30 anos de Mercado

Porto das CaixasPorto das Caixas vive a decadência mais

profunda. Houve tempo em que, comoentreposto, foi até mais importante do que asede municipal de Itaboraí. Millet de Saint-Adolph, que escreveu, em meados do séculopassado, os Dicionários Geográficos, Histó-ricos e Descritivos do Império do Brasil, apon-ta Porto das Caixas como povoação conside-rável. Diz que está vantajosamente situadana margem direita do ribeiro chamado Rio daAldeia, afluente da margem esquerda do rioMacacu. Informa que a povoação possuíaescola de primeiras letras e que seu portoadmitia, “com a favor da maré, barcos e lan-chas” e era depósito de caixas de açúcar, bemcomo de sacas de café, que desciam das ca-beceiras do Rio Macacu, ou das fazendas dodistrito circundante, num raio de oito a dezléguas, e também de Cantagalo e de NovaFriburgo, não só por ser o porto mais vizi-nho, “como por serem mui ativos e dados aocomércio os habitantes dele, os quais, emtodas as marés, quer seja de dia, quer de noi-te, despacham um grande número de barcospara o Rio de Janeiro”.

Companhias de teatro, que iam a Itaboraí,acabavam levando suas peças no Porto dasCaixas. Havia no povoado, um colégio parameninas, o Colégio Portuense, que anuncia-va o ensino do francês, geografia e costura.John Bentley visitava Porto das Caixas comuma daguerreótipo, em 1858. Um dos jornaisdo povoado, O Popular, circulando às quar-tas e sábados, vivera mais de sete anos, oque constituía, para jornais do interior, umademonstração de longevidade. Publicavaseções de informação do exterior e até mes-mo romances originais de J.Bernardino de

Moura. Madame Vanel, costureira modista deParis, instalava atelier na rua Direita, em Por-to das Caixas.

Houve mesmo fases em que duas compa-nhias de teatro funcionavam ao mesmo tem-po, uma no teatro de Santo Antônio, outrano teatro do Campinho, apresentando espe-táculos com uma concorrência interessada evibrante. A Escrava Andréa era freneticamen-te aplaudida, assim como a Máscara Negra, aEsposa Renunciada e outras do mesmo gê-nero...

...Porto das Caixas tinha, nessa época, apretensão, não injustificada, de ser, depoisdo Rio, o primeiro porto comercial da Baía deGuanabara. Por isso, quando se contratou aconstrução da estrada de ferro, que se desti-nava a Cantagalo, centro importante de pro-dução cafeeira, as obras foram iniciadas comfestas, a que estiveram presentes as autori-dades provinciais e o próprio Imperador, quepela segunda vez visitava a localidade. Acompanhia incorporadora da construçãoapresentava como presidente o Barão deNova Friburgo, associado ao visconde deBarbacena, duas figuras de destaque nosmeios financeiros nacionais. Bastou a inau-guração de alguns trechos da estrada, paraque crescesse rapidamente o movimento co-mercial do Porto das caixas.

Quase de repente, tudo isso acabou. Por-to das Caixas percebeu o perigo ou a ameaça,quando, no seu jornal, impugnou o prolon-gamento da sua estrada de ferro, na direçãodo litoral, no rumo de Vila Nova de Itambi.Mas suas razões não conseguiram levar devencida a realidade.

Aberto ao tráfego esse novo trecho de

estrada de ferro, a 18 de agosto de 1866, Por-to das Caixas deixou de ser ponto de partidaou de chegada de mercadorias, tornando-seapenas uma estação, logo mais um simplesponto de parada...

... O Rio da Aldeia, que os moradores doPorto das Caixas haviam visto ainda “peja-do de barcaças, ondulando de frotas mer-cantes, numa trama de mastros e cordames”,tornou-se abrigo tranqüilo, para um ou ou-tro barco. Os trapiches quase luxuosos, comsuas portadas de granito, não tiveram maiso que guardar. A igreja de Santo Antônio foise transformando em ruínas e as suas ima-gens, na frase do poeta que fixou essa deca-dência, “tinham os olhos apagados e os de-dos descarnados, e nas suas órbitas vaziasos marimbondos fizeram ninhos, e entre assuas mãos plangentes a aranha felpuda esti-cou a teia ligeira”...

