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1 Ranking de gestão dos estados brasileiros 2011 Levantamentos e Metodologia Unidade de Inteligência da Economist

Ranking de gestão dos estados brasileiros 2011 @samuelmoraes

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O estudo elaborado pela unidade de inteligência do The Economist analisa 25 indicadores em oito categorias para formar o ranking de gestão de todos os estados do Brasil.

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 Ranking  de  gestão  dos  estados  brasileiros  2011          Levantamentos  e  Metodologia                                      Unidade  de  Inteligência  da  Economist  

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Prefácio    O  Ranking  de  Gestão  dos  estados  brasileiros    é  um  relatório  da  Unidade  de  Inteligência  da  Economist,  patrocinado  pelo  Centro  de  Liderança  Pública.  A  Unidade  de  Inteligência  da  Economist  fez  a  pesquisa  e  a  análise,  bem  como  redigiu  o  relatório.  Os  levantamentos  e  opiniões  expressas  no  relatório  não  refletem  obrigatoriamente  as  opiniões  do  patrocinador.  

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Índice   Página  Sumário  Executivo     4  Resultados  por  Categoria   6  Ambiente  Político   6  Ambiente  Econômico   6  Regime  Tributário  e  Regulatório     7  Políticas  para  Investimentos  Estrangeiros   8  Recursos  Humanos     9  Infraestrutura   9  Inovação   9  Sustentabilidade   10  

Critério  de  Pontuação  e  Categorias   11  Metodologia   13  Geral   13  Modelagem  de  Dados   13  Cálculo  do  Índice   14  

Definições  e  construção  de  indicadores   15    

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   Brasil:  Ranking  de  gestão  dos  estados  brasileiros    2011    Sumário  Executivo    Para  compreender  melhor  a  gestão  comparativa  nos  26  estados  brasileiros  e  no  Distrito  Federal,  a   Unidade   de   Inteligência   da   Economist   (UIE)   montou   um   Índice   piloto   do   Ambiente   de  Negócios.  O  objetivo  deste  Índice  é  estimular  um  debate  sobre  os  fatores  que  afetam  a  gestão  pública.   Também   pretende   incentivar   a   melhoria   de   políticas   públicas   e   de   programas   que  tornarão  as  economias  dos  estados  mais  produtivas.    O   índice   faz   uma   apresentação   sucinta   do   atual   ambiente   operacional   de   negócios   de   cada  estado.   Fornece   informações   para   as   empresas   sobre   quais   estados   oferecem   as   maiores  oportunidades   e   maiores   desvantagens.   Para   os   formuladores   de   políticas   públicas,   o   índice  destaca   onde   os   estados   têm   uma   atuação   relativamente   satisfatória   e   quais   aspectos  necessitam  de  melhorias.    

• São  Paulo,  o  maior  e  mais  rico  estado  do  país,  supera  os  demais,  seguido  de  um  grupo  de   seis   estados   sulinos  e  do   sudeste  e  do  Distrito   Federal.  Esses   estados   alcançaram  mais   pontos   em   todas   as   oito   categorias   do   índice.   Os   ambientes   operacionais   de  negócios  dos  demais  estados  em  geral  são  moderados,  o  que  significa  que  ainda  podem  ser   aprimorados   em   certas   áreas.   Três   estados   retardatários   do   norte   e   nordeste  enfrentam  desafios  ainda  maiores  para  chegarem  ao  mesmo  patamar  dos  demais.  

 • Em   um  Mercado   cada   vez   mais   globalizado,   até   os   estados   mais   avançados   devem  

realizar  melhorias  se  desejam  atrair  os  investimentos  necessários  para  concretizar  seu  potencial   econômico.   Os   26   estados   do   Brasil   e   o   Distrito   Federal   não   competem  somente  entre  si  por  investimentos  diretos  do  exterior,  mas  com  outros  países.  Embora  os  estados  líderes  neste  índice  tenham  uma  boa  atuação  nos  padrões  internacionais  no  que   diz   respeito   ao   tamanho   de   mercado,   crescimento   econômico   e   políticas   para  investimentos   estrangeiros,   eles   são   normalmente   caracterizados   por   uma  infraestrutura  deficiente  e  sistemas  tributários  complexos,  o  que  representa  um  entrave  no   ambiente   de   negócios.   Além   disso,   todos   os   estados   brasileiros   poderiam   se  beneficiar  com  melhorias  na  qualidade  da  burocracia  e  com  a  redução  da  corrupção.  

 • A  inclusão  de  duas  categorias  –   Inovação  e  Sustentabilidade  –  diferencia  este  estudo  

das  outras  pesquisas  no  nível  estadual.   Isso  reflete  o  papel  crescente  que  estas  áreas  desempenham  no  processo  de  tomada  de  decisões,  e  mais  amplamente  ainda  na  arena  da   política   pública.   A   grande   disparidade   nas   pontuações   dos   estados   para   estas  categorias  sugere  que,  embora  os  formuladores  de  políticas  nos  estados  que  lideram  o  ranking   tenham   compreendido   a   importância   da   inovação   e   da   sustentabilidade,  colocando   tais   políticas   em   ação,   os   outros   estados   ainda   precisam   superar   muitos  outros  desafios  existentes.    

 Na   sequência   da   impressionante   recuperação  econômica   em  2010,   o  Brasil   está   entrando  em  um  período   de   crescimento   econômico  mais   lento,   abaixo   do   potencial   do   país,   e   que   tem   a  previsão   de   durar   por   todo   o   ano   de   2012.   Para   poder   fomentar   a   perspectiva   econômica   a  

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médio   e   longo   prazo,   os   governos   estatais   não   devem   desistir   de   seus   esforços   de   realizar  melhorias  nas  áreas  destacadas  como  as  mais  preocupantes  neste  estudo.      Pontos  fortes  

• No   nível   nacional,   os   pontos   fortes   do   Brasil   são   a   sua   estabilidade   política,   as  oportunidades   de   mercado   e   as   políticas   de   investimento   geralmente   abertas.   As  percepções  dos  investidores  em  relação  ao  Brasil  são  reforçadas  pela  perspectiva  de  que  o  país  usufrui  de  um  nível  confortável  de  estabilidade  política.  Isto  se  reflete  pelas  altas  pontuações  obtidas  por  muitos  estados  nesta  categoria.    

 • As   oportunidades   do   mercado   brasileiro   são   um   grande   atrativo   para   investidores.  

Não   surpreende   o   fato   de   que   os   estados   das   regiões   sul   e   sudeste   comportam   os  maiores  mercados  consumidores  e  apresentam  a  renda   familiar  mais  elevada.  Embora  muitos   estados   no   norte   e   nordeste   continuem   em   defasagem,   pode-­‐se   obter   algum  estímulo  com  seus  índices  de  rápido  crescimento  econômico.  O  Brasil  também  vive  um  momento  de  expansão  dos   investimentos  estrangeiros  diretos,  com  a  entrada  de  mais  de  US$  50  bilhões  no  país,  entre  janeiro  e  setembro  de  2011.  E  muitos  estados  possuem  agências   de   promoção   bem   desenvolvidas,   que   ajudam   a   atrair   mais   investimentos  financeiros.      

Pontos  fracos    

• No   nível   nacional,   os   principais   pontos   fracos   no   Brasil   são   os   pesados   encargos   do  sistema   tributário,   a   burocracia,   deficiências   de   infraestrutura   e   a   falta   de  competências.   Estas   deficiências   são   visíveis   em   vários   graus   no   nível   estadual.   E  embora  existam  zonas  de  inovação  internacional,  ainda  há  muito  que  se  fazer  para  que  as  empresas  brasileiras  alcancem  as  nações  líderes  nestes  segmentos.  A  renomeação  do  Ministério  da  Ciência  e  Tecnologia  como  Ministério  da  Ciência,  Tecnologia  e   Inovação,  em   meados   de   2011,   sugere   que   os   responsáveis   políticos   estão   atribuindo   maior  importância  à  inovação.  Ainda,  é  importante  que  mais  medidas  sejam  tomadas  para  se  atingir   um   progresso   tangível   nas   políticas   nos   níveis   federal   e   estadual.   Para   as  empresas   que   já   operam   no   Brasil   ou   que   estão   analisando   o   estabelecimento   de  operações,  políticas  de  suporte  às  atividades  de  P&D  são  fundamentais.        

 • Após  elevar  os  níveis  de  frequência  escolar  na  década  passada,  a  necessidade  urgente  

atualmente   é   melhorar   a   qualidade   da   educação   para   preparar   a   próxima   geração  para  o  mercado  de   trabalho.  Esta  pesquisa   fornece  um  panorama   sobre  quais   são  os  estados   líderes   e   quais   estão   atrasados   nesta   área.   Além   disso,   há  muitas  medidas   a  serem   tomadas   para   formar   e   retreinar   a   força   de   trabalho   existente,   para   que   esta  atenda  às  crescentes  exigências  de  negócios  e  aos  setores  mais  dinâmicos  da  economia.  O   desafio   para   contratar   e   treinar   trabalhadores   pouco   qualificados   é   muito   comum  para  as  empresas.  

