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Aracnídeos
Esta classe compreende artrópodes incorretamente confundidos com os insetos. Mas distinguem-se deles nitidamente pela divisão do corpo, pelo número de patas e pela ausência de antenas. Como aracnídeos, são englobados as aranhas, os escorpiões, os carrapatos, os pseudo-escorpiões e os opilões.
Morfologia das Aranhas
Seu corpo dividido: em um parte anterior (cefalotórax ou prosoma) e uma parte posterior (o abdômen ou opistosoma), ligado por uma estreita haste (o pedúncolo).
Cabeça e tórax é revestido externamente por uma carapaça quitinosa
A maioria das aranhas têm 8 olhos
Algumas têm 6, 4 ou 2 olhos, ou mesmo nenhum
Quelíceras constituem primeiro par de apêndices da cabeça divididos por dois segmentos: Basal ( largo e forte) e outro terminal (garra ou ferrão)
Segundo apêndice da cabeça é formado pelos palpos.
A boca situa-se entre os palpos
Efeito do veneno de aranhas
As picadas de aranhas são um evento médico raro, mas ainda assim são objeto de medo dos pacientes.
As reações locais são usualmente similares as de uma picada por abelha, com aparecimento de hiperemia e nodulação no local da picada.
Existem cerca de 41.000 espécies de aranha, todas produzem uma espécie de veneno em suas quelíceras, na maior parte dos casos inofensivo para humanos, sendo assim, poucas espécies têm alguma relevância do ponto de vista médico.
Com distribuição mundial, há dois tipos de síndromes secundárias a picadas de aranhas que podem ocorrer: o Latrodetismo e o Loxsocelismo.
A epidemiologia das picadas de aranha depende de fatores ambientais e da interação entre seres humanos e aracnídeos.
Picadas de aranhas do gênero lactrodectus (Viúva Negra) Suas picadas caracteristicamente
produzem alterações sensoriais no local da picada, o sistema nervoso autônomo é envolvido com liberação de neuromediadores podendo ocorrer:
contratura facial e trismo;
retenção urinária
hipertensão arterial
taquicardia ou bradicardia.
Picadas por aranhas do gênero loxsocelles (Aranha Marrom) A injeção do veneno de aranha
inicia uma reação inflamatória de
mediadores lipídicos, o veneno
loxsocélico também tem ação
direta hemolítica e leva a
ativação e agregação plaquetária,
podendo causar trombose na
microcirculação com isquemia
local e consequentes necrose
tecidual e dor intensa.
Inicialmente, a picada é pouco dolorosa
e passa despercebida em grande
número de casos, eventualmente pode
ocorrer uma sensação de queimação
local.
A dor tipicamente apresenta um
aumento progressivo nas próximas 2 a
8 horas e pode se tornar severa, a
aparência inicial da lesão é de uma
pápula avermelhada, alguns pacientes
podem apresentar rash urticarifrome
associado.
Picadas de aranhas do gênero lactrodectus (Viúva Negra)
Picadas por aranhas do gênero photoneutria (Aranha Armadeira)
Seu veneno tem ação neurotóxica,
com liberação de adrenalina e
acetilcolina com manifestações de
sistema nervoso central simpático
e parassimpático.
São aranhas noturnas e solitárias
que ocasionalmente entram em
domicílios, e neste local assumem
postura agressiva característica,
ocorrendo milhares de eventos no
Brasil.
As picadas causam dor local imediata com diaforese localizada, piloereção e eritema.
Os sintomas sistêmicos incluem:
Náuseas;
Vômitos;
Tonturas;
Salivação;
Alterações visuais;
Priapismo;
Picadas por aranhas do gênero photoneutria (Aranha Armadeira)
Morfologia dos Escorpiões
São característicos por possuírem os palpos mais compridos em relação a outros aracnídeos;
Palpos mais sensíveis ao tato devido a presença de cerdas muito longas e finas;
Podem possuir maior numero de olhos que outros aracnídeos, alguns espécies chegando a possuir até seis pares;
Corpo constituído de duas partes: tronco e “cauda”
Cefalotórax não apresenta uma cabeça distinta
Região do abdômen (opistossoma) bastante segmento e divido em duas partes: mesossoma e metassoma
Efeito do veneno de escorpiões
O envenenamento por escorpião pode levar a um complexo conjunto de sinais clínicos.
O primeiro deles é a dor local que, nos envenenamentos mais graves, pode não ser observada devido às manifestações sistêmicas
As toxinas agem em diferentes sítios do organismo, levando ao aparecimento do quadro clínico.
O agravamento dessas alterações pode levar à insuficiência cardiocirculatória, edema pulmonar agudo, choque e morte, o que revela a importância de se avaliar o quadro clínico apresentado pelo indivíduo envenenado.