42
“Dupla dominialidade das águas no Brasil: entraves legais para o adequado gerenciamento dos aquíferos” 1 Congresso ABAS 2016 - Campinas/SP Wilson José Figueiredo Alves Junior Hildebrando Herrmann UNIVERSIDADE DE ARARAQUARA

“DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

“Dupla dominialidade das águas no Brasil: entraves legais para o adequado gerenciamento dos aquíferos”

1

Congresso ABAS 2016 - Campinas/SPWilson José Figueiredo Alves Junior

Hildebrando HerrmannUNIVERSIDADE DE ARARAQUARA

Page 2: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

““As ilustres desconhecidas da As ilustres desconhecidas da sociedade”sociedade”

2

Águas subterrâneas estão hidraulicamente interconectadas em vários níveis

Binômio: superficiais/subterrâneas

Page 3: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Águas superficiais x subterrâneas TÉCNICO

só poderiam ser consideradas recursos independentes se estivessem totalmente isoladas uma da outra

não estivessem fazendo parte do ciclo hidrológico

JURÍDICO legislador considerou o

ciclo hidrológico passou a tutelar uma coisa

e outra, como se fossem distintas

3

Page 4: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Modelo Francês (*)

Bacia hidrográfica Nomenclatura genérica (ambientes)

Lei 9433/97 adota como unidade de gestão ““É um sistema físico que define uma área de É um sistema físico que define uma área de

captação da água precipitada da atmosfera, captação da água precipitada da atmosfera, demarcada por divisores de água ou cristas demarcada por divisores de água ou cristas topográficas, onde toda água que flui nesta área topográficas, onde toda água que flui nesta área converge para um único ponto de saída, o converge para um único ponto de saída, o exutórioexutório” (Rebouças, 2004)

4

Page 5: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

DIFERENÇAS: - Gestão por bacias hidrográficas

FRANÇA Estado Unitário

Departamentos Não fica isenta de problemas Diferenças: espaciais, sociais,

econômicas e culturais Pobre em bacias hidrográficas (6) Divergências geológicas

(lá a experiência foi boa...)

BRASILRepública federativa

aliança dos Estados

Não possui as mesmas condições socioeconômicas

Ganha novos contornos (12)Bh pode ter 2 níveis/jurisdição

Misturam-se rios federais e estaduaisDifícil conciliação

Oferece um mosaico hídrico diferenciado, amplo e complexo

Intensificação dos problemas transfronteiriços

Implica adoção de outro mecanismo e ajustes locais

Distâncias geográficas

5

Page 6: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

1° - Entrave institucional1° - Entrave institucional• Sobreposição de leis e atores• Compentências/atribuições administrativas

Page 7: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Jurisdição sobre a água

FRANÇAApenas um nível

jurisdicional (Governo Central)

BRASILDupla jurisdição:

Superficial – F e ESubterrânea – EANA, SRH, MMA com

atribuições diferentes

sem definições de hierarquização*

7

Page 8: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

2° - Entrave constitucional2° - Entrave constitucional Dupla dominialidade Imperfeição técnica

8

Page 9: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Constituição Federal 1988

Artigo 20 – São Artigo 20 – São bens da União Federal:bens da União Federal:Inciso III – os lagos, Inciso III – os lagos, rios e quaisquer correntes de rios e quaisquer correntes de

água em terrenos do seu domínio que banhem água em terrenos do seu domínio que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com mais de um Estado, sirvam de limites com outros países ou se estendam a território outros países ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenhamestrangeiro ou dele provenham, assim como os , assim como os terrenos marginais e as praias fluviaisterrenos marginais e as praias fluviais

Define rios federais e estaduais Se refere a corpos hídricos, nunca BH

lagos, rios e quaisquer correntes de água, águas superficiais e subterrâneas

9

Page 10: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Constituição Federal

Artigo 26 – Incluem-se entre os Artigo 26 – Incluem-se entre os bens dos bens dos Estados:Estados:

Inciso I – as águas superficiais ou Inciso I – as águas superficiais ou subterrâneassubterrâneas, , fluentes, emergentes e em depósito, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, as decorrentes de ressalvadas, neste caso, as decorrentes de obras da Uniãoobras da União

DOMINIALIDADE DOS ESTADOS e do DF (analogia) Não deixa claro que águas subterrâneas pertencem

aquele Estado sob o qual estão depositadas

10

Page 11: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

3° – Entrave legal3° – Entrave legal•

Não discute a importância subterrâneas• Lei 9.433/97 limita-se integrar e articular PNHR com PERH

Page 12: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Lei 9433/97 PNRH

Recursos hídricos: também inclui águas subterrâneasevidente abordagem superficial

Não deixa claro questões subterrâneas Não há indicação do tratamento das províncias

hidrogeológicas em relação às bacias hidrográficas Falta melhor redação técnica PNRH