... A queda foi vertical. Guilherme deAlmeida, cuja família provinha do Porto dasCaixas, como que expulsa pela decadênciado povoado, registra a situação a que elehavia chagado. “Decadência tão violenta,que se demoliram casas para vender o seumaterial”...

... Hoje, Porto das Caixas cochila na zonados caminhos de terra, desconhecida dosviajantes que todos os dias passam por Ita-boraí, na estrada de Rio Bonito. É um fim delinha, um lugar ignorado. E Porto das Caixasnão está longe da sede do Município. Nãomais de uns 5 ou 6 quilômetros. E seria umfim de mundo, com suas ruínas perdidas nomato, ou afundadas na lama, se não servisseainda para o acesso de Magé, evitando avolta comprida pela estrada de contorno ou

pela rodovia de Friburgo.De tudo resta apenas, como recordação

do movimento antigo, o quadro de madeirapendurado no começo da rua do povoado:“Seja bem-vindo a Porto das Caixas”. Poucagente tem oportunidade de ler essa sauda-ção hospitaleira. Vê-se apenas uma rua, queas crianças ocupam, garantidas pela ausên-cia ou escassez do tráfego. Nem edifíciospomposos, nem comércio, nem trânsito.Nada, nada, nada, senão ruínas e silêncio, ecasas que parecem abandonadas, como sequase toda a população do povoado hou-vesse emigrado. Ninguém sabe informar ondeficavam os cais, em que outrora se amontoa-vam as caixas de mercadorias. Os moradoresda margem do rio se espantam, quando lhesperguntamos o nome do curso d’água, comose fosse absurdo que tivessem nome aque-las águas esquecidas. E se o viajante relembraesses dias antigos, os barcos que chegavame partiam, os mastros, as velas, o cordame, asproas atrevidas, a lufa-lufa dos entrepostoscomerciais, os ouvintes abrem os olhos es-pantados e não conseguem acreditar que tudoisso pudesse ter ocorrido naquele pedaço derio, em que os próprios cais afundaram, emque os armazéns desapareceram, e o silênciotomou conta da paisagem, com uma ou outraparede apontando no meio da vegetação, quefoi chegando como uma invasão, para escon-der uma hipnose sem remédio.

Nada mais do que recordações vagas,apagadas, imprecisas, para a evocação dedias agitados e ruidosos, em que Porto dasCaixas, para viver e prosperar, nem precisavaapresentar boas-vindas aos viajantes.

Do Livro Presença de Alberto Torres-Barbosa Lima SobrinhoEditora Civilização Brasileira-Rio de Janeiro-1968

ZB AGOSTO 201111 FIQUE ESPERTO

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Eusineia Damacena da Silva - Advogada

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O GRANDE VENDEDOR

Agora na”Era Digital”, foi necessário adaptar osditados populares à nova realidade.

1. A pressa é inimiga da conexão.2. Amigos, amigos, senhas à parte.3. Arquivo dado não se olha o formato.4. Diga-me que chat frequentas e te direi quem és.5. Para bom provedor uma senha basta.6. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.7. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.8. Hacker que ladra, não morde.9. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.10. Mouse sujo se limpa em casa.11. Melhor prevenir do que formatar.12. Quando um não quer, dois não teclam.13. Quem clica seus males multiplica.14. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.15. Quem envia o que quer, recebe o que não quer...16. Quem não tem banda larga, caça com modem.17. Quem semeia e-mails, colhe spams.18. Quem tem dedo vai a Roma.com19. Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.20. Diga-me que computador tens e direi quem és.21. Uma impressora disse para outra: - Essa folha é sua ou é impressão minha.22. Aluno de informática não cola, faz backup.

Um mineirinho, vindo da roça,candidatou-se a um emprego numa grandeloja de departamentos da cidade.

Durante a entrevista o gerente pergun-tou ao rapaz:

- Você já trabalhou alguma vez?- Sim, eu fazia negócios na roça.O gerente gostou do jeitão simples do

moço e disse: Vou fazer uma experiência comvocê. Pode começar amanhã, no fim da tar-de venho ver como se saiu. Se o resultadofor positivo, vou contratá-lo.