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Resultados  por  categoria      Ambiente  Político  A  maioria  dos  estados  usufrui  um  bom  ou  moderado  ambiente  político.  Mas  todos  os  estados  requerem   melhorias,   especialmente,   no   combate   à   corrupção   e   elevação   da   qualidade   da  burocracia;   questões   que   criam   obstáculos   substanciais   para   a   realização   de   negócios.   Além  disso,  a  burocracia  e  a  corrupção  reduzem  a  capacidade  de  o  governo  providenciar  programas  públicos,  o  que  cria  entraves  ao  desenvolvimento  socioeconômico.      A  maior  parte  dos  estados  dispõe  de  um  grau  razoável  de  estabilidade  política.  Os  consideráveis  poderes   orçamentários   dos   governadores   contribuem   para   a   estabilidade   das   legislaturas  estaduais.   Como   resultado,   até  mesmo   naqueles   estados   cujos   governadores   tomaram   posse  em  2010  sem  o  apoio  majoritário  de  uma  aliança  política,  os  governadores  em  exercício  muitas  vezes   podem   se   aproximar   de   legisladores   de   outros   partidos   para   constituir  maiorias   ativas.  Isto  ajuda  a  facilitar  a  aprovação  de   leis  estaduais.  Governadores  sem  o  apoio  de  uma  maioria  inicial  podem  enfrentar  dificuldades  em  manter  uma  coalizão.   Isto   se  aplica  especialmente  no  fim  de  um  mandato  de  quatro  anos,  caso  o  governador  não  esteja  apto  a  disputar  a  reeleição,  ou   se   sua   popularidade   for   baixa.  Quase   a  metade   dos   estados   possui   atualmente   uma   forte  estabilidade  política,  sendo  que  cinco  deles  enfrentam  uma  estabilidade  política  baixa  ou  muito  baixa.      A   corrupção   não   é   algo   novo,   e   o   Brasil   não   é   o   único   país   em   desenvolvimento   com   sérios  problemas  nessa  área.  Entretanto,  uma  imprensa  ativa  e  auditorias  mais  desenvolvidas  levaram  a  um  alarde  de  casos  de  corrupção  em  vários  estados  no  último  ano.  O  alto  número  de  casos  de  corrupção  é  refletido  na  baixa  pontuação  para  a  maioria  dos  estados  nesta  categoria.  Os  estados  com  auditorias  mais   desenvolvidas,   como  alguns   daqueles   situados   nas   regiões   sul   e   sudeste,  com  maior  desenvolvimento  econômico,  tendem  a  ter  uma  pontuação  melhor.  O  fortalecimento  das  auditorias  será  fundamental  para  que  os  estados  elevem  seu  desempenho  nesta  área.      Ambiente  Econômico  Combinados   ao   número   de   habitantes,   os   dados   sobre   tamanho   de   mercado,   renda   familiar  média  e  o  coeficiente  de  Gini  oferecem  aos   investidores  o  discernimento  sobre  oportunidades  de  mercado  em  cada  estado.  O  tamanho  do  mercado  varia  bastante  entre  os  estados  brasileiros.  O  Estado  de  São  Paulo  sozinho  alcança  a  maior  pontuação  para  este  indicador,  com  um  produto  regional   bruto   (PRB)   acima   de   1,2   trilhões   de   reais   (   722,9   bilhões   de   dólares)   em   2010  (contabilizando   quase   um   terço   do   PIB   brasileiro).   Assim   sendo,   com   exceção   dos   estados  menores  –  Acre,  Amapá  e  Roraima  –  cada  um  com  tamanho  de  mercado  inferior  a    15  bilhões  de  reais  (9  bilhões  de  dólares),  a  maioria  dos  estados  brasileiros  oferece  atraentes  oportunidades  de  mercado,  principalmente  porque  as  rendas  familiares  continuam  a  crescer.    Cinco  estados  —  Minas  Gerais,  Rio  de  Janeiro,  Paraná,  Rio  Grande  do  Sul  e  Bahia—  recebem  a  segunda  maior  nota  para  Tamanho  de  Mercado.  A  Bahia  é  o  único  estado  fora  da  região  sul  ou  sudeste  com  o  PRB  no  patamar  de  150  a  499  bilhões  de  reais    (90,4-­‐300,6  bilhões  de  dólares).  Porém,  o  índice  elevado  de  PRB  reflete,  em  parte,  sua  grande  população.  Na  verdade,  o  estado  apresenta  baixa  pontuação  no  que  se  refere  aos  níveis  de  renda  familiar  média,   indicando  um  baixo   nível   de   desenvolvimento   econômico.   O   Distrito   Federal   possui   os   níveis  mais   altos   de  renda   familiar   média   do   país,   embora   não   seja   de   se   surpreender,   considerando   a   grande  concentração   de   trabalhadores   bem   remunerados   do   setor   público   federal   que   ali   residem.  

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Seguido  do  Distrito  Federal,  um  grupo  de  quarto  estados  do  sul  e  sudeste  –  Rio  de  Janeiro,  São  Paulo,   Rio   Grande   do   Sul   e   Santa   Catarina   –   mantêm   níveis   de   renda   per   capita   anual  relativamente   altos   (R12.000   a     15.000   reais,   ou   7.230   a   9.036   dólares).   Como   reflexo   das  disparidades   regionais,   os   estados   do   norte   e   nordeste   apresentam   o   nível   de   renda   familiar  média  mais  baixa.  Aliás,  11  destes  estados  apresentam  um  nível  de  renda  média  entre  6.000    a  8.999  reais,  e  o  restante  dos  estados  dessas  duas  regiões  apresentam  um  nível  de  renda  média  inferior  a  6.000  reais.  O  estado  mais  pobre  do  Brasil  em    renda  per  capita  é  o  Maranhão,  onde  os   indivíduos  recebem,  em  média,  apenas  4.860  reais  por  ano  (  405  reais    por  mês).  O  PIB  per  capita  do  Maranhão  equivale  aproximadamente  ao  do  pequeno  estado  insular  de  Tonga.      A  grande  desigualdade  de  renda  (e  riqueza)  é  uma  tradição  no  Brasil,  mas  ocorreram  melhorias  notáveis  na  última  década,  graças  à  aceleração  do  crescimento  econômico  (que  levou  a  geração  de  empregos),  a  uma  política  para  aumentar  o  salário  mínimo  acima  da   inflação  e,  em  menor  escala,  aos  programas  sociais,  como  o  Bolsa  Família,  um  programa  condicional  de  transferência  de  renda.  Os  estados  do  norte  e  nordeste  foram  especialmente  beneficiados  com  estas  políticas  e   programas.   A   desigualdade   de   renda   é   calculada   por   um   coeficiente   de   Gini,   onde   zero  representa  a  igualdade  perfeita  e  um  indica  a  máxima  desigualdade.  Os  dados  de  nível  estadual  oferecem   uma   proveitosa   visão   das   tendências   gerais.   Santa   Catarina,   tradicionalmente   o  estado  mais  igualitário  em  relação  à  renda,  consolidou  sua  posição  com  um  coeficiente  de  Gini  de  46,  enquanto  o  Paraná  e  Rondônia  apresentam  um  coeficiente  de  Gini  de  50.  Os  coeficientes  de  Gini  dos  demais  estados  estão  entre  50  e  59.  A  exceção  é  o  Distrito  Federal  (62),  o  que  reflete  a  concentração  de  trabalhadores  com  alta  remuneração  do  setor  público  federal,  que  vivem  ao  lado  de   segmentos  da   sociedade  que  ganham  salários  muito  menores.  Alguns  poucos  estados  estão  próximos  do  limiar  50,  e  poderiam  obter  uma  nota  mais  alta  nesta  pesquisa,  incluindo  São  Paulo,   Rio   Grande   do   Sul,   Mato   Grosso,   Goiás   e   Amazonas.   Todos   estes   estados   possuem  coeficientes  de  Gini  entre  50  e  51,  e  estão  preparados  para   receber  uma  nota  mais  alta  se  os  ganhos  dos  últimos  anos  forem  ainda  mais  consolidados.  Todavia,  isto  de  nada  vale,  pois  até  o  estado  mais   igualitário  está  longe  de  ser   igualitário  quando  comparado  aos  países  da  OECD  ou  em  outros  grandes  mercados  emergentes.  Com  efeito,  o  coeficiente  de  Gini  na  Alemanha  é  27,  enquanto  o  dos  Países  Baixos   fica  em  31  –  ambos  bem   típicos  nos  países  da  OECD.  Enquanto  isso,  o  coeficiente  de  Gini  na  China  marca  41,  na  Índia,  36  e  o  da  Rússia  chega  a  42.    Os  dados  sobre  o  crescimento  do  PIB  real  permitem  que  as  empresas  comparem  o  crescimento  econômico  entre  os  estados.  Porém,  deve-­‐se  observar  que  o  crescimento  médio  do  PIB  real  foi  excepcional   no   ano   de   2010   (a   economia   cresceu   7,5%   no   período).   Além   disso,   a   forte  retomada  do  crescimento  resultou,  em  grande  parte,  das  medidas  de  estímulo  a  nível  nacional  para   ajudar   a   recuperar   a   economia   da   recessão   de   2009.   A   inebriante   taxa   de   crescimento  também   refletiu   o   impacto   de   alguns   gastos   relacionados   às   eleições.   De   acordo   com   as  estimativas  da  UEI,  todos  os  estados  exceto  três  tiveram  um  crescimento  médio  anual  de  mais  de  5%.    O  Rio  Grande  do   Sul,   Rio  de   Janeiro  e   Santa  Catarina   tiveram  um  crescimento  médio  anual  de  4  a  5%  em  2010.    Regime  Tributário  e  Regulatório  O  sistema  tributário  do  Brasil  é  bastante  complexo,  instável  e  oneroso,  representando  uma  das  principais   desvantagens   do   ambiente   de   negócios.   Embora   as   grandes   empresas   considerem  mais   viável   absorver   os   custos   administrativos   da   declaração   de   impostos,   o   fardo   é  relativamente  maior  nas  pequenas  e  médias  empresas   (PMEs),   apesar  dos  esforços   realizados  para  simplificar  o  regime  tributário  para  esta  última  categoria  nos  últimos  anos.  De  acordo  com  