Não definiu Bacia Hidrográfica

12

Page 13: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Gerenciamento: Atual modelo

Apresenta sérias deficiências Não discute a importância das águas

subterrâneas no contexto da gestão (infrações e penalidades)

Buscar modelo adaptado às nossas realidades Formações aquíferas ultrapassam o território

(estado/país)

13

Page 14: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Difícil tarefa dos Comitês*:

Suplantar os limites políticos municipais e estaduais

Nas políticas públicas - sobreposiçãoNos quadros comportamentais na busca para

operacionalização dos princípios da PNRH* Institucional e legal

14

Page 15: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Buscar um modelo ideal Estabelecer único domínio para águas

subterrâneas Readequação da CF/88 Distorção constitucional acarreta notórios

prejuízos quanto à sua interpretação Domínio hídrico FEDERAL

COMPETÊNCIA PRIVATIVA PARA LEGISLAR

15

Page 16: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

– – O Sistema Aquífero Guarani e a O Sistema Aquífero Guarani e a problemática jurídica brasileiraproblemática jurídica brasileira

16

- Legislação brasileira (domínios diferentes)- Extensão dos Aquíferos não coincide estruturalmente com as bacias hidrográficas- Poluição transfronteiriça

Page 17: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Sistema Aquífero Guarani

8 Estados brasileiros 4 Países 1.600.000 Km²

área 2.000 Km comp. 800 Km largura

17

Page 18: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Leis universais

Norma escrita aprovada Legislativo sancionada Executivo

A lei jurídica deve total obediência às leis naturais (CICLO) Quando os meios

técnicos não alcançam os resultados previstos, surgem as leis para disciplinar tais conflitos

É SUFICIENTE?LACUNOSO?

CIENTÍFICA

SOCIOLÓGICA

JURÍDICA

18

Page 19: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Problema jurídico – CF/88

Artigo 26 – Incluem-se entre os Artigo 26 – Incluem-se entre os bens dos Estados:bens dos Estados:

......

Inciso I – as águas superficiais ou Inciso I – as águas superficiais ou subterrâneassubterrâneas, , fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, as decorrentes de obras da Uniãoneste caso, as decorrentes de obras da União

19

Page 20: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

PEC N° 43/2.000 Atribui tratamento semelhante entre os corpos

hídricos Contraria preceitos políticos da PNRH

justiça ambiental Retirar a titularidade dos Estados

não garante aumento de conhecimentomaior controle e proteção dos aquíferos maior capacidade administrativa

Acrescenta dificuldade para gestão em um país centrado na BHbem físico em movimentoapresenta distintos domínios dificuldades de conciliação

20

Page 21: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Ambiente hidrogeológico

A EXTENSÃO dos aquíferos não coincide estruturalmente com a delimitação das bacias hidrográficas superficiais onde existe a formação

estrutural de um recurso existe a formação do outro

21

Page 22: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

– – Marco jurídico e institucional Marco jurídico e institucional transfronteiriçotransfronteiriço

22

- PNRH fase embrionária?- 19 anos idade (falta maturidade)

- Impor limites normativos estaduais a um bem que se encontra no meio saturado- transcorrendo no subterrâneo

*Fonte: Granziera (2009, p. 216).

Page 23: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

SAG patrimônio da humanidade?

Reconhecimento pleno sua importância pela comunidade internacional

Inseri-lo nesta condição em razão dos valores naturaisConvenção Relativa à Proteção do Patrimônio

mundial, Cultural e Natural – Paris, 1.972Ratificada pelo Brasil – Decreto n° 74/1.977

23Fonte: Granziera (2009, p. 253).

UNESCO

Page 24: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Atributos patrimônio natural (art. 2°) os monumentos naturais constituídosos monumentos naturais constituídos por

formações físicas e biológicas ou por conjuntos de formações de valor universal excepcional do ponto de vista estético e científico

as formações geológicas as formações geológicas e fisiográficase fisiográficas e as zonas estritamente delimitadas que constituam habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas de valor universal excepcional do ponto de vista estético ou científico

os sítios naturais ou as áreas naturaisos sítios naturais ou as áreas naturais estritamente delimitadas detentoras de valor universal excepcional do ponto de vista da ciência, da conservação ou da beleza natural

24

• Convenção relativa à proteção do patrimônio Mundial, Cultural e Natural

Artigo 2º

Page 25: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

25

Page 26: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

1 →1 → Proposta de EmendaProposta de Emenda

Corrige a distorção constitucional 1988 Permite avanço nas questões técnicas Mudança começa na CF e afeta o aspecto

institucional Evitar costumeiros esbarrões nessa questão

26

Page 27: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Tentativas de (re)estabelecer o domínio da União Federal

27

- Resolução CNRH 15/2001- Resolução CONAMA 386/2008- Conferência de Noordwijk- Comissão de Direito Internacional da ONU

Page 28: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Resolução n° 15/2.001 CNRH