Às 17h30 o gerente se acercou do novoempregado para verificar sua produtividade:

- Quantas vendas você fez hoje?- Uma!- Só uma!!?? A maioria dos meus vende-

dores faz de 30 a 40 vendas por dia.- De quanto foi a sua venda?- Dois milhões e meio de reais.O gerente perplexo perguntou:- Como conseguiu isso!!??- Bem, o cliente entrou na loja e eu lhe

vendi um anzol pequeno, depois um anzol

médio e finalmente um anzol bem grande.Depois vendi uma linha fina de pescar, umade resistência média e uma bem grossa. Parapescaria pesada, sabe. Perguntei onde ele iapescar e ele me disse que ia fazer pesca oce-ânica. Eu sugeri que talvez fosse precisar deum barco, então o acompanhei até a seção denáutica e lhe vendi uma lancha importada, deprimeira linha. Aí eu disse a ele que talvez umcarro pequeno não fosse capaz de puxar alancha e o levei à seção de carros e lhe vendiuma caminhonete com tração nas quatro ro-

das. Ainda sem acreditar no que ouvia, o ge-

rente perguntou novamente:- Você vendeu tudo isso a um cliente que

veio aqui para comprar um pequeno anzol?- Não senhor. Ele entrou aqui para com-

prar um pacote de absorventes para a mu-lher, e eu disse: - Já que o seu fim de semanaestá perdido, por que o senhor não vai pes-car?

SEICHO-NO-IEReuniões: Domingos - 9 h / Terças - 19,30hRua Vicente Celestino 143-Carioca- Centro, Itaboraí

Nessa oportunidade, pedirei licença a to-dos os leitores do Zoada Bonita para home-nagear uma classe sofrida, à qual tenho ahonra de pertencer. É a classe dos advoga-dos, cuja data comemorativa é o dia 11 deagosto. A todos os meus colegas, parabéns!Nós somos guerreiros.

MANDAMENTOSDO ADVOGADO

1) ESTUDA - O Direito se transformaconstantemente. Se não seguires seus pas-sos, serás a cada dia um pouco menos advo-gado.

2) PENSA - O Direito se aprende estu-dando, mas se exerce pensando.

3) TRABALHA - A advocacia é uma ár-dua fadiga posta a serviço da justiça.

4) LUTA - Teu dever é lutar pelo Direito,mas no dia em que encontrares em conflito odireito e a justiça, luta pela justiça.

5) SÊ LEAL - Leal para com o teu cliente,a quem não deves abandonar até que com-preendas que é indigno de ti. Leal para como adversário, ainda que ele seja desleal con-tigo. Leal para com o juiz, que ignora os fa-tos e deve confiar no que tu lhe dizes; e quequanto ao direito, alguma outra vez, deveconfiar no que tu lhe invocas.

6) TOLERA - Tolera a verdade alheia namesma medida em que queres que seja tole-rada a tua.

7) TEM PACIÊNCIA - O tempo se vingadas coisas que se fazem sem a sua colabora-ção.

8) TEM FÉ - Tem fé no Direito, como omelhor instrumento para a convivência hu-mana; na Justiça, como destino normal doDireito; na Paz, como substituto bondosoda Justiça; e, sobretudo, tem fé na Liberda-de, sem a qual não há Direito, nem Justiça,nem Paz.

9) OLVIDA - A advocacia é uma luta depaixões. Se em cada batalha fores carregan-do tua alma de rancor, sobrevirá o dia em quea vida será impossível para ti. Concluído ocombate, olvida tão prontamente tua vitóriacomo tua derrota.

10) AMA A TUA PROFISSÃO - Trata deconceber a advocacia de tal maneira que nodia em que teu filho te pedir conselhos sobreseu destino ou futuro, consideres um honrapara ti propor-lhe que se faça advogado.

ZOADA BONITA

VALORIZEMOS PROFESSORES

ZB AGOSTO 201112 OBRIGADO - THANK YOU - MERCI - DANKE - AZÉHARAMOPA - GRATIAS