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o   Instituto  Brasileiro  de  Planejamento  Tributário,  mais  de  85.000  normas   tributárias  estaduais  foram   anunciadas   desde   1988,   o   que   indica   um   elevado   grau   de   instabilidade.   O   principal  imposto  estadual  é  o  ICMS  (Imposto  sobre  a  Circulação  de  Mercadorias  e  Prestação  de  Serviços),  cujas   tarifas   diferem   de   estado   para   estado.   O   ICMS   é   também   o   principal   instrumento   de  dedução   fiscal   utilizado   pelos   governos   estatais   como   incentivo   para   atrair   investimentos.   As  receitas   fiscais   resultantes   do   ICMS   como   uma   parcela   do   PIB   do   estado   variam   de   3,2%   (no  Distrito  Federal)  a  11,4%  (Mato  Grosso  do  Sul).  Todos  os  estados  têm  baixa  pontuação  no  que  se  refere  à  consistência  de  seus  sistemas  tributários,  exceto  por  um  grupo  de  sete  estados  que  têm  um  melhor  desempenho,  em  função  de  suas  estruturas   institucionais  tributárias  relativamente  mais  simples.    Esta  pesquisa  também  verifica  quanto  tempo  leva  para  abrir  uma  empresa  em  cada  estado,  uma  importante   condição  do   sistema  burocrático  que  as  empresas  devem  enfrentar.  O   tempo  que  leva  para  começar  um  negócio  varia  bastante  de  estado  para  estado.  Na  realidade,  demora  mais  de  30  dias  no  Acre,  Amapá,  Maranhão,  Santa  Catarina,  Piauí  e  Rio  Grande  do  Sul;  menos  de  10  dias  em  Alagoas,  Roraima  e  Sergipe.  Esta  avaliação  utiliza  dados  de  um  questionário  de  2007  da  Junta  Comercial,  realizada  pelo  Departamento  Nacional  de  Registro  de  Comércio  (DNRC).  Deve-­‐se   observar   que,   nos   últimos   quatro   anos,   diversos   estados   vêm   empreendendo   esforços  louváveis  para  simplificar  o  processo  de  abertura  de  empresas,  estabelecendo  as  chamadas  lojas  completas   online.   Estas   facilidades   online   ajudam   a   coordenar   e   acelerar   todo   o   processo   de  estabelecimento   de   empresas.   Três   exemplos   notáveis   encontram-­‐se   em   Santa   Catarina,   no  Espírito   Santo   e   Rio   de   Janeiro.   Estes   avanços   tendem   a   se   refletir   na   próxima   avaliação   do  DNRC.    Políticas  para  Investimentos  Estrangeiros  O   Brasil   está   vivendo   uma   grande   expansão   dos   investimentos   diretos   estrangeiros,   com   a  entrada  de  mais   de     50  bilhões  de  dólares  no  país,   entre  os  meses  de   janeiro   e   setembro  de  2011.   Os   investidores   são   atraídos   por   substanciais   oportunidades   de   mercado   e   a  disponibilidade   de   recursos   naturais.   Eles   procuram   medir   quais   estados   têm   o   melhor  desempenho   para   incentivar   investimentos.   Embora   as   principais   empresas   estrangeiras   que  contemplam   grandes   investimentos   recebem   tratamento   especial   e   recursos   dedicados   por  parte  de  qualquer   governo  estadual,   as   agências  de  promoção  de   investimentos   têm  especial  importância   para   as   PMEs   que   planejam   investir.   Apesar   de   os   grandes   investimentos  geralmente   beneficiarem   o   desenvolvimento   econômico   do   estado,   os   governos   estaduais  procuram   atrair   um   número   considerável   de   investimentos   menores,   pois   sabem   de   sua  importância  para  o  desenvolvimento  do  estado.  Considera-­‐se  que  os  estados  de  Minas  Gerais,  Rio  Grande  do   Sul,   Rio   de   Janeiro   e   São   Paulo   possuem  excelentes   agências   de   promoção  de  investimentos.  Entretanto,  alguns  poucos  estados   têm  realizado  esforços  para  aperfeiçoar   sua  capacidade  institucional  nesta  área;  Pernambuco  e  Ceará  são  exceções.  Apesar  disso,  em  muitos  casos   uma  agência   de   promoção  de   investimentos   de  um  estado   faz   parte   de   uma   secretaria  estadual  e  muitas  vezes  não  dispõe  de  recursos  dedicados.  A  falta  de  recursos  e  de  instrumentos  de  fácil   identificação  das  oportunidades  de  negocio  é  uma  desvantagem  para  as  empresas  que  estão  buscando  investir  no  estado.      As  pesquisas   sobre  os  programas  de   incentivo  a   investimentos  dos  estados  encontram  muitos  problemas.    A  dificuldade  de  obter  informações  claras  costuma  ser  atribuída  a  competição  dos  estados  para  atrair  empresas.  Nenhum  estado  quer  divulgar  o  nível  de  incentivos  anteriormente  oferecidos  ou  que  serão  oferecidos  no  futuro  à  próxima  parte  interessada.  Equivaleria  a  divulgar  

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um   segredo   de   estado   e   poderia   prejudicar   a   posição   de   um   estado   na   barganha   com   as  empresas.  Por  mais  de  duas  décadas,  a  chamada  guerra  fiscal  tem  sido  travada,  e  com  a  onda  recente   de   investimentos   estrangeiros,   esta   guerra   intensificou-­‐se.   Na   verdade,   o   Supremo  Tribunal  Federal  recentemente  julgou  inconstitucional  uma  dezena  de  incentivos  oferecidos  por  seis  estados.  Parece  que  o  Ministério  Federal  das  Finanças  oferecerá  anistia  fiscal  se  os  estados  se   absterem   de   oferecer   incentivos   adicionais   que   não   foram   aprovados   pelo   ministério  (conforme   a   lei   exige).   A   anistia   contribuiria   de   algum   modo   para   a   redução   da   incerteza  financeira   para   algumas   empresas,   o   que,   em   tese,   teriam   a   obrigação   de   devolver   a   quantia  equivalente  dos   incentivos   recebidos.  O  governo   federal   também  está  buscando  harmonizar  o  imposto  ICMS  sobre  as  importações  de  produtos  em  todos  os  estados,  para  que  os  mesmos  não  utilizem  as  taxas  de  ICMS  como  instrumento  de  barganha.    Todos  os  estados  oferecem  alguns  incentivos  para  investidores,  mas  três  deles  –  Minas  Gerais,  São   Paulo   e   Rio   de   Janeiro   –   lideram   a   lista   de   estados,   oferecendo   o   maior   número   de  incentivos.  Os  estados  com  o  menor  número  de  incentivos  são  a  Paraíba  e  o  Piauí.    Recursos  Humanos  A  recente   recuperação  econômica  do  Brasil   após  a   recessão  de  2009   reduziu  o  desemprego  a  níveis   históricos.   Um   mercado   de   trabalho   restrito   revelou   alguns   déficits   de   competências,  especialmente   nas   áreas   técnicas   e   de   engenharia.   Esta   pesquisa   fornece   um   panorama   da  disponibilidade,   produtividade   e   competências   de   recursos   humanos.   Em   geral,   dois   estados  dispõem   de   excelentes   recursos   humanos   –   São   Paulo   e   Rio   de   Janeiro,   ao   passo   que   três  estados   oferecem   recursos   humanos   satisfatórios   –   Distrito   Federal,   Minas   Gerais   e   Santa  Catarina.  Porém,  os  22  estados  restantes  foram  classificados  no  nível  moderado  ou  carente  de  melhorias.   Uma   descoberta   interessante   foi   que,   embora   a   Bahia   e   o   Ceará   tenham   baixa  pontuação   para   produtividade   da   mão   de   obra   e   uma   oferta   limitada   de   mão   de   obra  especializada,   estes   estados  possuem  os  maiores   grupos  de   graduados  em  universidades.   Isto  pode  indicar  uma  tendência  de  tais  diplomados  migrarem  para  os  principais  centros  comerciais  de  outros  estados  à  procura  de  oportunidades  de  emprego.        Infraestrutura  As  deficiências  de   infraestrutura  podem  prejudicar  a  atuação  das  empresas  e  elevar  custos  de  logística.  A  pesquisa  observa  duas  importantes  áreas  de  infraestrutura:  a  qualidade  das  estradas  e  a  rede  de  telecomunicações.  Os  levantamentos  sugerem  que  a  qualidade  das  estradas  em  19  estados  é  baixa  ou  muito  baixa,  indicando  a  necessidade  de  atenção  especial.  Em  São  Paulo,  no  entanto,   pelo   menos   75%   das   estradas   são   classificadas   com   boa   ou   muito   boa   qualidade,  enquanto  no  Distrito  Federal,  Rio  de  Janeiro  e  Rio  Grande  do  Sul,  pelo  menos  60%  das  estradas  recebem   a  mesma   classificação   acima.   O   indicador   de   telecomunicações   aborda   os   níveis   de  penetração  de  Internet  de  alta  velocidade  (+2Mbps)  em  particular,  tomando  por  base  que  esse  fator   está   se   tornando   cada   vez  mais   critico   para   a   realização   de   negócios.   Todos   os   estados  ainda   precisam   de   consideráveis   melhorias   nesta   área;   o   governo   federal   está   buscando  endereçar  por  meio  do  Programa  Nacional  de  Banda  Larga  (PNBL).  O  Distrito  Federal  apresenta  os  índices  mais  elevados  de  penetração  de  internet  de  banda  larga,  seguido  de  um  grupo  de  seis  estados  do  sul  e  do  sudeste  –  Espirito  Santo,  Paraná,  Rio  de  Janeiro,  Rio  Grande  do  Sul,  Santa  Catarina,   São   Paulo   –   classificados   com   índices   moderados   de   infraestrutura   de  telecomunicações.      