Diretrizes gerais para gestão das águas subterrâneas

Reconhece a interação entre água superficial e subterrânea

Reconhece que os limites de um Aquífero não Reconhece que os limites de um Aquífero não necessariamente coincidem com os de bacias necessariamente coincidem com os de bacias hidrográficashidrográficas

A PNRH deve reconhecer a interdependência entre as várias formas de ocorrência da água

28

Page 29: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Resolução 396/2008 CONAMA

Admite que os Aquíferos se apresentam em Admite que os Aquíferos se apresentam em diferentes contextos hidrogeológicos e podem diferentes contextos hidrogeológicos e podem ultrapassar limites das bacias hidrográficasultrapassar limites das bacias hidrográficas

Estrutura geológica: possível compartimentação em blocos

29

Page 30: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Conferência de Noordwijk

1.994 Países Baixos de modo a conservar a qualidade da de modo a conservar a qualidade da

águaáguaRecomenda a gestão compartilhada de Recomenda a gestão compartilhada de bacias e aquíferos bacias e aquíferos

30

Page 31: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Comissão Direito Internacional ONU

1.994 Reconhece águas subterrâneas confinadas Reconhece águas subterrâneas confinadas

transfronteiriçastransfronteiriçasSoares, 2003

31

Page 32: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Ontem, hoje e amanhã...

32

Lei 9433/97

Mudança constitucional

PEC

Estratégia e visão

Tecnologia + tempo

CF/88

Page 33: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Domínio das águas subterrâneas

Todas as águas subterrâneas deveriam ser submetidas ao domínio e titularidade da União Federal

33

ENTEENTEFEDERATIVOFEDERATIVO

INTERESSEINTERESSE

União Federal Geral = SISTEMA AQUÍFERO GUARANI

Estados-membros

Regional

Municípios Local

Distrito Federal Regional + local

Page 34: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Aspecto supra-institucional COLEGIADO INTERESTADUAL

Esforço intergovernamentalGerenciamento conjunto

MMA – ANA e IBAMAMME – DNPMMin. Saúde – ANVISAMin. CIDADESMin. DEFESAMin. Relações Exteriores ←

34

Page 35: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

35

Arranjo institucional Comitê interestadual SAG

COMITÊCONSELHOS ESTADUAIS DE

RECURSOS HÍDRICOSCOMITÊ

INTERESTADUAL DO SAG

PLANO DE BACIA PLANO SUPRA-INSTITUCIONAL DO

SAG

Espaço de atuação dos Estados

PLANOS ESTADUAIS DE RECURSOS HÍDRICOS

ARTICULAÇÕES POSSÍVEIS

Espaço de atuação da Federação

Ar t iculações Ambientai s

Page 36: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

2 →2 → Adoção de Políticas Públicas Adoção de Políticas Públicas específicasespecíficas

Adotar a bacia hidrogeológica como política pública

Política e Gestão tem relação intrínseca Não existem políticas definidas para inserção

dessas águas no SNGRH Rebouças, 2004

Necessária formação de conceitos técnicos e jurídicos para criação e formulação das PP Quando houver problema (PREVALECE A LEI)

36

Page 37: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

- Propostas/discussões:

Construção de arcabouço gerencial das águas subterrâneas no Brasil – SAG Instrumento de políticas públicasbase à proteção, conservação e gestão

sistêmica, integrada e participativa dos Aquíferos

Desafio: estabelecer/adaptar mecanismos de gestão para Aquíferos

37

Page 38: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Aspectos controvertidos:

Opiniões diversas na doutrina, principalmente entre juristas ABAS e ABRH

Aprimorar parte técnica da gestão Dinâmica hidráulica tem repercussão na lei Fluxo de base (proveniente da água subterrânea)

Aspectos jurídico-institucionais Há influência significativa a ponto de separar as

margens Até onde vai uma BH?

38

Page 39: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Provocações:

TECNICAMENTE conhecemos muito, mas não conhecemos tudo...

COMITÊ INTERESTADUAL DO SAG é um instrumento de gestão

PNRH tem que se amoldar ao SAG Não inverso! BHGEO suplanta limites da BH

INTEGRAR a implementação de políticas públicas em nível internacional

39

Page 40: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

Precisamos romper paradigmas, transpor obstáculos!

Cenário atual e futuro: AMBIENTE HÍDRICO TRANSFRONTEIRIÇO

Ausência de articulação das políticas públicasDefasagem do atual modelo de gerenciamento

(Cabral, 2007)provocado crescente insatisfação no meio

técnicoJ. KELMAN: “precisa de uma carpintaria

jurídica”

40

Page 41: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

“A legislação de recursos hídricos possui defeitos na fonte”

41

Page 42: “DUPLA DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO BRASIL: ENTRAVES LEGAIS PARA O ADEQUADO GERENCIAMENTO DOS AQUÍFEROS”

42

Wilson [email protected]