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Inovação  O  futuro  desempenho  econômico  do  Brasil  depende,  em  parte,  do  quão  bem-­‐sucedido  o  país  é  em   relação   à   inovação.   Esta   pesquisa   observa   diversos   indicadores   relacionados   à   inovação:  Gastos  do  setor  público  e  privado  em  pesquisa  e  desenvolvimento  (P&D);  infraestrutura  de  P&D;  incentivos  fiscais  para  gastos  com  pedidos  de  patentes  de  P&D.  Em  geral,  somente  os  ambientes  de   inovação   de   dois   estados   recebem   classificação   muito   boa:   São   Paulo   e   Rio   de   Janeiro.  Contudo,  o  restante  dos  estados  está  aquém  deste  nível,   revelando  um  ambiente  de   inovação  moderado  ou  insatisfatório.    Itens   como   infraestrutura   de   P&D,   gastos   do   setor   privado   com   P&D   e   pedidos   de   patente,  tendem  a   se   concentrar   em   São   Paulo,   Rio   de   Janeiro,  Minas  Gerais   e   Rio  Grande   do   Sul.   De  certo  modo,  isto  reflete  a  presença  de  empresas  estatais  (ou  recentemente  privatizadas)  nesses  estados.   Efetivamente,   as   empresas   estatais   contabilizam   mais   de   25%   dos   gastos   do   setor  privado  com  P&D  por  estado.      Os  governos  dos  estados  dispõem  de  certa  margem  para  elevar  os  gastos  com  P&D,  incluindo  a  oferta   de   incentivos   para   a   inovação.   Há   alguns   poucos   estados   que   já   apresentam   uma  estrutura   que   permite   a   oferta   de   incentivos   em   P&D;   mas   outros   continuam   atrasados.   Os  atuais  líderes  nesse  aspecto  são  Minas  Gerais,  Rio  de  Janeiro,  Rio  Grande  do  Sul,  Santa  Catarina  e  São  Paulo.    Sustentabilidade  Em   geral,   a   legislação   ambiental   brasileira   está   mais   adequada   ao   estabelecimento   da   base  jurídica   para   a   conservação,   proteção   e  monitoramento   do  meio   ambiente,   assim   como   para  estabelecer   ações   punitivas   por   delitos   ambientais.   Todos   os   estados   apresentam   um  desempenho   relativamente   satisfatório   nesta   categoria.   Mais   de   80%   dos   estados   possuem  documentos   legislativos   para   temas   gerais   sobre   o   meio   ambiente,   tais   como   uso   de   terra,  silvicultura,   gestão   da   água   e   de   áreas   de   proteção.   Contudo,   apenas   cerca   de   30-­‐50%   dos  estados   mantêm   uma   legislação   específica   para   assuntos   como   gestão   e   proteção   das   zonas  costeiras,   desertificação   e   abrandamento   dos   efeitos   das   secas,   poluição   do   ar,   reciclagem,  modificação  genética,  mudanças  climáticas,   turismo  sustentável  e  áreas  de  pesca.  Estes   temas  são  mais  específicos  e  refletem  em  grande  parte  os  recursos  naturais  e  problemas  ambientais  de  cada   estado.   Quase   50%   dos   estados   possui   legislação   relacionada   ao   combate   às  mudanças  climáticas.    Os   Estados  da  Região   Sul,   Sudeste   e   Centro-­‐Oeste  detêm  as  melhores   classificações  quanto   à  sustentabilidade,   seguidos   de   dois   estados   nas   Regiões   Norte   e   Nordeste,   o   Amazonas   e  Pernambuco,   respectivamente.   No   entanto,   os   Estados   do   Norte   e   Nordeste   em   geral  encontram-­‐se  nas  piores  classificações  quanto  à  sustentabilidade.    Ao   analisar   os   diversos   incentivos   estaduais,   a   legislação   fiscal   e   ambiental   da   maioria   dos  estados   apresenta   uma   cláusula   que   determina   que   os   instrumentos   fiscais   e   econômicos  devem   ser   usados   para   estimular   a   proteção   ambiental.   Todavia,   a   pesquisa   identificou   que  poucos   estados   efetivamente   fornecem   incentivos   fiscais   ou   deduções   de   impostos   para  estimular   práticas   ambientais   positivas.  O   principal   exemplo   de   incentivo   fiscal   ambiental   é   o  regime   de   repartição   de   receitas   fiscais   chamado   ICMS   Ecológico.   Este   instrumento   surgiu   na  legislação  em  1989,  sendo  primeiramente  introduzido  pelo  estado  do  Paraná  e,  em  seguida,  por  diversos   outros   estados.   A   finalidade   deste   regime   é   compensar   os   governos  municipais   pela  

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perda   de   receita   fiscal   potencial   por   causa   da   delimitação   de   áreas   de   proteção   ambiental  (principalmente  pelo  governo  estatal  e   federal).   É   também  usado  para   incentivar  uma  melhor  gestão  das  áreas  de  proteção  existentes.  Atualmente,  há  13  estados  utilizando  o  ICMS  Ecológico,  principalmente  os  estados  no  Sul,  Sudeste  e  Centro-­‐Oeste.  Outros  incentivos  incluem  a  isenção  do  IVA  sobre  determinados  produtos  ecologicamente  corretos.    

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Critérios  de  Pontuação  e  Categorias  O  Índice  Brasileiro  de  Ambiente  de  Negócios  dos  Estados  é  um  modelo  dinâmico  de  pontuação  com   25   indicadores   em   oito   categorias.   O   modelo   analisa   o   atual   estado   dos   ambientes  operacionais  de  negócios  em  26  estados  e  no  Distrito  Federal.  A  pontuação  geral  (0-­‐100)  para  os  estados  no  índice  é  uma  média  ponderada  de  oito  categorias,  onde  cada  uma  é  classificada  em  uma   escala   de   0   a   100,   sendo   100   as   condições  mais   favoráveis   de   ambiente   operacional   de  negócios.   Cada   categoria   é   normalizada   e   ponderada   com   base   nas   somas   dos   indicadores  subjacentes.      As  oito  categorias  do  índice  são:  Ambiente  Político  (que  abrange  três  indicadores:  Estabilidade  Política,   Corrupção   e   Burocracia;  Ambiente   Econômico   (que   compreende   quarto   indicadores:  Tamanho   de  Mercado,   Crescimento   de  Mercado,   Renda   Per   Capita  Média   e   Desigualdade   de  Renda);   Regime   Tributário   e   Regulatório   (que   abrange   dois   indicadores:   Consistência   do  Sistema   Tributário   e   Abertura   de   Empresas);   Política   para   Investimentos   Estrangeiros   (que  compreende  dois  indicadores:  Incentivos  para  Investimentos  e  Política  para  Capital  Estrangeiro);  Recursos  Humanos   (que   compreende   três   indicadores:  Oferta   de  Mão  de  Obra   Especializada,  Produtividade  da  Mão  de  Obra  e  Graduados  em  Universidades;  Infraestrutura  (que  abrange  dois  indicadores:   Qualidade   da   Rede   de   Telecomunicações   e   Qualidade   da   Rede   de   Estradas);  Inovação   (que  compreende  cinco   indicadores:  Gastos  Públicos  com  P&D,  Gastos  Privados  com  P&D,  Presença  de  Infraestrutura  de  P&D,  Incentivos  Fiscais  para  P&D  e  Pedidos  de  Patentes);  e  Sustentabilidade   (que  compreende  quatro   indicadores:  Plano/Estratégia  Ambiental  do  Estado,  Incentivos   Fiscais   para   a   Sustentabilidade,   Regulador   Ambiental   e   Qualidade   da   Legislação  Ambiental).      As  categorias  e  os  indicadores  são:  

1   Ambiente  Político  1.1   Estabilidade  Política    1.2   Corrupção  1.3   Burocracia  2   Ambiente  Econômico  

2.1   Tamanho  do  Mercado  2.2   Crescimento  do  Mercado  2.3   Renda  Per  Capita  Média  2.4   Desigualdade  de  Renda  3   Regime  Tributário  e  Regulatório  

3.1   Consistência  do  Sistema  Tributário    3.2   Abertura  de  Empresas  4   Políticas  para  Investimentos  Estrangeiros  

4.1   Incentivos  para  investimento  4.2   Políticas  para  o  Capital  Estrangeiro  5   Recursos  Humanos  

5.1   Oferta  de  Mão  de  Obra  Especializada    5.2   Produtividade  da  Mão  de  Obra  5.3   Graduados  em  Universidades  6   Infraestrutura  

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6.1   Qualidade  da  Rede  de  Telecomunicações    6.2   Qualidade  da  Rede  de  Estradas    7   Inovação  

7.1   Gastos  Públicos  com  P&D  7.2   Gastos  Privados  com  P&D  7.3   Presença  de  Infraestrutura  em  P&D  7.4   Incentivos  Fiscais  para  P&D  7.5   Pedidos  de  Patentes  8   Sustentabilidade  

8.1   Plano/Estratégia  Ambiental  do  Estado  8.2   Incentivos  Fiscais  para  a  Sustentabilidade    8.3   Regulador  Ambiental  8.4   Qualidade  da  Legislação  Ambiental  

 

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Metodologia  

a.  Geral  O  Ranking  de  Gestão  dos  Estados  Brasileiros  é  formado  de  categorias  com  impacto  no  ambiente  de    negócios  em  cada  estado.          Para  classificar  os   indicadores  para  o   Índice,  a  equipe  de  pesquisa   reuniu  dados  das   seguintes  fontes:      

• Textos  jurídicos  primários  e  relatórios  jurídicos    • Publicações  Acadêmicas  e  Governamentais  • Websites   de   autoridades   governamentais,   organizações   internacionais   e   organizações  

não  governamentais  • Organizações  Empresariais  e  escolas  de  administração    • Entrevistas  com  especialistas,  conforme  necessário  • Relatórios  de  imprensa  sobre  notícias  locais  e  internacionais      

b.  Modelagem  de  Dados    Os  dados  foram  compilados  a  partir  de    25  indicadores  para  cada  estado.    A  classificação  varia  de   três   (0,  1,  2)  a   cinco   (0,4)  níveis  possíveis.  Cada   indicador  é   formado  de  modo  que  o  valor  mais   alto   seja   associado   a   um   ambiente   mais   favorável.   (Obs.:   Quando   se   trata   de   uma  característica  negativa  como  é  o  caso  do   indicador  de  Corrupção,  é  bom  notar  que  um  estado  com  alto  nível  de  corrupção  é  classificado  no  nível  0,  ao  passo  que  um  estado  com  muito  pouca  corrupção  recebe  a  pontuação  4.        O  regime  de  pontuação  para  cada  componente  do  Índice  Brasileiro  de  Ambiente  de  Negócios  a  Nível  Estadual  está  listado  a  seguir:        

1   Ambiente  Político   Pontuação  0-­‐100  (100=melhor)  1.1   Estabilidade  Política     Pontuação  0-­‐3  (3=melhor)  1.2   Corrupção   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  1.3   Burocracia     Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  2   Ambiente  Econômico   Pontuação  0-­‐100  (100=melhor)  

2.1   Tamanho  de  Mercado   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  2.2   Crescimento  de  Mercado   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  2.3   Renda  Per  Capital  Média   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  2.4   Desigualdade  de  Renda   Pontuação  0-­‐3  (3=melhor)  3   Regime  Tributário  e  Regulatório   Pontuação  0-­‐100  (100=melhor)  

3.1    Consistência  do  Sistema  Tributário   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  

3.2   Abertura  de  Empresa     Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  

4  Política  para  Investimentos  Estrangeiros   Pontuação  0-­‐100  (100=melhor)  

4.1   Incentivos  para  Investimento   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  

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4.2   Políticas  para  Capital  Estrangeiro   Pontuação  0-­‐3  (3=melhor)  5   Recursos  Humanos   Pontuação  0-­‐100  (100=melhor)  

5.1   Oferta  de  Mão  de  Obra  Especializada   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  5.2   Produtividade  da  Mão  de  Obra   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  5.3   Graduados  em  Universidades   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  6   Infraestrutura   Pontuação  0-­‐100  (100=melhor)  

6.1   Qualidade  da  Rede  de  Telecom   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  6.2   Qualidade  da  Rede  de  Estradas     Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  7   Inovação   Pontuação  0-­‐100  (100=melhor)  

7.1   Gastos  Públicos  com  P&D   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  7.2   Gastos  Privados  com  P&D   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  7.3   Presença  de  Infraestrutura  de  P&D   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  7.4   Incentivos  Fiscais  para  P&D   Pontuação  0-­‐2  (2=melhor)  7.5   Pedidos  de  Patentes   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  8   Sustentabilidade   Pontuação  0-­‐100  (100=melhor)  

8.1  Plano/Estratégia  Ambiental  do  Estado   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  

8.2  Incentivos  Fiscais  para  a  Sustentabilidade   Pontuação  0-­‐2  (2=melhor)  

8.3   Regulador  Ambiental   Pontuação  0-­‐3  (3=melhor)  8.4   Qualidade  da  Legislação  Ambiental   Pontuação  0-­‐4  (4=melhor)  

 

c.  Cálculo  do  Índice    Modelagem  dos   indicadores  e  categorias  nos  resultados  do   índice  em  pontuações  gerais  de  0-­‐100  para   cada  estado,  onde  o  número  100   representa  as   condições  de  ambiente  de  negócios  mais  favorável  e  0  a  menos  favorável.      Pontuação  da  categoria  =  ∑  indicadores  individuais  ponderados    As  pontuações  dos  indicadores  são  normalizadas  com  base  em:  

x  =  (x  -­‐  Min(x))  /  (Max(x)  -­‐  Min(x))  

Onde  Min(x)  e  Max(x)  são,  respectivamente,  os  valores  mais  baixos  e  mais  altos  nos  27  estados  para  qualquer  indicador.  O  valor  normalizado  é,  em  seguida,  transformado  em  uma  pontuação  de  0-­‐100  para  torná-­‐lo  diretamente  compatível  com  outros  indicadores.        A   pontuação   geral   de   cada   estado   é   a   soma   ponderada   dos   pontos   da   categoria,   conforme  determinado  pelo  perfil  de  ponderação.        Pontuação  geral  =  ∑  pontuação  ponderada  das  categorias        

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Definições  e  Construção  de  Indicadores      1)  Ambiente  Político  Esta  categoria  compreende  três  indicadores:  Estabilidade  Política,  Corrupção  e  Burocracia    Indicador   Definições  e  Construção  de  Indicadores  Ambiente  Político    1.1  Estabilidade  Política     Este  indicador  mensura  o  nível  de  

estabilidade  política  no  que  diz  respeito  à  habilidade  do  Poder  Executivo  estadual  de  obter  a  aprovação  de  leis  na  Assembleia  Estadual.      A  avaliação  baseia-­‐se  nos  seguintes  critérios:  o  nível  de  apoio  do  público  ao  governador  do  estado  (isto  é,  a  porcentagem  do  voto  popular  recebido  nas  eleições  de  Outubro  de  2010);  o  número  de  cadeiras  que  o  partido  no  poder  mantém  na  legislatura  estadual;  e  alianças  políticas  pré  e  pós-­‐eleição.    Pontuação:  3=  Forte  (governo  usufrui  de  um  ambiente  político  estável)    2=  Moderado  (o  ambiente  político  é  estável)  1=  Baixo  (o  governador  não  possui  apoio  da  forte  maioria  e  depende  de  alianças)  0=  Muito  baixo  (O  governador  não  possui  apoio  formal  da  maioria  e  precisa  realizar  acordos  caso  a  caso  com  outros  partidos  para  a  aprovação  de  uma  lei)    Observações  da  pontuação:  As  alianças  pré  e  pós-­‐eleições  exercem  um  impacto  significativo  sobre  o  nível  geral  de  estabilidade  política.  Após  as  eleições,  os  legisladores  estaduais  muitas  vezes  apoiam  o  governador  encarregado  com  a  intenção  de  promover  seus  próprios  interesses  políticos.    Os  legisladores  estaduais  que  aderem  a  uma  aliança  dominante  pós-­‐eleição  são  mais  propensos  a  retirar  seu  suporte  caso  o  governador  venha  a  perder  sua  popularidade,  ou  quando  o  mandato  do  governador  está  terminando  (principalmente  no  caso  em  que  o  governador  não  pode  se  candidatar  à  reeleição).  Os  estados  onde  o  governador  

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tinha  uma  fraca  aliança  pré-­‐eleição  tendem  a  apresentar  menos  estabilidade  política.  

1.2  Corrupção   Este  indicador  mede  o  grau  de    corrupção  entre  os  funcionários  públicos.  A  avaliação  considera  o  número  de  investigações  de  corrupção  e  os  sistemas  existentes  para  prevenir  práticas  corruptas.      Pontuação:  4=  Nível  muito  baixo  de  corrupção  3=  Baixo  nível  de  corrupção  2=  Nível  moderado  de  corrupção  1=  Alto  nível  de  corrupção  0=  Nível  muito  alto  de  corrupção    Observações  da  pontuação:  A  UIE  utiliza  fontes  acadêmicas  e  outras  fontes  para  avaliar  este  indicador.  Umas  das  principais  fontes  é  um  estudo  intitulado  “A  corrupção  governamental  no  Brasil:  Construção  de  indicadores  e  análise  da  sua  incidência  relativa  nos  estados  Brasileiros”,  de  José  Luis  Serafini  Boll,  anteriormente  da  Universidade  Católica  do  Rio  Grande  do  Sul.  Este  estudo  analisa  um  número  relativamente  pequeno  de  auditorias,  que  muitas  vezes  demoram  um  longo  período  para  serem  concluídas,  fazendo  comparações  anuais  entre  os  níveis  de  dificuldade  de  corrupção.  A  UIE  também  incorpora  análises  de  um  estudo  denominado  “Political  and  institucional  checks  on  corruption”,  de  autoria  de  Marcus  Andre  Melo  e  outros  (2011).  O  estudo  analisa  o  resultado  de  auditorias  no  nível  de  governo  municipal.        Os  sistemas  existentes  para  prevenir  a  corrupção  também  são  considerados  na  avaliação  deste  indicador.  Nos  estados  onde  existem  rigorosos  sistemas  em  vigor  para  a  prevenção  e  combate  ao  suborno,  as  percepções  sobre  a  corrupção  tendem  a  ser  tão  altas  quanto  às  dos  estados  que  utilizam  sistemas  menos  rigorosos.    Isto  reflete  o  fato  de  que  os  sistemas  eficientes  muitas  vezes  conduzem  à  descoberta  de  práticas  de  corrupção,  que  costumam  ser  muito  divulgadas  na  mídia.          

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1.3  Burocracia   Este  indicador  mede  a  qualidade  da  burocracia.  A  avaliação  baseia-­‐se  no  nível  de  capacidade  institucional  e  da  capacidade  burocrática  de  implementar  políticas.      Pontuação:  4=  Qualidade  muito  alta  de  burocracia  3=  Alta  2=  Moderada  1=  Baixa  0=  Muito  baixa    Observações  de  pontuação:  Utiliza-­‐se  uma  abordagem  multifacetada  para  mensurar  a  qualidade  da  burocracia  de  cada  estado.  A  pesquisa  tem  como  foco  a  gestão  orçamentária  dos  estados,  incluindo  gastos  com  a  oferta  de  bens  e  serviços  públicos.  A  UIE  também  observa  a  qualidade  da  oferta  de  bens  públicos  ao  longo  do  tempo.  O  desenvolvimento  institucional  também  é  considerado  nesta  análise.      

 2)  Ambiente  Econômico  Esta  categoria  abrange  quatro  indicadores:  Tamanho  do  mercado,  crescimento  do  Mercado,  Renda  Per  Capita  Média  e  Desigualdade  de  Renda.    Indicador   Definições  e  Construção  de  Indicadores  Ambiente  Econômico    2.1  Tamanho  do  Mercado   Estimativas  da  Unidade  de  Inteligência  da  

Economist  para  o  Produto  Regional  Bruto  em  2010.    Pontuação:  4=  Superior  a  R$  500bi  3=  R$  150-­‐499bi  2=  R$  50-­‐149bi  1=  R$15-­‐49bi  0=  Inferior  R15bi      Observações  da  Pontuação:  As  estimativas  são  baseadas  nos  dados  do  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística  (IBGE)  e  do  Banco  Central  do  Brasil.    

 2.2  Crescimento  de  Mercado   As  estimativas  da  Unidade  de  Inteligência  da  Economist  referentes  à  porcentagem  média  anual  de  mudança,  de  ano  para  ano,  do  Produto  Regional  Bruto  para  2009-­‐10    

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 Pontuação:  4=  Crescimento  superior  a  5%    3=  4-­‐4,99%  2=  3-­‐3,99%    1=  2-­‐2,99%  0=  Inferior  a  2%    Observações  da  pontuação:  As  estimativas  baseiam-­‐se  nos  dados  do  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística  e  do  Banco  Central  do  Brasil.  

2.3  Renda  Per  Capita  Média   Renda  per  capita  media  anual  por  estado  em  2010.    Pontuação:  4=Superior  a  R$  15.000  3=R$  12.000-­‐15.000  2=R$  9.000-­‐11.999    1=R$  6.000-­‐8.999  0=Inferior  a  R$  6.000    Observações  da  Pontuação:  Os  dados  são  obtidos  do  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística  e  refletem  a  renda  per  capita  mensal.  O  IBGE  utiliza  os  dados  de  rendas  de  famílias  que  possuem  casa  própria  para  formar  as  estatísticas  de  renda  per  capita.  A  UIE  faz  um  cálculo  simples  –  multiplicando  a  renda  per  capita  mensal  por  12  –  para  formar  a  renda  per  capita  média  anual  por  estado.    

2.4  Desigualdade  de  Renda   Este  indicador  avalia  a  igualdade  de  distribuição  de  renda  dentro  de  um  estado.  Este  aspecto  é  mensurado  por  um  coeficiente  de  Gini,  sendo  classificado  em  uma  escala  0-­‐1,  onde  zero  indica  plena  igualdade  na  distribuição  de  renda.  A  pontuação  é  apresentada  como  porcentagem,  sendo  que  1=100%.  Quanto  maior  o  valor  do  coeficiente  de  Gini,  maior  a  desigualdade  de  renda  existente  no  estado.    Pontuação:  4=  Inferior  a  40%  3=  40-­‐49%  2=  50-­‐59%    1=  60-­‐69%  

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0=  Superior  a  70%    Observações  da  Pontuação:  A  pontuação  baseia-­‐se  nos  dados  de  um  estudo  denominado  “A  nova  classe  média  do  Brasil:  o  lado  brilhante  dos  pobres”  publicado  pelo  Centro  de  Políticas  Sociais.    

 3)  Regime  Tributário  e  Regulatório    Esta  categoria  é  formada  por  dois  indicadores:  a  Consistência  do  Sistema  Tributário  e  Abertura  de  Empresas    Indicador   Definições  e  Construção  de  Indicadores  Regime  Tributário  e  Regulatório    3.1  Consistência  do  Sistema  Tributário   Este  indicador  mede  a  consistência  e  

vulnerabilidade  do  sistema  tributário,  e  a  volatilidade  no  nível  de  receita  obtida  com  o  tributo  mais  relevante  para  a  arrecadação  do    estado,  o  Imposto  sobre  Operações  relativas  à  Circulação  de  Mercadorias  e  Serviços  (ICMS).    Pontuação:  4=  O  sistema  tributário  é  bastante  claro  e  estável    3=  O  sistema  tributário  é  claro  e  estável    2=  O  sistema  tributário  é  relativamente  claro  e  estável  1=  O  sistema  tributário  em  geral  é  instável  e/ou  complexo  0=  O  sistema  tributário  é  bastante  instável  e  complexo    Observações  da  pontuação:  De  acordo  com  o  Instituto  Brasileiro  de  Planejamento  Tributário,  seis  normas  fiscais  são  publicadas  no  Brasil  por  hora  comercial,  o  que  equivale  a  275.000  normas  nos  últimos  23  anos  (no  nível  federal,  estadual  e  municipal).  No  nível  estadual,  a  soma  é  de  85.517  normas  publicadas  nos  últimos  23  anos.  Em  função  da  complexidade  dos  dados,  e  da  dificuldade  de  se  obter  métricas  confiáveis  e  atualizadas,  a  análise  baseia-­‐se  em  pesquisas  primárias  e  secundárias.  Na  avaliação,  também  se  consideram  as  

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variações  de  receitas  fiscais  por  estado,  baseadas  nos  dados  de  receitas  como  uma  porcentagem  do  PRB.    

3.2  Abertura  de  Empresa     Este  indicador  mede  o  número  médio  de  dias  que  se  leva  para  abrir  um  novo  negócio.      Pontuação:  4=  Menos  que  10  dias  para  abrir  a  empresa  3=  10-­‐14  dias  2=  15-­‐19  dias  1=  20-­‐29  dias  0=  Pelo  menos  30  dias    Observações  da  Pontuação:  A  avaliação  é  baseada  nos  dados  da  Junta  Comercial  de  cada  estado.  A  análise  também  leva  em  consideração  os  resultados  de  uma  pesquisa  realizada  pelo  Departamento  Nacional  de  Registro  do  Comércio  (DNRC).  Esta  pesquisa  se  baseou  nos  critérios  de  abertura  de  empresa  do  Banco  Mundial  [World  Bank],  e  aborda  a  abertura  de  empresas  na  Junta  Comercial  bem  como  o  registro  junto  ao  corpo  de  bombeiros  e  outras  organizações  associadas.      

   4)  Políticas  para  Investimentos  Estrangeiros  Esta  categoria  abrange  dois  indicadores:  Incentivos  para  Investimento  e  Políticas  para  Capital  Estrangeiro.    Indicador   Definições  e  Construção  de  Indicadores  Políticas  para  Investimentos  Estrangeiros    4.1  Incentivos  para  Investimentos   Este  indicador  o  volume  e  a  abrangência  

dos  incentivos  aos    investimentos.  Esses  incentivos  incluem  deduções  fiscais  do  Imposto  sobre  Operações  relativas  à  Circulação  de  Mercadorias  e  Serviços  (ICMS,  um  imposto  estadual  sobre  bens  e  serviços)  e  assistência  financeira  de  agências  estatais.      Pontuação:  4=  Número  bem  grande  de  incentivos  oferecidos  e  um  alto  nível  de  deduções  fiscais  e  assistência  financeira  3=  Grande  número  de  incentivos  oferecidos  

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em  diversas  indústrias;  deduções  fiscais  substanciais;  e/ou  assistência  financeira  2=  Diversos  incentivos  com  amplo  alcance  são  oferecidos  nas  indústrias    1=  Alguns  incentivos  são  oferecidos  0=  Muitos  poucos  incentivos  são  oferecidos:  os  incentivos  são  limitados  em  termos  de  indústria  ou  escopo.    Observações  de  pontuação:  A  análise  observa  a  estrutura  legislativa  de  cada  estado,  concentrando-­‐se  nas  principais  leis  de  incentivo  para  investimentos.  A  análise  abrange  informações  sobre  a  legislação  de  incentivo  para  investimentos.      Normalmente,  os  estados  não  publicam  as  estatísticas  do  valor  de  tais  incentivos.  O  nível  de  desenvolvimento  de  cada  estado  e  seus  recursos  orçamentários  (que  poderiam  ser  potencialmente  utilizados  para  gastos  com  incentivos)  também  são  levados  em  consideração.  Os  dados  orçamentários  dos  estados  são  fornecidos  pelo  Ministério  Federal  da  Fazenda.    

4.2  Políticas  para  Capital  Estrangeiro   Este  indicador  mede  os  esforços  do  estado  para  atrair  investimentos  estrangeiros.  A  avaliação  baseia-­‐se  na  capacidade  institucional.  Particularmente,  o  foco  desta  pesquisa  é  averiguar  se  os  estados  possuem  uma  agência  de  promoção  de  investimentos  ou  outra  agência  dentro  do  governo  estadual  que  exerça  esta  função.    Pontuação:  3=  Há  muitos  incentivos  para  os  investimentos  estrangeiros  2=  Há  incentivos  para  os  investimentos  estrangeiros  1=  Alguns  esforços  para  incentivar  investimentos  estrangeiros  0=  Poucos  esforços  para  incentivar  investimentos    Observações  da  Pontuação:  O  foco  desta  pesquisa  é  levantar  se  os  estados  possuem  uma  agência  de  promoção  de  investimentos  dedicada  (API),  

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e  quão  sofisticada  ela  é.  Um  estado  que  não  dispõe  de  uma  API  dedicada,  e  em  vez  disso,  designa  as  responsabilidades  de  promoção  de  investimentos  a  outras  agências  ou  secretarias,  não  receberá  as  notas  mais  altas.  A  avaliação  também  observa  a  relação  das  agências  estaduais  com  a  Apex,  a  agência  brasileira  de  promoção  de  exportações  e  investimentos.    A  Apex  já  trabalhou  com  diversos  governos  e  APIs  dos  estados.  A  avaliação  sobre  a  sofisticação  dos  serviços  é  baseada  em  uma  análise  da  oferta  de  serviços  e  informações  nos  websites  das  APIs.  

   5)  Recursos  Humanos    Esta  categoria  é  formada  de  três  indicadores:  Oferta  de  Mão  de  Obra  Especializada,  Produtividade  da  Mão  de  Obra  e  Graduados  em  Universidades    Indicador   Definições  e  Construção  de  Indicadores  Recursos  Humanos    5.1  Oferta  de  Mão  de  Obra  Especializada   Este  indicador  mede  a  oferta  de  mão  de  

obra  especializada.  A  avaliação  baseia-­‐se  nos  dados  obtidos  pelo  Ministério  do  Trabalho  e  pelo  Instituto  de  Pesquisa  Econômica  Aplicada.    Pontuação:  4=  Oferta  muito  boa  3=  Boa  oferta  2=  Oferta  moderada  1=  Oferta  limitada  0=  Oferta  muito  limitada      Observações  da  Pontuação:  As  notas  são  baseadas  em  algumas  pesquisas  a  nível  estadual  e  nacional.  Uma  pesquisa  de  âmbito  nacional  é  conduzida  pelo  IPEA  e  aborda  a  demanda  por  trabalhadores  qualificados  a  nível  estadual  e  de  setor.  O  IPEA  define  como  trabalhador  qualificado  o  indivíduo  com  experiência  profissional  em  um  setor  específico,  e/ou  indivíduo  com  “anos  de  escolarização  acima  da  média”.  Como  resultado,  os  indivíduos  com  diplomas  técnicos  ou  

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universitários,  bem  como  aqueles  com  pelo  menos  9-­‐10  anos  de  escolaridade,  são  considerados  especializados  por  esta  pesquisa.  As  pesquisas  a  nível  estadual  incluem  aquelas  conduzidas  pela  Fundação  Dom  Cabral  (FDC),  e  pela  Confederação  Nacional  de  Indústrias.  

5.2  Produtividade  da  Mão  de  Obra     Este  indicador  estima  o  Produto  Regional  Bruto  médio  produzido  por  um  funcionário  adulto  por  estado.      Pontuação:  4=  Superior  a  R$50.000  3=  R$40.000-­‐49.999  2=  R$30.000-­‐39.999  1=  R$20.000-­‐29.999  0=  Inferior  a  R$20.000      Observações  de  Pontuação:  Os  cálculos  utilizam  uma  estimativa  de  PRG  real  do  ano  de  2010  para  cada  estado  e  dados  sobre  adultos  empregados,  obtidos  da  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios  (PNAD).  

5.3  Graduados  em  Universidades   Este  indicador  leva  em  conta  o  número  total  de  estudantes  graduados  em  instituições  públicas  e  privadas  de  ensino  superior  (municipal,  estadual  e  federal)  por  ano,  por  estado.        Pontuação:  4=  Mais  de  500.000  graduados  3=  200.000-­‐499.000  graduados  2=  100.000-­‐199.999  graduados  1=  20.000-­‐99.999  graduados  0=  Menos  de  20.000  graduados    Observações  da  Pontuação:  Os  dados  são  do  Instituto  Nacional  de  Estudos  e  Pesquisas  Educacionais,  uma  instituição  federal  com  associações  ao  Ministério  da  Educação,  e  refletem  o  número  total  de  indivíduos  graduados  em  instituições  públicas  e  privadas  regidas  aos  níveis  federal,  estadual  e  municipal  em  2009.    

   

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6)  Infraestrutura  Esta  categoria  compreendeu  dois  indicadores:  a  Qualidade  da  Rede  de  Telecomunicações  e  a  Qualidade  da  Rede  de  Estradas    Indicador   Definições  e  Construção  de  Indicadores  Infraestrutura      6.1  Qualidade  da  Rede  de  Telecomunicações   Este  indicador  reflete  o  estado  de  

desenvolvimento  de  conexões  de  banda  larga  móvel  e  fixa  e  a  extensão  da  rede  de  telecomunicação  móvel  em  cada  estado.  A  análise  abrange  as  assinaturas  de  banda  larga  móvel  por  estado;  o  número  de  assinaturas  e  linha  fixa  de  banda  larga  de  alta  velocidade  (no  mínimo  2  Mps);  bem  como  o  número  de  radiotransmissores  de  telefones  celulares  (incluindo  a  capacidade  de  cobertura  dos  telefones  celulares).      Pontuação:  4=  Qualidade  excelente    3=  Alta  qualidade  2=  Qualidade  moderada  1=  Baixa  qualidade  0=  Qualidade  muito  baixa    Observações  da  Pontuação:  A  avaliação  trata  do  número  de  assinaturas  de  linha  fixas  de  banda  larga  e  alta  velocidade  (pelo  menos  2  Mbps),  partindo  do  pressuposto  que  a  Internet  de  alta  velocidade  é  fundamental  para  as  operações  de  negócios.    A  principal  fonte  de  dados  de  telecomunicações  é  a  Agência  Nacional  de  Telecomunicações  (ou  Anatel,  a  reguladora  das  telecomunicações).    

6.2  Qualidade  da  Rede  de  Estradas     Este  indicador  reflete  a  qualidade  das  estradas  em  cada  estado.  Os  resultados  baseiam-­‐se  nos  levantamentos  de  uma  inspeção  anual  realizada  pela  Confederação  Nacional  do  Transporte  (CNT).    Pontuação:  4=  Qualidade  excelente  (pelo  menos  75%  das  estradas  apresentam  excelente  ou  boa  qualidade)    3=  Alta  qualidade  (60-­‐74,9%  das  estradas  têm  boa  ou  excelente  qualidade)  

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2=  Qualidade  moderada  (45-­‐59,9%  das  estradas  apresentam  qualidade  boa  ou  excelente)    1=  Baixa  qualidade  (30-­‐44,9%  estradas  apresentam  qualidade  boa  ou  excelente)  0=  Qualidade  muito  baixa  (menos  de  30%  estradas  apresentam  qualidade  boa  ou  excelente)    Observações  da  pontuação:  A  análise  baseia-­‐se  em  dados  do  relatório  da  Pesquisa  de  Rodovias  de  2010,  produzido  pela  Confederação  Nacional  do  Transporte  (CNT,).  Criação  de  um  regime  de  pontuação  pela  Unidade  de  Inteligência  da  Economist.  

   7)  Inovação  Esta  categoria  é  formada  por  cinco  indicadores:  Gastos  Públicos  com  P&D,  Gastos  Privados  com  P&D,  Presença  de  Infraestrutura  de  P&D,  Incentivos  Fiscais  para  P&D,  e  Pedidos  de  Patentes.    Indicador   Definições  e  Construção  de  Indicadores  Inovação    7.1  Gastos  Públicos  com  P&D   Este  indicador  mede  o  investimento  do  

estado  em  pesquisa  e  desenvolvimento  (P&D)  como  uma  porcentagem  do  Produto  Regional  Bruto  estimado  em  2009.    Pontuação:  4=  Superior  a  0,30%  3=  0,20-­‐0,29%  2=  0,10-­‐0,19%  1=  0,02-­‐0,09%  0=  Inferior  a  0,02%    Observações  da  Pontuação:  Os  valores  de  gastos  públicos  com  P&D  são  publicados  pelo  Ministério  da  Ciência,  Tecnologia  e  Inovação.  A  UIE  faz  um  cálculo  simples  –  dividindo  os  dados  sobre  gastos  no  nível  estadual  pelas  estimativas  do  PRB  de  2009  —  para  apurar  os  gastos  públicos  com  P&D  como  uma  porcentagem  do  PRB.  Os  gastos  com  P&D  não  incluem  despesas  com  atividades  técnicas  e  científicas  relacionadas  à  P&D.  

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7.2  Gastos  Privados  com  P&D   Este  indicador  aborda  os  investimentos  em  pesquisa  e  desenvolvimento  (P&D)  por  parte  do  setor  privado,  como  uma  porcentagem  do  Produto  Regional  Bruto  em  2008.      Pontuação  4=  Superior  a  0,60%  3=  0,50-­‐0,59%  2=  0,40-­‐0,49%  1=  0,30-­‐0,39%  0=  Inferior  a  0,30%    Observações  da  Pontuação:  Os  montantes  de  gastos  do  setor  privado  com  P&D  são  obtidos  da  Pesquisa  Brasileira  de  Inovação  Tecnológica  (PINTEC).  A  UIE  utiliza  um  cálculo  simples  –  dividindo  os  dados  de  gastos  a  nível  estadual  pelo  PRB  de  2008  –  para  apurar  os  gastos  públicos  com  P&D  como  uma  porcentagem  do  PRB.    Os  valores  do  PRB  de  2008  são  levantados  pelo  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística  (IBGE).  Os  dados  de  P&D  privados  a  nível  estadual  só  estão  disponíveis  para  14  estados:    • Amazonas  • Bahia  • Ceará  • Distrito  Federal  • Espírito  Santo  • Goiás  • Minas  Gerais  • Pará  • Paraná  • Pernambuco  • Rio  de  Janeiro  • Rio  Grande  do  Sul    • Santa  Catarina    • São  Paulo    Para  os  demais  estados,  a  UIE  concluiu  que  os  gastos  privados  com  P&D  eram  inferiores  a  0,30%  do  PRB.  Os  valores  totais  a  nível  estadual  incluem  gastos  de  empresas  estatais,  mas  excluem  gastos  por  parte  de  empresas  que  fornecem  serviços  

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de  P&D.  7.3  Presença  de  Infraestrutura  de  P&D   Este  indicador  é  produto  da  avaliação  da  

qualidade  da  infraestrutura  de  pesquisa  e  desenvolvimento  (P&D)  em  cada  estado.  As  análises  incluem  o  número  de  centros  públicos  (não  universitários)  de  P&D;  o  número  de  universidades  com  atividades  de  P&D.  e  o  número  de  indivíduos  com  doutorado  nos  campos  de  ciências  exatas  (matemática  e  física)  e  naturais,  engenharia,  agricultura,  biologia  e  saúde.    Pontuação:  4=  Presença  muito  forte  de  infraestrutura  de  P&D  3=  Forte  presença  de  infraestrutura  de  P&D  2=  Presença  moderada  de  infraestrutura  de  P&D  1=  Fraca  presença  de  infraestrutura  de  P&D  0=  Presença  muito  fraca  ou  nenhuma  presença  de  infraestrutura  de  P&D    Observações  da  Pontuação:  O  número  de  centros  públicos  e  privados  (não  universitários)  de  P&D  é  obtido  dos  resultados  de  um  estudo  realizado  pelo  Centro  de  Gestão  e  Estudos  Estratégicos  em  Ciência,  Tecnologia  e  Inovação  (CGEE),  que  fornece  informações  a  cerca  de  200  organizações  de  P&D  no  Brasil.  O  número  de  universidades  com  atividades  de  P&D  foi  estimado  pelos  dados  do  Diretório  de  Grupos  de  Pesquisa,  que  é  administrado  pelo  Conselho  Nacional  de  Desenvolvimento  Científico  e  Tecnológico  (CNPq).    A  análise  também  considera  os  dados  do  CNPq  sobre  o  número  de  indivíduos  com  doutorado  nas  áreas  de  ciências  naturais  e  exatas,  engenharia,  agricultura,  biologia  e  saúde.  

7.4  Incentivos  Fiscais  para  P&D   Este  indicador  mede  a  oferta  de  incentivos  fiscais  para  as  entidades  do  setor  público  e  privado  que  investem  em  pesquisa  e  desenvolvimento  (P&D).  A  avaliação  considera  a  estrutura  favorável  aos  incentivos  (isto  é,  leis  estaduais  de  incentivo  à  inovação).    

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 Pontuação:  2=  Existência  de  numerosos  incentivos  fiscais;    1=  Alguns  incentivos  fiscais  são  ofertados    0=  Não  há  oferta  de  incentivos  fiscais        Observações  da  Pontuação:  As  leis  estaduais  de  incentivo  à  inovação  são  publicadas  pelo  Ministério  da  Ciência,  Tecnologia  e  Inovação.    

7.5  Pedidos  de  Patente   Este  indicador  aborda  o  número  de  patentes  requeridas  anualmente  por  entidades  em  cada  estado.    Pontuação:  4=  Mais  de  2.000  pedidos  de  patentes  3=  500-­‐1.999  pedidos  de  patentes  2=  100-­‐499  pedidos  de  patentes  1=  20-­‐99  pedidos  de  patentes  0=  Menos  de  20  pedidos  de  patentes    Observações  da  pontuação:  Os  dados  dos  pedidos  de  patentes  vêm  do  Instituto  Nacional  da  Propriedade  Industrial  (um  órgão  público).  A  avaliação  baseia-­‐se  nos  pedidos  de  patente  de  2010.    

   8)  Sustentabilidade    Esta   categoria   compõe-­‐se   de   quarto   indicadores:   Plano/Estratégia   Ambiental   do   Estado,  Incentivos   fiscais   para   a   Sustentabilidade,   Regulador   Ambiental   e   Qualidade   da   Legislação  Ambiental      Indicador   Definições  e  Construção  de  Indicadores  Sustentabilidade    8.1  Plano/Estratégia  Ambiental  do  Estado   Este  indicador  trata  dos  planos  e  estratégias  

ambientais  dos  estados,  que  retratam  o  compromisso  de  um  estado  com  a  proteção  ambiental.  A  análise  toma  por  base  o  documento  de  estratégia  ambiental  do  estado  assegura  as  principais  áreas  ambientais.  Estas  áreas  são:  qualidade  do  ar,  qualidade  da  água,  uso  da  terra,  biodiversidade  e  administração  florestal.    

 

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Pontuação:  4=  Seis  temas  ambientais  são  assegurados  no  plano/estratégia  ambiental  do  estado  3=  Cinco  temas  ambientais  são  assegurados  no  plano/estratégia  ambiental  do  estado  2=  Quatro  temas  ambientais  são  assegurados  no  plano/estratégia  ambiental  do  estado  1=  Três  temas  ambientais  são  assegurados  no  plano/estratégia  ambiental  do  estado  0=  Menos  de  três  temas  ambientais  é  assegurado  no  plano/estratégia  ambiental  do  estado  

 Observações  da  Pontuação:  No  mínimo,  os  planos/estratégias  ambientais  devem  incluir  temas  ambientais  gerais  e  comuns  a  todos  os  estados.  O  plano/estratégia  também  deve  refletir  os  recursos  naturais  únicos  existentes  em  cada  estado.  

8.2  Incentivos  Fiscais  para  a  Sustentabilidade     Este  indicador  observa  o  que  o  estado  faz  para  incentivar  as  empresas  a  se  engajarem  em  práticas  sustentáveis.    Pontuação:  2=  Oferta  de  numerosos  incentivos  fiscais      1=  Oferta  de  alguns  incentivos  fiscais      0=  Não  há  oferta  de  incentivos  fiscais    Observações  da  pontuação:  São  poucos  os  estados  que  oferecem  incentivos  fiscais  para  estimular  práticas  ambientais  sustentáveis.  O  principal  exemplo  de  um  incentivo  fiscal  é  o  regime  de  repartição  de  receitas  fiscais  denominado  ICMS  Ecológico  (ou  IVA).  A  finalidade  do  regime  é  compensar  os  governos  municipais  pela  perda  de  potencial  receita  fiscal  em  virtude  da  designação  de  áreas  de  proteção  ambiental  (em  sua  maioria  pelo  governo  estadual  e  federal),  e  também  para  incentivar  a  melhoria  na  gestão  das  áreas  de  proteção  existentes.  Grande  parte  da  análise  baseia-­‐se  em  decretos  estaduais,  na  legislação  ambiental  e  constituições  dos  estados.  O  TFCA  (Taxa  de  Controle  e  Fiscalização  Ambiental)  é  um  tributo  cobrado  por  todos  os  estados  como  uma  taxa,  e  não  constitui  

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um  incentivo  ou  dedução  fiscal.    Por  isso,  não  foi  incluída  na  avaliação.      

8.3  Regulador  Ambiental   A  existência  de  uma  ou  mais  instituições  dedicadas  para  estabelecer  e  fazer  cumprir  regulamentos  aumenta  a  probabilidade  de  que  os  regulamentos  ambientais  serão  implementados  e  cumpridos  de  forma  ativa.        Pontuação:  3=  Existe  uma  organização  que  estabelece  e  faz  cumprir  regulamentos  e  medidas  para  garantir  a  conformidade  e  o  cumprimento  está  claramente  definido.    2=  Existe  uma  organização  que  estabelece  E  faz  cumprir  regulamentos,  mas  as  medidas  para  garantir  a  conformidade  e  o  cumprimento  são  confusas  ou  incompletas.    1=  Existe  uma  organização  que  estabelece  regulamentos;  porém,  não  há  uma  organização  a  nível  estadual  designada  a  garantir  o  cumprimento  e  aplicação  dos  regulamentos.    0=  Ausência  de  organização  para  estabelecer  e/ou  fazer  cumprir  os  regulamentos    Observações  da  pontuação:  A  pesquisa  tem  foco  na  capacidade  e  transparência  institucional  e  regulatória.  A  análise  considera  a  abrangência  da  legislação  estadual  no  que  se  refere  ao  monitoramento  ambiental  e  à  implementação  de  multas/ações  punitivas  por  delitos  contra  o  meio  ambiente.    A  pesquisa  também  se  concentra  no  grau  de  transparência  dos  órgãos  regulatórios,  em  relação  a  licenças,  multas  e  tipos  de  crimes/delitos  contra  o  meio  ambiente.  Também  se  considera  a  capacidade  de  acesso  do  público  à  instituição.  As  pessoas  devem  ter  a  possibilidade  de  relatar  problemas  ambientais  ao  órgão  regulatório.              

8.4  Qualidade  da  Legislação  Ambiental   A  implementação  de  medidas  ambientais  é  fundamentada  na  legislação  ambiental.  Este  indicador  aborda  a  legislação  ambiental  tratando  de  17  temas  essenciais  por  estado.          Pontuação:  4=  Qualidade  excelente  (mais  de  14  temas  

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assegurados)  3=  Alta  qualidade  (12-­‐14  temas  assegurados)  2=  Qualidade  moderada  (9-­‐11  temas  assegurados)  1=  Baixa  qualidade  (6-­‐8  temas  assegurados)  0=  Qualidade  muito  baixa  (menos  de  seis  temas  assegurados)    Observações  da  Pontuação:  A  avaliação  baseia-­‐se  na  abrangência  da  legislação  estadual.  A  análise  também  compara  a  legislação  do  estado  à  abrangente  legislação  ambiental  federal.